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História Checking - Capítulo 7


Escrita por: HyeBye

Capítulo 8 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Checking - Capítulo 7


"Canções de Natal não são a melhor distração. Parecem nunca funcionar comigo. Jamais entenderei porque levo em conta as idiotices que o Jungkook diz."

- Dara, você é simplesmente a melhor! - Falei de boca cheia, vendo a cara feia de todos. Não me importei. Era só não olharem. Parecia muito simples para mim. 

- Que falta de educação garoto! Nem parece um homem. - Ela comentou e eu sorri. Como se esses insultos me deixassem mal... 

- Vou jogar daqui dois dias, vão querer ir? 

A pergunta saiu, e não percebi que esperava com ansiedade a resposta da Jennie, até que ela me desse uma. Jin e Jungkook apareciam quando podiam, mas dessa vez, eu não perguntara por causa de nenhum deles, perguntara por causa dela. 

- Acho melhor não... Tenho algumas coisas pra resolver... - Ela falou, mas parecia apenas uma desculpa. 

A conversa do quarto ainda me deixava curioso e intrigado e o pressentimento de que sua negativa tinha a ver com isso, me assolava. 

- Eu vou, posso levar alguém? - Jin perguntou, também de boca cheia, recebendo uma fuzilada de olhos assim como eu, das duas mulheres na cozinha. 

Suspeitava que ninguém nunca tivesse de fato jantado na sala de jantar dele, ainda mais porque os papos na cozinha eram muito melhores... Salas de jantar em casa de solteiro eram simplesmente mera formalidade, de acordo com o meu conceito, porque a minha também era puro enfeite e não importava o quanto a empregada lá cozinhava bem, na maioria das vezes eu simplesmente movia minha bunda para a casa do Jin e por ali eu ficava, até sentir que precisava treinar em triplo no dia seguinte. 

Mas pelo menos eu fazia o que amava e não havia meios de me sentir mal com isso. Poucas pessoas tinham a chance de serem realmente felizes com o que faziam e eu era um tremendo cara de sorte. 

- Não vou bancar seu encontro, paga o ingresso dela você mesmo - Comentei. 

Ele fazia a gente pagar quando o víamos jogar, nada mais justo do que estender a cortesia no seu caso também. 

- Pago. Satisfeito? Não custava nada ceder mais um. Nem sabemos se o Jungkook vai... Poderíamos dar o dele para ela. - Jin parecia mais determinado a convencer a si mesmo do que eu. 

- Que bela jogada você tem aí! Já estava preparando a desculpa para dar o ingresso dele para ela! 

- Não posso mentir quanto a isso. - Nem ao menos se defendeu, como eu suspeitava. 

Ouvimos um gemido soar alto e nós dois olhamos para Jennie, que saboreava a comida da Dara, com o garfo ainda no ar, como se fosse incapaz de fazer qualquer movimento experimentando sabores tão inigualáveis. Imaginei que tipo de gemido ela daria ao sentir o gosto do meu... Merda! Porcaria! Achava que mulheres deveriam ser impedidas de gemerem daquela maneira na presença de homens, com os quais elas nem queriam transar. O golpe era baixo demais e não dava nem para se desviar dele! Senti meu pau endurecer no mesmo momento e então, nenhuma posição pareceu ser confortável o suficiente. Só esperava que até todos terminarem de comer, ela não gemesse mais, que era para eu ter um pouco de paz e conter os pensamentos indecentes que dominavam toda a minha coerência. 

- Nós lhe desejamos um feliz Natal e um feliz Ano Novo! Novidades nós trazemos pra você e sua família e lhe desejamos um feliz Natal e um feliz Ano Novo- Cantarolei baixo a canção de Natal, tentando me lembrar de coisas que não despertassem a minha libido. 

- Tá cantando? - Jin perguntou e eu dei um meio sorriso. 

- O jingle surgiu na minha cabeça, assim do nada... - Falei, a frase soando um absurdo aos meus ouvidos. 

Se eu poderia parecer um idiota de marca maior, desconhecia. Fazia um bom papel em dar essa impressão enquanto comíamos. O garfo segurando um pedaço de filé de frango grelhado no meu prato estava mais assassino do que o Dracula nos filmes antigos. Ele estava fincado com tanta força que os nós dos meus dedos estavam até brancos com a pressão. E não por mal. Claro que não. Mas por questão de imaginar muitas cenas que envolvessem, eu, Jennie, sem roupas e em todas as posições sexuais possíveis. Um Kama Sutra muito imaginativo e elástico. Pelo menos ela tinha as pernas fortes e tive que fechar as minhas, para conter a minha felicidade apenas em pensar no que elas poderiam fazer. 

Uma chave de pernas daquela... Me faria ser expulso de jogo por falta de comportamento cavalheiresco, sem dúvidas. O troféu por conduta cavalheiresca e espírito esportivo Lady Byng estaria fora de cogitação para mim nesta temporada, e não por ter dado um soco no defense do time de Dallas e quebrado o nariz dele, mas por pensar em Jennie como uma mulher que poderia me levar à loucura. 

- Tá tudo bem? - O motivo da minha agonia perguntou com a sua voz doce, apenas para que eu apreciasse uma voz nas imagens da minha cabeça, Meu Deus! Fechar os olhos não ajudaria em nada, eu tinha certeza. Mesmo assim o fiz e o que vi quase me fez gemer assim como ela. 

- Tá sim. - Abri meus olhos e respondi com a maior naturalidade que consegui invocar das profundezas. 

- Não parece! - Jin comentou e se eu pudesse quebrar as pernas dele, o faria. 

Amigo? Não sabia de onde ele tirava essa ideia, porque só me ferrava com as suas falas fora de hora. 

- Tô só preocupado com o jogo. - Inventei uma desculpa e notei os dois voltando a comer, sem dar muita importância. - Jackson é uma verdadeira muralha e é conhecido por lançar muitos jogadores ao alto, preciso ser muito mais esperto com ele, caso contrário, vou ter novamente um hematoma gigantesco na coxa e uma boa história de fratura para contar aos meus netos quando for avô. Se eu conseguir ter filhos, com a pancada do filho da puta... Acho que nem a coquilha salva. 

Eu me mexi na cadeira, desconfortável, ao pensar em tudo antes do jogo. Esperava que não me machucasse, esperava com toda a sinceridade. Uma imagem da Jennie nua, em cima da mesa, enquanto eu arremetia fundo nela encheu minha mente de ideias e eu tive que me conter para não dizer alguma coisa, apoiando a mão na cabeça e abaixando-a, tentando me lembrar de algum assunto que me fizesse broxar no mesmo instante. Um assunto ainda pior do que o adversário acertando meu pau, igual a um saco de pancada. 

- Tem certeza? Meu Deus, Taehyung! Parece que vai vomitar! - Senti uma mão macia no meu braço e tentei me desvencilhar. Não ajudava ela me tocar. Eu parecia um pervertido, sabia disso, mas era bem difícil conter a onda de desejo que Jennie me despertava. 

- Estou bem... Juro, estou bem... - Falei baixo, quase sem voz, enquanto tirava a mão do rosto e olhava para os olhos tremendamente azuis da mulher bem próxima de mim. - É só nervosismo pré-jogo... 

Seu rosto estava a centímetros do meu e se me esticasse apenas um pouco, poderia tocar os seus lábios e sentir o seu gosto que eu imaginava ser uma mistura de chocolate com algo místico, apenas dela. Gosto de Jennie... Que eu nem havia sentido ainda... Se a imaginação já me deixava louco, não queria nem saber o que aconteceria comigo quando eu provasse. 

- Precisa de alguma coisa? - Ela perguntou e eu fiquei sem fôlego... 

Era demais para qualquer homem! Provavelmente tinha sido lançado para as bordas e nem sabia! Como ela conseguia mexer tanto assim com a minha cabeça? Com as duas. As duas! Uma já não era o bastante? 

- Ar, preciso de ar! - falei, abrindo a boca e puxando ar com força. 

Se eu respirasse lentamente, o oxigênio não entraria com a velocidade que eu precisava que eles acessassem meus pulmões. Precisava era de agilidade e grande quantidade, uma enorme quantidade de... ar... claro, ar! O que mais eu poderia querer? Ela? Bom, eu a queria. Mas no momento, precisava de ar e distância, porque seu perfume não estava me broxando, estava me deixando ainda mais duro e eu não queria levar um soco por ela notar o que causava no garoto dos países baixos. 

Uma gargalhada ecoou na cozinha e eu olhei para o Jin com a feição fechada o bastante para ele saber que eu o mataria caso dissesse alguma coisa. 

- Sai de perto dele, Jen, que o Tae tá de pau duro! 

Joguei o guardanapo na minha frente direto no prato dele, por reflexo e vingança. Filho da puta! Trinquei meus dentes para não levantar e atravessar a distância da mesa para acabar com a sua cara bonita. Jennie tinha se afastado e me olhava horrorizada, como eu imaginei que olharia. Mas bem, era involuntário, ela tinha que entender. Não que eu fosse avançar sobre ela, mas meu pau era a porra de um órgão involuntário e se eu dissesse pra ele: abaixa aí parceiro, ele responderia: nem fodendo, olha só a visão privilegiada! Enquanto eu não sabia ao certo para que lugar olhar sem soar desrespeitoso como na academia. Ai caralho! Eu ainda iria morrer precocemente por causa desta mulher, não havia mais dúvidas. 

- Sério? Por isso tá sem conseguir falar? - Questionou e eu não respondi. 

Adiantaria alguma coisa? Seria mais fácil admitir logo de uma vez que ela era gostosa pra caralho. e que meu pau não via a hora de se afundar nela até ouvi-la gemer meu nome do que negar a verdade. Seria como jogar, avançar, deslizar e colocar o disco para dentro do gol. O resto era gozar da felicidade. Gozar... Literalmente... 

- Ele não fez nada desta vez, tem que ver pelo lado bom... - Dara interveio e eu a amei por isso. Alguém me entendia, afinal. 

- É estranho... 

- Querida, com esta saia, o estranho seria se eu não me alegrasse! - Eu me defendi, porque a saia era mesmo tentadora... - Com certeza ficaria no mínimo preocupado por conviver tanto com homens todos os dias. Mas é claro que as pessoas nascem assim, o que apenas me deixaria a opção de ter sempre comido a fruta errada! Porém, sinto te avisar, mas acho que nem calça jeans resolveria. - Ela me olhou estranho e achei melhor emendar explicando meu ponto. - E não me olhe assim, não vou te atacar sem o seu consentimento, quando ficar comigo vai ser porque quer. 

- Ai caralho! Só isso para me alegrar! Você deveria morar comigo prima, para poder manter o Taehyung sempre passando vergonha assim. E porra, o Jungkook deveria ter ouvido uma coisa desta. - Jin comentou, mal conseguindo segurar a gargalhada. 

Amigo... Eu ainda o chamava de amigo... 

- O que eu deveria ter ouvido? - Jungkook apareceu no vão da porta que separava a cozinha dos demais ambientes e encostou na parede, curioso ao extremo. 

Abandonei os talheres na mesa, assim como o restante de comida no prato. Com certeza perderia a fome com os papos que surgiriam. Só não levantei, porque então tudo ficaria ainda mais evidente, a minha situação dura de ser, no caso. 

- Taehyung admitiu que sempre foi gay e que comeu a fruta errada... Falou que quando atacar a Jennie vai ser porque ela quer, enfim, só piada. - Jin falou e Jungkook me olhou assustado. Assustado! 

Ele estava acreditando naquilo? A primeira parte era mentira, a segunda não, mas podia ser relevada. 

- Sério? Merda cara! Você me viu pelado e já dormiu em casa! Não fez nada pervertido comigo, não é? 

Revirei meus olhos. Era muita idiotice para uma pessoa só... 

- Sabem que eu estava brincando. - Reclamei. 

Eles me conheciam tempo o bastante para saber que eu não conseguia conter o humor sarcástico que escorria de cada palavra proferida. 

- Vai jogar contra o Jackson daqui dois dias? Queria saber se posso levar alguém... Sei lá, faz tempo que não levo ninguém. - Jungkook perguntou e eu olhei para o Jin, que deixou os ombros desabarem em derrota. Justo quando ele contava com o ingresso, Jungkook decidia ir. 

- Jin queria pegar seu ingresso pra ele, pra poder levar alguma gostosa. 

- Seu merda! A amizade vem em primeiro lugar! E quando o jogo é seu, faz a gente comprar, porque o Taehyung daria um ingresso pra você desta vez? Egoísmo chegou aí e parou, hein camarada? - Jungkook se irritou, enquanto eu ria da briga dos dois. 

- E eu? - Jennie indagou, chamando a nossa atenção. 

- Disse que não iria... - Jin comentou. 

- Mas todos vocês vão, acho que mudei de ideia, parece divertido! Ver Taehyung sendo massacrado também é muito tentador, então, acho que vou também. 

- Ah, que maravilha! Faz ela pagar também, fera! Duvido que você vai fazer a Jen comprar o ingresso dela. - Jungkook murmurou, puxando a cadeira ao lado do Jun para poder se sentar. 

- Quer mesmo ir? - questionei, encarando-a. 

Seu olhar sustentou o meu com uma confiança abrasadora. Meus pelos pareceram se arrepiar com o seu efeito devastador, e tudo em mim ansiou para que ela realmente fosse para me superar ainda mais no jogo. Era como se sua presença fosse me deixar mais motivado a ultrapassar todas as minhas marcas e bom, então eu caminharia para o troféu de MVP4 dos Playoffs, com uma credibilidade inquestionável. Quando levantasse o objeto seria apenas nela que eu pensaria. 

- Acho que sim..., mas eu pago meu ingresso, sem problemas. Onde que eles vão se sentar? 

- Ainda não sei, não peguei os ingressos, mas se quiser pego um pra você e me paga depois, porque vai ser difícil conseguir um perto do deles se comprar separado. - Respondi. 

Não pagaria para ela, só porque sabia que sua independência me mandaria correr sem objetivo concreto a alcançar. 

- Pode ser... 

- Falando em ingressos, o que não tem nada a ver com o que eu vou dizer a seguir, mas que de uma forma meio besta tem... - Jungkook começou a falar e todos nós fingimos estar dormindo, porque ele sempre dava voltas e mais voltas até chegar no assunto que queria abordar. - Temos aquele baile beneficente amanhã pra ir, quem vão levar? 

Essa era uma boa pergunta. Eu não fazia a menor ideia de quem levar e não estava a fim de despertar falsas esperanças nas mulheres com as quais ficava convidando-as para irem em um evento deste comigo. Seria o mesmo que pedir para nadar em meio às lágrimas. Odiava mulheres chorando. Odiava de verdade. Porque então eu virava marionete nas mãos delas e não conseguia me soltar das cordas tão rápido quanto precisava. 

- Eu vou com a Jen! - Jin falou, assustando a nós três. Até mesmo ela, que notei abrir a boca em choque, como um peixe fora d'água. 

- Eu vou? Nem sabia deste evento! 

- Agora sabe e tenho certeza que vai poder ir, não é? - Ele questionou, com um semblante esperançoso. 

- Droga! - falei alto. 

Eu deveria ter sido mais rápido, agora era bem mais fácil ir sozinho, do que ter que aguentar falatório de alguma mulher que eu literalmente não queria nem ouvir a voz. Ficar à mesa com a Jen, observando-a tomar champanhe e sorrir parecia muito melhor para mim. 

- Devia ter sido mais rápido cara! - Jungkook falou e eu resmunguei alguma coisa que nem mesmo eu entendi. 

- Convida a mulher que vai levar no jogo... Facilitaria e muito minha vida! Porque então só o Jungkook ficaria sozinho - Dei a ideia, apenas para vê-lo recusá-la de imediato. 

- Não! Acho que essas coisas dão ideias malucas nas cabeças das mulheres e eu não sei se quero ficar sério com ela, é apenas algo casual, quente e maravilhoso, sabe muito bem como é. 

Claro que eu sabia... Desejava insanamente que isso acontecesse comigo e sua prima. Nós dois tendo algo "casual". Perfeição em forma de palavra. 

- Também acho... Por este motivo estou aqui cogitando ir sozinho... Se bem que posso sair com alguém de lá, tudo tem um lado positivo, se pensar assim também pode fazer o mesmo... - Olhei-o apenas para notar que não tinha mordido a isca. 

- Eu vou com o Jin mesmo, não me importo. - Jennie se pronunciou e eu desanimei. Se ela queria ir com ele, com ele era iria. 

- Eu nem vou me pronunciar, já que sou o que ela mais odeia... Na verdade, acho que você está tomando este meu posto, Tae. - Jungkook comentou e eu mostrei o dedo do meio para ele. 

Ficaria me provocando até que meu interesse pela morena com a gente, desaparecesse por completo, o que aliás, eu tinha um medo gigantesco que não acontecesse. A porcaria da aposta ainda estava na minha cabeça e eu cogitava perder um pouco do meu orgulho e dinheiro apenas para que os dois a esquecessem. 

- Não te odeio, Jungkook. Já disse! 

- Eu me odiaria se fosse você. 

- Que bom que não seja eu - Ela rebateu, terminando de comer. 

Fiquei olhando para ela, incapaz de desviar o olhar, tentando entender todas as nuances das suas ações inesperadas. Jennie nunca falava o que eu esperava, e nunca agia como eu ansiava que ela agisse. Era uma verdadeira adversária e eu sentia como se estivesse perdendo a partida antes mesmo de começá-la... O que não fazia a menor merda de sentido! Por quê? Nem ao menos tínhamos conversado sem trocar várias farpas! Era como se ela quisesse me manter afastado e não por querer, mas sim por precisar que eu ficasse distante. Confusão, poderia muito bem ser meu nome do meio. 

- Tô conversando com uma garota que têm mais duas amigas, e aí? - Jungkook falou, animado ao extremo, chamando a minha atenção e do Jin... 

E da Jennie também, que não olhou para ele, mas sim para mim. A razão? Desconhecida. 

- Geralmente quando falam assim, as amigas são... - Procurei por uma palavra menos ofensiva - chatas... 

- Como se você fosse legal! Além do mais, um cara que quase casou com uma stripper chamada Fani Faminta, não tem muita moral comigo! 

Eu odiava, de verdade, que eles ficassem me lembrando disso! Quem nunca tinha ido pra Vegas e achou estar apaixonado por uma stripper com um corpo desgraçado de sexy?! Na minha cabeça aquilo era vergonhoso, mas totalmente compreensível. Fani Faminta tinha mesmo uns peitos sensacionais, mas o título de melhor bunda ainda ficava com a Jennie, o que acho que ela nem iria querer ouvir. 

- Ela tinha a boca faminta de verdade, no momento, pareceu até um bom nome artístico. A propaganda de seus dotes fica clara, não acha? - falei e olhei para o Jungkook, que mantinha um sorriso presunçoso de quem sabia ter alcançado meu ponto fraco. 

- Jin que o diga... Ficou com ela logo depois que te deixamos no quarto, roncando e sonhando com peitos gulosos! 

- Vocês são nojentos - Jen, que eu nem me lembrava mais de estar ali, se levantou da cadeira, arrastando-a, fazendo um barulho enorme e arrepiando todos os pelos do meu braço. Aquele barulho era irritante demais! Parecia entrar no meu cérebro e me torturar por tempo indeterminado. 

- Eles que tocaram no assunto, eu estava tranquilo... 

- Claro que sim, homem que iria se casar com a Fani Faminta! - Ela resmungou e eu senti um soco invisível no meu peito. 

O motivo para ter me sentido mal com o seu julgamento sobre meu caráter, não fazia a menor ideia. Qual era o problema? Qual o maldito problema? E se eu quisesse me casar mesmo com a stripper? Jennie com certeza não teria nada a ver com isso, até porque eu a conheceria já sendo um homem casado. Toda a história em Vegas tinha se passado há quatro anos, quando claramente eu nem sabia que ela existia ainda. Por que afinal eu estava preocupado com isso? 

- Pelo menos o sexo seria satisfatório! 

- Será? Acredito que nem se lembre de como era estar com a stripper. - Jen falou alto, apontando o dedo para mim, de forma recriminadora. 

- Ela tem razão, Tae. No nível que estava, não creio que ainda se lembre. 

E daí se eu não me lembrava? 

- Talvez, mas isso não importa, já que não casei com a Fani... 

- Ainda bem, imagina só que divertido seria? - Jin comentou e eu suspirei, irritado. 

Jennie desistiu de acompanhar nossa conversa ou ao menos se meter nela e passou pelo vão da porta, distraidamente, como quem não tinha ouvido uma conversa sem nenhum senso. 

Entendia porque Jungkook perdia a paciência quando estava no centro dos nossos assuntos... Era mesmo irritante alguém ficar ressaltando todos os erros como se eles tivessem sido cometidos no auge da sabedoria. Todo mundo errava. E o que tinha demais em ficar com a Faminta? Não via como algo tão ruim assim... 

- Fodam-se! - Levantei, seguindo para fora, assim com Jennie tinha feito. 

Mas ao invés de segui-la, me forcei a ir por um caminho contrário, direto para a minha casa. Queria ficar sozinho e pensar em uma possibilidade de não me meter em encrenca com a prima do meu melhor amigo. 

A aposta ainda estava de pé, a minha dignidade ainda estava em jogo, e por mais incrível que pudesse parecer, não era nenhuma dessas duas coisas que me deixava mais temeroso.



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