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História Chaos and Order - XVII - the queen of magical great britain


Escrita por: targsupremacy

Capítulo 18 - XVII - the queen of magical great britain


 

Daphne Greengrass

 

Crescendo no campo em Lancashire, Daphne estava acostumada á florestas - mais que isso, ela adorava florestas. Quando criança, Daphne costumava passar tanto tempo quanto possível entre as árvores, mais especificamente na beira de rio que corria por toda a floresta, do Castelo Greengrass á Greengrass Park. Tendo crescido na floresta, Daphne não poderia dizer que não gostava da escolha de residência da família Bernstein-Starkova; era adorável, uma casa moderna toda de madeira e vidro no meio da Grunewald em Berlim, cercada de árvores, ar puro e natureza.

A procura por Adhara Dorea levou todo o primeiro semestre de Daphne, mas, eventualmente, ela conseguiu localizar a prima de Manon.

Adhara foi deixada em um bom orfanato, onde, cerca de um ano depois, foi adotada por um casal trouxa russo-alemão, e cresceu em Berlim, sob o nome de Alina Bernstein-Starkova; desde os onze anos, Alina estudou em Beauxbatons.

E agora, Daphne estaria prestes a sacudir o mundo dela.

Mas era necessário.

— Tem certeza de que essa é a casa da família Bernstein-Starkova, e não da família Cullen?

— O sangue não mente.

— Sinistro.

A prima resmungou, mas Daphne a ignorou e subiu os degraus. Cruzou a varanda e parou na frente da porta, tocando a campainha. Pansy parou de seu lado, e as duas esperaram, por minutos que se arrastaram como se fossem infinitos, a porta se abriu. E quando abriu, foi por uma mulher alta e elegante, de cabelos ruivos como as folhas no outono e olhos verdes claros.

— Olá. — disse em alemão perfeito. — Meu nome é Daphne Greengrass, e essa é Pansy Parkinson. Procuramos por sua filha, Alina.

— Elise Bernstein-Starkova. — respondeu a mulher, igualmente em alemão. — O que querem com minha filha? São britânicas, pelo que vejo. Minha filha não mantém contato com britânicos.

— Certa ela. — respondeu Pansy. — Se trata da família biológica de Alina.

— A família biológica? — as sobrancelhas ruivas da mulher se ergueram. — Ninguém nunca procurou Alina por sua família biológica. Achamos que estão mortos, ou não interessados.

— Essa é uma conversa melhor servida dentro, senhora. — Daphne respondeu. — Se não for incômodo, é claro.

— Claro que não, por favor, entrem.

A ruiva as levou para a sala de estar, e Daphne e Pansy sentaram no sofá, enquanto a mulher pegou uma poltrona do lado da lareira apagada para si.

— Bem?

— Onde está Alina? — perguntou Daphne. — Seria muito melhor caso ela já estivesse presente, assim não precisamos ficar nos repetindo.

— É claro. — Elise respondeu, levantando. — Aceitam chá, água, suco?

— Chá seria ótimo, senhora.

Pansy respondeu amavelmente, e a ruiva saiu. Assim que os passos da mulher não podiam ser mais ouvidos, Daphne se levantou, andando silenciosamente pela sala. Haviam fotos, em sua maioria de duas mulheres - uma era Elise, e a outra deveria ser sua esposa, loira de olhos azuis - e uma criança igualmente loira de olhos azuis. Daphne parou na mais recente foto, das duas mulheres paradas com uma adolescente no meio. A adolescente, por volta da idade de Daphne, têm o cabelo num tom de dourado muito semelhante ao seu, mas que não era verdadeiramente o cabelo de Greengrass, mas o de MacKinnon, da mesma forma são os olhos, azuis feito o gelo, iguais á dos ancestrais escoceses da garota; se o cabelo e os olhos não deixavam dúvidas de que aquela menina era a filha de Marlene MacKinnon, então o rosto anulava qualquer noção de que aquela não era a filha de Sirius Black. A pele pálida, a aristocracia e arrogância de suas feições, a perfeição das linhas de seu rosto que davam-lhe beleza avassaladora, era toda da Casa de Black.

Daphne a teria reconhecido como parente de Manon há quilômetros de distância.

Ao ouvir passos se aproximando, Daphne imediatamente retornou para o sofá. Nem um minuto depois, a porta se abriu e Elise entrou, carregando uma bandeja com um jogo de chá. Foi somente depois das três se serviram que a porta se abriu novamente e por ela entraram as duas loiras.

— Puta merda do caralho.

O sussurro da prima era quase inaudível, e Daphne escutou meramente por causa da proximidade. Pessoalmente, a garota loira era ainda mais parecida com Manon, a versão loira de olhos azuis da melhor amiga, e Daphne estaria mentindo se dissesse não estar se sentindo atordoada com a semelhança. Enquanto Daphne se recuperava, Elise apresentava a esposa como Tatiana, e Pansy as apresentavam.

— Minha esposa disse que estão aqui por causa da família biológica de Alina.

Comentou Tatiana, olhando entre as duas. Daphne assentiu, colocando a xícara na mesa.

— Estamos. — respondeu. Olhou para a garota. — Não fazíamos ideia de sua existência até o começo do ano, acredite, se soubéssemos antes, já teria sido localizada.

— São parentes minha? — inquiriu a garota.

— Oh, não. — Pansy respondeu, balançando a cabeça. — Embora Daphne possa ser uma prima muito distante, certo?

— A avó da minha tataravó nasceu MacKinnon. — respondeu Daphne automaticamente. — Muito longe o parentesco, obviamente. Fomos enviadas por sua prima.

— E por que essa tal de prima não viria?

— Não sei o que sabe da atual situação na Grã-Bretanha, Alina, mas estamos em guerra. — Pansy quem disse.

— Estou muito atualizada sobre a situação na Grã-Bretanha. — respondeu Alina. — A Diretora Maxime viajou para Hogwarts para o funeral de Albus Dumbledore. Os jornais dizem que ocorreu uma batalha nas dependências do castelo.

Um flash de verde brilhou na frente dos olhos de Daphne, a Maldição da Morte que quase tirou a vida de Theo, e Daphne apertou o maxilar, assentindo bruscamente. Era uma tremenda sorte que as únicas baixas fossem Dumbledore e outro Comensal.

— Chamam de Batalha da Torre de Astronomia. — comenta Pansy, secamente. — Manon queria vir ela mesma encontrar você, Alina, acredite, mas Harry ainda está muito abalado pela morte de Dumbledore, e em tais tempos desesperados, é impossível que deixe a ilha, ela ou qualquer outro de seus parentes. Então ela nos mandou.

— Manon e Harry. — murmurou a loira. — Falam de Manon e Harry Potter, não é?

— Exatamente. — Daphne assentiu. — Sua mãe... — começou com delicadeza. — Sua mãe é Marlene MacKinnon. Ela morreu cerca de quinze anos atrás, em um — Daphne se interrompeu, olhando profundamente nos olhos azul-gelo daquela garota que se parecia tanto com a garota dela. Como se diz para uma menina que toda uma parte de sua família foi massacrada em uma só noite? — Marlene, seus pais, irmãos, tios e primos estavam reunidos em MacKinnon Hall, sua residência em Inverness, quando cerca de trinta Comensais da Morte conseguiram violar as defesas. — contou na voz mais suave que tinha. — Não sobrou ninguém.

Embora parecesse tanto com Manon por fora, Daphne viu que não parecia em nada com a melhor amiga por dentro. Descobrir que toda a sua parte materna da família foi assassinada em uma só noite teria feito a melhor amiga pular de pé e começar a destruir todo o mobiliário, possuída por raiva cega e então, só depois que se acalmasse, é que ela iria jurar vingança com fogo nos olhos. Aquela garota, entretanto, não fez nada; seus olhos azuis tornaram-se tão frios quanto sugeriam sua coloração, um frio tão intenso quanto Daphne jamais viu antes. Alina ficou em silêncio por longos minutos, quais Daphne e Pansy permaneceram em silêncio, e Elise e Tatiana silenciosamente - e de maneira tátil - confortaram a filha. Finalmente, depois de uma eternidade, a garota falou:

— E o meu pai?

— Seu pai é Sirius Black. — respondeu Pansy imediatamente. — Que, a propósito, não era nem traidor e muito menos assassinato em massa, nem Comensal da Morte ou louco... quer dizer, os Black em geral são um pouco desequilibrados, mas... bem, você entendeu. Não louco. Sirius passou doze anos em Azkaban, e somente saiu quando destruiu que o verdadeiro traidor, assassino em massa e Comensal da Morte estava próximo de Manon e Harry. Ele morreu em junho do ano passado, lutando na Batalha do Departamento de Mistérios.

— Quanto a sua família Black, existem tios-avós e tios-bisavós, além de muitos primos. Quais incluem Manon e Harry. Foi descoberto recentemente que a mãe deles, Lily, era na verdade filha de seu avô, Orion Black. Primos, portanto.

— Eu sou prima de Harry e Manon Potter. — sussurrou Alina, incrédula.

— Existem notavelmente poucos. — comentou. — Temos uma questão urgente para tratar, Alina.

— Não vieram somente para contar a minha filha de sua família biológica, vieram? — Tatiana inquiriu.

— Não. — Daphne negou com a cabeça. — Alina é a última MacKinnon viva. Não existe nenhum outro. Ela é a última de uma Casa Mais Antiga e Mais Nobre com mais de um milênio e meio. — talvez estivesse sendo brusca, mas era necessário. — As Casas Mais Antigas e Mais Nobres estão no topo da hierarquia nobiliárquica da Grã-Bretanha Mágica, denota que descende diretamente de um dos Onze Primeiros Lordes do Rei Arthur Pendragon, o que quer dizer que, segundo a Constituição da Grã-Bretanha Mágica, os Lordes e Ladies das Casas Mais Antigas e Mais Nobres podem fazer do herdeiro ou herdeira da Casa de Pendragon o Rei ou Rainha da Grã-Bretanha.

— Um dos poderes inclusos do título é anular o Ministério da Magia e o Winzegamot. — disse Daphne. — Para impedir que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado assumir os dois corpos e, assim, governar toda a ilha, é Manon ser a rainha. E ela só pode ser rainha se todos os Onze Primeiros concordarem que ela seja. Manon precisa de você, Alina.

— Então essa Manon Potter, que é prima de Alina, quer ser rainha, e precisa de Alina, porque minha filha é a Lady de uma dessas Casas Mais Antigas e Mais Nobres?

— Precisamente.

— São duas. — disse Alina. — Se sou filha de Sirius Black, são duas Casas.

— Uma somente. — Daphne corrigiu. — Sirius não fazia ideia de sua existência, e Manon era sua herdeira. Ela é Lady Black. Você é somente Lady MacKinnon.

— Mas Alina é a filha desse tal de Sirius Black. — disse Elise.

— Sirius escolheu Manon. — Daphne disse. — E a magia da Casa de Black aceitou, de bom grado, Manon como sua senhora. Nada, exceto a morte, poderá mudar isso.

— Quando você diz que Sirius não fazia ideia da minha existência...

— Acho que ele nem sabia da possibilidade de sua existência, na verdade. — disse Pansy. — Embora eu não possa dizer muito sobre ele, nunca o conheci realmente. Mas, pelo que foi reunido, somente três pessoas sabiam de você. Duas delas estão mortas faz uma década e meia.

— Você era um segredo absoluto. — Daphne contou. — Procurei em todos os jornais da época, e não há nem um sussurro sequer de sua mãe estar grávida; a herdeira MacKinnon grávida da ovelha branca da Casa de Black teria sido a fofoca mais suculenta do ano, mas toda menção á gravidez daquele ano e por volta da época eram as de Lady Potter e Lady Longbottom.

— Oh, vocês sabem a data exata do aniversário de Alina, então? — Tatiana se empolgou. — Não havia informação no orfanato, então comemoramos no dia que ela veio para casa.

— 05 de Agosto, no St Mary's Hospital em Londres. — Daphne contou. — Sua mãe te chamou de Adhara Dorea. A tradição da Casa de Black é nomear as crianças por estrelas, constelações e demais corpos celestes. Adhara é a segunda estrela mais brilhante da constelação de Canis Major, a mesma constelação onde está a estrela Sirius; Dorea é o nome da tia-avó de seu pai, bem como sua mãe adotiva.

Elas tornaram a ficar em silêncio, Alina olhando entre as duas mães, enquanto Pansy se preocupava com as próprias unhas e Daphne analisava discretamente a família a sua frente. Eventualmente, Elise falou:

— O que Alina precisa fazer para coroar essa Manon?

Finalmente estamos saindo do lugar, pensou Daphne.

— Ir ao Banco Gringotes em Londres e reivindicar o anel. Há um ritual que ela precisará fazer para que a magia da família a aceite, então estará feito. Depois disso, todos os Onze Primeiros se reuniram para mais um ritual e tudo feito.

— Somente isso?

— Somente isso.

— E será seguro? Você diz que a ilha está em guerra, e parece que esses Potter são alvos.

— Esses Potter, Sra. Bernstein-Starkova, — disse a prima, finalmente olhando para Elise; Daphne já viu aquele olhar fazer com que homens com duas vezes o tamanho de Pansy se encolherem como fetos, mas para o crédito da ruiva, ela só se encolheu um pouco. — são as únicas pessoas no mundo que poderão derrotar um mal que assola a nossa ilha por décadas. Mesmo quando ele se foi, ele aterrorizou tanto que seu nome nem sequer era permitido ser dito, mesmo nos lugares mais seguros. Ele assassinou e torturou centenas de pessoas pessoalmente, e assassinaram e torturaram milhares de outras pelas ordens dele. E Manon e Harry são a única esperança de que possamos nos livrar desse mal, cortá-lo para fora de nossas vidas. Manon vai derrotar Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, e vai mudar e melhorar nosso mundo; é tudo o que ela quer desde os onze anos. E sua filha vai ajudar. Ela é, na verdade, fundamental. Precisamos dela. Não podemos vencer sem que Manon seja rainha.

Assim que o rosto de Manon apareceu na tela, Daphne sorriu, se acomodando na cama. A melhor amiga aparecia em primeiro plano, bonita e sorridente, com os olhos brilhantes e os cabelos presos num rabo de cavalo; em segundo plano estavam os jardins de Cair Griffin, contornos de pessoas espalhados.

Como foi?

— Honestamente? — riu. — Melhor do que eu pensava, realmente. Foi difícil, mas estava esperando gritos e socos e muitas outras coisas, mas a garota é bem... fria. Aposto que se ela for uma inata, gelo é a especialidade dela.

Ela é meio Black. — a amiga contestou. — Não existe tal coisa como um Black inato á água. É contra a ordem natural das coisas. Ela está vindo?

— Estamos saindo em três horas. — respondeu, depois de rolar os olhos para o exagero de Manon. — O que é, deixe-se saber, o melhor que pude fazer.

Conte-me como foi, como ela se parece.

— Ela se parece, bem... — bufou. — ela se parece exatamente como você! Não, sério! Você de cabelo loiro e olhos azuis! É como um maldito clone com uma peruca e lente de contato, fiquei até desconcertada quando ela apareceu. E...

Berlim estava somente uma hora a frente de Holyhead então, quando a Chave de Portal as deixou na cidade, ainda era dia, apesar de terem saído da capital alemã ás seis. Evan era quem as aguardava, regiamente parado na frente do novíssimo Rolls Royce preto e brilhante no Porto do Portal da cidade.

— Srta. Daphne, Srta. Pansy. — o jovem de vinte e poucos sorriu brilhantemente. — Bem vindas de volta.

— Boa noite, Evan. — disse Pansy, entrando dentro do carro. — O que temos para o jantar essa noite?

— Lady Manon insistiu em camarão para essa noite. — respondeu o motorista. — E está deve ser a Srta. Adhara e suas mães, a Sra. Tatiana e a Sra. Elise?

Ele se voltou para as três, sorrindo tão calorosamente quanto para Daphne e Pansy.

— Ela prefere Alina, Evan, na verdade. — disse Daphne. — E sim, são. Alina, Tatiana, Elise, esse é Evan, nosso motorista.

Todas rapidamente se acomodaram no carro e Evan partiu em direção ás montanhas.

— Como foi a viagem, senhoritas? — perguntou Evan.

— Adorável. — respondeu Daphne. — Berlim é sempre encantadora. E em casa? Manon comentou que sua irmã deu á luz. Primeiro sobrinho?

— Sobrinha. — corrigiu, satisfeito. — Kelly chamou de Megan.

— É um ótimo nome. — disse Pansy. — Saberia dizer se Blaise já retornou da... Daphne, de onde é o novo marido de Eudora?

— Algum lugar da Escandinávia, eu acho.

— Sim, Srta. Pansy, o Sr. Blaise já retornou. E o novo marido da Sra. Zabini é da Suécia.

— Você é pior que Daphne. — disse a prima. — Sempre sabe de tudo.

— Eu não tenho culpa se todos vocês fofocam e reclamam no meu banco de trás. — retrucou calmamente. — E, a propósito, Srta. Pansy, Padma Patil não retornou para a Índia.

— Fala sério! — Pansy avançou, praticamente enfiando a cabeça para que pudesse ver o rosto de Evan. — Quem disse?

— A Srta. Hermione. Ela disse que Lavender Brown disse.

Pansy só calou a boca quando a placa de Potterport foi avistada, ficando em silêncio então. Depois de cruzarem a cidade, Evan subiu até o castelo.

— Puta merda. — Elise deixou escapar. — Esse lugar tem quantos anos?

— Uns mil e quinhentos anos, mais ou menos. — respondeu Evan. — Foi construído pelo primeiro Lorde Potter, Cadfael, e somente terminou a construção quando seu neto era Lorde em seu lugar. As defesas foram projetadas pela Princesa Maegan, e mas quando Lorde Godric e Lady Aine reinaram, passou por uma reforma.

— Godric? — repetiu Alina. — Godric Gryffindor?

— Esse mesmo. — o motorista assentiu. — Lorde Godric foi encontrado por Lorde Arthfael ainda menino no que mais tarde se tornou Godric's Hollow. Cresceu aqui em Cair Griffin, e mais tarde casou-se com a única filha de Lorde Arthfael, Lady Aine. Lady Manon e Lorde Hardwin são seus descendentes diretos.

Evan as deixou na porta da frente, com as malas. Agarrando sua mala de rodinhas, Daphne liderou o caminho até as imensas portas de carvalho, que se abriram ao seu toque na maçaneta. O foyer estava silencioso e vazio, e Daphne continuou até a escadaria, subindo para os andares superiores; sem surpresas, as vozes chegam até ela pelo corredor, e se reuniam na sala de estar. A TV estava ligada em um filme qualquer, qual  nenhum parecia prestar atenção; Granger estava sentada no chão na frente da mesa de centro, furiosamente rabiscando num papel, Harry, Ginerva e Draco dividiam o sofá maior, e Astoria deitava no menor, enquanto Luna Lovegood e Neville sentavam-se no chão na frente de sua irmã, Manon estava sentada na poltrona, um óculos empoleirado no nariz e um livro aberto nas mãos, com Leia no colo, e Blaise estava deitado no chão, sem camisa, fazendo flexões.

— ...e seria realmente muito sexy!

O primo ia dizendo, provavelmente mais um dos seus esforços em convencer o casal de que eles seriam muito bons como um trisal. Astoria foi a primeira que as viu, pulando do sofá e saltando Lovegood e Longbottom, cruzando a sala em tempo recorde e se jogando em seus braços; Daphne cambaleou três passos para trás com o impacto, evolvendo a irmã com os braços. Por cima do ombro de Astoria, Daphne assistiu os demais perceberam sua presença, se levantando para os cumprimentos; houveram surpresas e xingamentos pela semelhança de Alina e Manon, piadas de Draco e então Daphne estava sendo abraçada por Manon.

Havia permanecido em Berlim por somente dois dias, mas era o suficiente para que morresse de saudades de Manon. Nunca antes, desde os onze anos, as duas haviam ficado tão longe uma da outra. Fazia com que Daphne sentisse como se faltasse um pedaço do próprio corpo.

 

 

Manon Potter

 

As coisas aconteciam muito rapidamente depois que voltaram de Hogwarts. Ainda na primeira semana, Manon havia realizado um complexo ritual arcaico de magia limítrofe das trevas e livrado o pedaço da alma de Voldemort de seu irmão; desde então, Harry era quase como outra pessoa, mais leve e menos taciturno, e a cicatriz era agora menos proeminente, embora certamente ainda estivesse lá, bem á vista de todos. Entrementes, Manon havia despachado Daphne e Pansy para Berlim com a missão de trazer Adhara de volta para a Grã-Bretanha, e Draco e Theo colocaram em ação quaisquer que fossem seus planos para tirar Paxter Parkinson da jogada; Manon havia lhes dito para fazerem o que quiserem, contanto que não pudesse ser rastreado para nenhum deles, e Pansy havia lhes dado carta branca para usarem quaisquer meios necessários.

Para se ocupar enquanto duas de seus amigos buscavam uma prima que Manon nem sabia da existência até sete meses atrás, e outros dois possivelmente assassinavam o pai de sua melhor amiga, Manon se ocupou com as coisas que eram tão importantes quanto, tais como se encontrar com a Resistência - ela gostava mais desse termo de que Ordem da Fênix - e avaliar os novos refugiados. A morte de Dumbledore foi tomada como um interruptor por toda a população, e os nascidos-trouxas de todas as idades começaram a desaparecer por vontade própria antes que os Comensais os forçassem a desaparecer; casas seguras foram disponibilizadas por toda a ilha e também pela Irlanda, e todos aqueles que queriam se alistavam na Resistência. Grimmauld Place não poderia servir de quartel-general dado sua localização no meio de um bairro trouxa em Londres e, por isso, eles usavam uma casa de campo trouxa que Manon gentilmente pediu aos primos Ashburnham emprestada; depois dos necessários ajustes, era perfeita para todos os seus propósitos.

— Dividimos em esquadrões.

Dizia Gawain Robarts, um dos Aurores recrutados para a Resistência. Robarts é o Chefe dos Aurores do Ministério, e foi um dos primeiros a se aproximar de Nymphadora para melhor contribuir; como qualquer idiota com meio cérebro, embora certamente Robarts não fosse um, ele sabia que mais de 70% dos Aurores e Hit Wizards estavam, de uma maneira ou outra, ligados á Voldemort, seja pelo bolsa, pela vontade própria, chantagem ou a Imperius. Manon gostava mais de Robarts de que Olho-Tonto, muito por causa de que o velho Auror não gostava dela; mas Manon não era realmente tão mesquinha - ela totalmente era - e Robarts tinha mais estabilidade mental que Moody, embora certamente menos experiência, por isso, ela havia emparelhado os dois na liderança. Quando ela tivesse o trono, aqueles dois seriam os seus generais.

— Estamos dando um para cada Auror ou Hit Wizard experiente. — continuou Robarts. — Tonks, Shacklebolt, Paesegood, Smith, Vance, milady entendeu.

— Isso é bom, muito bom, na verdade. — elogiou. — Serão quantos, no total?

— Oito, no total. — respondeu imediatamente. — Moody e eu também teremos nossos próprios esquadrões. Quando a mestre-espiã retorna, milady?

Era bem sabido na Resistência de que Manon tinha uma mestre-espiã, embora ninguém fizesse ideia de que era uma garota que nem dezessete anos completou ainda. Manon achou por bem não revelar; adultos tendem a duvidar do trabalho de qualquer um que considere muito jovem, mesmo quando for o melhor.

— Ela chegou ontem. — respondeu. — Por que?

— Está correndo boatos de que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está enviando os nascidos-trouxas, e quaisqueres mestiços e puro-sangues em oposição para lugares chamados de campo de concentração, milady. Não sei exatamente o que é, mas não me parece um jardim bonito e florido.

— Muito pelo contrário, Robarts. — engoliu em seco. Claro que Voldemort teria campos de concentração, ele é a porra de um nazista. — Campo de concentração são, em tese, centros de confinamento usados geralmente em tempos de guerra; mas, eles são realmente campos de extermínios. Eles foram mais amplamente usados pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial, estima-se de que, somente em Auschwitz mais de 1,1 milhão de pessoas morreram. — Manon respirou fundo. — Se ele realmente tem campos de concentração, então os nascidos-trouxas estão sendo marcados como gado e forçados a trabalho escravo, estão sendo torturados e assassinados. O mesmo deve estar acontecendo com os outros dois grupos.

Ao chegar em casa, Manon se trancou no banheiro e vomitou pelas próxima hora, toda a comida da última semana indo direto para sua vaso. Quando já não havia o que colocar para fora, Manon se arrastou para a cama e se encolheu debaixo de tantos cobertores quanto possível.

Na manhã seguinte foi anunciada a morte de Paxter Parkinson no Profeta Diário. Theo e Draco continuaram seu café da manhã normalmente, Pansy franziu o cenho por meio minuto, e Daphne a olhou do outro lado da mesa.

Agora você vai ser rainha, diziam os olhos da melhor amiga.

E agora serei rainha, responderam os olhos de Manon.

Pansy reivindicou seu anel de Lady Parkinson naquela mesma tarde.

Um dos maiores mistérios em comum que os bruxos e os trouxas tinham era a verdadeira localização de Camelot. Ao longos dos mil e quinhentos anos desde a morte de Arthur e a Queda de Camelot, historiadores, arqueólogos e demais procuravam pela cidade e fortaleza Pendragon, sem jamais encontrar, somente especulações, algumas boas, outras nem tanto. E o mistério todo só possui um culpado: Arthur Pendragon. Diz a lenda que, antes de ir para a Batalha de Camlann, o rei ordenou que, no caso de sua morte, Merlin apagasse todos os registros de Camelot e a protegesse á todo custo. Como resultado, Merlin apagou todos os registros e menções da localização de Camelot, e realizou um poderoso feitiço que com que a cidade e seu castelo não tivesse localização física nem fixa, presa em uma dimensão própria; para que não se perdesse o efeito, Merlin amarrou o encantamento á linhagem dos filhos de Arthur, e sendo assim, somente o sangue combinado dos dois poderia acessar Camelot. Somente o sangue combinado de Black e Potter poderia acessar Camelot. Somente o sangue combinado de Black e Potter poderia reivindicar a Espada na Pedra, usar a coroa e governar a Grã-Bretanha Mágica.

No subsolo de Cair Griffin, Manon derramou seu sangue na antiga pedra marcada de runas tão antigas quanto, o encantamento escapando por seus lábios em latim perfeito. Quando, enfim, sangue suficiente encharcou a pedra, luz branca cobriu Manon e todos os outros, os levando para Camelot.

Manon abriu os óculos e imediatamente os fechou novamente por causa da claridade, ignorando os murmúrios atrás de si e focando em outros sons, Manon deduziu que estava em lugar movimentado. Cuidadosamente por causa dos olhos sensíveis, Manon os abriu, uma praça lentamente enchendo seus olhos. O chão é de pedra e cinza-claro, há pessoas de roupas medievais ao redor, cavalos e carroças, pássaros voavam no céu azul-claro sem nuvens, o sol brilhava mais do que nunca. Na frente de Manon erguia-se o que só poderia ser descrito como uma cidadela, imensas torres brancas e muros altos e portões fortes, e ao vento fraco balançavam enormes estandartes vermelhos com um dragão dourado no meio.

Ela riu, ofegante. Camelot, Manon estava em Camelot. Era real e Manon estava nela.

Os portões da cidadela se abriram e por eles passou um grupo de doze homens em cavalos, usando cota de malha e o brasão de Pendragon. Os cavaleiros pararam a sua frente, e o que liderava sorria grande.

— A Rainha Morgana não estava errado. — comentou o homem, olhando por cima do ombro para os companheiros. — A Princesa Herdeira enfim veio se ver coroada!

Os cavaleiros comemoraram ás palavras do homem, bem como todos os outros que pararam para assistir a chegada. O cavaleiro desmontou o cavalo, fazendo uma reverência - bastante profunda.

— Sir Owain ao seu serviço, Sua Majestade. — declarou o cavaleiro. Ao se endireitar, disse: — Tragam cavalos para Sua Majestade e seus acompanhantes!

Manon montou um impressionante corcel branco, e seguiu Sir Owain e para dentro da cidadela. De dentro, era mais impressionante ainda, branca como a neve e luxuosa.

Pelo espelho, Manon assistiu Daphne entrar no quarto que lhe foi dado. A melhor amiga era etérea, toda verde e dourado,
resplandecente. Manon desviou os olhos, olhando para si mesma.

— Preparada?

Daphne perguntou suavemente, as mãos macias descansando em seus ombros; o toque era gentil e reconfortante, e Manon relaxou contra o corpo da melhor amiga.

— Não.

Respondeu com honestidade. Daphne sorriu, linda e reconfortante e confiante.

— Esse é o espírito.

Daphne se afasta, estendendo a mão. Manon olhou para a mão da melhor amiga, decorada de anéis de ouro e pedras de esmeralda. Manon pegou a mão de Daphne, o contraste de sua mão pálida, de anéis de ouro e pedra de rubi e esmeralda. Daphne a levou para fora.

Abaixo do Castelo de Camelot á uma caverna grandiosa, de pedra clara e ouro, e bem no meio estava uma imensa pedra, uma espada de lâmina prata e cabo escuro. Ao redor em semicírculo estavam os Onze Primeiros, sua família e a nobreza de Camelot, descendente dos cortesões de Arthur Pendragon; Daphne deu um última aperto em sua mão e cruzou a caverna, se juntando ao lado do pai. Manon olhou para o irmão, no vermelho e dourado de Potter e Pendragon, com uma fina tiara de ouro sem adornos entre os fios negros e lisos. Harry sorriu e acenou, os olhos verdes confiantes.

Manon suspirou e silenciosamente cruzou a caverna, parando na frente da Espada na Pedra. Ela se posicionou, apoiando um pé na pedra e outro no chão, exatamente como Sir Edward ensinou, e envolveu as mãos no cabo da espada. Aqueceu confortavelmente, como fizera Excalibur, e o mesmo sentimento de pertencimento a encheu, a mesma certeza de que não foi feita somente para Arthur, mas também para ela. Uther não enfiou aquela espada naquela pedra somente para o filho, mas também para Manon, para a descendente que se separava dele em mais de um milênio e meio. Respirou fundo, pois mesmo para Arthur não foi fácil, apertou as mãos envoltas do cabo e com lentidão foi puxando. Centímetro depois de centímetro a Espada na Pedra subia, luz dourada emanando da lâmina e da fenda, até que a ponta saiu, e Manon ergueu a espada por cima da cabeça.

Levantou a cabeça e, mais chocada do que achou que ficaria, viu a lâmina toda; o aço brilhava como novo, como se recém saído da forja, como se não tivesse mil e quinhentos anos e tão poucos deles que era insignificante tenha estado fora daquela pedra antiga. Não havia nada na lâmina, sem palavras como Excalibur, mas emanava luz dourada que envolvia suas mãos e braços.

O som além chamou a atenção de Manon, e, ao olhar, viu que se ajoelhavam, todos eles se ajoelhando para a Rainha da Grã-Bretanha Mágica.



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