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História Chaos and Order - XXII - since we were eleventeen


Escrita por: targsupremacy

Notas do Autor


então galera, só mais dois ou três, e então, acabou-se chaos and order, mas não temam, diferente da netflix eu ja renovei e cao voltará para uma segunda temporada

Capítulo 23 - XXII - since we were eleventeen


Daphne Greengrass


Ao todo, levou três meses para planejar o ataque. Foram três meses de reuniões, discussões, espionagem e muito, muito mais. Daphne, como mestre-espiã, praticamente fixou residência em no vilarejo próximo ao Castelo de Slytherin, trabalhou incessantemente na infiltração de agentes e na demarcação de perímetro. O castelo ocupava amplos terrenos, ele mesmo sendo uma estrutura maior do que Hogwarts, constituído de cinco grandes torres e altas muralhas e ameias; a vigilância do castelo era imensa, com Comensais da Morte de alto escalão, Dementadores e gigantes ocupando a corte de Voldemort.


Foi por isso que, unânimemente, decidiram por não invadir o Castelo de Slytherin, pois invadir era mais difícil que defender, e foi Theo quem sugeriu que fizessem Voldemort invadir, não o contrário. Foi assim que Hogwarts se tornou o palco da, esperançosamente, última batalha da Segunda Guerra de Voldemort.


Hogwarts era um melhor lugar para uma batalha por diversos motivos. Um dos quais era é que Hogwarts é Hogwarts. O castelo foi construído bem no encontro de quatro linhas ley, tornando-o uma poderosa fonte de magia; é por isso que, apesar de tão velhas, suas alas ainda estão mantidas trabalhando bem e perfeitamente. Fora, é claro, o enorme influxo de magia que o castelo recebia. Nos últimos mil anos, centenas de crianças viveram em Hogwarts, praticamente derramando sua magia - e, muitas vezes, o sangue - em seu chão. O impulso constante de magia por mil anos tornou Hogwarts perfeita para manter a última batalha contra Voldemort. E era onde estava o Diadema de Ravenclaw, afinal, em algum lugar do maldito castelo.


O primeiro dia de abril amanheceu ensolarado em Anglesey, primaveril e com gosto de mudança. Daphne já estava acordada, assistindo o nascer do sol da varanda do quarto. Quando passou a hora dourada, ela se levantou e vagou para o banheiro. As primeiras horas do dia passaram com rapidez, pois todos corriam para os últimos preparativos para a batalha que viria. Era meio dia quando Daphne aparatou para Hogwarts.


Era a primeira vez que voltava ao castelo desde que profanou o túmulo de Dumbledore com Manon naquele verão, em busca da Varinha das Varinhas. Não mudou desde então. Eles se reuniram no Grande Salão, sob um céu azul sem nuvens e límpido, o Mapa do Marato aberto por cima da mesa dos professores, Manon e os generais debruçados por cima.


— Fortificamos às torres e os terrenos aqui e aqui. — Sir Owain dizia, arrastando os dedos pelo mapa para sinalizar.

Voldemort tinha um grande exército agora, embora certamente não tão grande quanto o de Grindelwald em sua guerra. Comensais da Morte marcados somavam cinqüenta em suas fileiras, os não marcados somavam quinhentos, guarnecidos por duzentos gigantes e todos os Dementadores presentes na ilha, que eram, reconhecidamente, quase muitos para contagem; eram muitos para contagem; sem contar, é claro, nos Aurores e Hit Wizards do Ministério, que de forma ou outra, estavam com Voldemort. O exercito reunido por Manon era maior, entretanto. De Camelot vinheram mil bruxos e bruxas, e Resistência adicionava mais mil. Superavam em números, é claro, mas eram somente humanos, ao passo que o exército inimigo contava com duzentos gigantes e milhares de Dementadores.

— Seria incrível se alguém aqui pudesse conjurar um Patrono gigante.

Murmurou Pansy do lado de Daphne. A prima claramente também pensava nas dezenas de milhares de Dementadores que marchariam sobre Hogwarts ao cair da noite.

— Seria. — concordou. — Como estão as buscas?

A prima havia retornado recentemente da Sala Precisa, onde Hermione, Harry e outros procuravam pelo Diadema de Ravenclaw. Era imperativo que o Diadema estivesse em mãos antes do anoitecer. Era como chamariam Voldemort para Hogwarts.

— Entediantes. Ou, bem, quase. Há todo tipo de coisa naquele lugar, sério. Lovegood encontrou uma safira do tamanho de um ovo Opaleye.

— Sem chances.

— Seriamente. E há outras tantas coisas, Daph. Jóias de todos os tipos: anéis, tiaras e coroas, brincos e colares, correntes. Longbottom está enfiando tudo numa caixa para Manon decidir depois o que fazer.

Daphne olha para a melhor amiga. Vestia roupas de cor preta, adequadas ao combate, e por cima uma túnica aberta e vermelha com bordado dourada e prata; eram as cores de Black e Potter. Não usava maquiagem, exceto pelos lábios carmim, e o cabelo escuro estava preso por rabo de cavalo, deixando o rosto livre dos fios mais rebeldes. Estava inteiramente focada em Mad-Eye Moody, que, usualmente ríspido, gesticulava para o mapa. Daphne não precisava pergunrar para saber o que Manon faria com a, provavelmente, exorbitante riqueza encontrada na Sala Precisa; certamente iria para construção e melhoria da Grã-Bretanha Mágica, o que incluía Hogwarts, é claro. A escola faria bem com um impulso monetário, apesar de não ser, de forma alguma, pobre. Repentinamente, a cabeça da melhor amiga se ergueu e seus olhos se cruzaram; um sorriso bailou brevemente no canto dos lábios de Manon, antes que a faceta estóica retornasse para seu lugar de direito, e os olhos voaram de volta para o Auror desfigurado.

— Fazem oito anos. — disse repentinamente Pansy. Daphne a olhou, erguendo as sobrancelhas, claramente confusa. — Oito anos que você e Manon estão apaixonadas uma pela outra. Esse é o slow burn mais longo que já vi na vida.

— Não é um slow burn. Não estamos apaixonadas uma pela outra.

— Estão, sim. — bufou. — Não sei por que simplesmente não assumem os sentimentos uma pela outra, honestamente.

— Ela não — Daphne se interrompe, engole em seco e suspira. — Não somos assim. — diz fracamente. — Não fomos feita para sermos assim, entende? Ela é... ela é a porra de uma estrela. Eu sou o mar. Não fomos feitas uma para outra.

— Não acho que haja outras duas pessoas mais feitas uma para a outra do que você e Manon, Daphne.

Foi no meio da tarde que Ginny inrrompeu o escritório do Diretor, onde Daphne se reunia com Manon, a Professora McGonagall e outros mais. A ruiva parou na frente da porta, ofegante, mas segurando uma vassoura - uma Nimbus 2000 - em uma mão, então o ofego era de emoção. Ela se recompôs bastante rápido e disse:

— Achamos.

E estendeu a vassoura. Manon agarrou a vassoura sem uma palavra sequer e montou dentro do escritório mesmo, estendendo a mão para Daphne subir na garupa. A Nimbus 2000 disparou, as paredes de Hogwarts transformando-se em borrões aos olhos de Daphne conforme cortavam caminho até a Sala Precisa no sétimo andar. A Torre da Diretoria ficava basicamente do outro lado do castelo em relação á Sala Precisa, e a caminhada levaria quase uma hora, levando em conta as escadas irritantes, mas na Nimbus 2000, elas chegaram em alguns minutos. Manon entrou direto, dada a porta aberta, e parou bem do lado de Harry, que tinha a mão no coração e os olhos arregalados.

Claramente não havia previsto a irmã gêmea invadindo a Sala Precisa em alta velocidade.

Embora ele devesse.

— Ali.

Harry apontou para um busto, onde em cima, estava um diadema prata incrustado de safiras, em forma de águia. Daphne sentiu-se sem fôlego, pois ali estava o Diadema de Ravenclaw. Quando destruído, só havia a cobra, e então Voldemort poderia ser morto.

E então Voldemort morreria.

— E agora?

Sussurrou Weasley, se movimentado levemente do lado de Harry. O irmão gêmeo da melhor amiga respondeu, suavemente:

— Agora aguardamos.

O Grande Salão estava quase vazio, pois a maioria dos lutadores já estavam em posição. Poucos se reuniam no Grande Salão, e Manon estava bem no meio. A melhor amiga de Daphne se vestia para a batalha, com calças, botas de couro de dragão - provavelmente de um Hedridean Black, dada a coloração negra - e camisa, por cima um sobretudo militar negro, com grandes botões negros. Harry está do lado, suas vestes mais simples, constituída de calças, botas e camisa de manga longa. Em suas costas está a Espada de Gryffindor, enquanto na mão está a varinha, apertada entre os dedos. Manon também carregava uma espada, mas a sua é Excalibur e está em sua mão da varinha. No chão, segurado por Hermione, que usava luvas de pele de dragão, está a penúltima Hogwarts.

— É hora.

A voz de Fleur viaja pelo salão. Manon assente somente uma vez, reconhecendo a prima de Daphne, e segura o punho de Excalibur com a outra mão também. Ela ergue a espada antiga, pareando a ponta aos olhos. Manon solta um suspiro silencioso, que Daphne só percebe por causa da atenção que tinha na melhor amiga; num golpe poderoso, Excalibur desce com força, a ponta afiada cravando na safira do centro. A Horcrux gritou, o som mais horrendo que Daphne escutou na vida, e se estraçalhou. O silêncio perdurou no Grande Salao, todos os olhos voltados para os gêmeos Potter. Manon olhou para Harry e assentiu.

— Todos em suas posições. — ordenou Manon. — Voldemort logo baterá em nossas portas.

Daphne seguiu atrás da melhor amiga pelos corredores de Hogwarts até sair para fora. Manon deliberadamente se colocou na linha de frente, bem nas muralhas de Hogwarts. Não sabiam de que lado viria Voldemort, mas sabiam que ele entraria violaria as muralhas; comandantes foram postados no arco de entrada na Estação de Hogsmeade, em ambas as bordas da Floresta Proibida e espalhados por todo o terreno. Manon lideraria bem do arco de entrada, aquele em que usavam para ir e vir de Hosgmeade. E Daphne jamais ficaria longe dela.

Se morresse, morreria lutando do lado do amor de sua vida.

Hermione Granger

Das muralhas de Hogwarts, Hermione havia assistido o sol cair e a lua subir, banhando o mundo de escuridão. Das muralhas de Hogwarts, Hermione havia assistido o exército de Voldemort marchar para Hogwarts, uma massa escura destruindo Hogsmeade em seu caminho.

A varinha era apertada na mão, seus olhos focados neles, que estavam ali para matá-los. Mas não iriam. Acabaria ali, hoje.

Hermione jamais foi religiosa. Não acreditava em Deus ou qualquer outra divindade, sua fé não estava nem nada, nem ninguém, exceto em si mesma. Era o que mais acreditava: em si mesma. Ela poderia fazer tudo, ser tudo, saber tudo, contanto que acreditasse em si mesma. A primeira vez que acreditou, realmente acreditou em uma pessoa que não era ela mesma, Hermione tinha doze anos e estava metros abaixo de Hogwarts, havia fogo, uma mesa, um enigma e Harry Potter. Ela não poderia ir, não poderia ela mesma - em quem acreditava mais que tudo - impedir a Pedra Filosofal de ser roubada. Mas não importava, a Hermione de doze anos havia percebido, porque era Harry quem iria. E Harry conseguiria. Ela acreditava em Harry Potter.

Não porque ele havia sobrevivido a Maldição da Morte. Não por causa de um título estúpido e uma cicatriz estranha. Mas porque ele era Harry. O melhor amigo dela. Um garoto de onze anos ansioso para se provar, que colocava nos próprios ombros frágeis - tão, tão absurdamente frágeis - o peso de parar Voldemort.

Ela tinha fé em Harry Potter, a Hermione de doze anos percebeu quando abraçou o melhor amigo. Pela primeira vez na vida, Hermione tinha fé em alguém que não era ela mesma.

A segunda vez que acreditou em outra pessoa, Hermione tinha quinze anos. Dumbledore gritava o nome do melhor amigo, anunciando que ele era o participante de um torneio mortal com altos índices de morte. Estão mandando Harry para morrer, ela lembra de pensar, aterrorizada. De alguma foram, em meio ao horror que substituiu a alegria, Hermione olhou através do Grande Salão direto para a mesa da Sonserina, e encontrou olhos verdes. Manon sempre teve fogo nos olhos. Manon sempre ardeu e queimou. Uma supernova. Ela sempre foi uma supernova. Mas naquele momento, Manon Potter era uma supernova furiosa.

E Hermione soube que, acontecesse o que acontecesse, Harry sairia com vida daquele torneio. Hermione teve fé em Manon.

Hermione tinha fé nos gêmeos Potter.

— Eu te amo.

Hermione se virou. Fleur estava linda, é claro. Seus cabelos prateados brilhavam, banhados pela luz do luar, e seus olhos azuis profundos estavam banhados de amor e devoção. Hermione sabia que os próprios olhos refletiam o que via nos de Fleur.

— Agora e sempre. — continuou Fleur. — Vou te amar até que não reste mais nada de mim, ou de você, ou do mundo. Vou te amar.

— Amo você. — disse sem fôlego. — Amo. Amo você. Mais do que tudo no mundo. Amo você.

Fleur a puxou para um beijo.

Hermione a beijou como se fosse o último, desejando que não fosse. Prometendo a si mesma, e a Fleur, que não era o último. Elas envelheceriam juntas em um chalé lindo em uma montanha na França. Hermione tinha certeza.

E tinha certeza porque tinha fé em si mesma.

E fé em Fleur, também.

Harry Potter

Manon não havia se despedido. A irmã não falará nada antes de marchar para fora, mas tocará seu rosto. Harry não precisava de palavras, pois ele sentia o que ela sentia.

Eu te amo, ela sentia. Fique vivo, fique seguro. Eu te amo. Eu não posso te perder.

Ela partiu, cercada por Daphne e Pansy, e Harry ficou sozinho sem a irmã. Mas não por muito tempo. Ginny agarrou-lhe a mão, beijou seus lábios e prometeu que, depois que tudo aquilo acabasse, sairiam de férias. Harry riu, a beijou e a puxou consigo para fora do Grande Salão. Enquanto Manon e demais generais iriam para as muralhas, Harry lideraria um regimento aéreo. Quando chegou ao pátio de Transfiguração, dezenas já estavam lá com suas vassouras do lado. A maioria se tratava de jogadores de Quadribol, colegas e rivais de Harry ao longo de seis anos. Sua antiga equipe estava ali: Oliver Wood, seu antigo capitão, Angelina Johnson, Katie Bell e Alicia Snippet, e George e Fred Weasley; havia também Cho Chang, sua ex, e Roger Davies, que foi para o Baile de Inverno com Fleur; os antigos colegas de Cedric Diggory; e, claro, os sonserinos: Draco Malfoy, Theo Nott, os Cassius e Caius Warrington, Graham Montauge, Lucian Bole, e Miles Bletchley.

— Vamos acabar com esses bastardos.

Eles pularam em suas vassouras, e subiram para os céus de Hogwarts como se fosse mais uma partida de Quadribol.

Manon Potter

Não sentiu medo quando o primeiro feitiço de Voldemort tocou as alas de Hogwarts. E nem quando o segundo, terceiro ou quarto vieram. Mas Manon sentiu quando olhou para a direita, omde estava Daphne - linda Daphne - olhando para as alas que, logo mais, partiriam. Daphne a olhou, de repente, os olhos turquesa e dourados serenos. Manon sentiu medo de morrer e nunca ter dito a Daphne que a ama. Então ela disse.

— Amo você.

Sussurrou, a voz quase perdida ao vento. Por isso repetiu com força:

— Amo você. — disse. — Amo, amo você, Daphne. Com tudo de mim. Desde que tínhamos... desde que tínhamos onze anos. Amo você. Você é o amor da minha vida. Amo você.

— Você me ama?

Os olhos estavam arregalados, incrédulos, desacreditados. Como ela poderia achar que Manon não a amava? Que não o amor da vida de Manon.

— Com tudo o que tenho. Amo tanto que transbordo.

Daphne avançou, então, chocando seus lábios. Manon fechou os olhos e agarrou a cabeça de Daphne, pressionando-a contra si. Fogo de artifício explodiam em Manon. O mundo poderia acabar, e tudo o que importaria era que Daphne a estava beijando.

— Amo você. — disse Daphne contra sua boca. — Tenho te amado desde quando tínhamos onze anos. Amo você.

E o mundo explodiu.



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