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História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - De certa forma,descobrimos a verdade-parte 1


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


Aqui está meus lindos❤

Capítulo 41 - De certa forma,descobrimos a verdade-parte 1


Imagine a maior aglomeração de gente que você já viu em um show, um campo de futebol
lotado com um milhão de fãs.

A voz da rapariga suou tremida no início mas logo começou a falar mais alto.

Agora imagine um campo um milhão de vezes maior do que esse, lotado, e imagine que a
energia elétrica falhou e não há barulho, não há luz, nem aquelas bolas gigantes quicando por cima
da multidão. Algo de trágico aconteceu nos bastidores. Uma massa sussurrante de gente fica
simplesmente vagueando nas sombras sem direção, esperando um show que nunca vai começar.
Se é capaz de imaginar isso, tem uma boa idéia de como são os Campos de Asfódelos. A grama
preta tinha sido pisoteada por eras de pés mortos. Um vento morno e úmido soprava como o hálito
de um pântano. Árvores negras - Grover me disse que eram choupos - cresciam em grupos aqui e
ali.
O teto da caverna era tão alto acima de nós que poderia passar por uma massa de nuvens de
tempestade, a não ser pelas estalactites, que brilhavam em um cinza pálido e pareciam
malvadamente pontudas. Tentei não imaginar que poderiam cair sobre nós a qualquer momento,
mas havia várias delas salpicadas ao redor, que caíram e empalaram a si mesmas na grama preta.

- Pessoalmente,espero que caias- disse Dionísio enchendo um copo de vinha,que logo se transformou em água.Suspirou e fez aparecer uma coca cola light.

Acho que os mortos não precisavam se preocupar com pequenos riscos como ser espetados por
estalactites do tamanho de foguetes.
Annabeth, Grover e eu tentamos nos misturar com a multidão permanecendo de olho nos ghouls da segurança. Não pude deixar de procurar rostos familiares entre os espíritos de Asfódelos,
mas é difícil olhar para os mortos. Seus rostos tremulam. Todos parecem ligeiramente zangados
ou confusos. Eles até nos vêem e falam, mas a voz soa como trepidações, como o chiado de
morcegos.
Depois que eles percebem que você não consegue entendê-los, fecham a cara e se afastam.
Os mortos não são assustadores. São apenas tristes.

Algum silêncio foi feito.

Arrastamo-nos, seguindo a fila de recém-chegados que serpenteava desde os portões principais
em direção a uma grande tenda, negra com uma faixa que dizia: JULGAMENTOS PARA O
ELÍSIO E PARA A DANAÇÃO ETERNA Bem-vindos, Recém-Falecidos!
Do fundo da tenda saíam duas filas muito menores.
À esquerda, espíritos flanqueados por espíritos maligno de segurança marchavam por um
caminho pedregoso rumo aos Campos de Punição, que incandesciam e fumegavam a distância,
uma vastidão desértica e rachada com rios de lava e campos minados, e quilômetros de arame
farpado separando as diferentes áreas de tortura. Mesmo de longe, pude ver pessoas sendo
perseguidas por cães infernais, queimadas na fogueira, forçadas a correr nuas por plantações de
cactos ou ouvir música de ópera. Pude apenas distinguir uma colina minúscula com o vulto do
tamanho de uma formiga de Sísifo lutando para empurrar sua pedra até o topo. E vi também
torturas piores - coisas que nem quero descrever.

Alguns semideuses estremeceram com este pensamento.

A fila que vinha do lado direito do pavilhão dos julgamento era muito melhor. Dava num
pequeno vale cercado de muros - uma comunidade com portões, que parecia ser a única parte feliz
do Mundo Inferior. Além do portão de segurança havia belas casas de todos os períodos da
história, vilas romanas, castelos medievais e mansões vitorianas. Flores de prata e ouro floresciam
nos campos. A grama ondulava nas cores do arco-íris. Dava para ouvir os risos e sentir o cheiro de
churrasco.
Elísio.
No meio daquele vale havia um brilhante lago azul, com três pequenas ilhas como um hotel de
lazer nas Bahamas. As Ilhas dos Abençoados, para pessoas que escolheram renascer três vezes, e
três vezes conquistaram o Elísio. No mesmo instante eu soube que era para lá que queria ir quando
morresse.

Poseidon sorriu tristemente ao lembrar-se que o filho iria,de facto ,um dia morrer.

- É isso mesmo - disse Annabeth como se estivesse lendo meus pensamentos. - Este é o lugar
para os heróis.
Mas percebi como havia poucas pessoas no Elísio, como era minúsculo em comparação com os
Campos de Asfódelos ou até os Campos da Punição. Portanto, poucas pessoas se davam bem em
suas vidas. Era deprimente.
Deixamos o pavilhão dos julgamentos e nos aprofundamos mais nos Campos de Asfódelos.
Ficou mais escuro. As cores se esvaíram das nossas roupas. As multidões de espíritos tagarelas
começaram a rarear.
Depois de alguns quilômetros de caminhada, passamos a ouvir guinchos familiares a distância.
Agigantando-se longe estava um palácio de obsidiana negra, brilhante. Acima dos baluartes
rodopiavam três criaturas escuras semelhantes a morcegos: as Fúrias. Tive a sensação de que nos
aguardavam.

Percy engoliu em seco.

- Talvez seja tarde demais para voltar atrás - disse Grover com tristeza.
- Vai dar tudo certo. -Tentei parecer confiante.
- Talvez devêssemos procurar em alguns dos outros lugares primeiro - sugeriu Grover. - Como
o EIísio, por exemplo...
Venha, menino-bode. - Annabeth agarrou-lhe o braço.
Grover ganiu. Seus tênis criaram asas e as pernas saltaram para a frente, puxando-o para longe
de Annabeth. Ele aterrissou de costas na grama.
- Grover - ralhou Annabeth. - Pare de embromar.

Luke gemeu.

- Mas eu não...
Ele ganiu de novo. Os tênis estavam agora batendo as asas como loucos. Levitaram do chão e
começaram a arrastá-lo para longe de nós.
- Maia! - gritou ele, mas a palavra mágica parecia não fazer mais efeito. - Maia, agora
mesmo! Um-nove-zero! Socorro!
Eu me refiz da perplexidade e tentei agarrar a mão de Grover, mas era tarde demais. Ele estava
ganhando velocidade, escorregando colina abaixo como um trenó.
Corremos atrás dele.
Annabeth gritou:
- Desamarre os tênis!

Hermes franziu o sobrolho.

Foi uma idéia esperta, mas acho que isso não é tão fácil quando os seus sapatos o estão
arrastando para a frente a toda velocidade. Grover tentou sentar, mas não conseguiu alcançar os
cadarços.
Continuamos correndo atrás dele, tentando mantê-lo à vista enquanto disparava por entre as
pernas dos espíritos que matraqueavam para ele, aborrecidos.
Eu tinha certeza de que Grover iria passar direro dos portões do palácio de Hades, mas de
repente os tênis desviaram para a direita e o arrastaram na direção oposta.
A ladeira ficou mais íngreme. Grover ganhou velocidade.

- Mas que?

Annabeth encarou Luke e ele devolveu o olhar,foi quando ela percebeu o olhar dele.
Não era cansado,ou deprimido ,era uma pitada de culpa ,que o consumia,lutando e ao mesmo tempo era orgulho.
Ela arfou e desejou que não fosse nada de grave.

Annabeth e eu tivemos de correr a
toda para acompanhá-lo. As paredes da caverna se estreitaram dos dois lados, e me dei conta de
que estávamos entrando em algum tipo de túnel lateral. Não havia mais grama preta nem árvores,
apenas pedras sob os pés, e a luz pálida das estalactites acima.
- Grover! - gritei, minha voz reverberando. - Segure em alguma coisa!
- O quê? - gritou ele de volta.
Estava agarrando os pedregulhos, mas não havia nada grande o bastante para reduzir sua
velocidade.
O túnel ficou mais escuro e frio. Os pêlos dos meus braços se arrepiaram. O cheiro ali embaixo
era nauseabundo. Me fez pensar em coisas que nem devia saber — sangue derramado sobre um
antigo altar de pedra, o hálito fétido de um assassino.

Zeus praguejou algo em grego antigo e um trovão ecoou no céu,encarou Hermes que encarava o filho com uma expressão estranha.

Então vi o que estava à nossa frente e, de repente, estanquei.
O túnel se alargava para uma enorme caverna escura, e no meio havia um abismo do tamanho
de um quarteirão da cidade.
Grover estava escorregando direto para a borda.
- Venha, Percy! - gritou Annabeth, puxando-me pelo pulso.
- Mas aquilo...
- Eu sei! - gritou ela. - O lugar que você descreveu de seu sonho! Mas Grover vai cair se não o
pegarmos. - Ela estava certa, é claro. O apuro de Grover fez com que me mexesse de novo.
Ele estava gritando, arranhando o chão, mas os tênis alados continuavam a arrastá-lo em
direção ao poço, e não parecia possível chegar até ele a tempo.
O que o salvou foram seus cascos.
Os tênis voadores sempre ficaram folgados nele, e quando Grover chocou-se com uma grande pedra, seu tênis esquerdo saiu voando e disparou para as trevas, abismo abaixo. O tênis direito
continuou a puxá-lo, mas não tão depressa. Grover consegui reduzir a velocidade agarrando-se à
grande pedra e usando-a como âncora.
Estava a três metros da borda do abismo quando nós pegamos e o puxamos de volta ladeira
acima. O outro tênis alado se desprendeu, circulou em volta de nós furiosamente e chu tou
nossas cabeças em protesto antes de voar para dentro do abismo a fim de juntar-se a seu par.
Todos desabamos exaustos sobre os pedregulhos de obsidiana. Meus membros pareciam feitos
de chumbo. Até minha mochila parecia mais pesada, como se alguém a tivesse enchido de pedras.
Grover estava muito arranhado. Suas mãos sangravam. As pupilas dos olhos se transformaram
em fendas, no estilo dos bodes como sempre acontecia quando ele estava aterrorizado.

- Luke,o que...-Hermes tentou dizer mas Clarisse do futuro interrompeu.

- Tenho a certeza de que o melhor é lermos,a sério.

Luke levantou-se o olhar e pela primeira vez naquele campo todos perceberam o quão estranho ele estava.Um misto de sombrio e desgraçado.Mas mesmo assim,nos seus olhos ardia um fogo horrível,algo que Percy começava seriamente a temer cada vez que o encarava.

Contra a sua vontade,Clarisse continuou a ler.

- Eu não sei como... - arquejou ele. - Eu não...
- Espere - falei. - Escute.
Eu tinha ouvido algo. Um sussurro profundo na escuridão.
Mais alguns segundos, e Annabeth disse: - Percy, este lugar...
- Psiu. - Fiquei em pé.
O som estava ficando mais alto, uma voz murmurante, malévola, vinda de longe, muito longe
abaixo de nós. Vinda do abismo. Grover sentou-se.
- O... o que é esse ruído?
Agora Annabeth também ouvira. Pude ver em seus olhos.
- Tártaro. A entrada para o Tártaro. Destampei Anaklusmos.
A espada de bronze se expandiu, brilhando no escuro, e a voz. maligna pareceu vacilar, só por
um momento, antes de retomar seu canto.
Eu agora quase conseguia distinguir palavras, palavras muito, muito antigas, ainda mais antigas
que o grego. Como se...
- Mágica - falei.
- Temos de dar o fora daqui - disse Annabeth. Juntos, arrastamos Grover para cima dos cascos e
começamos a voltar pelo túnel. Minhas pernas não se moviam depressa o bastante. Minha mochila
pesava. A voz ficou mais alta e irada atrás de nós, e desandamos a correr.
Bem na hora.

Héstia gemeu e fechou os olhos.
As brasas da lareira pegaram fogo,e apesar de ser de manhã, ninguém se preocupou.

Uma rajada fria de vento nos aspirou pelas costas, como se o abismo inteiro estivesse inalando.
Por um momento aterronzante eu perdi o controle, e meus pés começaram a escorregar nos
pedregulhos. Se estivéssemos mais perto da borda, teríamos sido sugados para dentro.
Continuamos fazendo força para a frente e finalmente chegamos ao topo do túnel, onde a
caverna se abria para os Campos de Asfódelos. O vento parou. Um lamento de indignação ecoou
no fundo. Alguma coisa não estava feliz por termos escapado.
- O que era aquilo? — ofegou Grover quando desabamos na relativa segurança de um bosque de
choupos negros, - Um dos bichinhos de estimação de Hades?
Annabeth e eu nos entreolhamos. Eu podia ver que ela acalentava uma ideia, provavelmente a
mesma que tivera durante a viagem de táxi a Los Angeles, mas estava apavorada demais para
dividi-la comigo. Isso já era o bastante para me aterrorizar.

Annabeth riu-se tentando aliviar o clima, não resultou.

Pus a tampa na minha espada, pus a caneta de volta no bolso.
- Vamos andando. - Olhei para Grover. - Consegue andar?
Ele engoliu em seco.
- Sim, com certeza. Nunca gostei muito daqueles tênis mesmo.
Ele tentou parecer valente, mas estava tremendo tanto quanto Annabeth e eu. O que quer que
estivesse naquele abismo, não era bichinho de estimação de ninguém. Era indizivelmente velho
e poderoso. Nem mesmo Equidna me dera aquela sensação. Fiquei quase aliviado de dar as costas
para aquele túnel e me dirigir para o palácio de Hades.
Quase.

- Falta o quase- sussurrou Rachel,pela primeira vez sem sorrir.

As Fúrias rodeavam os baluartes, lá no alto, nas trevas. As muralhas externas da fortaleza
brilhavam em negro e os portões de bronze com dois andares de altura estavam escancarados.
De perto, vi que as gravações nos portões eram cenas de morte.

- muita hospitalidade- Disse Grover do futuro comento latas outra vez á dentada.

Algumas de tempos modernos -
uma bomba atómica explodindo sobre uma cidade, uma trincheira cheia de soldados usando
máscaras de gás, uma fila de africanos vítimas da fome aguardando com tigelas vazias -, mas
todas pareciam ter sido gravadas no bronze havia milhares de anos. Fiquei pensando se estava
olhando para profecias que se tornaram realidade.
Dentro do pátio havia o jardim mais estranho que já vi. Cogumelos multicoloridos, arbustos
venenosos e plantas luminosas fantasmagóricas cresciam sem a luz do sol. Gemas preciosas
supriam a falta de flores, pilhas de rubis grandes como meu punho, aglomerados de diamantes
brutos. Aqui e ali, como convidados de uma festa que foram congelados, havia estátuas de jardim
da Medusa - crianças, sátiros e centauros petrificados - todos sorrindo grotescamente.
No centro do jardim havia um pomar de romãzeiras, suas flores alaranjadas brilhando como
néon no escuro.
- O jardim de Perséfone - disse Annabeth. - Continue andando.
Entendi por que ela quis seguir andando. O cheiro ácido daquelas romãs era quase irresistível.
Tive um súbito desejo de comê-las, mas então me lembrei da história de Perséfone. Uma mordida
de um alimento do Mundo Inferior e nunca mais poderíamos sair.

Poseidon ficou tenso de repente.

Puxei Grover para longe, para
impedi-lo de colher uma delas, grande e suculenta.
Subimos os degraus do palácio, entre colunas negras, passando por um pórtico de mármore
negro, para dentro da casa de Hades. O vestíbulo tinha um piso de bronze polido que parecia
ferver à luz refletida das tochas. Não havia teto, apenas o teto da caverna muito acima. Acho que
eles nunca precisaram se preocupar com chuva aqui embaixo.
Todas as portas laterais eram guardadas por um esqueleto com trajes militares. Alguns usavam
armaduras gregas, outros, uniformes ingleses de casacas vermelhas, e havia ainda os que vestiam
roupas camufladas com bandeiras americanas esfarrapadas nos ombros. Carregavam lanças,
mosquetes ou fuzis. Nenhum deles nos incomodou, mas suas órbitas ocas nos seguiram enquanto
andávamos pelo vestíbulo em direção ao grande conjunto de portas no extremo oposto.
Dois esqueletos de fuzileiros navais americanos guardavam as portas. Eles sorriram para nós,
com lançadores de granadas atravessadas no peito.

Grover encolheu-se no acento.

- Sabem de uma coisa - murmurou Grover -, aposto que Hades não tem problemas para
despachar vendedores de porta a porta.
Minha mochila agora pesava uma tonelada. Eu não conseguia imaginar por quê. Quis abri-la,
verificar se por acaso havia colhido alguma bola de boliche perdida, mas aquele não era o
momento.

- Isto não soa bem- disse Apolo

- Bem, gente - disse. - Acho que devemos... bater?
Um vento quente soprou pelo corredor e as portas se abriram. Os guardas deram um passo para
o lado.
Acho que isso significa entrez-vous - disse Annabeth.
Lá dentro a sala era exatamente como em meu sonho, só que dessa vez o trono de Hades estava
ocupado.
Era o terceiro deus que eu conhecia, mas o primeiro que realmente me impressionava como
deus.
Para início de conversa, ele tinha pelo menos três metros de altura, e usava mantos de seda
preta e uma coroa de ouro trançado . Sua pele era branca como a de um albino, o cabelo comprido
até os ombros era preto-azeviche. Não era corpulento como Ares, mas irradiava força. Reclinava-
se em seu trono de ossos humanos fundidos parecendo flexível, elegante e perigoso como uma
pantera.

Zeus e Poseidon remuneração alguma coisa sobre ele ser o filho mais feio.

No mesmo instante tive a sensação de que ele deveria dar as ordens. Sabia mais do que eu.
Devia ser meu mestre. Então disse a mim mesmo para dar o fora.
A aura de Hades estava me afetando, assim como acontecera com a de Ares. O Senhor dos
Mortos lembrava retratos que eu tinha visto de Adolf Hitler, ou Napoleão, ou dos líderes
terroristas que controlam os homens-bomba. Hades tinha o mesmo olhar intenso, o mesmo tipo de
carisma hipnotizador e maligno.
- Você é corajoso de vir até aqui, Filho de Poseidon - disse ele com uma voz untuosa. - Depois
do que me fez, você é muito valente, sem dúvida. Ou talvez seja simplesmente muito tolo.

- Acho que eu mais por aí- concordou Ares brincando

Um entorpecimento se insinuou nas minhas juntas, tentando-me a deitar e tirar uma pequena
soneca aos pés de Hades. Queria me enroscar ali e dormir para sempre.
Lutei contra a sensação e dei um passo à frente. Sabia o que tinha de dizer.
- Senhor e tio, trago dois pedidos.
Hades ergueu uma sobrancelha. Quando ele chegou mais para a frente em seu trono, rostos
sombrios apareceram nas dobras dos seus mantos negros, rostos atormentados, como se o traje
fosse feito de almas dos Campos da Punição pegas ao tentar escapar, costuradas umas nas outras.
Minha porção transtorno do déficit de atenção se perguntou se o resto das roupas dele era feito do
mesmo modo. Que coisas horríveis alguém teria de fazer em vida para merecer ser parte da roupa
de baixo de Hades?
- Só dois pedidos? - disse Hades. - Criança arrogante. Como se você já não tivesse recebido o
bastante.
Fale, então. Acho divertido esperar um pouco para fulminar você.
Engoli em seco. Aquilo estava indo mais ou menos tão bem quanto eu temia.

Percy juntou-se a Grover encolhido no banco.

Relanceei para o trono menor, vazio, ao lado do de Hades. Tinha a forma de uma flor negra,
decorada em ouro. Desejei que a rainha Perséfone estivesse ali. Lembrei-me de algo nos mitos
sobre como ela podia acalmar os humores do marido. Mas era verão. É claro que Perséfone estaria
acima no mundo de luz com mãe, a deusa da agricultura, Demeter. Suas visitas, e não a inclinação
do planeta, criavam as estações.
Annabeth pigarreou. Seu dedo me cutucou nas costas.
- Senhor Hades - disse eu. - Olhe, senhor, não pode haver uma guerra entre os deuses. Isso
seria...
ruim.

- Sim,isso vai mesmo convencê-lo- remosneou Zeus

- Realmente ruim - acrescentou Grover, querendo ajudar.

- Devolva o raio-mestre de Zeus para mim - disse eu. Por favor, senhor, deixe-me levá-lo para o
Olimpo.


Notas Finais


Não me matem💘


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