História Chave da felicidade - Sem permissão para mudar

Adrien do futuro~

Todos os meus sentimentos estavam sendo controlador. Tudo o que o meu eu mais novo sentia durante a tal missão, eu estava a sentir no mesmo instante. É como se eu estivesse agora mesmo lá, me lembrando. Vendo pessoalmente. Mas não. Estou eu aqui jogado no sofá apenas com as lembranças detalhadas da missão. O corredor longo cheio de espelhos em diferentes formatos e tamanhos. Cada um com uma história para contar. Um breve olhar pela família Agreste que congelou meus passos.

Uma família unida em uma bela viagem. Risos, piadas, conversas. Não evitei os olhos marejados.

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Marinette~ 

- Cat ?  Esta tudo bem? 

Vi o gato paralisado mais atrás olhando um certo espelho. Assim que o chamei, voltou a andar. Esfregou os olhos e tinha quase certeza que estava chorando.

- Esta tudo bem, caiu um cisco no meu olho. 

Ele passou por mim e andou a minha frente. 

- O que procuramos? 

- Alguma imagem que me leve ao dia que preciso. 

- já tentou adiantar as imagens? - Cat parecia pensativo.

- como um filme? 

- sim. Escolha um espelho vamos testar. 

Eu tinha o espelho perfeito para fazer o que eu queria. O mostrei. Aquela pequena imagem qual minha mãe me abraçou. Até hoje não entendi o por que tinhamos que nos mudar..

Cat noir se aproximou, deslizando  os dedos pelo espelho em horizontal, da esquerda para a direita, observou o que acontecia.

- Esta vendo? 

Olhei bem.. 

- Ela voltou! 

- sim, ela esta andando para trás. E se eu ... - tentou deslizar da direita para a esquerda. 

- Perfeito! - ele me deixou no comando. 

Acelerei a imagem rapidamente. Queria saber até onde ia o vídeo. A imagem congelou quando  arrumavamos as malas uma semana depois daquele dia.

- por que não tem continuação? 

- tente outro espelho. 

Esse gato realmente da sorte!! Estava lá a continuação, no espelho seguinte.

- Você tem toda razão! - sorri ansiosa.

Acho que acabei de aumentar seu ego. Ele não para com esse sorriso convencido. Voltando minha atenção para o espelho, estavamos a arrumar as malas naquele fim de tarde. Tinha algo curioso na imagem... meu pai estava inquieto e minha mãe estava nervosa. Mal me davam atenção naquele dia. 

Uma explosão na cozinha foi o começo de correria. A padaria explodiu, minha mãe corria comigo pelas escadas, assim que entramos em casa, ela empurrou o sofá contra a porta. Me levou até seu quarto, abriu o guarda roupa embutido, arrancou o fundo falso que parecia uma fina parede. Pegou uma caixa marrom  arranjando espaço e me colocou no lugar dela. 

O barulho na sala foi ouvido.

- shiiiii! - ela tapou minha boca e posicionou o indicador em seus lábios. - eu te amo! - sussurrou.

Colocou a parede falsa me deixando no escuro. A lágrima escorreu em meu rosto. Foi a última vez que a vi. Funguei o nariz e limpei os olhos com as costas da mão. 

- É aqui que entramos. - anunciei. 

Entrei no espelho com cuidado e em silêncio. Cat noir me seguiu. Abri a porta com cuidado olhando para a sala proxima. 

- Não tem ninguém. Sussurrei.

Fiz menção que abriria a porta, assim Cat noir iria a minha frente. Quando o fiz, ele deu seus primeiros passos. Assim que passou apela escada alguém o derrubou. O estrondo me fez correr. 

- Ma..Sabine! - corrigi.

Meu coração acelerou alegremente. Chegamos a tempo!

- somos do bem! Viemos ajudar! - me rendi de mãos levantadas.

A chinesa no olhou curiosa por alguns segundos. Sua expressão logo mudou assim que pegou na mão de Cat noir admirando o anel.

- Não deviam ter vindo! Não podem mudar o que esta para acontecer! - disse séria franzindo o cenho.

Engoli o nó da garganta. Como não? Eu quero mudar sim o que aconteceu! 

- Não posso deixar você! Eu vim ajudar! 

- quer me ajudar? Pegue essa caixa e leve até o guardião! 

- Guardião? - Cat noir a olhou surpresa.- como sabe dele? 

- como acha que eu sei sobre os miraculous que lhes trouxeram ao passado? - fuzilou o gato. 

Cat noir engoliu em seco.

- Pegue a caixa! E vai embora. 

- Não vou te deixar! - bati o pé.

- Acha que pode me desobedecer ? Eu sou a guardiã no momento! E eu estou mandando vocês protegerem os outros miraculous. É uma ordem! 

Eu entrei em choque. O gato estava de boa aberta tão surpreso quanto eu segurando a caixa. Como  assim ? Guardiã? 

A porta explodiu com a granada. Todos voamos longe. O barulho entorpeceu meus sentidos. Um zumbido.. era tudo o que eu ouvia. Senti o lençol ser jogada acima de mim. Minha visão pouco embaçada, mas a quase transparência do tecido me deixou ver os homens lutarem com minha mãe, no fim pegaram ela pelos braços e a arrastaram-na para fora.

Fui levantada da mesma forma. Cat noir cambaleava sendo o meu apoio. Voltariamos para o quarto. Um tiro passou de raspão por seu corpo enquanto fugiamos pelo corredor.  O vi perder as forças por causa da dor.. olhei por cima do ombro e o homem de terno preto mirava a nossos corpos. 

Com coragem me coloquei a ser seu escudo. Mais três disparos foram dados. É esse meu fim? Espero que Cat noir ajude minha mãe em meu lugar....

- Salvem a Marinette..  - fez seu último pedido antes de cair no chão.

- Pai? - meu corpo tremeu. 

Meu coração bateu em desespero. Vi o sangue colorir o chão. Ele me salvou sem mesmo saber quem eu sou... gritei. Queria correr até ele. Mas Cat me puxou para o quarto.

Com o pé ele fechou a porta, me entregou a caixa que quase deixei cair no chão, e correu a segurar a porta.

- Lady Bug!! Ta me ouvindo? Não da pra segurar muito tempo! 

Estava me sentindo devastada, fiquei sem chão, estou destruída. Vi a morte de quem eu mais queria salvar. Olhei a caixa em minha mão e me lembrei da menina no guarda roupa. Mesmo cambaleando arranquei a parede falsa. A pequena Marinette me olhou assustada. Eu a peguei no colo e pulei pela janela. Cat noir me seguiu. 

No prédio ao lado de minha casa, foi nossa parada. Eu olhei abaixo e vi os homens com minha mãe. Pareciam conversar algo. Logo ela levou um tapa na cara e foi levada dentro do carro.

- Precisamos sair daqui! - Cat noir continuou.

- Precisamos ajudar eles! - alterei a voz.

- Ouviu o que ela disse! Não podemos mudar o futuro. 

- Mas...- abracei ainda mais a pequena Marinette e desabei em lágrimas. 

Senti o indicador levantar meu queixo pedindo permissão para olhar meus olhos.

- sinto muito..  ele morreu como um herói.. 

Eu não tenho escolha... não tenho permissão para mudar o futuro..  os bombeiros chegaram e tentaram apagar o fogo alto que tornava a padaria em cinzas.

Dizem que sempre existe uma notícia boa em meio aos males da vida. Uma esperança sempre surgi no final do túnel. Aquele amargo, constrangimento e frustação habitavam em mim. Levei tanto tempo para voltar, e no fim não consegui fazer nada.. Uma decepção! Isso é o que eu sou! 

- o que é isso? - Fu pegou na caixa de madeira assim que chegamos a casa de massagem.

- Ela pediu para te entregar... - cat noir falou por mim. 

O Velho chinês nos olhou desolado. Seus lábios tremeram e não conseguiu dizer mais nada. 

- Poderia cuidar da criança? - Apontou para mim. 

Acenou um sim com a cabeça pegando a adormecida nos braços. Provavelmente levaria ela para um  orfanato. Assim fomos embora. 

Voltamos ao tempo real. Quando pisamos na plataforma da torre não consegui mais manter controle das minhas emoções. Chorei desesperadamente, cai de joelhos ao chão, gritei alto, me debati e implorei para que aquela dor e frustação sumir. Queria arrancar de fora do peito tudo o que passei. 

- Shiii.. se acalma! Você não tem que lidar com isso sozinha! - Cat noir me abraçou impedindo que eu me machuca-se ainda mais.

Estava acabada, ofegante. Nada mais importa ... e ali em seus braços, depois de estar desidratada de tanto chorar, senti o cansaço me vencer. Adormeci.

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Adrien do futuro~

Corri pela casa a procura de Mestre Fu. Assim que o encontrei sentado no jardim a meditar.

- Como assim ela esta viva? - Alterei a voz surpreso.

- Esta? - ele parecia tão suspreso quanto eu.

- Eu não sei! Eu estava tentando me lembrar e der repente a imagem veio em minha mente como uma lembrança. 

- Isso não é bom? Quer dizer que pode voltar ao passado agora! 

- Não posso! Agora que sabemos que sua mãe esta viva, ela vai querer ir atrás de wang! 

- O QUE? SABINE ESTA VIVA? - agora eu tinha toda a sua

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Marinette~

A brisa gelada me fez encolher, assim ele me apertou mais ao corpo e deslizou suas mãos em meus braços tentando me aquecer. 

- Devia ir para casa. Esta frio. Não quero que fique resfriada. - se preocupou.

Sua voz estava mansa. Tão serena. Eu tinha a total atenção de seus olhos verdes. Parecia encantado ao me admirar. Meu coração palpitou assim que me vi deitada sobre seu peito. Era normal que eu estivesse assim? Queria aquele carinho! Mas eu tinha isso com Adrien! 

A vergonha me subiu. Como posso estar agarrando outro homem depois de me declarar a Adrien? 

- S-Sinto muito-o !! - descolei nossos corpos.

Ele riu. - Desculpa. Não consegui deixar você deitar no chão gelado! 

Que belo sorriso. Sinto minhas bochechas queimarem. 

- Obrigada, Cat. - agradeci tímida.

Assim que se levantou o vi fazer cara de dor.

- vai ficar bem? Deixe-me me ver isso! 

Ao lado das costelas. A bala que passou de raspão deixou uma bela ferida. Com a metade do uniforme tirado, o ajudei no curativo. Ver ele despido assim é tão embaraçoso. Sinto meu corpo quente. É constrangedor. Não consigo manter minha concentração aqui....

- E-Esta pronto.. - guardei os primeiros socorros dentro do io-io.

- obrigado. - disse baixinho com o rosto vermelho.

- Vai ficar bem? - perguntou tímido mas preocupado.

Acenei um sim com a cabeça. Sua despedida foi um beijo em minha testa. Lá se foi meu Gato da sorte.. me mantive sentada ao chão. Olhei o pingente de Fluffy e ponderei sobre a falta de permissão da minha mãe.. como eu não sabia esse segredo? Só Mestre Fu podera me responder!

Corri ansiosa. Assim que cheguei na casa Adrien e Fu me olharam esperançosos. O loiro correu a minha direção me abraçando. Parecia aliviado por estar bem. Suspirou agradecendo. Apesar de sentir aquele carinho, eu não o correspondi, ainda estou zangada com ele..

- Precisa me dizer exatamente o que aconteceu. 

Sentei e lhes contei tudo. 

- Ela sabia que viemos do futuro.. 

- ela sabia, por que não tinha entregado os miraculous para ninguém. Sendo assim os únicos heróis só poderiam vir do futuro.

- Quem a levou? 

- Wang. - ele olhou para Adrien que parecia preocupado com as próximas palavras que Fu diria. - Ele é um antigo guardião que se rebelou contra nós! 

Ponderei..

- Ele estava atrás de sua mãe para pegar as jóias.. e como ela estava acima de mim, eu não tinha escolha a não ser obedecer suas ordens.

- Você me levou ao orfanato. 

- Eu não podia ficar com você, estaria correndo um grande perigo.

- por que me entregou o miraculous? 

- Destino. Eu não sabia que era você. Faz nove anos que não te vejo. Mas olhando para você agora, vejo grandes semelhanças entre vocês duas. 

- Como mudou o passado? - Adrien parou de observar e resolveu abrir a boca.

- Do que esta dizendo? - o olhei com duvida.

Ele abriu a boca, como se fosse falar algo. Mas depois fechou sem dizer nada. Do que esta falando? 

- Nada desculpa. Pensei alto de mais.

Por que sinto que esta me escondendo algo. 

- Mestre por que me deu o miraculous do tempo? 

- Você precisava saber sobre suas raízes. Saber quem é sua mãe e seus segredos. E também ter pistas sobre... wang.

Adrien riu. Ele esta achando graça. Me aborreci. Fim de conversa. 

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Adrien do futuro~

Ela foi embora sem se despedir. Seu olhar me fuzilava. Provavelmente estava brava comigo. Ela é tão linda brava, mas dessa vez senti um frio na espinha.

- como pode dizer a ela que lhe deu o miraculous para descobrir pistas de wang? - Estou indignado. - estou nove anos atrás dele.

- Você esta nove anos sozinho atrás dele! Com ela vai ser mais fácil. 

- foi esse o motivo? 

- Eu.. tinha esperança que ela a ajuda-se. - pareceu triste.

Suspirei derrotado. Mordi os lábios invocado. Não é possível que ela consiga algo que eu não consegui.

- Quando vai perguntar a ela ? Sabe.. como ela mudou o futuro. Os pais dela não tinham morrido? - tentei entender.

- Eles estava mesmo mortos? Ou isso foi o que colocaram na manchete? Ninguém nunca viu os corpos.

- Ta, mas eu a vi morrer nos meus braços! Wang estava lá! Ele atirou nela! - toquei em minha cicatriz. 

O raspão da custela que me feriu naquela noite...

- O pai dela... você não disse que os dois foram levados no carro? 

-  E foram.. mas.

Espera. O olhei e ele me olhou. Foi isso.. Tom Dupain a salvou.. Não sei nem como demonstrava a imensa gratidão que estou por ele ter a salvado..

Meu coração aqueceu. Sinto uma alegria novamente. Mas não posso descansar.. ela ainda vai atrás de wang. Não vou descansar enquanto esse cara não morrer!