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História Charles XVII - Munika corra!


Escrita por: Guih-Monteiro

Notas do Autor


Desculpem os erros de português, espero que gostem.

Capítulo 2 - Munika corra!


Dias atuais. Brasil. 

03:36 - madrugada.

 Era dificil se consentrar em alguma coisa, o som do transito atravessava as janelas e portas fechadas do pequeno quarto alugado, quase perto de dois metros quadrados, com uma cama, tv pequena, uma pequena pia ao lado da janela, e um banheiro minusculo, alugado na pensão Matsunejo, um atigo casarão no centro de São Paulo.

Munika estava em uma especie transe tentando assistir Dora a aventureira, seus olhos castanhos mel, estavam vidrados, quase negros por causa da sua pupila dilatada, ela ja perdeu as contas de quantas vezes jurou para si mesma que iria parar de usar cocaina, a depressão é inevitável, pensar em suicidio, querer por um fim nessa vida miserável, normal, ela tinha esses pensamentos mesmo até sobria, a diferença é que louca, ela tinha coragem, só lhe faltava motivação, e essa noite foi tudo o que ela precisou, sua mente estava como um turbilhão, ela tentava prestar atenção na tv, mas era impossível, a antiga espingarda de cano serrado que seu falecido tio Ananias usava para caçar, estava em seu colo, ela estava sentada ao pé da cama, fumando seu provável ultimo cigarro, havia varias bitucas de cigarro e cinzas no chao, junto com capsulas de pó, algumas garrafas de cerveja e vodka na pia, ela deixa a arma na cama e desliga a tv puxando sua tomada, seu vestido azul estava sujo de sangue e rasgado no peito, lágrimas escorriam sobre o rosto redondo da jovem mestiça, e borravam sua maquilagem, seus olhos ardiam, estava cansada, mais como dormir? Fui violentada? Como fechar os olhos e não lembrar. 

Cinco horas atraz. 

.Um bar proximo a Paulista.

 Pov Munika.

 - com licença - senti uma cutucada nas minhas costas. - sim ... - me virei, meu Deus, que criatura perfeita! Um jovem, loiro, de cabelos arrepiado, de olhos azuis, queixo quadrado, um anjo, sem querer soltei um sorrisinho de flerte, maldição! - Desculpa perguntar... Mas você esta acompanhada? - ele ficou vermelho, soltou um sorriso desajeitado enquanto coçou a cabeça, ele parece ter sotaque britanico. Meu Deus! Não sabia o que dizer, fiquei vermelha como um pimentão, então para não deixa lo constrangido, ainda mais, apenas balançando a cabeça, pra não. - que otimo! - ele pareceu animado - desculpa é que sou meio timido e tipo sei la te vi da li da mesa... como eu estava de vela - ele apontou para uma mesa, havia um cara gordo e grande, moreno, cara de mal, a sua frente uma menina baixinha e magra, ruiva, não consegui ver seu rosto.

- senta ai.. - sera que pareci uma mina atirada? - com licença..- ele puxou a cadeira e se sentou, estendeu a mão e me cumprimentou - Prazer me chamo Allef. Estrangeiro acertei. 

- Prazer Allef me chamo Munike Satil White - sempre senti orgulho do meu nome, uma mistura de indígena com americano. Ficamos conversando por volta de uma hora, seu amigo havia ido embora, levou a garota ruiva que por sinal era bonita, pra casa dele. Allef veio de Londres para passar uma semana, ele ia voltar porém decidiu ficar mais um mês, não disse muito bem o porque veio, na verdade nem comentou nada a respeito, mais disse que estava feliz em conhecer o Brasil, ele tem 25 anos, esta cursando historia, aquele cara amigo dele, tem 30 anos, estuda com ele.

Saímos do bar e fomos a uma praça, que conheci no dia em que mudei pra São Paulo, era quase nove e vinte da noite, haviam apenas algumas pessoas no ponto de ônibus desnudo, rostos cansados e estressados, tipicos apos de um longo dia de trabalho. De algum jeito essa metrópole é perfeita, acolhedora, a grande maça brasileira, a grande mãe, que pode ser cruel e doce, cinza e colorida.

A praça se estendia com inumeras arvores e bancos em uma gorma de L, estava deserta, o silencio tornou tudo mais perfeito, os ventos uivantes nas folhas deixava uma melodia perfeita, por incrivel que pareça o local era quieto, isento de barulhos automotivos, eles caminharam ate proximo ao fim da praça, onde ficava uma estrutura semi circular, como um ovo cozido cortado pela metade, plano em sua superfície, nos dois paramos em frente em um banco, eu estava hipnotizada pelos olhos angelicais de Allef, o caminho todo ele andou ao meu lado, encostando em minha mão, tentando segura la, porem ficava envergonhada dava risada e afastava.

- e você Munika White! - exclamou ele sorrindo.

- Então Sr° Allef... - remendei rindo.

Nos olhamos por alguns segundos, em meio a timides e a vergonha, nossos labios se encontraram. 

Era perfeito demais, era bom demais para ser verdade, eu não deveria se entregar assim denovo... Allef parecia ser tao bom e gentil, ele nao merecia que nada de ruim acontecesse,  eu me lembrei de meu ex... Jeff, meu coraçao levemente apertou, lembrei da sua voz, do seu beijo, do seu toque em sua pele, do arrepio, do tesão, então da agonia dele, dos gritos, do sangue, das tripas em minhas mãos, Munika empurrou o para longe, ele caiu no chão e eu me levantei, com os olhos arregalados.

- o que foi que eu fiz? - babosiou ele enrrolando com o sotaque.

- nada ... Nada... - eu passei a mao sobre a boca enxugando a saliva.

- o que foi? - ele se levantou e se aproximou dela, que deu um passo para traz, ele coçou a cabeça e senteou - olha... Me desculpe.... - disse ele sem jeito.

- não... Não é você.... - minha respiraçao estava totalmente ofegante, eu tentei controlar, era quase impossível , quando de longe ela eu avisto um giro flex vermelho e azul, refletido das paredes escuras, policia! Agora ferrou!

- você esta bem? - Allef tentou olhar para onde minha vista percorreu, mas o puxei antes de encontrar a viatura.

- me leve para a casa... - ele deixou ela o guiar sem falar dizer nada. - é aqui no quarteirão ao lado...

Ela puxou ele, e ambos seguiram por uma trilha coberta por folhas de árvores,  pararam no semáforo, e atravessaram, ela olhou para traz, nao havia sinal de nada, nem da policia, nem das pessoas no ponto de ônibus. A fachada da pousada era elegante e simples, um antigo casarão branco com detalhes em amarelo ouro, a porta principal era de ferro fundido, com vidraça, havia um balcão que sempre estava ocupado pela Sra° Matsunejo, idosa oriental de 89 anos, conservada para uma quase centenária, dificilmente ela falava algo para os hospedes, apenas cobrava a diária, ou reclamava do barulhos nos minusculos quartos.


Há 4meses.


Por varios dias, eu me quastionava se realmente estava tendo alucinações ou realmente havia enlouquecido, sempre que parava para tentar lembrar do dia dos namorados, o que realmente ocorreu, me lembrava de Jeff..Nossa era tanto sangue, no corredor,  na parede branca, no quarto, porta quebrada, tudo virado, eu havia marcado de encontralo na praça aqui ao lado, nos fomos ao cinema assistir Como eu era antes de você, foi simplesmente perfeito, ele me comprou chocolates, me levou para comer, então descidi que iriamos transar pela primeira vez em dois meses, eu o conheci em uma exposição de arte abstrata aqui no centro, fizemos amor a noite toda até que eu cai em sono, dormi... Quando acordei, infelizmente estava acordada, não era nehum pesadelo, eu estava ensopada de sangue, seu corpo nu estava esquartejado, o quarto parecia um matadouro, com tripas e sangue para todos os lados, apenas gritei horrorizada, era Jeff, ou costumava ser, me levantei da cama, em choque, tremula, meus gritos de socorro, pareciam ecoar dentro de minha cabeça, causando uma dor aguda, puxei o lençol e me enrrolei nele, abri a porta, a iluminação do corredor branco parecia estar acinzentada, eu gritava, e o e o eco na minha voz ensurdecia, a gravidade do planeta pareceu aumentar drasticamente, cada passo que eu dava era uma luta, me escorando nas paredes que eram brancas olhei para traz e vi o rastro de sangue, tentei abrir os quartos ao meu lado mas em inutil tentativa, apenas me promoi mais dor, senti minha mão ser quebrada, as lagrimas que fazavam de meus olhos pareciam flutuar, pairando no ar acinzentado, sujo, eu não aguentava mais andar, me arrastejar, ou tentar gritar, do alto da escada avistei a Sra Matsunejo, ela provavelmente deve ter escutado meus passos,  gemidos ou gritos, ela arregalou os olhos, quando dei por conta estava mergulhando escada a baixo, então a escuridão, apaguei. Quando acordei estava na minha cama, limpa, meu quarto estava limpo, nenhuma gpta dde sangue, cade Jeff? Pnde ele foi parar? Ele estava morto mesmo? Milhares dperguntas enxeram minha cabeça, vi em cima da pequena pia meu celular, pulei da cama, nao consegui apoiar minha perna direita, olhei meu joelho um corte pequeno e um hematoma verde, entrei em desespero, peguei o celular, desbloquiei, e tentei ligar para Jeff... várias vezes, deu numero inexistente.. Sai do quarto mancando, ainda tentando falar com ele porém nada, minha vista embaçou um pouco quando abri a porta, era a luz e o corredor branco agredindo minha visao rescem desperta, caminhei até a escada e la estava subindo degrau por degrau, Sra Matsunejo, ela tinha cerca de um metro e quarenta, cabeços brancos, pele enrrugada, usava sempre um jaleco azul com multiplos bolsos e chaves penduradas, ela aproximou se devagar.

- sra° matsunejo... - eu tentei falar alguma coisa mais não pensei em nada, não sabia por onde começar, ela se aproximou, mordeu a dentadura em sua boca, fazendo um barulho nojento.

- querida Munika ... - colocou a mão em meu ombro, e disse com um português nada brasileiro, puro japones.- voce chegou mal ontem... te levei para seu quarto... 

- o que aconteceu?... A sra viu meu namorado? - eu comecei a tremer ao lembrar de todo aquele sangue.

- você chegou sozinha... Mal... Bebida... - ela me guiou ate a porta do meu quarto - voce .. Descansar.. Eu fazer cha!!  Deite se munika chan... 

Depois desse dia nunca mais vi ou consegui falar com Jeff, Matsunejo não disse nada sobre o dia dos namorados, sobre o que aconteceu, mas todas as manhas estava na minha porta com um copo de cha, ja se passaram quatro meses, a polícia me colocou como principal suspeita, de seu desaparecimento, pois acharam na casa dele, uma foto minha, e em sua fatura de cartão de credito, o cinema eo restaurante, pegaram filmagens dos. Lovais, mais nada foi provado, passei por um psicologo sem licença e peguei alguns anti psicoticos, ouvi a voz dele na minha mente por mais de um mês, lembrava de seu corpo em minha cama, ensanguentado, estava enlouquecendo até que um dia simplesmente sumiu, eu voltei ao normal, me recuperei, até hoje.

Hoje.

Ha algumas horas.


Entramos na pensão, estava tudo silencioso demais, vazio, apenas a luz da porta e a do corredor estavam acessas, achei estranho sempre havia gente ali, o a Sra Matsunejo ou raramente seu filho Ambrouse, um jovem branco, de cabelos amarrados em um rabo de cabalo baixo e escuro, adotado por ela, aparentava ter cerca de trinta anos. Subi a escadaria de maos dados com ele e entrei no quarto, por alguns segundos, lembrei de Jeff, vendo o sorriso de Allef, eu nao deveria mais joguei ele em minha cama e comecei a beija lo, desabotoei sua camiseta social preta e bejei seu pescoço, foi o gatilho para ele subir por cima e arrancar minha calcinha, ele se levantou da cama, tirou as calças e de seu bolso sacou uma psula, um pino de cocaina, eu sorri, tirei meu stido azul  deixei de lado.

- posso cheirar em você? - ele perguntou abrindo minhas pernas e jogando  conteudo do pino em minha barriga, ele pegou canudo feito de nota e usou a droga, então ele começou o sexo oral.

- minha vez! - fiz a mesma coisa que ele, usei a coca em cima dele e depois oral.

Eu não estava dizendo muita coisa, talvez fosse pela vodka, ou porque eu estava drogada, mas uma coisa eu digo, eu estava louca de prazer, quando ele penetrou em mim, senti orgasmo quase que imediato, tentei olhar para seus lindos olhos, em vez de seus azuis perfeitos encontrei um olhar maldito, seus olhos estavam negros, por completo, eu aperteios meus e me concentrei, a expressão de Allef mudou completamente, se transformou em uma quase monstruosa, sua boca mudou, de um leve rosado encrustado de dentes tao cintilantes como perola, parecia estar repleta de dentes de tubarão, com um sorriso demoniaco, eu tentei empurra lo com força, mais ele me segurou, apentando meus braços, tentei fechar as pernas mais ele me bloqueou, então começou a rosnar, parecia uma mistura de cachorro e jaguar, eu me debati, lutei, tentei gritar, e foi como se ele estivesse roubando todas as minhas forças, senti um liquido molhar minhas costas, era sangue, era meu sangue, aquele monstro estava me estrupando, minha vista começou a embaçar, fiquei fraca e então apaguei, a ultima coisa que eu vi foi a tatuagem de seu peito, uma especie de circulo com uma triângulo e uma estrela no meio.


Agora.


Munika ja nao aguentava mais chorar, seus olhos em carne viva, sua mente estava em colapso, perturbada, primeiro Jeff morre, desaparece sem deixar pistas, apenas em sua memoria sangrenta, Allef, o jovem ou seja o que for aquele homem, demonio. Ela acordou afundada em seu proprio sangue, tremula, dolorida e machucada, gritou por ajuda mais não parecia ter ninguém na pensão, ainda estava alterada pela coca, não havia vestigio de que alguém este ali, ela não aguentava mais, precisava colocar um fim em sua vida, colocar um fim em sua loucura, em seus delerios, so lhe faltava motivação e ela se apresentou como Allef. Munika deu seu ultimo suspiro, engatilhou a arma, colocou em sua boca, e colocou todas suasdores e temores como força principal, e então no pequeno quarto o estouro da bala se propaga junto com a fumaça da polvora.






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