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História Cherry Wine. - I'll watch you sleep, I don't ever wanna leave.


Escrita por: alawnsnape

Notas do Autor


O trecho do título vem da música
Watch you sleep e traduz como: eu vou assistir você dormir, eu nunca quero sair.

Capítulo 23 - I'll watch you sleep, I don't ever wanna leave.


Fanfic / Fanfiction Cherry Wine. - I'll watch you sleep, I don't ever wanna leave.

Hermione segurou a risada quando abaixou os olhos e encontrou Snape dormindo profundamente, com a boca entreaberta e rosto relaxado. Ele estava em paz, ainda mais bonito do que normalmente. Em seu sono, parecia anos mais jovem, perdendo metade de sua poderosa fachada. Seus dedos afundaram nos cabelos negros dele, as unhas raspando na pele dele levemente, arrancando um gemido satisfeito. Moveu suas unhas devagar, o afago fazendo o homem se perder ainda mais em seu sono. Ela estava lutando contra os encantos daquela cama e do ambiente, que tentavam a fazer adormecer da mesma forma que o bruxo. No entanto, queria saborear aquele momento completamente. Queria deixar eterno em sua mente cada segundo, para relembrar quando os momentos ruins chegassem. Iria repetir como se fosse uma cena de seu livro predileto, decorar as falas, cenários, tudo. Fazia anos desde que tinha se sentido daquela maneira, a calmaria abandonando seu corpo e dando lugar ao medo e caos. Apenas percebeu o quanto estava danificada ao lado do mago, provando da calmaria pela primeira vez desde muito tempo.

Apenas naqueles dois dias, Severo a tinha apresentado uma infinidade de novas coisas. Algumas que pensava que conhecia, mas que, na verdade, era apenas um grande engano. Ela gostaria de dizer que estava envergonhada de seus atos ao lado dele, que preferia que nada tivesse acontecido ou que estava relembrando de todas as frases sobre pudor e como uma mulher deveria agir que sua sogra falava. Como pouco antes de seu casamento, quando ela entrou em seu quarto e a contou em detalhes como deveria ser o sexo entre o marido e a mulher. Segundo ela, a esposa deveria se curvar diante os desejos do homem, estar sempre disposta ao ato mas se mostrar inocente nele, para que o bruxo tome a liderança. Pareceu uma grande besteira na hora, mas quando Hermione se deitou com seu marido horas depois, ela replicou tudo exatamente como a mais velha falou. Entretanto, nada daquilo passou pela sua mente quando se deitou com o mago moreno. Ele estava liderando, mas ainda seguindo o passo dela, envolvendo seu medo com um manto prazeroso. Snape a fez ver estrelas em um quarto fechado e parecia contente fazendo isso. Instigou que a morena falasse, mostrasse o queria e aprendesse com ele. Hermione, como sempre em sua vida, queria realmente aprender a ser boa. Ser boa como o homem. Desejava se tornar conhecedora e praticar com destreza, assim como ele. Desejava que o bruxo a guiasse por aqueles caminhos nublados, sussurrando em seu ouvido por onde andar.

— Pare de pensar tanto. — ela se assustou com a voz do homem vibrando contra seu peito.

Snape pretendia permanecer parado, agarrado em seu sono profundo e exausto. Não queria quebrar o encanto ou sair daquela atmosfera boa que os abraçava. Como estava pouco acostumado com bons momentos, ele esperava que a qualquer momento algo acontecesse, para colocar um fim naquilo.

— Eu não acho que isso seja possível. — a risada dela banhou os ouvidos do moreno, abrandando seu medo.

— Não para você. — silenciosamente, ele se despediu do vale dos seios dela e se levantou, apoiando suas costas na parede, como ela estava.

Hermione se entristeceu com a mudança da expressão do homem, que antes era relaxada, agora era tensa. Sua testa estava franzida e os cantos de sua boca estavam enrugados, azedos como se ele não a quisesse ali. Ela levantou o cobertor pesado até os seios, puxando para se esconder um pouco. A nudez não tinha sido um problema no calor do momento, quando ele estava a olhando com desejo e fogo, no entanto, sentia que estava sendo indesejada no lugar e precisava se proteger. Ao lado dela, Severo percebeu o que estava fazendo e se sentiu pior. Amargo, percebeu que nem sequer precisava que algo realmente acontecesse para acabar com o que estava crescendo entre os dois, ele mesmo faria isso, afastando ela de si. Estava em gelo fino quando se tratava dela, sempre com receio de suas palavras serem ferinas demais. 

Snape molhou seus lábios secos, sua língua passando pela costura e contornando os altos e baixos. Concentrou toda sua atenção naquilo, tentando regular sua respiração, que ainda estava engatando. Ele gostava de pensar que estava em forma, com toda sua força de vampiro e energia mágica, mas estava exausto depois de empurrar contra aquela mulher. Ela tinha o sugado fisicamente, entretanto, mais importante, tinha o cansado drenado emocionalmente. Suas coxas estavam doendo, seus dedos estavam duros e sua mandíbula travada. Entretanto, ele nunca iria reclamar daquilo. Além disso, seu coração não apenas estava palpitando pela adrenalina, mas pela bruxa. Fechando os olhos até se perder na escuridão deles, o bruxo encheu seus pulmões de ar, puxando o perfume dela junto. O mago se virou para a cabeceira e abriu a primeira gaveta, tirando um cigarro do maço que sempre deixava ali. Ele acendeu na vela meio derretida do candelabro e na primeira tragada, um falso relaxamento o acalmou, tirou o peso que pendia em seus ombros largos.

— Você sente vontade? — depois de um tempo e de soltar a fumaça algumas vezes, ele perguntou.

— O que? Não. — mais nervosa do que seria considerado normal, a bruxa respondeu, ainda incomodada com o clima ao redor deles.

— Toda vez que eu fumo, você me cerca como uma abelha intrusiva. — ele poderia sentir os olhos dela em seus dedos e boca, sempre que levava o cigarro aos lábios.

— Eu gosto do cheiro. — corando lindamente, ela confessou.

Snape levantou as sobrancelhas, não pela sua resposta, mas por ela estar corando. Mesmo depois de terem transado, ele a tocado como nenhum outro fez, Hermione ainda conseguia se sentir envergonhada de algo na presença dele.

— É calmante. — ela completou, respirando fundo o cheiro de hortelã.

— Eu fumo por isso. — falou de repente, assustando a mulher, que, pelo tempo que passou, pensou que o assunto tinha acabado. — Para me acalmar. Nunca funciona, mas agora eu não consigo parar.

— Você já tentou? — ela se lembrava de quantas vezes o mago fumou quando estavam juntos, ou trabalhando ou fazendo qualquer outra coisa.

— Não. — sua risada não passou de um bufo. — Talvez eu possa parar, apenas nunca pensei.

— Você fumava na escola? — brincando com a barra do tecido que revestia a cama, perguntou receosa, esperando que ele não se esquivasse.

— Cigarro era fraco demais para estancar o que eu sentia naquela época. — apesar de precisar de algo para ocupar os poucos momentos que estava livre, ele nunca procurou algo mais pesado.

— Eu sinto muito. — falou sinceramente, com todo seu peito queimando por ele.

Hermione odiava pensar no homem lidando com aquelas guerras sozinho. A interna, que comia suas entranhas e o matava aos poucos, e a externa, aquela que afetava todo o resto do mundo, e dependiam dele para vencer. Ela gostaria de ter tido oportunidade de fazer algo por Severo naqueles tempos, pelo menos algo que fizesse a dor desaparecer por pouco.

— Você, de todas as pessoas, é a que menos tem culpa de algo. — admitiu no mesmo tom de sinceridade que ela.

— Espero que os anos tenham tornado tudo menos doloroso. — ela falou com tristeza em seu tom, sabendo que a dor em seu peito iria se abrandar apenas com a imagem do homem superando o seu passado.

— Depende do dia. — desde que sua vida tinha mudado, com a vila e tudo que ela significava, havia pouco para se lembrar do passado, no entanto, o pouco ainda era significativo.

— Do mesmo jeito comigo. — a bruxa suspirou, lembrando dos primeiros dias que passou ali.

Hermione gostaria de falar que estava melhor ao lado dele, que as dores antigas perdiam a aspereza quando eles estavam lendo juntos, calados e apenas apreciando o momento, quando estavam fermentando e conversando sobre ingredientes. Entretanto, com medo do moreno se afastar com as suas palavras, ela deixou a vontade de lado.

— Certas noites pioram tudo. — confessou baixo, sua boca se movimentando antes que ela pudesse pensar o contrário. — Os sonhos que tenho me atormentam pelo resto do dia. Algumas noites, sonho que ainda estou naquela barraca, comendo batata mofada e vivendo com o medo constante de ser capturada.

— Algumas noites, eu sonho que perco aqueles que preciso proteger e eles morrem por minha culpa. — Era a primeira vez que ele falava algo parecido, sempre preferindo se manter calado quando se tratava de dizer algo sobre seus sentimentos.

— Você salvou todos que conseguiu, Severo. — a bruxa rebateu, consciente que ambos fizeram tudo que podiam, que o homem quase morreu para que o mundo deles fosse salvo.

— Pouco perto dos que sentencei à morte. — concluiu amargamente.

Nem mesmo se passassem dezenas de anos, se a memória da guerra se tornasse apenas poeira, ele ia achar que fez algo bom naqueles tempos. Tudo foi sujo, resultado de erros infames. Apesar disso, olhando para a bruxa ao seu lado, seu caminho pareceu um pouco menos repulsivo. Todos os seus passos levaram para aquele momento, para a trazer de volta ao seu normal. Dessa forma, ela tornou menos angustiante.

— Eu gostaria de provar. — desviou completamente do assunto, descontente com o rumo triste que estavam dando ao momento.

— Eu devo ser uma péssima influência. — deu outro bufo, mas entregou o cigarro pela metade para a bruxa. — Puxe devagar, deixe um tempo em sua boca e depois solte aos poucos.

Snape a observou segurar entre os dedos desajeitadamente, suspirando antes de levar aos lábios. Era um bastardo sortudo, aquele cigarro. Sendo levado à boca dela, como o bruxo queria ser. Ser segurado entre a maciez da pele dela, sugado, preencher a boca dela. A fumaça que ela soltou em uma tosse se espalhou pelo quarto e Severo inalou com prazer.

— Isso queima. — falou rindo e ainda tossindo levemente.

— Algo mais? — mesmo contra sua vontade, um mínimo, quase imperceptível, sorriso cresceu em seu rosto.

— Deixa um gosto estranho na boca. — dando outra puxada experimental, ela respondeu.

— Estranho? — zombou, mas a morena não percebeu.

— Sim, uma mistura de sabores totalmente diferentes. — respondeu inocentemente, encarando as formas abstratas que a fumaça formava na sua frente.

— É? Me deixe provar isso. — o mago se aproximou mais dela na cama.

Severo pegou o cigarro novamente e apagou, fazendo a bruxa franzir o cenho. Aproveitando que ela estava com a boca aberta no meio do questionamento sobre o que ele estava fazendo, o moreno a beijou profundamente, provando o gosto do cigarro na boca dela. Ela passou seus dedos pelo rosto dele, enquanto suas bocas trabalhavam juntas. Ambos pensavam o mesmo, que nunca iam se cansar daquilo, daquele gosto compartilhado, do encontro de dentes e línguas. Hermione se derramou nele e Snape a aceitou completamente, dando um pouco de si em troca. 

— Você precisa beber. — ele falou quando se distanciaram, imediatamente chamando magicamente um copo alto com água.

Bebeu em goles longos, deixando metade para a bruxa. Da mesma forma, rapidamente ela acabou com o líquido, percebendo apenas quando terminou, o quanto estava com sede e exausta. Mesmo que Snape tenha a limpado mais cedo, sua pele estava grudenta, mas ela nunca poderia reclamar daquilo. Hermione pensou que aquele era o momento que iriam se separar, a magia acabando de repente. Ela se afastou da cama, colocando suas pernas para fora. Da mesma forma, o homem fez. Ele, no entanto, rumou para a porta entreaberta no canto da sala, ela, para a que dava para o lado de fora. Severo, deixando seus pensamentos falarem mais alto e vencerem a disputa, deixou a porta aberta e entrou, esperando que a bruxa entendesse. Felizmente para ambos, Hermione deixou o tecido que cobria seu corpo cair no tapete e seguiu o homem. O moreno se aliviou e passou para debaixo do chuveiro, a bruxa fazendo o mesmo. Enquanto esperava, contando os azulejos verdes da parede, ela se curvou envergonhada. Por um momento, depois de acabar com o que precisava, a morena apenas permaneceu parada ao lado dele, a água quente molhando suas costas.

Agindo como se fosse algo cotidiano, mesmo nunca tendo dividido o chuveiro com outra pessoa, Severo tirou um sabonete líquido de pequena prateleira de mármore branco no canto, derramou um pouco em sua mão e, com a outra, puxou suavemente a mulher para sua frente. Ele passou pelos ombros dela, a espuma fazendo a bruxa sorrir um pouco e o seu constrangimento diminuir. Snape passou os dedos pela espinha dorsal dela, da nuca até o cóccix. Ele queria curvar o corpo dela e o usar ali mesmo, com a água pingando em seus seios e as gotículas descendo para os lugares que ele queria tocar. No entanto, apenas a virou suavemente, demorando suas palmas nos peitos dela, julgando que estavam necessitando de seu foco. Rapidamente, Hermione foi puxada para um estado de entorpecimento, em que apenas as mãos do homem existiam. Quando um gemido escapou da garganta dela, o moreno desceu um pouco mais, espalhando pelas coxas dela. Cravando seus olhos nos dela, sem palavras, ele pediu permissão para tocar em seu sexo. Para o bem de ambos, o bruxo a acariciou lenta e inocentemente, descendo para as coxas dela novamente depois. Ela se deixou levar, aproveitando o jato quente em seus membros, levando a espuma para o ralo. Com destreza, o moreno arrumou os cachos macios no alto da cabeça dela, secando com um feitiço sussurrado. E se juntou à ela debaixo do chuveiro, deixando a água participar do abraço deles.

— Posso? — apontando para a prateleira, ela perguntou.

— Claro. — acenou levemente, amarrando seu cabelo como fez com o dela.

— Nunca pensei que você teria tantos produtos. — passou o dedo por alguns, quase todos eram feitos pelo bruxo, isso ela sabia.

— Você pensava no meu banheiro?  acompanhando os olhos dela, passando por cada um e lendo o rótulo. — Ou é pela minha aparência asquerosa?

— Pare com isso. — ela revirou os olhos. — Apenas te imaginava mais simplista.

Ao todo, o homem guardava mais produtos que ela. Havia alguns que Hermione estava lutando para saber para o que serviam, depois daqueles normais.

— O que mais você imaginava sobre o seu velho professor? — perguntou enquanto ela continuava a conferir a prateleira. — Que ele dormia em um caixão, talvez? 

— Oh, isso. — imitando o bufo dele, a bruxa respondeu entre uma risada. — Esperava encontrar algo mais organizado.

O mago ergueu as sobrancelhas, como se ela estivesse o insultando fortemente. Hermione apenas riu e balançou a cabeça, ignorando o olhar dele.

— Para o que esse serve? — segurando um frasco esverdeado, sem nada escrito nele, ela perguntou.

— Para neutralizar completamente o odor de sangue. O cheiro costumava grudar na pele. — colocou de volta no lugar, entregando o que geralmente usava para a bruxa.

Snape passou um tempo produzindo aquele depois que percebeu o quanto que o odor incomodava a morena. Agora, sempre que voltava com sangue em suas roupas, ele ficava com um aroma amadeirado na pele, algo que agradava o seu nariz e o dela. 

— Tem um cheiro bom. — a bruxa comentou e lentamente, meio envergonhada, imitou os movimentos anteriores do homem.

Com as pontas de seus dedos, ela adentrou no couro cabeludo dele, repetindo os movimentos lentos e circulares. Desceu para a nuca dele, subindo para o topo e massageando a testa do bruxo. Snape estava imerso como ela, engolindo a enxurrada de gemidos que queria escapar. Ele deixou sua cabeça cair para trás, para dar mais espaço para a mulher o tocar. Se tivesse algo parecido com aquilo na guerra, talvez seus dias teriam sido menos horrendos. Severo teria sido um professor melhor se estivesse saciado como naquele momento, se uma bruxa bonita estivesse o tocando daquela forma todos os dias. Suas mãos foram para a cintura dela, os dedos desenhando formas abstratas no local, apenas para sentir a pele dela contra a sua. Hermione se desconcentrou um pouco com o homem, mas continuou mesmo assim. Ela desceu para as costas dele, passando suavemente a esponja pelas suas omoplatas pontudas, saltando pelas cicatrizes e as escovando. Tirando a espuma, ela passou para o rosto dele, estimulando a ponte de seu nariz e maçãs do rosto, voltando para a testa dele. Passou pelos ombros do bruxo, seus dedos acariciando os músculos dele. Quando chegou na tatuagem desgastada, Granger deixou de lado a esponja e passou a espuma sozinha, contornando o desenho. Ela o limpou melhor do que a água, que era incapaz de afastar as impurezas daquela marca. 

— Deixe essa parte comigo. — o moreno segurou o pulso dela quando ela desceu por suas costelas.

Snape adoraria sentir os dedos da bruxa ao redor de seu membro, que estava ereto desde que ela entrou no banheiro. No entanto, deveria ser outra hora, se pudesse. Naquele momento, ele duraria pouco sem a tocar maliciosamente, e seria desapontador para ambos. Dessa forma, ele se lavou rapidamente e amarrou seu cabelo no topo de sua cabeça, como fez com a bruxa. Trazendo magicamente duas toalhas, envolveu o corpo dela em uma. Ele se aproximou dela e se curvou um pouco, seu nariz passando pela nuca da bruxa.

— Eu poderia fazer tantos produtos com esse seu cheiro. — bufou na pele dela, lambendo o excesso de água do local.

— Faça um com o seu cheiro também. — sussurrou lentamente, mas realmente querendo aquilo.

Ele poderia apenas entregar o frasco com seu perfume predileto, aquele com aroma de ervas frescas. No entanto, preferia que a bruxa sentisse nele, passasse seu nariz empinado em sua pele como estava fazendo naquele momento e respirasse completamente, levando seu cheiro para seu peito. Enquanto ainda estavam juntos, Severo passeou pelo corpo dela novamente, secando com o tecido felpudo da toalha. Ela estava sensível, gemendo com o mais simples toque do homem. Novamente, quis a tomar naquele mesmo lugar, enquanto ambos estavam molhados, prontos para apenas empurrarem um contra o outro. No entanto, Hermione ainda estava dolorida, ele poderia notar isso quando a tocava. Mesmo sem ter perguntado, sabia que aquela vez tinha sido diferente das outras, e pode ter sido demais para a bruxa. Sendo assim, ele queria dar um tempo para que pudesse pensar sobre e se recuperar.

— Espere um pouco. — seu tom era de promessa e ele se aproximou lentamente da bruxa. — Vá se vestir e me encontre lá embaixo.

Do lado de fora, Hermione foi recebida por um vento frio, quase congelante. Apertando a toalha contra seu corpo, ela se arrastou para seu quarto, suas pernas ainda parecendo gelatina. Na frente do espelho do seu banheiro, a bruxa se encarou completamente, sua pele ostentando diversas marcas vermelhas e seu rosto estava diferente também. Não era totalmente aparente, mas no fundo dos seus olhos, algo se espreitava, uma felicidade ainda maior se escondia neles. Ela passou os dedos pelas marcas de dentes afiados, relembrando do choque que passou pelo seu corpo quando o homem a mordeu. Apesar a pressão de seus dedos no local fez com que aquela apreciada bolha se formasse na base de seu estômago, implorando para aumentar. Havia rastros finos de unhas por suas coxas e ela implorou para que demorassem a desaparecer, para que os vestígios do que fizeram continuassem nela. Lentamente, vestiu uma roupa pesada, seus membros reclamando do frio arrepiante. Quando terminou, ela sentou na cama e puxou uma lufada de ar para dentro de si. Seu corpo estava adormecido, mas inquieto ao mesmo tempo. Queimava, mas estava gelada. Ela quis gargalhar e chorar, tudo no mesmo segundo. Afastando seus fios castanhos de seu rosto, ela tentou se recompor. A cada dia, estava mais parecida com uma adolescente depois de seu primeiro beijo. A diferença era que aquilo era melhor, mais importante do que um simples selar de lábios. Tinha sido mágico, mesmo que parecesse mundano para outras pessoas.



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