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História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - Jogo pinoche com um cavalo -parte 1


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


Mais um bbys 💗

Capítulo 11 - Jogo pinoche com um cavalo -parte 1


Tive sonhos estranhos, cheios de animais de estábulos. A maioria queria me matar. O restante
queria comida.

Começou Luke a ler logo após todos terem tomado o tão desejado pequeno almoço.Assim que acabou a primeira frase gargalhadas misturaram se com o ar fresco daquela manhã.

Devo ter acordado várias vezes, mas o que ouvi e vi não fazia sentido, então adormecia de novo.
Lembro-me de estar deitado em uma cama macia, sendo alimentado com colheradas de alguma
coisa que tinha gosto de pipoca com manteiga, só que era pudim. A menina com o cabelo loiro
encaracolado pairava acima de mim com um sorriso afetado enquanto limpava as gotas de meu
queixo com a colher.

-Olha a Annie-disse Clarisse com ironia

Quando ela viu meus olhos abertos, perguntou: - O que vai acontecer no solstício de verão?

-ANNABETH!-exaltou-se Quiron.

-Ahm,eu...-Annabeth começou a tentar explicar se mas Hermes começou a rir se.

-Quiron,a rapariga apenas estava curiosa.

-Bom,sim mas podia ter sido mais delicada.-disse Quiron contrariado

-Não interessa vamos mas é despachar isto-resmungou senhor D que segurava uma garrafa de vinho cheia de água na mão.

Eu consegui resmungar:
- O quê?
Ela olhou em volta, como se estivesse com medo de que alguém ouvisse.

-E tinha-sussurrou

- O que está acontecendo? O que foi roubado? Nós só temos algumas semanas!
- Desculpe - murmurei. - Eu não...
Alguém bateu à porta, e a menina rapidamente encheu minha boca de pudim.

-É pois...Desculpa por isso.

Percy apenas sorriu.

Quando acordei novamente, a menina tinha ido embora.
Um sujeito loiro e forte, como um surfista, estava no canto do quarto me vigiando. Tinha olhos
azuis - pelo menos uma dúzia deles - nas bochechas, nas testas, nas costas das mãos.
*****
Quando finalmente voltei a mim de vez, não havia nada de estranho com o lugar ao meu redor,
a não ser que era mais agradável do que eu estava acostumado. Estava sentado numa
espreguiçadeira em uma enorme varanda, olhando ao longo de uma campina para colinas
verdejantes à distância. A brisa tinha cheiro de morangos. Havia uma manta sobre as minhas
pernas, um travesseiro atrás do pescoço. Tudo isso era ótimo, mas minha boca me dava a sensação
de ter sido usada como ninho por um escorpião. A língua estava seca e pegajosa, e todos os dentes
doíam. Sobre a mesa ao lado havia bebida num copo alto. Parecia suco de maçã gelado, com um
canudinho verde e um guarda-chuva de papel enfiado em uma cereja.

Luke parou para recuperar o fôlego.

Minha mão estava tão fraca que quase derrubei o copo quando passei os dedos em volta dele.
- Cuidado - disse uma voz familiar.
Grover estava apoiado no gradil da varanda, e parecia não dormir havia uma semana. Embaixo
de um braço, segurava uma caixa de sapatos. Estava usando jeans, tênis de cano alto Converse e
uma camiseta laranja-claro com os dizeres ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE. Apenas o velho
Grover. Não menino-bode.

-Lamento Percy, não foi um sonho-disse Athena com alguma repulsa pelo rapaz filho de Poseidon.

Quem sabe não tive um pesadelo? Talvez minha mãe estivesse bem. Ainda estávamos de férias
e tínhamos parado ali naquela grande casa por alguma razão. E...
- Você salvou minha vida - disse Grover. - Eu... bem, o mínimo que eu podia fazer... voltei na
colina. Achei que você poderia querer isso.

-O chifre-alguem murmurou

Reverentemente, ele colocou a caixa de sapatos em meu colo.
Dentro havia um chifre de touro branco-e-preto, a base irregular por ter sido quebrada, a ponta salpicada de sangue seco. Não tinha sido um pesadelo.
-O Minotauro - disse eu.

Muitos olhos se arregalaram-se e Luke encolheu-se no lugar após ler a palavra em voz alta.

- Ahn, Percy, não é uma boa idéia...
- É assim que o chamam nos mitos gregos, não é? - perguntei. - O Minotauro. Meio homem,
meio touro.
Grover mudou de posição, pouco à vontade.

-Pois claro-disse Grover

- Você ficou desacordado por dois dias. Do que se lembra?
- Minha mãe. Ela está mesmo...
Ele abaixou os olhos.

Silêncio se fez no anfiteatro.

Olhei ao longo da campina. Havia pequenos bosques, um riacho sinuoso, campos de morangos
espalhados embaixo do céu azul. O vale era cercado por colinas ondulantes, e a mais alta, bem na
nossa frente, era a que tinha o grande pinheiro no topo. Mesmo isso parecia bonito à luz do sol.
Minha mãe se fora. O mundo inteiro deveria estar escuro e frio. Nada devia parecer bonito.

- Desculpe - fungou Grover. - Eu sou um fracasso. Eu... sou o pior sátiro do mundo.
Ele gemeu, batendo o pé com tanta força que ele saiu, quer dizer, o tênis Converse saiu. Dentro,
estava recheado de isopor, a não ser por um buraco em forma de casco.
- Oh, Styx! - murmurou ele.
Um trovão ecoou no céu claro.

Todos olharam para Zeus que manteve a expressão neutra.

Enquanto ele lutava para pôr o casco de volta no falso pé, pensei: Bem, isso resolve as coisas.
Grover era um sátiro. Podia apostar que, se raspasse o cabelo castanho cacheado, encontraria
pequenos chifres em sua cabeça.
Mas eu me sentia infeliz demais para me importar com a existência de sátiros ou mesmo
minotauros. O
importante era que minha mãe realmente tinha sido espremida para o nada, dissolvida em luz
amarela.
Eu estava sozinho. Um órfão. E teria de viver com... Gabe Cheiroso? Não. Isso jamais iria
acontecer.
Preferia viver nas ruas. Fingiria ter dezessete anos e me alistaria no exercito. Faria alguma
coisa.

-Não precisas-piscou Luke por cima do livro antes de prosseguir a leitura.

Grover ainda estava fungando. O pobre garoto - pobre bode, ou sátiro, ou o que for - parecia
estar esperando levar um murro.
- Não foi sua culpa - disse eu.
- Foi, sim. Eu devia protegê-lo.
- Minha mãe pediu para você me proteger?
- Não. Mas é isso que faço. Sou um guardião. Pelo menos... eu era.
- Mas por que...
De repente senti uma vertigem, minha visão rodando.
- Não se esforce demais - disse Gover. - Aqui.
Ele me ajudou a segurar o copo e eu levei o canudinho aos lábios.
Recuei com o gosto, porque estava esperando suco de maçã. Não tinha nada a ver com isso. Era
gosto de biscoito com pedacinhos de chocolate. Biscoito líquido. E não qualquer biscoito - os
biscoitos azuis da minha mãe com pedacinhos de chocolate, amanteigados e quentes, o chocolate
ainda derretendo. Ao beber aquilo, meu corpo inteiro se sentiu bem, aquecido e cheio de energia.
Minha tristeza não foi embora, mas era como se minha mãe tivesse acabado de acariciar minha
bochecha e me dar um biscoito, como costumava fazer quando eu era pequeno, e tivesse dito que tudo ia ficar bem.

Alguém suspirou.

Antes de me dar conta, já tinha esvaziado o copo inteiro. Olhei para dentro dele e, com certeza,
não era uma bebida quente, pois os cubos de gelo não tinham nem derretido.
- Estava bom? - perguntou Grover.
Fiz que sim com a cabeça.
- Que gosto tinha?
Ele pareceu tão suplicante que me senti culpado.
- Desculpe. Devia ter deixado você provar.
Os olhos dele se arregalaram.

Quiron levou a mão á cara.

-És uma desgraça Grover-brincou

- Não! Não foi isso que eu quis dizer. Eu só... fiquei curioso.
- Biscoitos com pedacinhos de chocolate - disse eu. - Os da minha mãe. Feitos em casa.
Ele suspirou.
- E como se sente?
- Como se fosse capaz de jogar Nancy Bobofit a cem metros de distancia.

Todos riram.

-Ela bem merecia-disse um rapaz da cabana de Apolo

-Não sei-comentou Clarisse-Até gosto da rapariga...

- Isso é bom - disse ele. - Isso é bom. Não acho que você deva se arriscar a tomar mais disso aí.
- O que quer dizer?
Ele pegou meu copo com cautela, como se fosse dinamite, e o colocou de volta na mesa.
- Vamos. Quíron e o sr. D estão esperando.

-Olha,eu estou no livro-disse senhor D , já um pouco mais interessado.

A varanda circundava toda a casa da fazenda.
Senti as pernas tremulas tentando andar toda aquela distancia. Grover se ofereceu para carregar
o chifre do Minotauro, mas eu me agarrei a ele. Tinha pago um preço alto por aquele suvenir. Não
iria largá-lo.
Quando demos a volta até o lado oposto da casa, parei para recuperar o fôlego.
Devíamos estar na costa norte de Long Island, porque daquele lado da casa o vale seguia até a
água, que cintilava a cerca de um quilômetro de distancia. Entre a casa e lá, eu simplesmente não
consegui processar tudo o que estava vendo. A paisagem era pontilhada de construções que
lembravam a arquitetura grega antiga - um pavilhão a céu aberto, um anfiteatro, uma arena
circular - só que pareciam novos em folha, as colunas de mármore branco reluzindo ao sol. Em
uma quadra de areia próxima, uma dúzia de crianças e sátiros jogavam voleibol. Canoas
deslizavam por um pequeno lago. Crianças de camiseta laranja-clara como a de Grover acorriam
umas atrás das outras em volta de um grupamento de chalés no meio do bosque. Algumas
praticavam arco-e-flecha em alvos. Outras montavam cavalos em uma trilha arborizada e, a não
ser que eu estivesse tendo alucinações, alguns cavalos tinham asas.

-Nada de alucinações rapaz-riu-se Ares

Na extremidade da varanda, dois homens estavam sentados frente a frente em uma mesa de
carteado. A menina de cabelos loiros que me alimentara com colheradas de pudim com sabor de
pipoca estava apoiada no gradil da varanda, ao lado deles.

Annabeth sorriu.

O homem de frente para mim era pequeno, mas gorducho. Tinha nariz vermelho, grandes olhos
chorosos e cabelo cacheado tão preto que era quase roxo. Parecia uma daquelas pinturas de anjos-
bebês, como se chamam mesmo... surubins? Não, querubins. É isso. Ele parecia um querubim que
chegou a meia idade em um acampamento de trailers. Usava uma camisa havaiana com estampa
de tigres e teria se encaixado perfeitamente em uma das rodas de pôquer de Gabe, só que eu tive a
sensação de que esse cara poderia ter ganhado até do meu padrasto.
Aquele é o sr. D - murmurou Grover para mim. - Ele é o diretor do acampamento. Seja educado.
A menina é Annabeth Chase.   

-Anjo.... Bebê?...meia idade....gorducho???-senhor D foi repetindo pausadamente.

Percy estava vermelho até á ponta do cabelo e tudo o que queria era infiar-se num buraco,todos os campistas tentavam a todo o custo não se rir.

-Vamos manter a calma Dionísio,sim?-disse Zeus fazendo o mesmo calar-se de imediato,mesmo que contrariado,e beber um golo da sua água.

Ela é só uma campista, mas está aqui há mais tempo que quase todo
mundo. E você já conhece Quíron...
Ele apontou para o cara que estava de costas para mim.
Primeiro, percebi que ele estava sentado em uma cadeira de rodas. Depois reconheci o casaco
de tweed, o cabelo castanho ralo, a barba desalinhada.

- Sr. Brunner! - exclamei.

Quiron sorriu.

O professor de latim voltou-se e sorriu para mim. Os olhos estavam com aquele brilho travesso
de quando ele fazia uma prova-surpresa e todas as respostas da múltipla escolha eram B.

Ou eram alguns risos dos campistas que frequentavam ou haviam frequentado escolas secundárias.

- Ah, bom, Percy - disse ele. - Agora já temos quatro para o pinoche.
Ele me ofereceu uma cadeira à direita do sr. D, que olhou para mim com olhos injetados e
soltou um grande suspiro.

- Ah, suponho que devo dizer isto. Bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue. Pronto. Agora,
não espere que eu esteja contente em vê-lo.

- Autch-disse um filho de Athena recebendo um olhar reprovados da mãe

- Ahn, obrigado. - Logo me afastei um pouco dele, porque, se havia uma coisa que eu tinha
aprendido com Gabe era reconhecer quando um adulto andou tomando umas e outras. Se o sr. D
era abstêmio, eu era um sátiro.

Todos os que confiam o riso desistiram de o fazer.

- Annabeth? - o sr. Brunner chamou a menina loira.
Ela avançou e o sr. Brunner nos apresentou.
- Esta mocinha cuidou de você até que ficasse bom, Percy. Annabeth, minha querida, por que
não vai verificar o beliche de Percy? Vamos instalá-lo no chalé 11 por enquanto.
Annabeth disse:
- Claro, Quíron.
Ela provavelmente tinha a minha idade, talvez fosse uns cinco centímetros mais alta, e tinha a
aparência muitíssimo mais atlética.
Com seu bronzeado intenso e o cabelo loiro cacheado, era quase exatamente como eu imaginava
uma típica menina da Califórnia, a não ser pelos olhos, que arruinavam essa imagem. Era
surpreendentemente cinzentos, como nuvens de tempestade; bonito, mas também intimidadores,
como se ela estivesse analisando o melhor modo de me derrubar em uma luta.

- Todos sabemos que ela é bem capaz de o fazer-me tou um dos seus irmãos.

Ela deu uma olhada no chifre de minotauro em minhas mãos, então de novo para mim. Imaginei
que fosse dizer: Você matou um minotauro! Ou Uau, você é tão assustador! Ou algo do tipo. Em
vez disso, ela disse: - Você baba quando está dormindo!

Gargalhadas é um Percy mais que vermelho.

Depois saiu correndo pelo gramado, os cabelos loiros esvoaçando atrás dela.
- Então - disse, ansioso por mudar de assunto -, o senhor, ahn, trabalha aqui, sr. Brunner?
- Sr. Brunner não - disse o ex-sr. Brunner. - Lamento, era pseudônimo. Você pode me chamar de
Quíron.
- Combinado. - Totalmente confuso, olhei para o diretor. - E sr. D... significa alguma coisa?

- o D é uma letra do alfabeto que se escreve é que se lê.-disse uma filha de Hermes irónica

-Antes do E e depois do C-completou Apolo rindo.

O sr. D parou de embaralhar
as cartas. Olhou para mim como se eu tivesse acabado de arrotar
alto.
- Rapazinho os nomes são coisas poderosas. Você simplesmente não sai por aí os usando sem
motivo.
- Ah. Certo. Desculpe.

- Devo dizer, Percy - interrompeu o Quíron-Brunner -, que estou contente em vê-lo com vida. Já
faz um bom tempo desde que fiz um atendimento domiciliar a um campista em potencial.Detestaria pensar que tinha perdido meu tempo.
-Atendimento domiciliar?

- Tão burrinho coitado -disse Grover dando uma grande dentada em mais uma das suas latas vindas do nada.

O ano que passei na Academia Yancy para instruí-lo. Temos sátiros de prontidão na maioria
das escolas, é claro. Mas Grover me alertou assim que o conheceu. Ele sentiu que você era
especial, então decidi ir lá.
Convenci o outro professor de latim a... ah, tirar uma licença.
Tentei me lembrar do começo do ano escolar. Parecia tanto tempo atrás, mas eu tinha uma vaga
lembrança de outro professor de latim na minha primeira semana em Yancy. Então, sem
explicação, ele desapareceu e o sr. Brunner assumiu a turma.
- Você foi a Yancy só para me ensinar? - perguntei.
Quíron assentiu.

- Honestamente, de inicio eu não tinha muita certeza a seu respeito. Contatamos a sua mãe,
informamos que estávamos de olho em você, para o caso de estar pronto para o Acampamento
Meio-Sangue. Mas você ainda tinha muito a aprender. Não obstante, chegou aqui vivo, e esse é
sempre o primeiro teste.
- Grover - disse o sr. D com impaciência -, vai jogar ou não?

Alguns risos.

- Sim, senhor! - Grover tremeu quando se sentou na quarta cadeira, embora eu não soubesse por
que ele deveria ter tanto medo de um homenzinho gorducho de camisa havaiana com estampa de
tigre.

Dionísio ranger os dentes mas manteve se calado.

- Você sabe jogar pinoche? - indagou o sr. D olhando para mim com desconfiança.
- Infelizmente não - disse eu.
- Infelizmente não, senhor - disse ele.
- Senhor - repeti. Estava gostando cada vez menos do diretor do acampamento.

- Bem - ele me disse -, este é, juntamente com as lutas de gladiadores e o Pac-Man, um dos
melhores jogos já inventados pelos seres humanos. Imaginava que todos os jovens civilizados
conhecessem as regras.
- Estou certo de que o menino pode aprender - disse Quíron.
- Por favor - disse eu. -, o que é este lugar? O que estou fazendo aqui? Sr. Brun... Quíron, por
que iria à Academia Yancy só para me ensinar?

-Odeio perguntas-disse senhor D.

O sr. D bufou.


Notas Finais


011💘
(ENTENDEDORES ENTENDERÃO)


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