Could you find a way to let me down slowly? A little sympathy, I hope you can show me.
(Você poderia encontrar um meio de me decepcionar devagar? Um pouco de simpatia, eu espero que você possa me mostrar).
Let me Down Slowly - Alec Banjamin
《♡》
Barry Allen
1 dia depois
- Eu ainda não acredito que o Oliver tenha sido preso. - disse Felicity, que chegara agora a pouco no Star Labs.
- Ninguém conseguiu assimilar tudo ainda. - Caitlin disse, cruzando seus braços e parando ao meu lado. - O que nós podemos fazer agora é tentar provar que ele não é responsável por isso.
- Sim, mas como? - perguntou Ralph.
Estranhei o mesmo estar ali, pois havia tempo que ele não aparecia nos laboratórios. Caitlin me disse que o mesmo tinha saído para resolver "assuntos familiares".
- Talvez possamos refazer tudo o que aconteceu naquele dia. - Caitlin deu uma idéia.
- É, isso pode ajudar. - Cisco concordou. - Eu começo.
Todos assentimos.
- Eu me lembro de ter ido na CCPD pra ajudar com o caso da mulher morta, Rebekah, levando os equipamentos e tudo mais. E isso provou que não eram metas humanos. - disse olhando para mim, que assenti. - Depois que percebi que não seria mais necessário lá, eu fui encontrar a Gipsy na casa dela, ficamos lá um pouco... Eu vim para os laboratórios e passei o dia aqui. - pausou. - É, foi isso.
- Ok. - falei. - Eu lembro de ter falado com o Cisco, examinar a cena do crime, recolher um anel...
- Anel? - Cisco perguntou. - Que anel?
- Ele era de prata, fino, parecia ser bem caro e antigo. - falei. - Por que a pergunta?
- Oliver havia perdido um anel no mesmo dia. - respondeu. - Ele veio aqui, pensando que talvez tivesse o deixado aqui, mas não deixou.
- Bem, mas isso não quer dizer nada, certo? - Felicity falou. - Ele pode ter perdido o anel e o culpado por esse crime ter o deixado lá, ou esse anel pode ser da própria vítima! - falou rapidamente. Ela parecia nervosa. - Vocês não acham...
- Não! - Caitlin falou, parecia tentar deixá-la mais calma. - Ninguém aqui está dizendo que ele perdeu o anel nessa cena do crime.. não é, amor? -olhou para mim.
- É, é... é sim. Sabemos que não foi ele. - sorri.
Ela assentiu.
- Me desculpe. Acho que essa situação toda me deixou nervosa. - soltou um riso inasalado. - Pode continuar.
Caitlin sorriu.
- Mais tarde, eu e você iremos dar uma volta, hum? Você precisa de um tempo pra... pra tentar esquecer isso. Sabemos como ele é importante para você. Ele é para nós também, por isso que não vamos deixá-lo sozinho nessa. - sorriu. Felicity pareceu gostar da idéia, pois assentiu e sorriu junto.
- Bem... Eu recolhi o anel, o levei a CCPD para ser examinado, conclui a minha perícia forense no local, depois voltei pra casa porque já era tarde. - falei.
- Hum, sobre o anel... - Jessie falou. - A análise constatou que o anel pertencia ao Oliver?
- Eu não sei. No outro dia, eu cheguei a delegacia e a análise ainda não tinha sido feita.
- Não tinha câmeras de segurança naquela balada? - Ralph perguntou.
- O lugar não é um dos melhores. - falei. - Provavelmente devem existir câmeras do lado de fora e em lugares importantes, mas duvido que tenha nos quartos.
- Seria bom se checasse isso. - Jessie sugeriu.
- Eu irei. - falei. - E se com a análise, eles constataram que o anel era do Oliver, pode ser que ele tenha estado lá. Mas muitas pessoas vão a lugares como esse. Se eles tiveram usado somente essa prova para prendê-lo, Oliver não ficará preso por muito tempo.
- Cara, soltarem ele seria ótimo. - Cisco falou.
- Vamos torcer que eles tenham somente esta prova, caso contrário... Oli vai precisar de um advogado. - disse e Felicity me olhou nervosa.
- Acha que é bom eu ligar para o Dig? - ela perguntou.
- Isso seria bom.
- É bom você falar com a Laurel. - Caitlin disse para mim. - Antes de Oliver ser preso, ele veio aqui e disse que teria que encontrá-la no Jitters.
- Eu vou até a delegacia agora. Ver o que eles tem. Conversarei com o Joe, e depois falarei com a Laurel.
- Tudo bem. - soltou um ar preocupado.
- Fica com a Felicity, vai ser muito bom pra ela.
- Eu tenho certeza que ela ainda é apaixonada por ele. Isso é bom e ruim de alguma forma. - riu.
- Quem nunca caiu nos encantos de Oliver Queen? - perguntei.
- Eu. - Caitlin respondeu.
Mas que cinica. Até parece que nunca a ouvi falando com Jessie em como Oliver era lindo.
- Isso porque você caiu nos meus. - sorri e a beijei.
- Ou será que foi você que caiu nos meus? - perguntou. - Eu tenho certeza que foi você que caiu nos meus.
- Ás vezes eu acho isso também. -admiti. - Até por que, quem resiste a Caitlin Snow?
- Você que não é. - ela falou e eu comecei a dar risada. - Eu amo você.
- Eu também amo você. - a encarei. - Demais.
(...)
Estranhamente, eu estava indo até á delegacia de carro. Acho que precisei de um tempo para pensar sobre tudo o que está acontecendo recentemente, e qual o melhor momento para fazer isso se não de carro?
Na verdade, muitos outros momentos seriam oportunos para isso. De carro é bom, contanto que você não seja o motorista. E pensando bem, eu sou o motorista.
Enfim, tudo está acontecendo de uma forma rápida e conectada.
Ás vezes, desejo nunca ter sido atingido por aquele raio, mas sei que não teria ninguém melhor do que eu para tal função, modestia á parte.
Ser o Flash me trás muitas responsabilidades e perigos. Perigos não só á mim, mas também as pessoas que eu amo. Elas me deixam vulneráveis.
É interessante pensar como minha vida era um pouco diferente há apenas alguns meses átras.
Era totalmente apaixonado pela Íris, iria me casar com ela. Era inimigo de Hartley, e hoje somos grandes parceiros.
Morava com Íris no apartamento, e hoje sou total e completamente apaixonado e louco por Caitlin, morando com a mesma em seu apartamento.
Dentre tantas merdas que já fiz nas linhas temporais, essa foi a que teve mais consequências e mudanças - ótimas, eu posso dizer.
Dentre tantos pensamentos, nem percebo que já cheguei ao meu local desejado.
Tenho uma surpresa, quando me deparo com Moira Queen, mãe de Oliver, conversando com o Capitão em sua sala. Eu me lembrava da mesma morta.
Uma coisa boa eu fiz, eu acho.
A mesma me parecia irritada com a conversa entre ambos.
Uma voz me tira a atenção da sala.
Kara.
- Tenho os resultados do teste daquele anel. - a mesma diz e me entrega um envelope de papel e um saquinho de plástico, contendo o anel em seu interior.
Olho para a mesma, que me olha esperando que eu abra o pacote de vez.
Retiro o papel de dentro e constato: o anel é mesmo de Oliver.
Dou um suspiro, mostrando um certo chateamento.
- E então? - me pergunta.
- É dele. - falo. - Mas, eles precisam de muito mais do que só isso para mantê-lo aqui.
Me dirigi até a sala do Capitão e bati na porta. O mesmo solta um "entre", e então abro a porta.
- Saiu os resultados do anel do caso do Oliver.
- E então?
- Pertence á ele. - digo. O Capitão encara Moira.
- Eu tenho uma empresa. - ela fala. - Conheço as leis da advocacia, até mesmo elas sendo criminais e não empresariais. Tenho certeza que isso não é o suficiente para manter o meu filho aqui.
- Tem razão. Você pode levá-lo, mas ele não deve sair de Central City, até que este caso seja encerrado. - ele falou com autoridade em sua voz. - Acho que terminamos aqui, Senhora Queen.
- Sim, terminamos... - Moira olhou para o mesmo. - Passar bem.
A mesma deseja - o que eu não acho que seja algo verdadeiro - e sai da sala.
- Quero que investiguem a fundo esse caso. - O Capitão ordena e eu assinto com a cabeça, me retirando da sala.
Assim que volto, Moira caminha até á saída com Oliver.
- Oli! - grito, e o mesmo e sua mãe me olham.
- Eai, cara. - ele diz.
- Eu prometo que eu vou fazer de tudo pra provar que você tem nada a ver com isso.
- Tenho certeza que sim, Barry. - ele sorri de lado. - Obrigado, cara.
- Eu também agradeço, Senhor Allen. - Moira diz. - Realmente precisamos ir agora.
Assinto e os vejo descer as escadas da CCPD e entrarem no seu grande carro.
Volto a parar para pensar.
Tenho total confiança em Oliver. Ele nunca faria isso. Matar uma inocente fere sua honra como herói e seus valores como pessoa.
Só não consigo entender. Será que alguém estaria armando para ele? Talvez alguém que ele tenha ofendido em seus tempos de playboy ou algum vilão que o mesmo tenha prendido e descobrido sua real indentidade?
Sei como é ficar preso, e não é nada agradável. Não deixarei que meu amigo passe o mesmo.
(...)
- Oh, tão comovente. - sua voz sai fria, como de costume, e com um toque de cinismo.
- Acha que atingir Oliver foi realmente algo útil? - Ele pergunta.
- É claro. Isso O deixa vulnerável e é o que nós queremos, não?
- É um passo.
- Estamos cada vez mais perto. Eu já consigo sentir o cheiro da vitória... Ascensão.
- Ascensão não é tudo o que eu quero.
- Não?
- Não mais. Eu quero que Ele sofra. - sua voz continha raiva, e era um tanto rouca. - Pra sempre.
Continua...
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