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História Changes - Becoming


Escrita por: pattiers

Notas do Autor


No capítulo anterior:

Não tive energias para comer todo aquele lanche. Era muito grande! Mas as batatas... Comi todas. Charles terminava de beber sua coca-cola quando me dirigiu um olhar mais sério. Eu conheço esse olhar. Vem bomba.

- Ok... Hora da conversa de adultos. – anunciou, abaixando levemente a cabeça e entrelaçando os dedos em cima da mesa com um olhar mafioso. Charles estava com uma camiseta branca justa, que ressaltava seus músculos graciosamente. Esse olhar... Me fazia desejar outras coisas.

Capítulo 25 - Becoming


Fanfic / Fanfiction Changes - Becoming

- Vai me contar como virou traficante? – perguntei, arregalando os olhos, enquanto passava o cinto pelo tronco. Me surpreendi pelo fato de que em todo o tempo que estivemos juntos, ainda não havia feito essa pergunta.

- Sim... E pra te contar, preciso voltar um pouco no tempo. – começou, limpando a garganta e engatando a marcha – Bem... Meu avô era fazendeiro, tinha muitas terras... Ele deixou muitas fazendas de herança ao meu pai, então nós meio que tínhamos um alto poder aquisitivo. Minha mãe teve depressão pós parto depois do nascimento do meu irmão e...

- Irmão? Você tem um irmão? – perguntei indignada por ele nunca ter mencionado o bendito. Sorte que paramos em um semáforo, então conseguia fazê-lo olhar diretamente para mim.

- Sim, ele é mais novo. Se chama Thomas, não mora no Brasil. E não somos próximos. – respondeu friamente, sem se afetar – Enfim... Foi nessa época que meu pai começou a beber e gastar todo o dinheiro em jogos de apostas. Depois de alguns anos, o relacionamento dele com a minha mãe foi ficando cada vez pior e a última gota foi quando ele apostou a nossa casa.

Puta. Merda. Como um pai pode ser tão irresponsável assim? Nesse momento agradeci mentalmente pelo fato de nunca ter passado por coisa parecida.

- O que aconteceu depois que seu pai apostou a casa? – perguntei curiosa, fitando seu rosto que voltava a se concentrar no trânsito.

- Ele perdeu. Costumava jogar com pessoas perigosas, são sempre as que tem mais dinheiro... Então nós fomos para o chalé, aquele que você conhece. Foi a única coisa que ele não perdeu... Na época era tudo bem precário, não estava tão bem feito como está agora. Nós reformamos e fomos nos virando como dava. Mas depois de um tempo, meu pai ficou totalmente sem dinheiro e começou a entrar em desespero... Não conseguia mais fazer a manutenção das máquinas do campo, nem pagar os funcionários e assim perdeu as fazendas também. Foi uma fase bem ruim. – pausou, bufando – Depois disso as coisas começaram a melhorar, ele voltou a se relacionar melhor com a minha mãe, parou de beber, recuperou duas das fazendas que tinha perdido e então...  foi assassinado. – concluiu, comprimindo os lábios.

- Assassinado? – indaguei, assustada – Poxa Charles... Sinto muito... – sussurrei, acariciando a lateral de seu rosto. Não sabia o que dizer.

- Sim... Na época as pessoas diziam que tinha sido um assalto. Mas logo eu descobri a verdade... Não sei ao certo como aconteceu, mas em uma das fazendas que ele recuperou havia um galpão. Esse galpão estava sendo usado para produção de drogas por alguns traficantes, que mais tarde eu descobri ter relação com os caras que ganharam dele no jogo. Meu pai queria voltar a produzir alimentos na fazenda, mas os traficantes não queriam sair... e foi aí que um bando de policiais corruptos que estavam envolvidos com os traficantes forjaram um assalto e assassinaram o meu pai.

 Arregalei os olhos, embasbacada com o que acabava de ouvir. Se o Charles sabe de tudo isso, se ele tem um histórico tão ruim com o tráfico... Por que foi se enfiar nisso? Minha feição de horror deve ter sido muito intensa, pois ele logo segurou meu queixo e respondeu.

- Olívia, eu entrei para vingar o meu pai. – respondeu com um olhar sério, analisando minha reação – Mas infelizmente... Acho que no caminho, acabei me perdendo. – completou quase para si mesmo, com um tom amargurado e os olhos voltando em direção ao volante.

Um arrepio percorreu toda a minha espinha, uma sensação de alívio misturada com medo. Ok, estou aliviada por saber que ele entrou para vingar a morte do pai, acho que é menos pior do que outras coisas que passavam na minha cabeça. Mas... Que história é essa de se perder?

- Como assim você se perdeu? – perguntei em um tom baixo, com receio do que poderia ouvir.

- Eu... Consegui a minha vingança. Já faz 2 anos... Achei que sairia depois disso, mas...  – ele pausou por um bom tempo, calculando as palavras - A ideia de que “os fins justificam os meios” me fez afundar de tal forma que não sabia mais se existia uma saída pra mim. Eu me envolvi demais. – respondeu lentamente, com as mãos apertando o volante.

Respirei fundo, pensando em sua história. Nada vinha a minha mente... Não sabia o que pensar, nem o que dizer. Depois de tudo o que viveu, Charles seria capaz de se adequar no padrão de normalidade que a minha vida tinha? Ele conseguiria se contentar em ter uma vida normal, sem os riscos, adrenalina e tudo o mais que aquela vida perigosa gerava? Permanecemos em silêncio até chegar a seu prédio e mais alguns minutos depois, no estacionamento.

- Diz alguma coisa, por favor. – pediu, ainda fitando o volante com uma voz atormentada.

- Eu... Eu não sei o que dizer. – respondi enfim, roendo as unhas como sempre faço quando fico nervosa – Acho que é um motivo bem melhor do que todos que eu havia imaginado... Mas ainda assim, você... Você continuou né? Eu não sei o que pensar sobre isso.

Charles finalmente se virou, segurando meu queixo e colocando um mecha de cabelo teimosa atrás da minha orelha. Umedeceu os lábios, fitando os meus.

- Quando eu te vi pela primeira vez... Sabia que não seria só de passagem. – um sorriso torto atravessou seu rosto, os olhos emoldurando alegria novamente – Quando senti seu corpo quente contra o meu... Eu sabia que era ali que queria ficar para sempre. Você é meu motivo e minha salvação, Olívia. Se não existir uma saída, então eu vou criar... Nada mais faz sentido se eu não tiver você. – concluiu, beijando meus lábios com tanta devoção que meus batimentos cardíacos mais pareciam uma bateria de escola de samba.

Nossos corpos se agarraram por todo o caminho até o elevador. Quase caímos 1 ou 2 vezes, mas isso não nos impediu de continuar as carícias dentro do cubículo de ferro. Charles puxava levemente os cabelos na minha nuca, mordendo meu pescoço enquanto prensava seu membro ainda coberto pela calça jeans contra mim.

- Charles... – sussurrei, pensando na possibilidade de alguém nos ver dessa maneira. Certamente nos achariam depravados. Certamente ficariam com inveja.

O quase ruivo espalmou as mãos no meu traseiro, me puxando para encaixar as pernas ao redor de sua cintura. Mal deu tempo de reclamar, em um rápido movimento ele puxou minha calcinha de lado e  já estava com todo o esplendor de sua excitação dentro de mim. Soltei um gemido de susto, prazer e dor, seu instrumento era deveras robusto para coloca-lo inteiro de uma vez só  e com tanta velocidade. Charles beijava meu queixo enquanto mexia lentamente o quadril contra mim, esperando a flexibilidade das paredes internas fazerem seu trabalho. Joguei a cabeça contra a parede, arranhando seus ombros sem pensar na força com que o fazia. O elevador abriu e quase caí, tamanho o susto e salto que dei em seu colo. Felizmente, não havia nenhum telespectador para o nosso ato glorioso. Empurrei seus ombros, descendo devagar.

- Você é pervertido... – resmunguei, arrumando a calcinha e seguindo pelo corredor até seu apartamento.

- E você adora isso. – respondeu, dando um tapa certeiro na minha nádega esquerda – Gostosa.

Me virei com cara de espanto e riso, enquanto ele destrancava a porta e me empurrava aos beijos para dentro do apartamento.


Notas Finais


Charles finalmente revelou alguns dos mistérios que o circundam. Acham que a Liv deve investir nele ou pular fora?

Até o próximo capítulo :)


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