1. Spirit Fanfics >
  2. Changes of Destiny >
  3. Vida em abundância

História Changes of Destiny - Vida em abundância


Escrita por: sweetxnerbae

Notas do Autor


oi, amores!!! feliz que to podendo escrever mais pq chegou meu tempo livre, finalmente!!

amo TODOS! MUITO E DEMAIS! obrigada pelos comentários, favoritos e tudo mais!!!

boa leitura! 💖

Capítulo 27 - Vida em abundância


Sam se debruçava no corpo de Freddie chorando abundantemente. Ele havia sofrido uma hemorragia interna e um dos vasos sanguíneos de seu cérebro foi rompido pela queda forte de sua cabeça no chão. Samantha entrou em pânico quando percebeu que havia quase uma poça de sangue atrás de seu corpo quando estava tentando resgatá-lo aquela noite. Era terrível.

Já havia sido trauma o suficiente ver Nick se matar bem na sua frente por uma razão um pouco sugestiva que parecia culpá-la. Ela soltava as lágrimas como seu organismo pedia, mas nada parecia funcionar. Seu peito não parava de doer, ela mal conseguia ficar de pé e se agarrava Freddie em um abraço como se a qualquer momento ele fosse reagir. Afinal, já faziam dois dias que ele não saía da mesma posição. Sentia-se devastada tendo que assistí-lo enrolado por aqueles tubos e respirando com a ajuda de um respirador idiota. 

— Senhorita Puckett? - o médico encostou de leve em suas costas para chamar sua atenção - O Freddie vai ficar bem. Hoje fizemos alguns exames de imagem e o sangramento está cessando, a qualquer momento ele deve acordar.

Com dificuldade, esfregou os olhos tentando tirar o borrão que as lágrimas causaram a sua visão. Suspirou fortemente e assentiu com a cabeça como quem diz que compreendeu a mensagem. 

— Seus amigos estão te esperando lá fora, talvez seja bom que deixe o senhor Benson descansar um pouco. Você tem passado todas as noites aqui desde que ele chegou.

Tentou se recompor e se dirigiu vagarosamente à sala de espera do hospital. Suas pernas ainda estavam bambas e ela não conseguia pensar direito. Nada que passava em sua mente fazia sentido, sua exaustão emocional não ajudava no raciocínio e ela só queria ir para casa tomar um banho quente para depois voltar e ficar mais tempo com Freddie.

Tinha medo de perdê-lo mais que tudo nessa vida porque nunca havia parado de amá-lo. Todo o seu corpo, alma, células, cada pequena parte de Sam o amava intensamente e nada poderia parar esse ímpeto de seu coração. Mesmo que fosse loucura, ela conversava com ele desacordado e tomava cada vez mais coragem de dizer como estavam seus sentimentos. Sam quase escreveu uma carta parecida com a dele nesses dias, porém oralmente. 

Chegando perto da recepção do Schneider's Hospital, franziu as sobrancelhas ao observar uma dupla de policiais perto de Carly, Griffin e Marissa.

A mãe de Freddie já estava o visitando desde o dia anterior e suas reações eram muito inesperadas. Ela chorava, mas não parecia tão preocupada e Sam pensava que talvez o choque tenha a paralisado. Era muita coisa para se racionalizar em poucos dias, apesar de ninguém ainda entender qual era sua real relação com Leonard. 

— Oi, Sam, como está se sentindo? - disse Carly a envolvendo em um abraço um pouco demorado.

Griffin pigarreou querendo chamar a atenção de ambas e se pôs a explicar.

— Os oficiais estão aqui pra falar sobre o Nicholas, eles querem seu depoimento sobre a tragédia.

— Claro, tudo bem. - Sam quase falhou em dizer - Mas, eu preciso ir pra casa tomar pelo menos um banho, estou aqui desde de manhã, minha cabeça está latejando de tanto chorar.

— Será rápido, senhorita Puckett. Podemos fazer aqui mesmo, é um protocolo comum. - externou um dos policiais.

Sam concordou com a cabeça e sentou-se com um pouco de dificuldade em uma das cadeiras de espera do hospital. Os policiais queriam saber mais sobre a vida de Nick e sobre sua relação conturbada com ela. A verdade é que nem Sam sabia exatamente como eram seus pensamentos, ele havia voltado diferente e talvez pior em seus distúrbios da Juvy. Estava completamente descompensado e obcecado com a ideia de tê-la, como uma posse. Sam tinha certeza que não era amor e sim controle. 

Os oficiais revelaram que a tia de Nicholas, sua responsável legal, contou a eles que leu um diário assustador que Nick estava escrevendo antes de morrer. Continha planos mirabolantes, pensamentos intrusivos e em todas as páginas o nome de Sam se repetia. Ele prometeu ali que iria se machucar profundamente se não conseguisse ficar com ela, já que era seu maior objetivo. 

Quando o interrogatório acabou, ela se levantou para se aproximar a porta do quarto de Freddie de novo. A esse ponto, todos os enfermeiros dos corredores já a conheciam e estavam deixando suas visitas passarem do horário permitido. Encontrou Carly e Griffin bem perto dali discutindo sobre algo e encostou na parede do lado da porta com certa força para que percebessem sua presença.

— Sam, a senhora Benson está aí dentro. - avisou Griffin - Estamos esperando pra ver o Freddie e ir pra casa depois. Quer uma carona? Estamos com a Range.

— Não, Griffin. Está tudo bem, obrigada. 

— Olha, se isso for porque ainda está com raiva de mim, quero que saiba que-

— Eu só estou cansada. - interrompeu ela - Quero entrar e conversar com ele até o sono vir.

Carly comprimiu os lábios em desapontamento.

— Vai passar mais uma noite aqui? Sam, você precisa comer, trocar de roupa, dormir na sua cama. Por favor, estou preocupada. - confessou a morena. 

— Eu só preciso de mais uma noite com ele. A qualquer momento ele vai acordar e eu quero estar aqui. 

— Essas coisas podem demorar. - respondeu Carly - Quer saber? Podemos dormir juntas hoje, você precisa de um descanso, não está te fazendo bem ficar o tempo todo olhando pro Freddie nessa situação.

A loira aceitou um pouco hesitante. Ela precisava de companhia de qualquer jeito e estava muito fragilizada para negar um convite desses. Suas olheiras estavam aparentes demais para que mentisse na cara dura que não queria pelo menos uma noite na sua cama confortável. Tinha receio de que algo acontecesse enquanto estivesse fora, mas precisava se restaurar para dar suporte a Freddie. 

Sua distração se esvaiu quando observou Marissa deixar o quarto em lágrimas. Foi, então, que não se conteve ao iniciar algo que já queria há muito tempo.

— Senhora Benson, o que está acontecendo? O Freddie se machuca gravemente, você só vem visitar no segundo dia de estadia, não fica do lado dele no julgamento do Leonard... sério, qual é a sua? 

— Samantha, eu estou indo embora.

Então, Sam segurou no pulso de Marissa em uma tentativa delicada tentando chamar sua atenção. Não tinha mais como ela suportar ficar sem respostas, precisava entender toda essa bagunça, porque não aguentava mais ter que lidar com coisas incompreendidas. Tentava colocar tudo no lugar, mas algo parecia impedí-la. Por que a vida não podia ser simplesmente normal?

— Por favor. Eu não aguento mais tudo isso. Eu amo seu filho e quero ajudar, mas não consigo. Nem ele entende toda essa confusão. 

Marissa suspirou alto cedendo àquelas palavras. Também não podia mais suportar toda essa história em que havia se metido. 

— Vamos para um lugar mais reservado, sim?

A garota seguiu senhora Benson em direção a um corredor menos movimentado. Ela precisava falar e, honestamente, não confiava muito em Sam, mas agora era sua única opção. Não tinha uma amiga de sua idade para compartilhar esse tipo de coisa e não achava que Freddie poderia aprovar que Carly ficasse sabendo disso. Querendo ou não, a loira parecia atrair mais a confiança de seu filho. 

— Samantha, eu preciso que não conte nada a ninguém por enquanto sobre isso.

— É Sam! E de boa por mim, eu sei guardar segredo. - respirou pausadamente - Contanto que não fira o Freddie.

Ela enfatizou essa última parte e percebeu Marissa desviando o olhar.

— Tudo começou com um plano inocente e depois virou do avesso. E-eu não sei explicar, mas no fim tudo deu certo. Não sei como. 

— Seja mais clara, pelo o amor de Deus. Meu cérebro já está fritando o suficiente. 

— Eu seduzi o Leonard porque sei que sou uma grande ferida do seu passado. Quis seduzi-lo pra que fosse mais fácil colocá-lo na cadeia, ia buscar provas enquanto estivéssemos juntos. - Sam escutava com atenção e acompanhava até as feições de Marissa - Eu não sabia das filmagens do soco, mas depois disso nos envolvemos de verdade. Estou apaixonada por ele e está me matando por dentro que esteja preso, por mais que eu saiba que ele merece. E que Freddie também merece essa vitória. 

Sam pendurava uma expressão confusa e suas sobrancelhas não pararam de se movimentar. Encostou-se com o braço direito na parede mais próxima como se fosse uma posição mais confortável para processar o que senhora Benson dizia. Estava difícil, ainda havia coisas que ela não entendia.

— Mas por quê você mal fala com o garoto? Desde que está com o Leonard não consegue nem olhar pro Freddie direito.

— Me sinto culpada porque falhei, me apaixonei pelo pai dele e não consegui ser fria pra apoiá-lo no plano que ele criou. - fechou os olhos em decepção - Eu já aceitei que o Freddie vai me odiar pelo resto da vida. Primeiro, foi a revelação de que eu traía o Leonard e agora que estamos realmente juntos de novo, Freddie nunca vai aceitar.

— E por isso tem que desistir dele? Eu sinto saudades da minha mãe mais que tudo, para de ignorar seu filho. Olha como ele está, nem sabemos o que pode acontecer amanhã.

A mulher suspirou em derrota e virou-se para deixar o hospital. Não queria prolongar essa conversa com Sam, porque não discutiria seus valores e decisões com uma adolescente. Já tinha problemas o suficiente para preocupar-se com a opinião alheia, devia tentar seguir seus próprios instintos e fazer tudo funcionar, esse seria o melhor caminho.

Sam encontrou seus amigos e aceitou aquela carona de Griffin. Como prometido, Carly soltou na mesma parada de Sam para dormirem juntas na casa dela. De canto de olho, a loira percebeu que os dois não se despediram direito. Não teve selinho ou abraço. Na verdade, apenas rolou um "tchau" um pouco seco e despretensioso. O bad-boy até acenou, mas não pareceu ser correspondido.

Quando entraram, Sam foi direto para o banho e deixou que a água quase pelando escorregasse por todo seu cabelo. A esse ponto, não ligava mais em dormir de cabelo encharcado ou o que quer que fosse. De fato, estava se importando com pouquíssimas coisas. Não pensava na escola, no provável clima horrível se formando entre Griffin e Carly e nem na situação conturbada de Marissa. Pelo menos, naquele momento permitiu-se esvaziar completamente a mente e apenas torcer para que Freddie ficasse bem logo. Nem sabia o que faria quando ele estivesse recuperado, mas decidiu que pensaria nisso depois.

Ao chegar em seu quarto, viu a morena terminando de arrumar travesseiros e colchas em sua cama.

— Achei que ia gostar de companhia essa noite. Eu posso dormir no quarto da sua mãe se quiser, mas preferia não te deixar sozinha. 

— Tudo bem, pode ficar. - disparou Sam sem pensar muito.

Carly acompanhou com o olhar Sam sentando-se na cama enquanto secava o cabelo agressivamente com a toalha. Sempre notava no seu jeito de fazer as coisas. A loira escovava o cabelo sempre da raiz para as pontas, não se entendia com os nós e sentia-se exausta quando chegava na parte traseira. Colocava camiseta sempre pela cabeça e nunca pelas mangas e dificilmente passava suas roupas. As duas eram tão diferentes. Curiosamente, Carly sabia que achava isso nada menos que fascinante. Não queria ter alguém exatamente igual a ela por perto, isso era chato. Muito menos queria perder sua amizade com Sam.

Sentou-se ao seu lado e ficou a encarando descaradamente por um tempo. Abraçou-a de modo inesperado e Sam arregalou os olhos surpresa com a atitude. Não demorou muito para se aconchegar ali, pois queria chorar mais um pouco e extravasar os pesados sentimentos que estava carregando todos esses dias. Não podia negar que ter Carly de volta era um alívio.

— Eu te amo, Sam. Me perdoa por tudo, de verdade. - ela acariciava os cachos da garota afim de confortá-la.

— Só fica aqui comigo, por favor. - suplicou Sam.

As duas passaram um tempo considerável abraçadas. O silêncio foi o suficiente para que Sam se sentisse confortável e um pouco mais calma. Percebeu o quanto seu coração esteve acelerado durante todo esse tempo somente quando ele finalmente desalentou. Sentiu-se grata por estar tendo um momento raro de relaxamento essa noite. Era bom saber que tinha alguém ao seu lado depois de tanto tempo de solidão, conseguia sentir segurança em Carly e aproveitou a companhia mesmo que fosse apenas para descansar de um cheio totalmente cheio.

(...)

Carly acordou mais cedo para ir a escola. Não estava se dando ao luxo de faltar porque podia visitar Freddie no período da tarde. Sabia que o mesmo não acontecia com Sam, de qualquer jeito. Sua vida não foi mais a mesma desde que sua mãe teve que ir a clínica. A garota podia jurar que a primeira vez que a loira teve um momento de paz verdadeiro fora ontem a noite. Ela carregou um semblante calmo como não tinha em muito tempo e pode-se dizer que foi sua melhor noite de sono em semanas.

Interrompida antes da hora, a noite de sono ficou mais longevidade para ser perfeita. "Porra, oito da manhã, quem ousa bater na minha casa?", pensou Sam. Desceu contrariada as escadas tentando abrir os olhos em vão. Seus cabelos estavam desgrenhados e seu pijama manchado bem no meio da blusa, quem estava a perturbando que aguentasse. Até parece que ia se arrumar apenas para atender a porcaria da porta.

— Ai, meu Deus! Melanie? - gritou ela sem conter emoção.

— Sammy! 

Envolveram-se em um abraço saudoso com uma pitada de incredulidade. Faziam uns dois anos sólidos que Melanie não pisava em Seattle, esse era um acontecimento histórico. Com certeza, ela ficou completamente focada em seu desempenho em Annie Wright durante todo esse tempo. Não era uma vida acadêmica simples e nem fácil, então realmente sobravam poucas folgas.

— Eu vim mais cedo porque a Annie Wright está em período de pesquisa e eu não vou participar dessa vez. - disse ela adentrando a residência carregando uma mala grande.

— Que milagre! A cdf está descansando! 

— Cala a boca! - soltou Mel em um tom divertido - Mas, me fala, como estão as coisas? Semana que vem já podemos ver a mamãe?

— Sim. - disse simplesmente indo preparar um café da manhã na cozinha.

Melanie mexeu as sobrancelhas em confusão enquanto sentava-se na mesa. Podia estar sem ver Sam há anos, mas a conhecia como ninguém. Suas expressões, seu comportamento, eles diziam mais que qualquer palavra que ela pudesse soltar. A gêmea sabia que algo estava errado e pensava em descobrir.

— Você está bem, não é?

— Ah... quase isso. - Samantha murmurou em uma quase lamúria.

— Mentindo, Puckett? - indagou Melanie.

— Para. - Sam riu de canto colocando uma peça de presunto no centro da mesa - Você não entenderia agora, é uma longa história.

— Tenta.

— Tudo bem. Fredward Benson está internado no hospital porque meu ex melhor amigo criminoso bateu nele e depois se matou. Carly está namorando um cara que eu fiquei afim no começo do semestre e nossa amizade está estremecida porque ela escondeu isso de mim e ainda compactuou com um plano idiota em que o melhor amigo nerd dele teria que me seduzir. — sentou-se suspirando — Eu caí que nem uma boba nessa história e agora estou tentando salvar esse bobalhão que no momento é meu ex namorado.

— Fredward Benson? Aquele menino que você ficava implicando antes de eu ir pra Inglaterra? 

— O próprio. - ria enquanto cortava um pedaço generoso de presunto - Eu me apaixonei por ele, irmãzinha. E agora estou fodida porque ele é o amigo nerd que me seduziu pra cumprir um plano, então, consequentemente é também meu ex namorado.

— Uau, você é um ímã de loucura. 

— Eu sei.

Melanie tentava tirar as passas que entranharam em sua panqueca. Pensativa, queria apoiar sua irmã, mas era difícil. Mal havia chegado e já sentia um peso enorme em suas costas. Às vezes, até sentia-se culpada por estar tão ausente, era insano como não conseguia nem imaginar como deve ter sido complicado e sofrido para Sam lidar com o problema de sua mãe e com todos esses outros obstáculos ao mesmo tempo. Conhecia-a do avesso, sua força era física, mas o psicológico de ninguém aguentava tanta porrada. 

— Ainda vou entender e me acostumar com tudo isso, mas por que não vamos juntas ver o Fredward? Era isso que estava planejando pra hoje já que não foi pra escola? 

— Eu tenho passado todos os dias com o Freddie, é mais forte que eu. — olhou para Melanie com ternura, realmente apreciava o que ela estava fazendo — Obrigada, Mel, mas você não precisa ir se não quiser. 

— Está brincando? Quero reencontrar o felizardo que conseguiu fisgar Samantha Puckett. — sua voz doce falando essas coisas só deixava tudo mais cômico — E além do mais, podemos dar uma volta  em Seattle depois da visita.

— Ele está em coma e não fala faz uns três dias, mas estou otimista que vai acordar hoje. 

Melanie a lançou um sorriso gentil e esperou enquanto ela se arrumava. Deu uma olhada em volta e seu coração pulsou em conforto quando percebeu que ainda sentia aquele lugar como seu verdadeiro lar. Ela não queria sair da escola direto para a faculdade só para ter a chance de viver nessa casa de novo. Com Pam totalmente curada, isso podia finalmente se tornar uma possibilidade prazerosa.

Pegaram o ônibus até o hospital e Sam revirou os olhos quando Mel sentiu nojo de passar suas roupas limpinhas pela roleta. Seu rabo de cavalo continuava completamente perfeito e penteado, Sam achava que era humanamente impossível isso se manter todos os dias. Quando era menor, sentia repulsa dessas diferenças e até achava que Melanie era alguém inalcançável e perfeito, porém depois aprendeu que isso não era verdade. As duas tinham suas qualidades e defeitos e a distância com certeza ajudou-as na aceitação que tinham uma pela outra no presente.     

Passou como um furacão na recepção do hospital, porque aparentemente todos os funcionários já tinham se familiarizado com seu rosto. Surpreendeu-se quando entrou com Melanie no quarto de Freddie, pois Griffin estava sentado ao lado da maca o encarando sozinho.

— Tudo bem? - perguntou Sam.

O bad-boy pulou em um pequeno susto e espantou-se ao observá-las. As duas eram mesmo idênticas, mas Griffin pôde notar que Melanie tinha um brilho e detalhes únicos e diferentes. A feição que mantinha tentando respeitar toda a situação era simplesmente fascinante para ele. Notou que a cor de seus olhos era um pouco distinta e mais clara que a de Sam. A franja era mais rala e por algum motivo, ele achou que poderia penteá-la com os próprios dedos. Melanie era completamente encantadora para Griffin e isso podia ser no mínimo perigoso. 

— Oi, sou Melanie. - sorriu estendendo uma de suas mãos para ele. 

Sam podia sentir as faíscas rolando, porque sua irmã correspondia toda a eletricidade que os olhares de Griffin a lançavam. Era como física pura e explicada na atmosfera de um quarto tão pequeno. 

— Sou Griffin. - sorriu de volta e se forçou a fitar Sam - Eu já estava de saída, vou pegar o terceiro tempo na Ridgeway. 

— Ok, vejo vocês depois. Você e a Carly. Beleza? 

— A-aham, claro.

Ambas direcionaram suas cabeças para acompanhar a saída dele. Tudo estava tão estranho para Sam e ela não sabia o que exatamente não parecia certo. Talvez, por agora, a resposta estava óbvia. O amor da sua vida estava em coma e ainda não havia acordado. Céus, era agonizante essa incerteza e angústia que agora estavam vivendo no seu coração. Perder ele não estava em seus planos, precisava lutar para que ele melhorasse de uma vez por todas.

— Vou te esperar lá fora. - Mel disse baixinho com um sorriso reconfortante.

Sam fitou Freddie por um tempo e pôs se a acariciar sua testa com a ponta dos dedos. Sua mão encheu-se com os fios de seus cabelos escuros e ela soltava uma risada mesmo com os olhos cheios de lágrimas. Admirava tanto tudo sobre Freddie. Sua risada estava ficando mais intensa porque recordava-se do quanto ele gostava de ajeitar aquele topete e provavelmente morreria vendo que estava completamente bagunçado. Ele amava estar sempre impecável e Sam perguntou-se como ele havia aceitado se envolver numa lama, num incerto e num bagunçado que era quando suas vidas estavam entrelaçadas. "Quando te carrego ao meu lado tudo se torna mais interessante", Sam lembrou-se desse trecho da carta.

— Você é meu par, Freddie. - dizia em um quase sussurro - Não importa o que aconteça, você vai continuar sendo meu par. Eu te amo tanto. Eu sei que você acha que fica entediante quando está sem mim, mas sou eu que fico, nerd. Com quem vou implicar se você não está por perto? Quem vai dar sentido aos meus cachos se você não está acariciando as pontas deles? Acorda. Eu não posso suportar viver sem você. Mesmo que você fique de longe, apenas observando tudo como sempre faz, eu preciso saber que você está ali.

Sam o abraçou depositando quase todo seu peso em cima dele. Chorava e seus soluços escapavam de seus lábios enquanto segurava Freddie com uma força um pouco desnecessária. Ele não fugiria, mas ela pensou que até isso seria melhor do que ele não se mexer. Não aguentava mais não poder fitar o tom chocolate perfeito dos seus pequenos olhos, não aguentava mais não conseguir perceber o sorriso de lado mais lindo que já viu se formando em sua boca. Ela apenas queria que ele dissesse uma palavra, qualquer uma. 

— S-sam? - ele soltou com dificuldade com bastante rouquidão em sua voz.

A garota levantou numa velocidade quase inacreditavelmente veloz. Seus olhos se formaram em um formato de completa surpresa e seus lábios abriram um sorriso automático enquanto seu choro ainda não havia cessado. As pequenas amêndoas expressivas que mais amava no mundo estavam em alerta, a encarando compenetradas. Arrepios se formaram por todo o corpo de Sam e ela pôde sentir sua espinha gelando como nunca antes. 

— Por que está chorando, princesa? Onde está o Nick, ele te fez mal? - Freddie tentava se levantar um pouco agitado e Sam o segurou pedindo que ele fizesse silêncio e se acalmasse.

— Não, não, meu amor, eu estou bem. Estou aqui com você, tá vendo? - tentava manter sua voz mais mansa possível.

Freddie pegou uma de suas mãos e apertou. 

— Que bom que você está aqui. Eu achei que tinha te perdido pra sempre, Sam. - ele dizia um pouco embolado e ainda parecia grogue.

— Está sentindo dor? Eu posso chamar uma enfermeira, espera.

— Não, Sammy, por favor. Fica comigo, só fica comigo.

Sam sentou-se de frente para sua cama e eles ficaram se observando por um bom tempo. Freddie ainda tinha muita dificuldade para respirar, então ela se manteve preocupada. Tinha muita vontade de chamar a equipe médica só para certificar-se que ele estava bem, mas respeitaria se agora ele queria manter-se quieto e em silêncio. Era claro que ainda estava atordoado pelo tempo que ficou completamente indisponível.  

— Sam, eu estou sentindo muita dor. - ele dizia em lamento e sua voz mal saía - Por favor, você precisa saber que eu te amo muito. Eu sempre te amei. 

— Espera, Freddie, eu vou chamar ajuda, não fala isso.

— Sammy. Não esquece de nada que eu te falei, por favor. Me promete que não vai duvidar do que eu senti por você. Eu te amo tanto, Samantha... 

Ele tentava ainda apertar a mão de Sam e ela só chorava vendo seus olhos se fecharem novamente. 


Notas Finais


a Mel é uma fofa, ne? o que rola com ela e o Griffin? iiiiihhhhh (o dreigui)

comentem o que estão achando, atéeee mais!!! 💖


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...