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História Chegue antes da tempestade - Catradora FelinaxAdora - She-ra - Capítulo especial - O lado Sul de Etéria


Escrita por: Kimfy

Notas do Autor


Preparados para saber o que rolou durante os 3 anos em que Adora ficou longe da Horda?
E o motivo de ter uma tag Glimadora na fic?
Sim eu voltei \😂/

Capítulo 24 - Capítulo especial - O lado Sul de Etéria


Fanfic / Fanfiction Chegue antes da tempestade - Catradora FelinaxAdora - She-ra - Capítulo especial - O lado Sul de Etéria

01.04.2016 - Alguns dias antes da fuga de Adora do lado Norte. Perto da ponte, início da noite.

** Narradora.

Naquele dia Adora já tinha acordado com a cabeça a mil…

Não é como se ela não soubesse que havia algo errado naquela época. Ela só ignorava pois tinha sido criada para acreditar que o que estava fazendo era certo.

Mas havia chegado ao ponto em que se questionar sobre sua realidade tinha chegado.

Era certo viver em um lugar onde se produzia drogas?

Drogas que matavam pessoas…

Que faziam tão mal. E ela estava sendo parte daquilo. Sendo treinada para assumir o controle de toda operação, mais cedo ou mais tarde.

Mas, como não acredito em coincidências, o destino tratou de cruzar o caminho dela com outros dois adolescentes.

Cintilante e Arqueiro eram como seus apelidos.

Cintilante emanava uma energia que puxava as pessoas para perto. Era animada e ao mesmo tempo autoritária, chegando a ser mimada.

Arqueiro era um garoto tímido mas muito amigável e protetor a seu jeito.

Quando o caminho daqueles três se cruzaram uma química instantânea aconteceu.

Apesar da desconfiança dos primeiros dias, logo os três perceberam uma conexão instantânea. A amizade veio naturalmente.

E logo Adora começou a escapar da Horda para ir vê-los.

Com o tempo e as conversas, ficava cada vez mais evidentemente que a Horda estava fazendo algo errado.

Aos poucos Adora foi ficando cada vez mais incomodada. Não conseguia mais se sentir em casa ou segura quando estava no lado Norte. Já não conseguia encarar as pessoas que rondavam sua casa da mesma maneira.

Nem mesmo Felina parecia a entender e se recusava a pensar junto a ela um meio de escapar daquilo.

Adora foi tomando sua decisão, de acordo com que ia se afastando cada vez mais da Horda.

Até que o dia de sua figa finalmente chegou.

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20.10.2016 - Na ponte, de madrugada, já do lado Sul.

** Narradora

Naquela noite Adora teve ajuda de uma pessoa para escapar do lado Norte.

Daniel, que havia descobrido seu plano de fulga, decidiu ajudá-la. Ele a colocou no porta malas do carro e a levou direto para o outro lado de Etéria City.

Lá Cintilante e Arqueiro esperavam apreensivos.

Adora durante todo o caminho pensou em Felina. No quanto estava decepcionada pela garota ter resolvido ignorar tudo o que estava de errado e ter se recusado a fugir com ela.

Mas não havia muito tempo para a tristeza. Seus nervos estavam á flor da pele e ela não sabia o que a esperava.

(…) Um pouco antes do ponto de encontro Daniel parou o carro e deixou que Adora saísse do porta-malas.

Antes da garota seguir para seu destino, Daniel resolveu revelar toda a verdade;

Que ele era pai de Felina. Que sua mãe, Mara, ainda estava viva por aí pensando que Adora estava morta. Que seu pai havia morrido protegendo e lutando pela paz naquela cidade.

Adora por alguns minutos ficou parada em choque tentando absorver toda aquela situação. Sua vida havia virado de ponta cabeça em apenas algumas horas.

Antes de ir embora Daniel jurou ficar de olho em Felina, deu um abraço apertado em Adora, a desejou sorte e saiu cantando pneus pela estrada.

Adora então começou a caminhar até o ponto de encontro, ainda sem acreditar no que tinha ouvido.

(…) Cintilante levou Adora para sua casa.

Chegando lá Adora se espantou com todo o luxo daquela mansão. Tudo ali parecia incrivelmente caro, um ambiente extremamente limpo e arrumado.

Diferente de sua casa anterior, aquele lugar era bem iluminado mesmo a noite e tudo ali parecia confortável.

Adora não ligaria em dormir no sofá que parecia um marshmallow de tão fofinho. Mas Cintilante a arrastou até o quarto de hóspedes.

Parecia um quarto de hotel, decorado em tons de dourado, branco e preto.

Apesar disso, naquela noite, Adora se esgueirou pelos corredores até o quarto de Cintilante.

Não acostumada a dormir sozinha ela preferiu ir incomodar sua anfitriã, invadindo sua cama no meio da noite.

Cintilante no entanto não pareceu brava, tanto que permitiu que ela dormisse ali.

Aquela foi, em muito tempo, a primeira vez que Adora se deixou adormecer totalmente. Sem medo de alguém entrar em seu quarto ou a acordar no meio da noite com alguma briga ou tiroteios.

Agora ela tinha uma missão; achar Mara, sua mãe, e tentar recuperar a vida que a Horda e Sombria tinham roubado dela.

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(…) Levou apenas alguns meses para acharem e mandarem uma mensagem para Mara.

Ela logo deu um jeito de voltar para Etéria.

O encontro entre mãe e filha foi tão emocionante como o final de um filme de Hollywood.

Logo, Mara deu um jeito de voltar de vez para a cidade, comprando uma casa nova e dando a Adora tudo que podia para compensar os anos de ausência.

Quando finalmente saiu da casa de Cintilante as duas continuaram unidas como sempre.

Elas e Arqueiro eram os melhores amigos para sempre e isso não havia mudado.

Mas a relação entre as duas foi gradativamente se tornando um pouco mais íntima.

Desde o início, segurar as mãos e se abraçarem era algo natural, não havia qualquer vergonha. Um costume diário que acalmava ambas e por isso era tão frequente.

Demorou um tempo, quase um ano para que algo mais acontecesse.

Era início da manhã. Como sempre as duas iam caminhando pelas ruas, rindo de alguma piada idiota quando Cintilante tropeçou e quase caiu.

Adora e seus bons reflexos a salvaram no último instante. Sem pensar ela puxou a garota pela cintura e as duas se encararam.

Assim como segurar as mãos… Como abraçar…

O beijo tinha sido calmo e natural.

Parecia uma coisa óbvia de se fazer. Não havia espaço para qualquer sentimento ali que não fosse carinho e aceitação.

Mas Adora podia sentir o coração de Cintilante martelar em seu peito, enquanto o dela não teve a mesma reação.

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(…) Não houve um pedido de namoro ou algo do gênero, mas logo todos aceitaram as duas como um casal.

Arqueiro torcia pelas duas.

Os três agiam naturalmente quando estavam juntos. Amigos inseparáveis que se divertiam por Etéria, buscando pequenas aventuras.

Nada comparado com o que Adora havia passado. E por um tempo ela tentou esquecer sua vida do lado Norte.

Mas não demorou muito para ela acabar lembrando de Felina. E assim como antes escapava para este lado da ponte, ela também escapava para vê-la do lado Norte.

Nunca chegava a falar com ela, mas a observava de longe. Torcendo para que ela não se metesse em mais alguma confusão.

Quando voltava tinha que lidar com os olhares furiosos de Cintilante que deixava bem claro que nao concordava com aquilo.

Tirando essas brigas as duas eram um casal perfeito para quem quer que as visse.

Adora amava o modo como a garota acariciava seus cabelos, como a enchia de beijos por todo o rosto. Suas conversas noite a fora sobre coisas aleatórias. De como era bom dormir agarrada a alguém.

Era esses pequenos carinhos que mantinham Adora sob controle, que a impedia de correr para o lado Norte e carregar Felina á força pela ponte.

Cintilante por si amava Adora por inteiro.

Observava a namorada com admiração e estava sempre pronta para ajudá-la. Se sentia segura perto de Adora. Amava o quanto era incrível sua relação, o quanto Adora era carinhosa e cuidadosa com ela.

Nunca passaram de abraços, carinhos e alguns beijos. Mas era tudo tão bom que nada mais importava.

Até um certo dia…

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01.12.2018 - Casa da Adora, alguns dias antes de reencontrar a Felina, início da noite.

**Cintilante.

Eu estava nervosa.

Adora tinha voltado até a Horda para espiar de novo, dessa vez quase sendo pega.

— Tem ideia do quanto isso foi perigoso?! — Falei, cerrando os pulsos — Arqueiro e eu ficamos em pânico quando você mandou aquela mensagem.

Ela não respondeu. Estava parada, olhando para fora da janela.

Respirei fundo. Andávamos apenas brigando nos últimos dias, ela não entendia que estava fazendo tudo errado. E quando eu apontava isso ela ficava furiosa. Mas ao contrário de mim, se retraia em um canto calada.

— Não vai me responder? — Falei entre os dentes.

Eu a amava. Queria protegê-la. Fazer o certo deixando-a o mais longe possível da Horda.

— Desculpa… — Adora disse baixinho.

Seu olhar triste me fez sentir culpada.

Eu me aproximei e a abracei por trás, escondendo meu rosto em suas costas.

Eu sabia que talvez estivesse apenas agindo como uma criança mimada novamente. Sabia o quanto Felina importava para ela. Já que eram como irmãs…

No fundo, talvez, eu só estivesse com ciúmes de saber que mais alguém era tão importante para Adora.

Mas era tão egoístas assim querer que ela olhasse somente para mim?

Senti seus dedos se entrelaçarem com os meus gentilmente enquanto ela desatava meu abraço e me puxava para encará-la;

— Acho melhor a gente dar um tempo — Ela disse. Seu olhar beirando as lágrimas.

Meu coração disparou. Uma mistura de raiva e pânico. Meu pior pesadelo estava acontecendo.

— Por quê?!

— Eu não quero mais brigar — Ela me puxou para mais perto — Quero que tudo volte a ser como antes… Que a nossa amizade possa ser como antes…

Não sabia o que responder. Na verdade havia um nó tão grande em minha garganta que era quase impossível falar.

— Eu adoro você — Ela segurou meu rosto em suas mãos — Mas existe alguém que eu amo…

Eu queria chorar. Sair correndo dali e nunca mais olhar aqueles olhos azuis de novo.

Mas como eu poderia ser tão egoísta com alguém que estava sendo sincera comigo.

E como poderia apenas aceitar que ela saísse da minha vida?

Se eu a amava de verdade então deveria apoiá-la.

Mas aquilo ia me matar aos poucos. Eu sabia disso.

— Eu entendo — Disse, usando todo o resto de forças que tinha.

Adora encostou sua testa na minha enquanto deixava as lágrimas virem á tona. As minhas também não demoraram muito para saírem.

— Obrigado — Ela disse.

E então eu roubei meu último beijo. E ela apenas retribuiu.

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05.01. 2020 - De volta aos dias atuais, do lado Sul de Etéria, na casa de Adora.

** Cintilante.

Arqueiro digitava como um louco no computador de Mara enquanto eu abria gaveta por gaveta de seu escritório.

Tínhamos "invadido" a casa em busca de pistas sobre o paradeiro de Adora.

Ela havia desaparecido a poucos meses mas Mara já parecia totalmente conformada com o sumiço da filha.

Então era lógico que íamos desconfiar dela.

— Achei uma coisa estranha aqui — Arqueiro disse, fazendo sinal com a mão para que eu fosse até ele.

— O quê??! — Falei impaciente.

— Estava dando uma olhada em uns arquivos de caso quando encontrei um link solto em uma pasta. Cliquei nele e uma aplicação estranha se abriu. Meu programa está hakeando o sistema mas o firewall literalmente tem mandado o programa para becos sem saída…. Tem algo muito estranho aqui. — Ele disse com um olhar preocupado.

(…) Levamos quase uma hora até que finalmente burlamos o tal sistema de segurança.

Ali vimos algo que era como uma central de informações. Dele podíamos acessar um complexo inteiro, uma instalação que de acordo com o mapa ficava entre as montanhas em Etéria City…

— É o esconderijo dos Excavators….— Ele disse sem acreditar.

Eu não tinha reação. Tudo estava debaixo do nosso nariz esse tempo todo!

— Espera, o que é isso? — Arqueiro se ajeitou na cadeira — Uma pasta nomeada Adora...

— Um controle de horários? — Falei, enquanto lia o documento — Como assim estão injetando uma droga nela??!

Fiquei em pânico, comecei a andar pela sala sem saber ao certo o que deveria fazer.

— Calma ok? — Arqueiro disse enquanto tirava fotos com seu celular da tela — Agora sabemos onde ela está, podemos ajudá-la.

— Calma? — Eu estava furiosa — Primeiro aquela garota a engana e a sequestra, agora a ela está sendo usada pelos Excavators para alguma experiência maluca e você me pede calma??

— Sei como você está se sentindo, mas se a gente não manter a calma vai se atrapalhar e estragar tudo — Ele também estava assustado, eu podia ver em seu olhar — Se você quer trazer a Adora de volta a gente precisa bolar um plano. Sair daqui e fazer besteira pode colocar a vida dela em risco.

Respirei fundo. Arqueiro terminou de desligar o computador e veio até mim, me abraçando.

Meu medo de perder Adora era tão grande que nem havia percebido o quanto estava tremendo.

Jurei naquele momento que a traria de volta…

E nunca mais abriria mão dela novamente.


Notas Finais


Sim, está parte em si deu um manuscrito de mais de 15 mil palavras que eu tive que resumir se não a gente não chega no final dessa fic tão cedo 😂😂
Deu o maior trabalho então por favor, conta pra mim o que você achou!
E o que espera daqui pra frente?
Em breve eu volto com o próximo capítulo ❤️😘


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