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História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - Luto contra o meu parente imbecil-parte 2


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


Vejam lá se agora já está bem?

Capítulo 44 - Luto contra o meu parente imbecil-parte 2


E pegue isto - disse Grover. Ele me entregou uma lata achatada que parecia estar no seu bolso
há mil quilômetros. - Os sátiros lhe dão respaldo.
- Grover... eu não sei o que dizer.
Ele me deu uma palmadinha no ombro. Enfiei a lata no meu bolso de trás.

- Admitem que o rapaz vai morrer, já lhe estão a dizer adeus e tudo- Ares gozou

- Vocês já se despediram? - Ares veio em minha direção, o comprido casaco de couro preto se
arrastando atrás dele, a espada faiscando como fogo ao nascer do sol. - Eu venho lutando há uma
eternidade, garoto.
Minha força é ilimitada e eu não posso morrer. O que você tem?
Um ego menor, pensei, mas não disse nada.

Garagalhadas encheram o espaço.

Mantive os pés na arrebentação, recuando na água
até os tornozelos. Pensei no que Annabeth havia dito no restaurante de Denver, tanto tempo atrás:
Ares tem força. É tudo o que ele tem. Mesmo a força às vezes tem de se curvar à sabedoria.

Athena apurou o ouvido.

Ele desceu a espada, tentando rachar ao meio a minha cabeça, mas eu não estava lá.
Meu corpo pensava por mim. A água pareceu me empurrar para o ar e eu me lancei para cima
dele, golpeando para o lado com a espada ao descer. Mas Ares foi igualmente rápido. Torceu o
corpo e o golpe que deveria tê-lo pego diretamente na espinha foi desviado para fora pela guarda
da sua espada.
Ele sorriu.
- Nada mau, nada mau.
Ele atacou de novo e fui forçado a pular para a terra seca. Tentei sair de lado, para voltar à água,
mas Ares parecia saber o que eu queria. Ele foi mais habilidoso, me pressionando tanto que tive de
me concentrar totalmente em não ser cortado em pedaços. Continuei recuando para longe da
arrebentação.

Poseidon entortou a cara.

Não conseguia achar nenhuma abertura para atacar. O alcance da espada-dele era bem maior
que o de Anaklusmos.
Chegue perto, Luke me dissera uma vez, em nossa aula de esgrima.

Luke ergueu a cabeça inexpressivo,como se não lhe interessasse minimamente.O que tinha acontecido ao rapaz alegre?Percy perguntou-se.

Quando a sua lâmina é a
mais curta, chegue perto.
Avancei com uma estocada, mas Ares estava esperando por isso. Ele arrancou a espada das
minhas mãos e me chutou no peito. Eu saí voando — cinco, talvez dez metros.Teria quebrado as
costas se não tivesse desabado sobre a areia fofa de uma duna.
- Percy! - gritou Annabeth. - Polícia!
Estava vendo tudo dobrado. Parecia que o meu peito tinha sido atingido por um aríete, mas
consegui me pôr em pé.
Eu não podia desviar os olhos de Ares por medo de que ele me cortasse ao meio, mas com o
canto do olho vi as luzes vermelhas piscando na avenida beira-mar. Portas de carros batiam.
- Ali, guarda! - gritou alguém. - Está vendo?
Uma voz brusca de policial:
- Parece aquele garoto da tevê... que diabo...
- Aquele cara está armado - disse outro policial. - Peça reforços.
Rolei para o lado e a lâmina de Ares cortou a areia.
Corri para a minha espada, peguei-a e desferi um golpe contra o rosto de Ares, apenas para ver a
minha lâmina desviada de novo.

Ate Zeus respirava mais pesadamente.

Ares parecia saber exatamente o que eu ia fazer um momento antes.
Recuei para a arrebentação, forçando-o a me seguir.
- Admita, garoto - disse Ares. - Você está perdido. Estou só brincando com você.
Meus sentidos estavam fazendo hora extra. Agora eu entendia o que Annabeth dissera sobre
como o transtorno do déficit de atenção pode manter você vivo na batalha. Eu estava totalmente
desperto, notando cada pequeno detalhe.
Eu podia ver onde Ares estava se retesando. Podia dizer de que lado ia atacar. Ao mesmo
tempo, tinha consciência de Annabeth e Grover, dez metros à minha esquerda. Vi uma segunda
viatura parando, a sirene uivando. Espectadores, pessoas que perambulavam pelas ruas por causa
do terremoto, começavam a se juntar.
No meio da multidão, pensei ver alguns andando com aquele estranho passo de trote de sátiros
disfarçados. Havia também vultos rebrilhantes de espíritos, como se os mortos tivessem se
erguido do Hades para assistir à batalha. Ouvi o bater de asas coriáceas circulando em algum lugar
acima.

O alguém assobiou e os espíritos da natureza agitaram-se.

Mais sirenes.
Avancei mais para dentro da água, mas Ares foi rápido. A ponta da sua espada rasgou a manga
da minha roupa e roçou o meu antebraço.
A voz de um policial no megafone disse: - Larguem as espingardas! Coloquem na areia. Agora!
Espingardas?

- Mortais estúpidos- repetiu pela enésima vez Hera

Olhei para a arma de Ares, e ela parecia estar tremeluzindo; às vezes parecia uma espingarda, às
vezes uma espada de duas mãos. Eu não sabia o que os seres humanos estavam vendo nas minhas
mãos, mas tinha certeza de que não os faria gostar de mim.
Ares virou-se para olhar ferozmente para os nossos espectadores, o que me deu um momento
para respirar. Havia cinco viaturas de polícia agora, e uma fileira de policiais abaixados atrás
delas, com pistolas apontadas para nós.
- Este é um assunto particular! - berrou Ares. - Vão embora!
Ele fez um movimento circular com a mão, e uma parede de chamas vermelhas passou através
das viaturas. Os policiais mal tiveram tempo de mergulhar para se proteger antes de os carros
explodirem. A multidão se dispersou aos gritos.
Ares soltou uma gargalhada retumbante.
- Agora, heroizinho. Vamos acrescentar você ao churrasco.
Ele golpeou. Eu desviei da lâmina. Cheguei perto o bastante para atacar, tentei enganá-lo com
uma ginga, mas o meu golpe foi rechaçado. As ondas agora estavam me atingindo nas costas. Ares
estava mergulhado até as coxas, avançando atrás de mim.
Senti o ritmo do mar, as ondas ficando maiores enquanto a maré avançava, e de repente tive
uma idéia.

- As tuas ideias são muito más- informou Grover.

Ondas pequenas, pensei. E a água atrás de mim pareceu recuar. Eu estava segurando a maré
com a força da minha vontade, mas a tensão se acumulava, como gás carbônico atrás de uma
rolha.
Ares avançou, sorrindo confiante. Eu abaixei a minha lâmina, como se estivesse exausto demais
para prosseguir. Aguarde, eu disse para o mar. A pressão agora estava quase me levantando acima
dos pés.
Ares ergueu a espada. Eu liberei a maré e pulei, subindo como um rojão em uma onda, passando
diretamente por cima de Ares. Uma parede de dois metros de água o atingiu em cheio no rosto, e
ele ficou praguejando e cuspindo com a boca cheia de algas. Caí em pé atrás dele, espirrando água,
e simulei um ataque em direção à cabeça dele, como já havia feito. Ele se virou a tempo de erguer
a espada, mas dessa vez estava desorientado e não previu o truque. Mudei de direção, investi para o lado e mandei Contracorrente diretamente para baixo na água, enfiando a ponta no calcanhar do
deus.

Alguns semideuses aplaudiram e Poseidon deu um sorriso largo, até Zeus e Athena pareceram impressionados enquanto Ares olhava para o tornozelo instintivamente.

O rugido que se seguiu fez o terremoto do Hades parecer um evento menor. O próprio mar
explodiu para longe de Ares, deixaindo um círculo de areia molhada com quinze metros de
diâmetro.
Icor, o sangue dourado dos deuses, jorrou de um talho profundo na bota do deus. A expressão no
seu rosto ia além do ódio. Era dor, choque, incredulidade total por ter sido ferido.
Ele veio mancando na minha direção, resmungando antigas pragas gregas.
Alguma coisa o deteve.
Era como se uma nuvem tivesse encoberto o sol, mas pior. A luz foi sumindo. Sons e cores se
extinguiram. Uma presença fria e pesada passou sobre a praia, retardando o tempo, diminuindo a
temperatura até o congelamento, e fazendo-me sentir que a vida não valia a pena, que lutar era
inútil.
As trevas se dissiparam.
Ares parecia aturdido.
As viaturas da polícia ardiam atrás de nós. A multidão de espectadores fugira. Annabeth e
Grover estavam plantados na praia, em choque, observando a água se derramar de volta em torno
dos pés de Ares, e o seu luminescente icor dourado se diluindo na maré.
Ares abaixou a espada.
- Você fez um inimigo, filhote de deus - disseme ele. - Você selou o seu destino. A cada vez que
erguer a sua lâmina em batalha, a cada vez que você esperar sucesso, sentirá a minha maldição.
Cuidado, Perseu Jackson. Cuidado.

- Fantástico- murmurou Percy cada vez mais encolhido.

Seu corpo começou a brilhar.
- Percy! - gritou Annabeth. - Não olhe!
Virei-me enquanto o deus Ares revelava sua verdadeira forma imortal. De algum modo eu sabia
que, se olhasse, iria me desintegrar em cinzas.
A luz se extinguiu.
Olhei para trás. Ares se fora. A maré recuou para revelar o elmo de bronze das trevas de Hades.
Eu o recolhi e fui andando na direção dos meus amigos.
Mas, antes de chegar lá, ouvi o bater de asas de couro. Três vovós de aparência maligna com
chapéus de renda e chicotes flamejantes desceram do céu e pousaram diante de mim.

O rapaz estremeceu no banco.

A Fúria do meio, a que tinha sido a sra. Dodds, deu um passo à frente. Seus caninos estavam
expostos, mas pela primeira vez não tinha um aspecto ameaçador. Parecia mais desapontada,
como se tivesse planejado me comer na ceia, mas percebera que eu podia lhe dar indigestão.
- Nós vimos tudo - sibilou ela. - Então... realmente não foi você?
Joguei o capacete para ela, e ela o agarrou, surpresa.
- Devolva isto ao Senhor Hades - disse eu. - Conte-lhe a verdade. Diga-lhe para cancelar a
guerra.
Ela hesitou, depois passou uma língua bifurcada pelos lábios coriáceos verdes.
- Viva bem, Percy Jackson. Torne-se um verdadeiro herói. Porque, se você não o fizer, se algum
dia cair nas minhas garras de novo...

-As fúrias perdoaram-no-disse Hera espantada.

Ela cacarejou, saboreando a idéia. Então ela e as irmãs levantaram vôo em suas asas de
morcego, pairaram no céu cheio de fumaça e desapareceram.
Juntei-me a Grover e Annabeth, que olhavam para mim assombrados.
Percy... - disse Grover. - Aquilo foi tão incrivelmente...
- Aterrorizante - disse Annabeth.
- Legal! - corrigiu Grover.
Eu não me sentia aterrorizado. Certamente não me sentia legal. Estava cansado, doído e sem
nenhuma energia.

Poseidon endireitou-se então na cadeira, orgulhoso.
Agora só faltava evitar a guerra.

- Vocês sentiram aquele... o que era aquilo? - perguntei.
Os dois assentiram, constrangidos.
- Devem ser as Fúrias lá no alto - disse Grover.
Mas eu não tinha tanta certeza. Alguma coisa impedira Ares de me matar, e o que quer que
pudesse fazer isso era muito mais forte do que as Fúrias.
Olhei para Annabeth, e tivemos a mesma sencação. Agora eu sabia o que estava naquele abismo,
o que havia falado da entrada do Tártaro.
Resgatei a minha mochila com Grover e olhei dentro. O raio-mestre ainda estava lá. Uma coisa
tão pequena quase causara a Terceira Guerra Mundial.

- Ainda não entendo quem o roubou afinal- maturou Afrodite

- Temos de voltar a Nova York - disse eu. - Esta noite.
- É impossível - disse Annabeth -, a não ser que nós...
- Fôssemos voando — completei. Ela arregalou os olhos para mim.
- Voando, tipo num avião, coisa que avisaram você para nunca fazer, para que Zeus não o
fulmine para fora do céu, e ainda for cima carregando uma arma que tem mais poder destrutivo do
que uma bomba nuclear?

Zeus abanou a cabeça em concordância.

- É - disse eu. - Mais ou menos isso. Vamos.

- Acabou- informou Clarisse.

- Mais um antes de comer?- Ares,apesar de mal disposto por ter sido derrotado.

- Claro,continua se fazes favor-disse Quíron e Clarisse virou a página.


Notas Finais


???


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