Os cabelos negros e curtos de Sarada balançavam com o vento. Um sorriso estampava seus lábios vermelhos. Logo atrás dela, Boruto ria e tentava ultrapassar ela com seu cavalo marrom, Kurama. Aoda, o cavalo de Sarada, era negro como o céu azul numa noite sem lua e muito mais rápido que Kurama.
- Você nunca vai conseguir me alcançar assim, cabeça de palha. - a risada da garota encheu o coração de Boruto de alegria. Ouvir o som que sai pelos lábios de Sarada quando ria era simplesmente o que alegrava seus dias tediosos.
- Quando eu te pegar quero ver dizer isso de novo. - bateu as rédeas, indicando para Kurama aumentar a velocidade.
Eles estavam tão rápidos, que a única coisa que marcava a presença deles por onde já haviam passado era a poeira densa que subia.
- Ei, você dois! - uma voz feminina gritou. - Entrem já, precisam tomar café da manhã logo se não vão se atrasar para a aula!
Sakura Uchiha, mãe de Sarada, estava parada na porta dos fundos da mansão Uchiha. Aos poucos, ambos pararam de correr, trotando com seus cavalos até os estábulos ao lado da mansão.
- Eu ganhei. - Sarada mostrou a língua para Boruto.
- Sem chance, nem tivemos a chance de terminar, sua mãe nos chamou quando eu ‘tava prestes a te alcançar. - Boruto rebateu bagunçando os cabelos curtos de Sarada.
- Ei, para com isso. - riu e deu um tapa no braço do Uzumaki.
Boruto arqueou as sobrancelhas e segundos depois correu atrás da amiga de infância. Sarada ria e tentava escapar dos braços fortes do loiro, que conseguiram agarrar seu braço, a puxando para ele.
- Você sabe que não consegue fugir de mim, né? - a voz rouca sussurrou em seu ouvido.
Sarada estava com as mãos apoiadas no ombro de Boruto, os braços dele envolvendo sua cintura fina. Seus rostos estavam perto, extremamente perto. Fazia algumas semanas que Boruto e Sarada haviam completado 18 anos, desde então, tudo havia mudado entre eles.
Entrando finalmente no último ano do ensino médio, os amigos inseparáveis começaram a se notar de maneiras diferentes. Por muito tempo, apenas enxergavam um ao outro como irmãos de rodeio, sempre cavalgando juntos antes do sol nascer. Agora aquilo havia mudado. Boruto não enxergava mais a amiga como uma simples menina, enxergava como uma mulher e aquilo havia acontecido com Sarada também.
Perdeu as contas quantas vezes eles se encostaram sem querer e uma onda elétrica subiu por sua coluna, a arrepiando da cabeça aos pés. Alguns chamariam aquilo de paixão. Mas para duas pessoas que estavam entrando há pouco tempo oficialmente na fase adulta, era um sentimento totalmente novo. Por muitos anos, nenhum deles sentiu aquilo. Obviamente já haviam ficado com outras pessoas, beijado e até mesmo tido relações sexuais, como o caso de Boruto. Mas nada era intenso, não como aquilo que estavam sentindo um com o outro.
- Uzumaki, você pode tirar as mãos da minha prima antes que eu corte seu pau fora? - uma voz masculina encheu os estábulos.
Yuta Uchiha estava na porta dos estábulos, com os braços cruzados na frente do peito. Yuta era o primo de Sarada, filho único de Itachi e Izumi Uchiha.
Sarada sentiu suas bochechas esquentarem e se afastou de Boruto.
- Mas que merda, Yuta, vai cuidar da sua vida. - rosnou e passou por ele pisando duro.
Boruto riu e sorriu para Yuta, que semicerrou os olhos para o amigo.
- Encosta na minha prima de novo ‘pra você ver o que eu faço com as tuas bolas. - ameaçou.
O Uzumaki fingiu não escutar, passando pelo amigo e entrando na mansão Uchiha pela porta dos fundos.
A mansão Uchiha se localizava fora da cidade, dentro de uma enorme fazenda. A fazenda Uchiha era o lar da família do atual delegado de Konoha e seu irmão, Sasuke e Itachi Uchiha. Toda a família Uchiha vivia sob o mesmo teto da gigante mansão. No terreno ao lado, maior ainda, estava a casa da família de Boruto.
Boruto Uzumaki era filho do melhor amigo de Sasuke Uchiha, o ex-policial e atual prefeito da cidade de Konoha, Naruto Uzumaki. Sarada e Boruto viviam na casa um do outro, como cresceram juntos, consideravam ambas as casas seus lares.
- Sarada e Boruto estavam se agarrando nos estábulos. - Yuta anunciou quando entrou na cozinha pela porta dos fundos.
Todos paralisaram o que estavam fazendo. Sakura e Izumi que estavam conversando sentadas na mesa arregalaram os olhos. Sarada estava em pé do lado do balcão e engasgou com o pedaço de pão que comia. Boruto, vasculhando a geladeira, bateu a cabeça na prateleira da mesma.
- Eu vou acabar com a sua raça, seu porra! - Sarada gritou e correu atrás do primo, que sumiu dentro da enorme casa.
- Sarada! Olha a boca. - repreendeu Sakura, rindo com Izumi da reação da filha e do garoto que ela já considerava seu genro.
Boruto ignorou os gritos que se seguiram durante 3 minutos. Sarada provavelmente havia encontrado Yuta.
Após alguns minutos, os primos aparecem juntos. Yuta tinha a marca perfeita da mão de Sarada do lado esquerdo do rosto. Boruto segurou a risada, comendo seu café da manhã em silêncio. Sarada se sentou ao seu lado, fulminando Yuta com o olhar ao ver o primo abrir a boca para protestar. O Uchiha ficou quieto.
Terminaram o café e lavaram a louça, logo se despedindo de Izumi e Sakura. O trio foi até a casa de Boruto, no terreno ao lado.
Alguns funcionários cumprimentaram eles, que respondiam com um sorriso no rosto e um aceno gentil. Na garagem da mansão Uzumaki, os três foram na direção da coisa que Boruto amava mais que rodeios e Sarada Uchiha: sua Porsche 911 vermelha. O carro havia sido presente de seu pai há algumas semanas, no seu aniversário de 18 anos.
- Eu vou na frente. - Sarada anunciou e esperou Yuta entrar. O carro era caro e moderno, mas só tinha duas portas e para conseguir sentar no banco de trás tinham que puxar o banco da frente. - Hima e Kawaki vão com a gente?
- Não. - não foi Boruto que respondeu.
O irmão mais velho de Boruto entrou na garagem, Kawaki Uzumaki. Ao lado dele, a irmã mais nova, Himawari Uzumaki. Ambos tinham capacetes de moto embaixo de um dos braços.
- Bom dia, Sarada. - cumprimentou Himawari com um sorriso brilhante, ela estava com seus 16 anos agora. - Bom dia Yuta.
Himawari se inclinou para conseguir ver e acenar para Yuta, já dentro do carro. Yuta acenou de volta e começou a mexer em seu celular.
- Vão de moto? - Boruto perguntou abrindo a porta do motorista.
Kawaki assentiu e foi na direção de sua Harley Dayvidson Iron 883 preta. Himawari o seguiu. Os irmãos sentaram na moto, colocando seus capacetes. Hima acenou para eles e agarrou a cintura de Kawaki, que engatou a toda velocidade da garagem.
Kawaki era o filho mais velho da família Uzumaki. Ele tinha 19 anos, e foi adotado logo depois de Boruto nascer. Estava no último ano do ensino médio como o irmão, mesmo sendo mais velho que os demais e não repetindo nenhuma vez em toda sua vida escolar. Naruto e Hinata Uzumaki nunca deram muitos detalhes da adoção dele, sempre fugindo do assunto. Kawaki até tentou buscar respostas de sua origem, mas nada encontrou. Ele era parte da família Uzumaki e seus membros o amavam incondicionalmente.
Sarada e Boruto entraram no carro, colocando os cintos. Sarada se virou para o primo no banco de trás, nada disse, mas apontou para o cinto. Yuta bufou mas fez o que a prima indicou.
O caminho para o colégio foi rápido, já que Boruto não respeitava os limites de velocidade, causando leves ataques de raiva em Sarada. Essa que desceu do carro irritada, batendo a porta com força. Odiava quando Boruto simplesmente ignorava todas as regras de trânsito, o que era bem frequente.
Boruto e Yuta saíram do carro rindo por causa de Sarada. Indo até seus outros amigos.
Inojin, Shikadai, Mitsuki, Kagura e Kawaki estavam sentados nas escadas da entrada do colégio. Algumas pessoas passavam e acenavam para eles, principalmente mulheres.
- O que você fez? - perguntou Kawaki. - Sarada passou agora pouco xingando você.
Boruto deu de ombros, fingindo inocência.
- Ele só quebrou umas 50 leis de trânsito. - todos riram com a fala de Yuta.
Não muito longe dali, dentro do colégio, Sarada se encontrava com suas amigas.
- Bom dia! - anunciou sua chegada suspirando.
- Bom dia? Parece que algum boi correu atrás de você. - ChoCho riu. - Um boi loiro de olhos azuis.
Sumire, Wasabi, Namida e Tsubaki riram.
- Espero profundamente que ele tome alguma multa, por isso prefiro quando venho com o Yuta. - disse se sentando na mesa do refeitório ao lado de Sumire.
- Ele não vai e você sabe disso. - Wasabi disse. - Ele já se encontrou com os gostosões?
- As sete picas de mel. - ChoCho suspirou.
- Os sete pecados capitais. - Namida sorriu.
- As sete trombetas do inferno, só se for. - Sarada disse, indignada.
O sinal ressoou, assustando elas. Todas riram e se levantaram, partindo rumo a suas respectivas salas. Sarada foi com Wasabi para a sala da professora Moegi, de biologia. No corredor, Sarada olhou pela janela, sentindo um arrepio percorrer seu corpo.
Uma van branca estava estacionada na frente da escola, os vidros escuros não permitiam ver por dentro. Um sentimento ruim surgiu no peito da Uchiha, que franziu o cenho e só voltou à realidade quando Wasabi a pegou pelo braço, afirmando que estavam atrasadas para a aula.
Mas como seu pai, Sarada tinha um sexto sentido, um sentido que a avisava quando algo estava estranho. E naquele momento ela sentiu que algo estava muito estranho. Em sua mente ela repetia a placa da van ‘’25849523 - ISK”.
“Isso é estranho”, pensou após ler repetidas vezes o número da placa. A menina sabia que aquela quantidade de números não era o padrão das placas do País do Fogo. Havia visto a placa dos carros de todos os seus familiares e até mesmo do carro de Boruto.
Não podia ser uma paranoia. Normalmente, suas suposições estavam certas. Era definitivamente um alerta.
Sarada chegou até sua sala, junto a Wasabi, e foi diretamente para seu lugar. A professora Moegi cumprimentou a todos e iniciou o dia dando continuidade a matéria de Genética. Particularmente, a Uchiha não via dificuldades na matéria de biologia e sua mente não estava em condições de prestar atenção na aula.
''25849523 - ISK''
Definitivamente algo estava errado.
A morena retirou seu fichário e estojo de sua mochila, e assim, ao abrir o caderno, escreveu o número da placa em uma folha do final de seu caderno, fazendo um esboço do modelo da van. A garota permaneceu analisando o número da placa por alguns minutos, até constatar que estava lidando com um código.
De início, ela imaginou que o início da placa “25” referia-se ao alfabeto completo. Entretanto, ao tentar a combinação, não fazia sentido a palavra.
“Be Hdiebc”. Para qualquer outra pessoa, talvez fosse uma coincidência. Porém, não era.
Então, Sarada foi mais a fundo e decidiu separar o alfabeto em consoantes e vogais, a fim de fazer uma nova tentativa. A primeira letra das vogais, era a letra “A”, todavia, não correspondia ao início da placa. Sendo assim, os dois primeiros números foram descobertos.
“25… Significa eu.”
O sinal escolar tocou e Sarada se assustou ao notar que a primeira aula havia acabado tão rápido. Sua próxima aula seria de literatura com o professor Iruka. Guardou o seu fichário apressadamente e saiu andando em direção a sua aula, sem ao menos esperar Wasabi.
Não notou muitos seus outros colegas enquanto andava em direção a sala de Iruka. Ela estava chegando em algum lugar, mesmo que esperasse que fosse apenas uma paranóia e que nada aconteceria. Ao chegar em sua sala, sentou-se em seu lugar e já pegou seu fichário novamente.
“Eu”. A pergunta que não calava na mente de Sarada era sobre quem era esse “eu”. Contudo, ainda era cedo para supor algo.
“Eu… 849523.”
Definitivamente, não havia uma oitava vogal, sendo assim, só poderia estar tratando entre uma mistura de códigos entre vogais e consoantes.
A oitava consoante era a letra “K”, o que só aumentava ainda mais a confusão da menina. Já o número quatro, no alfabeto consonantal remetia a letra “F”, contudo, no alfabeto vocálico, remetia a letra ''O''.
“Eu Ko…”
A nona consoante era a letra “L”. A quinta consoante era a letra “G”, entretanto, não fazia sentido nem mesmo com a quinta letra vocálica.
“Eu Kol… G?… U?… 23.''
As letras “B'' e “C” do alfabeto consonantal poderiam significar o número “23”. Já no alfabeto vocálico, correspondia às letras “E” e “I”.
“Eu Kolgbc.”
“Eu Koluei?”
O sinal tocou novamente, indicando que a aula de literatura também já havia terminado. Sarada apressou-se a guardar suas coisas em sua mochila, quando sentiu uma mão em seu ombro.
- Está tudo bem, Sasa?
Era Boruto. Seu melhor amigo estava ali e ela sequer havia prestado atenção nisso. Estava tão focada em descobrir o significado de algo que poderia não haver nada que não percebeu o mundo em sua volta.
- Está! Quer dizer… Mais ou menos. - disse a menina enquanto se sentava novamente em sua carteira.
Boruto acompanhou os movimentos de sua melhor amiga e se sentou na cadeira ao lado dela. Estava preocupado com Sarada que tinha o olhar tão distante na aula e até mesmo preocupado enquanto escrevia em seu fichário.
Ele sempre a observou. Desde a infância, ambos sempre estiveram muito unidos em quase tudo de suas vidas. Iam para a escola juntos, brincavam juntos, até mesmo seu pai, Naruto, havia matriculado seu filho na mesma escola de Muay Thai que Sarada para praticarem juntos. Com Sarada ao seu lado, eram uma dupla imbatível.
- O que aconteceu? - perguntou Boruto enquanto colocava uma mecha de cabelo da morena atrás de sua orelha.
- Assim que o primeiro sinal tocou para entrarmos, eu senti uma coisa estranha, muito estranha mesmo. Então, eu olhei para a janela e vi uma van branca, e eu consegui ver a placa. “25849523 - ISK”.
- Estranho, tem mais números do que as placas do país do fogo e de outros países mais próximos. - coçou a nuca imaginando onde isso iria chegar.
- Sim! Então, eu passei duas aulas tentando chegar a um significado, porque imaginei ser um código e cheguei a dois resultados possíveis que ainda assim não fazem sentido.
Sarada pegou o fichário de sua bolsa e abriu na página que estava escrevendo os supostos códigos. Entregou para Boruto que analisou as escritas da menina, que se não conhecesse a melhor amiga, diria que ela estava enlouquecendo. Porém, ele conhecia a garota de olhos fechados e sabia bem que ela não suspeitava das coisas à toa. Boruto pegou seu celular e tirou uma foto da página.
- Sarada, cuidado. Se isso for realmente alguém tentando falar algo, tenho certeza que ela virá. Não acha melhor falar com seu pai?
- Por enquanto não. Eu não tenho nada concreto, mas falarei assim que tiver algo.
- Tudo bem, mas me mande mensagem caso aconteça qualquer coisa, ok? Não quero que se machuque.
Sarada admirava a preocupação que Boruto tinha para com ela. Ele sempre fora seu melhor amigo e companheiro. Definitivamente, gostava muito dele.
- Relaxa, bonitão. Eu sei me cuidar, e além do mais, tenho você. Bom, e meu pai que iria até o inferno pra procurar quem me fez mal. - Sarada se levantou e foi na direção de Boruto, que também se levantou.
Ela abraçou Boruto de modo que encostou seu rosto no peitoral do amigo.
Sarada não era uma menina baixa. Ela tinha entre seus 1,70 e sua altura a ajudava muito a jogar vôlei. Ela era magra, contudo, tinha um físico definido e com um pouco de volume. Era possível ver uma certa definição de músculos em suas costas, quadríceps, panturrilhas e braços. Era o físico que construiu de anos praticando lutas e esportes, da qual Sarada se orgulhava. E Boruto suspirava.
Boruto retribuiu seu abraço de forma protetora e sorriu um pouco ao ver a menina em seus braços. Ele conhecia muito bem as habilidades de Sarada, contudo, não era uma possibilidade ver a garota ferida.
- Vamos, temos aula daqui há alguns minutos. Depois conversamos mais. - murmurou, após beijar o topo da cabeça da menina.
- Sim, vamos! - saiu do abraço um pouco a contragosto e caminharam em direção a suas respectivas salas.
O dia passou rápido apesar de toda a situação estar rodeando a cabeça de Sarada. Depois da aula, haveria o tão esperado treino de vôlei, esporte que a Uchiha mais amava. Não era à toa que a mesma era a capitã do time da Konoha High School.
Terminou o penteado em seu cabelo e calçou suas joelheiras.
O campeonato entre as escolas estava se aproximando e a Uchiha estava subindo pelas paredes de nervosismo. No ano passado, foram para a final do nacional, entretanto, por um erro técnico, perderam de três sets a dois. Aquilo havia sido decepcionante para Sarada, que prometeu para si mesma que buscaria o título.
Ela buscaria a vitória.
Pois Sarada era competitiva. E, principalmente, odiava injustiças.
Do final do ano passado, até aquele presente momento, não descansando até mesmo nas férias, Sarada treinou. Não apenas o vôlei, mas também seu corpo. Ela estava mais forte, mais rápida, mais estratégica e sua impulsão fazia com que ao passar para atacar, alcançasse os 3,30m de altura. Tendo em vista que a altura para a rede de vôlei feminina era 2,20, Sarada detinha o recorde na região. Sendo uma ponteira de ataque, ela se destacava em seu meio por conta de sua agressividade nos ataques, sendo o seu recorde de 105km/h.
Assim que terminou de se arrumar, Sarada caminhou diretamente para a quadra, onde se encontrou com suas amigas.
ChoCho ocupava a posição de líbero do time, com mais de 30 defesas difíceis em um ano de campeonato. Sumire era uma central de 1,70, com um dos maiores números de bloqueios. Himawari era a levantadora mais jovem a entrar no campeonato e seria sua primeira vez participando. Wasabi era nossa oposta e Namida, nossa ponteira passadora. Juntas, formavam o time titular de vôlei feminino.
- Oi, Sarada! - cumprimentou Sumire ao vê-la iniciar o alongamento e a mobilidade.
- Oi, Sumi. Como você está? - perguntou ao ver a amiga indo para seu lado.
- Estou tensa por causa da competição que se aproxima, mas tirando isso estou bem.
Era verdade que a maioria das meninas estavam ansiosas. Sarada analisava as garotas que estavam no time e treinavam junto com elas, e todas tinham muito potencial.
Antes de Sarada continuar a conversa com Sumire, ouviu o apito que o treinador sempre usava quando chegava. E justamente, que o treinador era seu primo, Obito Uchiha.
- Boa tarde, meninas! Assim que terminarem de alongar, vamos começar treinando o saque de vocês.
- Certo, Obito! - disseram todas em uníssono.
Assim que finalizou seu alongamento, Sarada pegou uma bola e começou a aquecer seu corte na parede. Após isso, a Uchiha foi treinar o saque viagem. Ela já entendia como fazê-lo, porém, gostaria de potencializá-lo. A garota se concentrou no momento em que iria iniciar os movimentos para o saque.
- Vamos, Sarada! É só fazer como você treinou… - sussurou para si mesma.
A Uchiha lançou a bola para o alto e preparou sua passada.
''Esquerda… Direita… Esquerda, salto… Corte!''
Tinha sido um movimento perfeito.
A bola percorreu seu caminho de forma majestosa, em uma velocidade que era difícil de se acompanhar a olho nu. Ela bateu no chão atrás da linha dos três e ricocheteou com violência em um zelador que caiu ao receber o impacto.
- Meu Deus! - Sarada correu em direção ao zelador e foi ajudá-lo a se levantar. - O senhor está bem? Me desculpe!
Sarada ajudou o homem a se levantar. Ao olhar para a face do homem de cabelos vermelhos, Sarada sentiu sua espinha gelar. Ela nunca havia visto o rapaz, que parecia ter seus 28 anos. Ele era não tão mais alto que a si mesma, entretanto era estranho. A Konoha High School não contratava um novo zelador há algum tempo, e ela sabia pois era familiarizada com a maioria que trabalhava por lá.
- Estou bem, senhorita Uchiha. - tranquilizou ele dando um pequeno sorriso.
- Ah, o senhor me conhece? - perguntou calmamente, mesmo estando atenta ao homem.
- Você é famosa por aqui, além de ser a filha do delegado da cidade.
- Entendo, conhece meu pai?
- Mais ou menos, mas enfim… Vou voltar para meu trabalho. Foi um prazer te ver, Sarada Uchiha!
Antes dele se virar para ir embora, Sarada pode notar um pingente em seu pescoço, com o símbolo “ ” e “-“. Não era incomum ver um símbolo como aquele, todavia a forma como aquele zelador apareceu a fez suspeitar, pois não era dia de limpeza da quadra e não havia nada aparente que precisava ser limpo. Havia algo errado.
- Sarada, vamos! - chamou Chocho, a levando de volta para perto das outras meninas do vôlei.
- Seu saque viagem está perfeito, Sarada! Eu sinto pena de quem tiver que recepcioná-lo! - Sumire gritou enquanto se preparava para sacar.
- Realmente. Coitado daquele homem que levou o rebote de seu saque! Minha menina cresceu! - Obito a abraçou fortemente.
- Obrigada, primo! Você me ajudou muito nessa!
Obito deu um tapinha no ombro de Sarada e a indicou para continuar treinando.
O treino durou cerca de duas horas, tendo início às 14:00 e sendo finalizado às 16:00. Sarada andou em direção ao banheiro junto às suas amigas e foi diretamente para o chuveiro. Logo, os acontecimentos do dia presente vieram à sua mente. O porquê de uma van estar com uma placa falsa descaradamente e de um homem tão estranho aparecer.
Assim que terminou seu banho, Sarada se vestiu com um short de alfaiataria preto, uma blusa de alças azul, uma jaqueta de couro e um tênis Adidas branco. Havia combinado de sair junto às meninas de seu time de vôlei e os “sete trombetas do inferno”, como Sarada amava chamar.
Saiu da escola junto à suas amigas, a fim de esperar os meninos do time irem chegando. O que foi acontecendo, visto que Kawaki foi o primeiro a sair da escola junto a Yuta, Shikadai, Kagura e Inojin. Faltava apenas Boruto para completar o grupo.
- Kawaki, onde está o Boruto? - perguntou Himawari, já impaciente.
- O idiota se atrasou conversando com o treinador. Daqui a pouco deve estar chegando.
Sarada estava um pouco mais afastada do grupo, conversando com sua mãe enquanto esperava os outros chegarem.
- Tá bom, mamãe. Beijos! Te amo! - Sarada se despediu e desligou a ligação.
Estava olhando para o horizonte, vendo o enorme estacionamento da escola enquanto pensava sobre o que havia acontecido. A van, o homem misterioso, a placa misteriosa, o símbolo ao lado da placa misteriosa e o pingente que estava no colar do homem estranho.
Então, uma luz piscou na cabeça de Sarada. Ela não havia se lembrado do símbolo ao lado da placa e era esse mesmo desenho no pingente do homem.
Positivo e negativo. Mais e menos.
“Eu Kol… G?… U?… 23.”
Sarada apressadamente pegou seu fichário onde havia escrito tais informações e analisou a palavra.
“Eu Koluei… — ISK.”
Foi quando tudo se ligou na mente de Sarada.
O número “8” não era uma letra sobre a oitava letra do alfabeto, era uma soma do número “1” com o número “7”, porque era a 17° letra do alfabeto consonantal, o “V”.
“Eu vol… - ISK.”
Sarada sentiu um arrepio. O número “5” também não era a letra “U” do alfabeto vocálico, nem o “G” do consonantal. Era a subtração entre o número “6” e o “1”.
- Eu voltei… - Sarada sussurrou para si mesma enquanto escrevia em seu fichário.
- Sarada! Sarada, cuidado! - ouviu o grito de ChoCho ao longe.
A van branca vinha em sua direção em alta velocidade, a mesma que havia descoberto ser uma mensagem. Agora, estava prestes a esmagá-la. Fechou os olhos e posicionou suas mãos à frente do corpo, protegendo suas partes vitais, contudo, não sentiu o impacto em seu corpo, visto que Boruto puxou-a em direção a si e ambos caíram no meio do mato.
Estilhaços de cerâmica caíram entre eles, e Sarada sentiu a ardência em suas pernas e braços, indicando que havia sido cortada pelos mesmos. A Uchiha viu seu melhor amigo ao seu lado. Ele estava machucado assim como ela, porém, a garota não teve tempo de checar se ele estava bem, visto que viu a van investir novamente contra os dois. Levantou-se mesmo com certa dificuldade e arrastou Boruto para fora do caminho da van, antes dela aceitá-los em cheio.
- Ei, desgraçado! Filho da puta! Não encosta no meu irmão e na minha amiga, porra! - esbravejou Kawaki correndo até perto da van, acompanhado de Shikadai, Yuta, Kagura, Inojin e Mitsuki. - Himawari, liga ‘pra polícia!
Kawaki e Yuta deram um chute forte na van.
Sarada olhou em direção ao painel da van e viu dois homens que estavam com uma máscara e boné. Ambos eram brancos, porém os olhos do motorista eram verdes e os do passageiro eram cor de mel, porém, parecia ser cego do olho esquerdo. Ela sentiu um arrepio correr por seu corpo quando analisou um pouco das feições do passageiro. Haviam tatuagens em seu peito exposto, assim como o motorista, que também dispunha de uma tatuagem em forma do número romano “6”. Estava preparada para escapar de uma nova investida, quando a van deu ré e saiu de lá quase atropelando seus amigos que gritavam de ódio.
- Volta aqui, seu arrombado! Filho da puta! - Kawaki gritava cheio de ódio.
- Sarada! Mano! - Himawari chamou enquanto ela e as demais meninas corriam em sua direção.
A Uchiha só conseguia pensar no quanto estava certa e que Boruto agora estava machucado.
- Boruto… Ei, Boruto! - Sarada chamou seu nome em tom de desespero.
- Oi… Eu tô bem, só um pouco arranhado… Aí! - Boruto se sentou no chão vagarosamente.
- Eu estou ligando para a ambulância. Gente, vamos levar eles para a enfermaria da escola, vai ser melhor para eles estarem lá. - avisou Sumire enquanto discava o número de emergência.
Kawaki, mesmo irritado, apressou-se junto a Shikadai para levantar Boruto com cuidado e levá-lo para dentro da escola. Yuta aproximou-se de Sarada e delicadamente a pegou em seus braços.
- Se eu encontrar esses arrombados, eu acabo com eles! - disse Yuta irritado com Sarada em seus braços.
Ao chegarem na enfermaria da escola e colocarem os dois nas macas que foram disponibilizadas a eles, Sarada sentou-se vagarosamente com um olhar para a janela do lugar.
- Esse ataque foi planejado. - contou a menina atraindo o olhar de todos.
- Como sabe disso? - Kawaki questionou, um pouco irritado e intrigado.
- De manhã, eu já havia visto essa van e estranhei porque a placa dela tinha números a mais que o comum. Então… Himawari, pega meu fichário dentro da mochila, por favor. - a irmã de Boruto pegou a mochila da menina e tirou o fichário, entregando-o para Sarada que abriu na página onde anotou tudo. - Essa era a placa e comparando com o número das letras do alfabeto e algumas contas, levava a formar “Eu voltei — ISK”.
- Sarada, por que não avisou isso antes? - perguntou Yuta elevando a voz. - Isso quase custou sua vida.
- Ei, não fala com ela assim! - Boruto havia se sentado e estava sério, quando todos se assustaram por sua voz estar mais firme. - Era apenas uma suspeita e eu entendo o porquê dela não dizer. Provavelmente esse “ISK” é o nome do remetente.
- O Sasuke vai ir até o inferno pra descobrir quem é esse cara. - murmurou Inojin sério.
- Isso se ele já não souber. - Sarada suspirou.
- Isso vai ser um problema. - Shikadai reclamou com a mão no rosto.
Todos os professores apareceram na enfermaria, preocupados. A enfermeira responsável tentava tranquilizá-los, avisando que só poderiam vê-los depois que a polícia chegasse. A figura imponente da diretora entrou no local ao lado de homens fardados. Os olhos cor de âmbar cravaram nos dois jovens deitados nas macas. Ela apontou para eles e guiou os policiais.
Apenas Boruto e Sarada permaneceram na enfermaria, que foi tomada pelos policiais. Os demais do grupo foram tirados dali e conduzidos para salas separadas com o intuito de prestarem depoimento do acontecido.
Sarada contou sua versão da história, ocultando a parte da placa e torcendo para seus amigos fazerem o mesmo quando fossem contar o relato do acidente. Seu corpo doía. Cortes estavam espalhados por todo ele. A enfermeira do colégio fez um ótimo trabalho retirando os cacos de vidro e limpando todos os ferimentos. Agora Sarada estava cheia de curativos pelas pernas, braços, tronco e rosto.
Estava cansada de dar explicações para os homens na sua frente. As perguntas eram sempre as mesmas ‘’Você está envolvida com alguma gangue?’’, ‘’Usa drogas?’’ ou ‘’Está devendo para alguém?’’. Sarada queria estrangular todos eles.
Para sua felicidade, ou não, a porta da enfermaria por aberta com um chute e por lá entrou o homem mais temido de toda Konoha, Sasuke Uchiha.
- Cadê minha filha? - ele gritou, nervoso. Ao lado dele estava sua esposa, Sakura, e seu irmão, Itachi.
Sakura a avistou primeiro no meio de todas as pessoas, correndo até a filha com lágrimas nos olhos.
- Ah, meu bebê! - chorou abraçando a filha com força. Sarada soltou um gemido de dor, fazendo sua mãe a soltar. - Me desculpa, eu… eu-
A matriarca da família Uchiha chorava, passando as delicadas mãos no rosto da filha, que tentava passar um olhar tranquilizador para a mãe.
- Você ‘tá bem? - seu tio se aproximou, a preocupação estampada em seu rosto.
Sarada assentiu e empurrou levemente sua mãe.
- Mãe, por favor, eu ‘tô bem. - suspirou e voltou a falar com o tio. - Yuta está bem, eu acho, eu era o alvo da van. Ele ficou comigo, mas depois tiraram todo mundo daqui.
O tio assentiu, dando espaço para Sasuke se aproximar. Ele estava xingando seus subordinados antes de ir falar com a filha. Itachi avisou que sairia para procurar Yuta e saiu da enfermaria.
- Minha filha. - Sasuke passou a mão pela bochecha com curativo de Sarada. - Eu vou pegar quem fez isso com você, não se preocupe. Papai vai cuidar de tudo.
A preocupação aqueceu o coração de Sarada, que sorriu e concordou com a cabeça, abrindo os braços para um abraço do pai. Sasuke puxou a esposa e os três deram um abraço em família. Boruto, que estava sentado mais ao longe, sentiu inveja, mas sorriu ao ver a cena.
A tristeza o atingiu, até agora ninguém de sua família tinha chegado. Kawaki e Himawari estiveram ali com ele, mas foram retirados do local à força.
- Garoto. - Sasuke Uchiha estava na sua frente. - Tudo bem?
Boruto piscou, surpreso. Não esperava que Sasuke viesse falar consigo, pensou em até Sakura vir, mas seu tio? Era o último da lista.
- Sim. - respondeu baixo.
Sasuke pareceu mais aliviado, passando a mão pelos cabelos loiros do afilhado. Sasuke era o padrinho de Boruto. Apesar da relação deles não ser exatamente das melhores pelo jeito frio do mais velho.
- O que aconteceu lá? - perguntou, assumindo uma postura séria.
O Uzumaki suspirou e olhou para Sarada na maca longe dele. Sakura acariciava os cabelos negros da filha, beijando sua cabeça de vez em quando.
- Sarada sentiu aquilo. - o corpo todo de Sasuke pareceu endurecer como pedra. - Ela disse que tinha uma espécie de código numa placa de van que tinha visto de manhã. Eu não levei muita fé, achei que podia ser só paranoia. Mas aí ela me mostrou a placa… E quando eu ‘tava indo encontrar o pessoal eu vi a van. Só deu tempo de ir até a Sarada e tirar ela da frente.
O delegado inspirou fundo, passando a mão pelos cabelos negros que cobriam seus olhos igualmente escuros como breu.
- Que código é esse que ela falou? - a voz do Uchiha saiu rouca e trêmula.
Boruto umedeceu os lábios, se inclinando para pegar o fichário que Sarada tinha deixado quando estava na maca ao seu lado. Abriu na página do código e entregou ao tio.
Sasuke agarrou o objeto com as duas mãos firmes, sentindo o ar sumir de seus pulmões.
- Significa ‘’Eu voltei’’, não é? - Sarada surgiu atrás do pai, uma expressão séria. - Não sou tão boa com enigmas quanto você, papai, acabou que demorei para desvendar. Mas é isso, né?
- Boruto!
Hinata Uzumaki entrou correndo na sala, empurrando policiais e indo até o filho. Sasuke aproveitou a deixa e entregou o fichário para um de seus subordinados, avisando para deixarem em seu escritório.
- Mãe? - Hinata o abraçou, ela chorava.
- Me desculpa não ter vindo antes, eu larguei o celular. Quando peguei tinha 52 ligações perdidas dos seus irmãos. Eu sinto muito, meu amor. - ela acariciou o rosto do filho. - O que aconteceu?
- Sakura pode lhe contar depois. Agora Boruto e Sarada precisam descansar. - disse uma voz masculina.
O prefeito não precisou abrir passagem, todos se afastaram para a figura dele passar. Naruto parou na frente do filho, uma expressão séria que se desfez em segundos. O ex-policial abraçou a esposa e o filho, suspirando aliviado.
- Fiquei tão preocupado.
Boruto sentiu lágrimas surgirem em seus olhos, escondendo o rosto no ombro de sua mãe.
Itachi retornou à enfermaria, mandando todos os policiais saírem. Com a sala mais vazia, Sarada sentia que podia respirar em paz. Estava prestes a tentar voltar com a conversa sobre a placa, mas Sakura a puxou para fora do cômodo.
- Vocês dois precisam ir para o hospital, agora. - Hinata apareceu puxando Boruto, que não protestava e andava de cabeça baixa, tentando esconder as lágrimas.
- Mãe! Não! Eu preciso falar com o papai e-
- Não nada, Sarada! Você pode ter sofrido uma concussão, precisa fazer uma tomografia agora.
Sarada se deixou ser levada, sabendo que não conseguiria competir com a preocupação de sua mãe médica.
Ainda dentro da enfermaria, Naruto, Sasuke e Itachi estavam sozinhos e em completo silêncio.
- Já sabe quem fez isso? - perguntou o prefeito, se encostando na borda da maca na qual seu filho estava antes.
- As câmeras de segurança captaram a placa, mas a central já confirmou que é falsa. - Itachi avisou.
- É um código.
O Uchiha mais velho e Naruto se viraram para Sasuke. Itachi franziu o cenho e se aproximou do irmão.
- O que você quer dizer com isso?
- Acho que Sarada tem muito mais do que só minha aparência. - riu sem humor. - Ela sentiu que algo estava errado de manhã, notou uma van estranha parada do lado de fora do colégio. Ela anotou a placa e descobriu ser um código.
Naruto coçou a cabeça, confuso, não era o mais inteligente do trio na sala.
- Vou pedir para decodificarem a placa. - Itachi tirou o celular do bolso da calça.
- Não vai ser preciso. - Sasuke abaixou a mão do irmão antes que ele ligasse para sua assistente. - Sarada já fez isso. É um código simples, na verdade.
Seu rosto estava mais branco do que o normal, suava frio. Com as mãos trêmulas, pegou seu celular e digitou algumas coisas.
- Sasuke, o que-
O celular do delegado apitou, indicando uma nova mensagem. Kiba havia lhe mandado uma foto. Uma foto da página do fichário de Sarada que continha o código.
Entregou o telefone para o irmão e Naruto, que observavam a tela com expressões duras. Itachi demorou, mas conseguiu desvendar o código após alguns minutos. Seu rosto ficou branco igual ao do irmão, se apoiando na estrutura de ferro de uma das macas.
- São números. - Naruto falou finalmente. - Não entendi, isso é um código?
Sasuke sentiu uma vontade imensa de socar seu amigo, mas se conteve apenas a suspirar e explicar ao prefeito a verdade por trás daquela placa.
- Esses números, seu idiota, são parte de um código. - soltou a gravata que parecia enforcá-lo. - Baseado num enigma simples…
- Tudo bem… então, o que significa?
- Eu voltei. - Itachi respondeu por Sasuke. - Significa ‘’Eu voltei’’.
Naruto podia ser lento, mas ligou os pontos assim que seus olhos azuis voltaram para a foto do pedaço de papel.
''ISK.''
Isshiki Otsutsuki.
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