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História Changes of Destiny - Linhas do tempo


Escrita por: sweetxnerbae

Notas do Autor


oi meus amores!!! como estao? saudades!

espero que gostem desse! eu, particularmente, gostei muito dos momentos seddie. 🥰

obrigada pelos comentarios, pelos favoritos... tudo incrivel!

boa leitura!

Capítulo 32 - Linhas do tempo


Era a penúltima semana de provas na Ridgeway. Não havia um horário certo para a saída dos alunos, então, apesar de ser um período difícil para todos, ao menos tinha uma certa dose de liberdade. 

Sam tinha estudado todo o domingo para essa prova de Biologia nessa segunda, por incrível que pareça. Impulsionada pela vontade de ter um futuro que não envolvesse vícios em drogas, bebidas e problemas, focou todas as suas energias em tirar notas boas para atrair uma boa faculdade no final do semestre. As provas finais contam muito para isso, então decidiu se dedicar. Mesmo com a possibilidade de sua mãe estar em perigo. Mesmo com Melanie ainda ausente desde a briga que tiveram.

Freddie saía de fininho de um pedaço escondido do jardim da escola. Ele queria voltar para dentro e encontrar a sua loira. Sam merecia um momento de relaxamento antes de ir visitar a mãe na clínica e finalmente descobrir o que está acontecendo com ela.

  A garota olhava atenta e com uma feição um pouco preocupada para todos os lados da escola. Não sabia ao certo quem procurava, mas queria achar um rosto conhecido no meio da multidão que a escola já se encontrava depois da bateria de provas. Achava que havia feito um bom trabalho concentrando-se na matéria, mas agora realmente estava ficando impossível não pensar em sua mãe.

— Linda. – Freddie disse simplesmente ao se aproximar dela.

Observava com cuidado como sua blusa azul com listras pretas a deixava adorável. Seus cabelos dourados reluziam na luz branca e caíam por seu ombro moldando o formato delicado de seu rosto. Freddie não conseguia parar de admirar o quanto Sam era perfeita. Sempre achara isso. Desde sempre percebera que seus olhos eram magnéticos e hipnotizantes, que seus cachos ficavam lindos em qualquer formato e que não importava o que usava no corpo, sempre estava linda. Ele particularmente preferia quando ela estava nua. 

— Pura loucura sua. É manhã, Benson, eu nem estou arrumada. – respondeu rindo e segurando sua mão.

— Você é linda sempre e eu quero te ver debaixo do sol. – ele a puxou um pouco pela mão – Vem comigo? 

— Pra onde? – indagou confusa – Eu preciso ir ver a Melanie, com certeza está na casa do seu melhor amigo que não apareceu hoje pra fazer prova.

— Vai dar tempo disso tudo, ainda está cedo. – ele suspirou levemente – Vamos ser felizes antes de enfrentar o caos? 

As frases viravam rituais implícitos. Os rituais com o passar do tempo virariam tradições. As emoções se repetiam e as aspas também. Não tinha nada imprevisível sobre essa faceta do relacionamento deles, mas nem isso era capaz de deixar entediante. 

— Vamos. – ela sorriu entendendo a referência que ele tinha feito. Sam amava como eles se entendiam sem palavras, mas também amava como Freddie sabia usá-las quando necessário. O segurou forte pela mão e o seguiu.

A grama desgastada daquele jardim, seu tom amarelado, seu corte bem ralo, já não faziam mais diferença diante de tudo que Sam estava olhando. Era algo lindo. Uma toalha azul marinho grossa estendida por quase um bloco inteiro atrás da maior árvore que existia ali. Em cima dela, algumas cestas bonitas com comidas que Sam podia sentir que eram suas favoritas. Ela simplesmente não podia acreditar. Freddie tinha feito tudo isso por ela. Somente por ela.

— Freddie... – ela sorria mais abertamente que o comum.

Ele apenas sorriu de volta e sentou-se abrindo uma das cestas que tinha ali. Ele havia trazido alguns morangos cobertos com chocolate, sanduíches grandes que eram os favoritos de Sam e alguns petiscos industrializados. Freddie mostrou tudo como se estivesse oferecendo orgulhosamente e a garota sentou-se ao seu lado. 

Sam tirou o casaco que estava coberto em seu corpo por causa do calor que já estava fazendo. O sol realmente fazia seus cachos brilharem de uma maneira diferente, seus olhos também ganhavam um reflexo totalmente distinto. Freddie gostava de pensar que eram uma água cristalina com raios de luz implantados, amava vê-la no sol, amava vê-la sob a luz. Ambos amavam quando ela começava a sumir, mas ainda aproveitavam o quanto a luz do dia o iluminavam.

Sam também reparava como o olhar castanho de Freddie sempre mudava os tons dependendo de seus sentimentos e da iluminação. Com os raios de sol, eles tinham nuances de um chocolate banhado a leite. Ela até queria comparar suas características preferidas nele com outros elementos, mas as comidas sempre vinham primeiro. Parece que era bom juntar as duas coisas que mais amava no mundo. 

— Hoje eu queria ir visitar meu pai. Acha que vai ficar bem indo na clínica só com a Mel? – Freddie indagou dando algumas mordidas no morango. 

— Claro, tudo bem. – ela disse dando de ombros enquanto comia um dos sanduíches.

Freddie levantou uma de suas sobrancelhas e se pôs a falar o que esteve pensando por esses dias.

— Sabe, Sam, eu entendo seu sonho e fiquei pensando nele um tempo. – deu um leve suspiro – Há uns dias eu tive alguns flashbacks das coisas que eu não lembrava por causa do coma. Eu sonhei com todo o julgamento do meu pai, inclusive. Nem pareceu um sonho, parecia que eu estava vivendo tudo aquilo de novo.

— Mas, eu nem sei porque tive aquele sonho, Freddie. Eu não vivi nada parecido, nunca nem vi aquele lugar. 

— Vem cá. – Freddie a envolveu pelos braços e deitou-se junto dela na toalha.

Observavam o céu enquanto ele dividia outro morango que comia com ela. Sam ria porque ele estava colocando-o em sua boca, para que não tivesse o trabalho de segurar. Ele realmente a conhecia muito bem para saber que Sam podia ter esse tipo de preguiça. Recostava em seu peito pensativa, analisando a movimentação suave das nuvens. Ouvia o coração de Freddie bater forte enquanto sua respiração era apenas serena e tranquila.

— Não importa o que estiver acontecendo, vamos dar um jeito. – continuou ele – Não sei o que o sonho quer dizer, mas também pode ser só preocupação, um pesadelo comum. No final, tudo vai acabar bem. 

— Eu espero. – levantou um pouco para olhá-lo – E agora? Como estão as coisas com seu pai? 

— Não estão. Na verdade, ele diz que mudou e minha mãe diz isso também, mas eu não sei se posso acreditar. 

— Talvez seja uma boa analisar como ele tem se comportado. Apesar de tudo, ele é seu pai, não sei se seria bom você guardar raiva dele pra sempre.

— Talvez, Sammy, mas é bem difícil. 

Sam depositou um selinho nos lábios dele.

— Eu sei, sem pressão. O que você decidir, eu confio que vai ser uma boa escolha.

Freddie a lançou um sorriso de lado e se pôs a beijá-la calmamente. E se perdurou assim por alguns segundos, mas eles não podiam resistir aprofundar o beijo um pouco mais. Sam já estava trabalhando em tirar o blusão que ele usava e desabotoava devagar os botões perolados dela. Ele, por sua vez, afastava os fios de cabelos dourados que estavam repousados nos ombros dela os movendo para suas costas.

Beijou o pescoço de Sam vagarosamente com sua língua dançando por toda extensão. Ela fechou os olhos para aproveitar, mas um pensamento intrusivo brotou em sua mente.

— Meu amor, estamos no meio do jardim da escola. – riu um pouco.

— Todo mundo já foi e eu meio que falei com a zeladora Velmann que estaríamos aqui, então ninguém vai chegar perto.

— Meu Deus, você adora transar aqui. É muito Frednerd mesmo... quebrando as barreiras da nerdice na escola!

— Eu vou te fazer ficar quietinha, se continuar. – ele colocou o resto entre as mechas do cabelo dela. Passou um dos lábios no lóbulo de sua orelha respirando forte e sentindo o cheiro viciante que Sam possuía. – Melhor... eu vou fazer você gemer meu nome hoje, Samantha.

A loira pôde sentir sua nuca se arrepiar por inteiro depois dessa frase. Apenas Freddie pronunciava esse nome perfeitamente. Percebendo as costas desnudas dele, fincou duas de suas unhas ali sentindo seu corpo entrar em erupção. Ele depositava beijos descendo por todo seu tronco, enquanto se livrava rapidamente das roupas. 

Ela suspirou alto quando ele passou as mãos com força em sua coxa já desnuda. Sam virou-se de costas ainda deitada e deixou sua respiração descompassada escapar pela boca. Freddie admirava essa visão contendo um grunhido quando comprimiu os lábios. Se curvou e então segurou com força as nádegas dela seguido de um tapa estralado na direita. Chupou no mesmo lugar como um anestesiante da dor para depois se aventurar na intimidade de Sam.

Ela gemeu quando ele fez o primeiro movimento e não parou durante todo as lambidas que ele depositava em seu clitóris. Contorcia-se quase na mesma posição todas as vezes que ele chupava toda a extensão de seus pequenos lábios. Suava, suspirava em lamento e ele alternava as movimentações com a boca na parte interna das coxas de Sam e com as mãos subindo em sua bunda.

Ela mal podia esperar para que ele a preenchesse. Olhou para trás ansiosa, enquanto mordia seu lábio inferior. Freddie a segurou pelo cabelo e se aproximou até chegar perto de seu ouvido.

— Sorte a minha estar com a mulher mais gostosa do mundo. – sussurrou.

Ela o beijou com volúpia e o lançou uma piscadinha cúmplice. Achou que iria a loucura a qualquer momento se Freddie não fosse aos finalmente logo. Ele suspirou quentura e então deu um beijo rápido na nuca da garota antes de iniciar seus movimentos dentro dela. A cada momento, pensava que isso ficava mais e mais delicioso. Sam parecia ter sido feita sob medida para ele e não conseguia mais imaginar-se com outro alguém.

Sentiu algo borbulhar por todo seu corpo quando roçou suas partes nuas nas partes dela. Gemeram em uníssono. Foi, então, que jurou ver estrelas quando deu sua primeira estocada. O ritmo lento o fazia delirar em prazer. Podia ser cada partícula do corpo de Sam se juntando ao dele. Ela chupou o dedo de Freddie quando ele apoiou as mãos sobre os queixo e pescoço dela. Eram fogos de artifício que nunca paravam de explodir em ambos.

Sam levantou seu quadril ainda deixando seu tronco totalmente estirado na toalha. Freddie arfou alto enquanto tirava e colocava completamente seu pênis dentro dela. Segurava a barra de sua bunda como se fosse a última coisa a se segurar na Terra, então finalmente sentiu o ímpeto de acelerar seu ritmo. Quase rebolava com a pelvis, sentindo a loira o apertar cada vez mais. Ele podia sentir que os orgasmos estavam chegando.

— Freddie, não para... – disse ela um pouco mais alto do que gostaria. 

Gemeu rouco enquanto Sam afundava as unhas naquele tecido que cobria a grama. Seus olhos espremiam, sua boca estava entre aberta e ela podia sentir que sua respiração faltava. Freddie a segurou pelo pescoço de maneira forte enquanto despejava seu hálito quente nas têmporas dela. Estava perto. Ele não havia parado de estocar fundo até esse momento.

Soltou seu ápice na grama ao lado de Sam ao mesmo tempo que ela se deliciava com orgasmos múltiplos. Ele sentiu pela uma última vez o gosto que sua vagina transpirava e depois aconchegou-se ao seu lado. Agora que o tesão tinha passado, era mesmo estranho estarem pelados no meio do jardim da escola. Encararam-se e não aguentaram em conter uma risada.

— É loucura como as coisas entre a gente simplesmente não esfriam. – disse ele a olhando um pouco mais sério.

— Estamos juntos há pouco tempo. – Sam disparou despretensiosa.

Freddie a olhou um pouco indignado, mas havia humor em sua expressão.

— Às vezes eu esqueço que namoro uma valentona linda que não tem delicadeza nenhuma.

Ela deu um tapa de leve em seu ombro.

— Ei! Eu tenho sim!

Freddie deu uma risada, mas voltou-se um pouco melancólico para olhá-lo. 

— Sammy, eu realmente acho que nossa relação não vai esfriar com o tempo. – ele respirou um pouco mais alto – Todos os dias eu descubro algo novo sobre você e o mundo meio que não deixa nossas vidas em paz. Isso é uma aventura e tanto.

— Verdade. Mas, o mundo não tem nada a ver com a gente, só problemas individuais tem acontecido. Isso é uma merda, né? 

Sam disse tão naturalmente que Freddie percebeu algo triste. Ela estava acostumada com a vida difícil, era ridículo se tocar que para ele as coisas eram completamente diferentes. Não estava acostumado com tantos problemas, tantos obstáculos, mas ficar perto de Samantha o fazia mais forte, de algum jeito.

— Eu nunca vou te deixar, Sam. Você acredita em mim? – ele a segurou pelo rosto lembrando-se do que ela disse aquela noite.

— Eu acredito, confio e amo você, Freddie. E você é a única pessoa pra quem eu consigo dizer isso.  

— Eu te amo, princesa. - ele a beijou delicadamente.

— Eu também amo você. 

Eles se levantaram e se aprontaram começando a se vestid. Correram ao estacionamento destinados a ir a casa de Griffin já que planejavam em buscar Melanie. Freddie se ofereceu para acompanhá-la antes de visitar seu pai na cadeia.

(...)

Carly estava na porta da escola esperando Sam. Sua amiga havia esquecido, mas elas tinham combinado de irem juntas a clínica. A morena não queria ficar chateada, porque sabia que tudo estava sendo difícil para Sam. Olhou para o telefone uma última vez para checar a hora, então decidiu ir para casa. 

Esperaria o ônibus dessa vez, seu carro não tinha sido abastecido. Estava, na verdade, reservando uma boa quantia de dinheiro para comprar seu vestido para o baile de formatura. Sempre preocupava-se em estar impecável com cabelo, maquiagem e roupas, nada mais justo do que ajeitar todos os detalhes do baile um mês antes.

Cruzou os braços um pouco impaciente no ponto quando viu Brad parar o carro em sua frente.

— Ei, Shay! Precisa de uma carona? – Brad colocou um pouco seu rosto para fora da janela para que Carly conseguisse vê-lo.

— Eu aceito se não for te atrapalhar. – disse ela tranquila.

— Entra aí! 

Ela entrara um pouco sem jeito, afinal, a última vez que tinha falado para valer com o Brad fora na festa de começo de período. Achava que havia mergulhado tão fundo nessa história com Griffin que esqueceu de juntar-se com mais gente. Brad era alguém incrível. Todas as vezes que se encontravam ele era gentil, educado e mesmo que ficasse muito bêbado às vezes, ele não dava trabalho.

Brad Wallace tinha interesses em tecnologia e já foi pertencente ao grupo de nerds da escola. Mas, desde que começou a ser pago para fazer os deveres dos atletas no segundo ano, sua reputação mudou. Agora ele está encarregado de muitas festas que acontecem na Ridgeway.

— Eu não acredito, Brad! – Carly exclamou enquanto fuxicava sua bolsa – Vou ter que descer. 

— Espera, o que houve? 

— Deixei minha chave de casa em algum lugar, o pior é que eu acho que está onde não devia. 

— Calma, onde você quer que eu te leve?

— É no centro, vai ficar muito ruim pra você.

— Que nada, estou indo lá visitar meu irmão. Ele acabou de casar, sabe? Ele me chamou pra ajudar na festa de inauguração da nova casa.

— Que demais! Você fez brownies?

— Fiz. – ele soltou uma risada – Você lembra que eu faço brownies.

— Claro! Os melhores que eu já comi. 

Brad sorriu genuinamente olhando-a. Carly abaixou um pouco a cabeça sem graça. Mal podia acreditar que estava mesmo indo a casa de Griffin buscar suas chaves, esse era um favor muito estranho e constrangedor para se pedir ao Brad. Ela não queria que ele perguntasse mais detalhes de onde estava indo, mas o destino não funciona desse jeito.

— Então, que lugar tão ruim é esse que suas chaves não deveriam estar? 

Carly respirou, mas não tinha como fugir da pergunta. Aliás, fugir seria o pior a se fazer, porque transpareceria que ela ainda tinha coisas mal resolvidas com Griffin. Bom, ela tinha, porém transparecer é um outro caminho.

— A casa do Griffin.

— Uau, Shay. Seu ex?

— O próprio.

— A saga do ex é ruim mesmo. Vou adivinhar que esse esquecimento da chave é proveniente de uma recaída. Confere?

— Não, senhor. – Carly brincou – Ele está com outra pessoa agora.

— Já? As notícias correm rápido na Ridge, mas não assim.

— Obrigada, está fazendo tudo ficar melhor com essa conversa. – ela ironizou.

Observando o GPS que Carly havia programado para indicar o caminho até a casa do bad-boy, Brad deu uma risada alta. Ele não tinha a intenção de chateá-la, essa era a única coisa que queria. Na verdade, sentia-se atraído por Carly desde que ela entrara na escola. Foi uma surpresa positiva descobrir que além de tudo, ela era engraçada e inteligente quando dividiram a turma de Literatura no ano passado.

— Desculpa. – sorriu ele – Não é nada disso. Eu só quis dizer que se ele conseguiu superar tão rápido, você vai também. Só precisa olhar com mais atenção.

Ela corou um pouco e espalhou o gloss que ainda permanecia intacto em sua boca. Olhou para baixo antes de encará-lo nos olhos. Um silêncio perdurou até Carly perceber que estava parada na frente da casa de Griffin. 

— Obrigada pela carona. – disse simplesmente – Eu te vejo por aí. 

Não sabia o porquê, mas não parava de sorrir.

— Se comporta, Shay. – brincou ele – Qualquer coisa, é só chamar.

Preparou-se para subir o único lances de escada e bater na porta de Griffin. Havia desistido de ter aquela conversa depois que Melanie apareceu, então não queria que ele pensasse que essa visita era algum tipo de recaída. 

Tocou a campainha apreensiva e foi surpreendida por ver quem atendeu.

— Oi, Melanie... – Carly disse sem jeito – eu estou passando pra pegar minha chave que eu esqueci.

Melanie deixou a porta abrir um pouco mais, então Carly conseguiu avistar Sam e Freddie sentados no sofá. Ela queria focar nisso em vez de prestar atenção na blusa enorme de Griffin que Melanie usava. A gêmea estava quase de calcinha na casa de seu ex namorado, isso era, com certeza, constrangedor.

Entrou e então sentou-se do lado do casal. Sam choramingava um pouco com Freddie sobre sua situação com Melanie, enquanto este a consolava em um abraço lateral. 

— O que aconteceu, Sam?

— Isso é um mal entendido de irmãs, Carly. – disse Freddie tentando ser doce.

— Existem muitas coisas que eu não posso me meter nessa casa. Eu não posso reclamar sobre a roupa que a Melanie está usando, não posso reclamar que o Griffin me trocou como se eu fosse nada pra ficar com a irmã da minha melhor amiga. – sua voz falhava por alguma razão – Mas, eu posso me meter nisso aqui, Freddie. Isso tem a ver com a senhora Puckett, não é, Sam? 

Griffin andou até a sala com um copo de água gelado nas mãos e sem camisa no corpo. Era inacreditável para Sam que sua irmã estivesse vivendo uma vida de casado com o motoqueiro enquanto o mundo de sua mãe desabava. Toda a situação girou em torno de Melanie insistir na ideia de que sua mãe havia fugido e que isso é inegável. Sam até tentou explicar as profundidades de seu sonho, mas sua irmã ainda pensava que essa não era uma questão a se levar em consideração.

— Eu sinto que ela está em perigo. – disse Sam depois de dar um gole na água – Eu não sei o que é, eu só sinto isso.

— Se ela estivesse mesmo, nós já saberíamos, Sam. Essas notícias chegam rápido, você não acha?

Sam balançou a cabeça afirmativamente tentando se conformar.

— Era um sequestro, Melanie. Era um super real sequestro, nossa mãe estava machucada e proibida de falar de nós.

— Olha, Sam, – Melanie se aproximou dela – Mamãe só tem a nós, certo? Quem sequestraria ela sabendo que não temos como pagar um resgate? É loucura. A gente tem que aceitar que nossa mãe não entende a necessidade se cuidar. Ela fugiu, Sam. Vamos ter que esperar ela aparecer.

— Se ela tiver mesmo fugido, por que os médicos não avisam?

— Porque é uma política de toda clínica esperar ao menos uma semana até a pessoa voltar. – Griffin pontuou – Eu sei porque já estive em uma. Vários companheiros meus fugiram, mas depois voltaram. A clínica entende como um relapso saudável para voltar com mais força ao tratamento.

— Já esteve em uma? – Freddie indagou. Ninguém ali sabia da sua história com drogas, exceto Carly.

— É algo antigo, podemos conversar sobre depois. – Griffin respondeu lançando um olhar significativo para a morena. Melanie notou.

Griffin levantou-se rumo a cozinha porque estava pretendendo preparar o seu almoço e o de Melanie. Eles realmente estavam vivendo uma rotina juntos. O garoto não se importava nem um pouco com isso, ele até queria que Mel permanecesse. Não sabia porquê seus sentimentos eram tão confusos, mas ele gostava de Melanie de uma forma totalmente genuína. Às vezes esquecia do seu principal objetivo quando passava as noites assistindo filmes engraçados com ela. Eles se entrosavam, não sabiam como isso tinha começado, mas apenas era assim.

Quando Melanie foi atrás dele para ajudá-lo a cozinhar, Carly virou-se apreensiva para olhar Freddie.

— Ei, Freddie, seu pai já ligou alguma vez desde que foi preso? 

— Não. – ele respondeu um pouco confuso – Ele tem uma ligação por semana, mas como fui visitá-lo, ele não precisou me ligar.

Carly apenas fez um movimento com a cabeça para sinalizar que havia entendido.

— Por quê? Sabe algo dele que eu não me lembro? – ele suspirou – Por causa do coma tem algumas coisas que eu posso não lembrar.

Ela sentiu-se nervosa. Sua barriga havia gelado completamente. 

— Não, não, é só curiosidade mesmo. Você ainda vai visitá-lo?

— Hoje não. – respondeu – Vou ficar com a Sam.

— Eu disse que você pode ir, Benson. – disse Sam com um olhar tristonho – Sério.

 — E eu disse que vou ficar. – disse beijando o nariz dela – Seria uma boa esperar ele me ligar, já que agora diz que eu sou tão importante.

Carly queria acreditar que Freddie era mais importante para Leonard do que Griffin. Ainda estava muito estranha essa história de ligação, na verdade, de contato com um homem tão nojento. Leonard tinha provas em suas mãos que poderiam comprometer Griffin. Carly pensava o porquê essa relação repentina estava acontecendo, mas teria que descobrir primeiro antes de compartilhá-la com Freddie ou com qualquer um.

A verdade é que Leonard achava que o bad-boy era um alvo fácil. Apesar de ser muito bem resolvido em algumas áreas, Griffin tinha suas inseguranças. Quando se tratava de toda sua experiência com drogas, de sua amizade com David, as coisas ficavam cada vez mais complicadas. Griffin não queria estar fazendo o almoço, não queria estar agindo como um babaca. Sua alma clamava para que ele fosse até a sala e contasse a verdade. Sam era muito boa, uma amiga incrível e ele sabia que ela não merecia nada disso. Sua angústia estava matando o motoqueiro aos poucos.

Se o Benson-pai atacasse Sam, tudo ficaria muito óbvio. Ela era o maior ponto fraco de Freddie e Leonard sabia. Confrontá-la seria a mesma coisa que se entregar a derrota e ao fim do anonimato durante todo esse plano.

Griffin não aguentava mais ter que lidar com tudo isso. Olhava Melanie e enxergava-se em uma mentira. Ela era pura, boa e simplesmente amável. Olhava Carly e enxergava decepção, seu primeiro amor devia estar extremamente desapontado com ele por estar fazendo as escolhas erradas. Sam e Freddie eram sua prioridade nisso tudo. Sam não havia deixado de ser nada menos que legal com ele durante todo esse tempo e Freddie era seu irmão de alma.

Pensou que seria a hora de agir. Ele queria de alguma maneira invadir aquele porão e conseguir tirar Pam dali. Esse seria o primeiro passo para detonar Leonard, porque os cinco, com certeza, poderiam juntar forças para desmascará-lo. Com um esquema fácil de tecnologia, conseguiria grampear seu próprio telefone e gravar as conversas com Leonard. Essas seriam provas o suficiente para deixá-lo em prisão perpétua e em segurança máxima.

— Vocês querem ficar pra almoçar? – Griffin perguntara aos três que ainda conversavam na sala.

— Eu e Sam vamos almoçar lá em casa já que minha mãe vai precisar passar a noite na casa da minha tia. – ele montou uma expressão de nojo – Alergias. Sabe como é.

Griffin e Carly fizeram a mesma expressão de desconforto.

— Quer vir com a gente, Carly? – Sam convidou.

— Não, obrigada, eu tenho muito trabalho pra fazer. São meus pontos extras pras provas finais.

Sam e Freddie assentiram enquanto se destinavam a porta de saída. Carly mal se despediu de Griffin, mas pegou as suas chaves que de fato estavam na casa dele em cima da escrivaninha que havia do lado da porta principal. A morena pegou a segunda carona do dia, mas dessa vez para casa, na Range Rover de Freddie. Sentia-se exausta, mas tinha mesmo muitos trabalhos para fazer.

Sam sentia sua barriga roncar de fome, como sempre, e esperava que a comida de Freddie não demorasse muito para ficar pronta. Ela amava quando ele cozinhava e se esforçava para fazer tudo incrivelmente bem. Apesar de sentir que o devia uma refeição completa pelo piquenique, decidiu que faria isso com mais calma mais tarde. Por agora, preferia apenas ajudá-lo com o almoço.

O nerd perambulava por toda a cozinha ainda um pouco confuso em seus temperos. Abria sem muito jeito um pacote de tacos prontos, enquanto Sam olhava a água do macarrão começar a borbulhar. Decidiu que faria o molho de tomate mais maravilhoso do mundo para acompanhar aquele prato perfeito.

— Eu amo tacos de macarrão, lembra quando comíamos sempre na casa da Carly?

— Lembro mais de você comendo tudo sem deixar pra ninguém. – Freddie soltou contendo um riso.

Sam o lançou um olhar fulminante e depois deu de ombros. As provocações nunca parariam entre eles, pelo visto.

— Eu só não vou falar nada porque você fica muito gostoso quando está cozinhando.

Ele parou de separar os tacos nos pratos e aproximou-se dela. Roubou um beijo rápido de seus lábios e depois depositou vários por toda a extensão de seu rosto. Eles eram vagarosos e delicados, Sam queria viver aquele momento para sempre. Desejou que tudo estivesse parando.

— Só quando eu estou cozinhando?

Ela deu um tapa um pouco forte na bunda de Freddie quando ele virou de costas voltando a sua função.

— Desde a primeira vez que a gente ficou, você é louco pra ouvir meus elogios.

— Claro! – ele a olhou indignado – Depois do melhor sexo da minha vida, você disse que nunca mais faríamos aquilo de novo. Eu entrei em desespero, Puckett!

— Desespero pra saber como tinha sido seu desempenho, né, seu idiota! – Sam ria toda vez ao pensar o quão nerd Freddie continuava mesmo depois de todas as suas experiências incrivelmente extraordinárias (Sam adorava pensar nisso como um deboche) em Toronto.

— Também. – admitiu – Mas, eu estava tão desesperado por você que no dia seguinte te enfiei no armário só pra te ter perto de mim de novo. Você é viciante.

— Nerd, nem em um milhão de anos eu achei que você falaria isso pra mim. Na festa de começo de ano, você me olhava como se eu tivesse alguma doença contagiosa.

Ele a olhou um pouco sério e mexeu as sobrancelhas um pouco surpreso. Um sorriso meio abobalhado se formou em seus lábios, o que despertou a curiosidade de Sam.

— O que foi? – perguntou ela.

— Nada. – sorriu mais uma vez – É que te reencontrar foi um misto de emoções. Quando você veio na minha direção, eu não conseguia nem reparar em mais ninguém. Ficava te olhando e você estava tão mudada, tão bonita, tão gostosa. – ele deu uma piscadinha – Eu podia jurar que te odiava, Puckett, mas aí você chegou dizendo que era a dona daquela festa e eu não pude conter um tesão avassalador que surgiu no meu corpo.

— É mentira! – Sam exclamou gargalhando – Eu podia jurar que você estava me olhando com nojo, Benson!

— É verdade, Sammy! Eu até fiquei puto quando você pediu pra que eu te arranjasse o Griffin. Eu te queria tanto que achei injusto você querendo o meu amigo. Nojo é a última coisa que eu sentiria de você. – ele fez uma pequena pausa – Claro que éramos muito implicantes há alguns anos, mas eu sempre soube que você era uma boa pessoa. No fundo, eu queria ser seu amigo.

Sam ficou pensativa por um momento. Tudo que fazia era para que Freddie também reparasse nela além de Carly. Ele sempre estava fazendo tudo que a morena queria, realizando todos os desejos, fazendo de tudo para agradá-la. Talvez, sua postura era uma que buscava por atenção. Freddie nunca reparara, porque em sua cabeça tudo estava ligado ao ódio que ele pensava que Sam sentia por ele. Mas, a verdade, é que ela nunca conseguira odiá-lo. Por mais que tentasse, não conseguia.

— Posso te falar uma coisa?

— Manda. – Freddie respondeu indo para perto e checando a panela do macarrão.

— No dia que você foi embora pro Canadá, eu fui a sua casa te pedir desculpas pelo lance do primeiro beijo. – ela riu um pouco sem graça – Inclusive, eu ia te pedir pra que dividíssemos essa primeira vez, porque eu nunca tinha beijado ninguém também.

Freddie ficou atônito, desacreditado. Sam era tão segura, tão suficiente do que fazia ou falava. Jamais imaginaria que ela podia propor algo assim para ele. Então, ele a encarou. Ela tinha um sorriso um pouco inseguro nos lábios, mas ele não parava de sorrir. Essa tinha sido uma revelação simplesmente fantástica. Talvez, tenha até mudado muitas de suas perspectivas sobre esses velhos tempos. 

— Agora estou com vontade de voltar no tempo só pra ter tido meu primeiro beijo com você. – ele não parava de olhá-la. 

— Espero ter todas as minhas primeiras vezes daqui em diante com você.

Freddie a beijou calmamente mais uma vez. Soltou um riso abobalhado e depois a encarou como se estivesse vendo seu rosto de um jeito inédito. Ele jamais se acostumaria com as infinitas faces de Samantha Puckett, ela realmente era sua imprevisibilidade viva.

— Como você ia conseguir me beijar se me odiava? Aposto que ia correndo lavar a boca.

Ela balançou a cabeça negando com um sorriso no rosto.

— Eu não te odiava, Freddie. Eu só queria uma desculpa pra não ser inferior a Carly dessa vez. – suspirou levemente – Ela sempre tinha todas as atenções com ela. Quando você chegou já querendo agradá-la, eu achei melhor fingir que eu nem ligava de ter a sua pra não deixar ninguém pensando que até nisso ela tinha ganhado. Eu também precisava acreditar que não tinha. 

Freddie acariciou a lateral do cabelo de Sam com a ponta dos dedos enquanto sorria levemente com os lábios. Sentia paz, porque entendia exatamente quais eram seus sentimentos naquela época.

— Eu nunca me esforcei tanto pra agradar a Carly como me esforcei pra te fazer gostar de mim. – ele ainda não havia parado de olhá-la nos olhos – Tudo com a Carly era sem espontaneidade demais, eu achava que ela estava me fazendo um favor em ser minha amiga, porque era única que eu tinha. Mas, com você não, Sam. Eu ganhei força, eu aprendi a enfrentar problemas, aprendi a defender o que eu sou. Eu queria que em algum momento, você me admirasse.

— E eu sempre te admirei. Todas as vezes que você fazia um projeto tecnológico novo, eu tinha vontade de te dizer que aquilo era incrível. 

Eles sorriram simultaneamente quando Freddie a agarrou pela cintura os juntando em um abraço. 

— Você nunca foi inferior a Carly pra mim. Você era a garota que eu mais observava. – ele voltou a olhá-la – Eu sei como você reage a todas as situações, sei suas manias, suas coisas favoritas, sei que você chorou quando arrumou o primeiro emprego. Eu sei tudo e descobri só te observando. Eu nunca tive vontade de observar a Carly, porque eu só tinha vontade de te descobrir.

— Eu te odeio, Freddie. – ela riu enquanto limpava uma pequena lágrima de seus olhos.

— Eu também te odeio, diaba loira. – ele riu também – Fingir que te odiava foi a coisa mais difícil que eu já fiz, tanto que às vezes eu deixava escapar.

— Como assim?

— Eu saí te mostrando todas as coisas que eu aprontei pra ganhar detenção naquele dia na escola. – Sam fez uma expressão surpresa e feliz enquanto ele falava – Eu queria que você se admirasse com apenas uma. E eu consegui.

— É verdade, aquela com o diretor Franklin ficou realmente boa! Saiba que fiquei mesmo orgulhosa, Fredducine. Apesar de eu nem lembrar porque a gente queria tanto ficar em detenção.

— Pra despistar o Spencer daquela viagem a Yadaho que ele queria fazer com nós três. 

— Ah, isso! A detenção foi bem melhor.

Ele concordou e ela apenas lhe lançou um sorriso cúmplice. Sam estava maravilhada com tudo que ele havia dito e não conseguia parar de admirá-lo. Desde que estiveram em toda essa confusão, ela não havia parado para pensar que a história deles não tinha começado com o plano, mas muito antes. Muito antes, Freddie queria a amizade de Sam. Muito antes, Freddie queria impressioná-la. E no reencontro, ele já a desejava. Isso confortou o coração de Sam.

Ela virou mais uma vez para olhá-lo enquanto ele escorria o macarrão.

— Eu sei que o que a gente tem é de verdade. – disparou – Eu te amo de um jeito muito estúpido e exagerado, nerd.

Beijou-o nos lábios como se sentisse o gosto pela primeira vez.

— Eu te amo mais, Sammy. Eu sou o idiota da nossa relação, então o amor mais estúpido é o meu.

Ela apenas sorriu largamente e o beijou mais uma vez. 

Quando tudo ficou pronto, eles sentaram para comer, finalmente. Sam disse que queria ficar na frente da TV para assistir o último episódio da temporada de Celebridades Embaixo d'Água, então Freddie se juntou a ela no sofá. 

Assistiram a uns quatro que passaram de uma vez, mesmo que fosse repetido, rindo como se fossem inéditos. Sam havia comido quase todo o macarrão, mas mudando sua reputação dos tempos antigos, deixou Freddie acabar o resto que havia sobrado. Eles conversaram mais um pouco sobre assuntos aleatórios e não saíram dali durante toda a tarde.

Mais horas se passaram, então, eles decidiram pedir alguns donouts delievery para assistir a um filme. Freddie escolheu e Sam achou que morreria de tédio. Mas, na verdade, ela havia gostado de Gigantes de Aço. Achava que ele se empolgava com esse tipo de filme por não ter tido uma infância tranquila e estar vivendo tudo isso tardiamente. Não podia deixar de pensar que isso era extremamente adorável.

Eles não se desgrudaram de uma posição que durou o filme todo até cairem no sono, ali mesmo no sofá da sala. Freddie envolvia um de seus braços em volta de Sam e nem o sentia ficar totalmente dormente, pois apagou completamente durante quase toda a noite. Sam, contrariando todos os seus comportamentos normais, deixou de comer alguns donouts por causa do sono avassalador que já a consumia.

Poderiam ficar assim até o amanhecer. Mas, um estrondo na porta fez Freddie se levantar de sua confortável posição. Cuidadoso, tirou seu braço debaixo de Sam para que ela não acordasse. Permanece intacta, mesmo com todas aquelas campainhas. Ele bufou, mas precisou atender. Parecia algo um pouco obscuro, afinal podia ver pela grande janela da sala, que nem havia clareado. Observou o relógio de parede, 4:45 da manhã.

— Melanie? – disse com os olhos espremidos ao atender a porta.

— O Griffin sumiu, Freddie. 


Notas Finais


e aiii???? me digam aqui nos comentarios o q estao achando!!! 💖


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