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História Chi Ase Namida (Vhope) - Medo De Ver Você Partir.


Escrita por: poestic e SexxLi

Notas do Autor


Boa leitura 💞

Capítulo 11 - Medo De Ver Você Partir.


Partindo Em Um Avião.

Todas as minhas malas estão arrumadas
Estou pronto para ir

Estou aqui esperando
Do lado de fora da sua porta
Eu odeio te acordar pra dizer adeus
Mas está amanhecendo
É bem cedinho
O taxi está esperando
Está buzinando
Estou me sentindo tão solitário que poderia morrer

Então me beije e sorria para mim
Me diga que vai esperar por mim
Me abrace como se nunca fosse me soltar

Muitas vezes eu te deixei triste
Tantas vezes eu brinquei com você
Te digo agora que isso nao significou nada
Todo lugar que vou eu penso em você
Toda musica que canto eu canto para você
Quando eu voltar
Vamos nos casar

Agora chegou a hora de te deixar
Mais uma vez
Deixe eu te beijar
Feche seus olhos
E então eu irei embora
Sonhe com os dias que estão por vir
Chantal Kreviazuk - Leaving On A Jet Plane.

Incomodado com a brisa gelada que percorria o comodo da casa como um uivo distante, Hoseok foi o primeiro a se levantar.

Ainda sonolento, fitou a TV, que ainda ligada, passava Bob esponja.

Respirou fundo, e se virou para o outro lado, quase tendo um ataque cardíaco ao ver a face de Taehyung tão próxima da sua.

Tinha esquecido completamente do fato de ter dormido com o loiro, e vê-lo alí tão perto, o proporcionava à uma vergonha sem igual.

Levou a destra até o peito, pedindo a si mesmo que se acalmar-se. E, rindo baixinho da situação para não acordar o loiro; se dava ao luxo de apreciar a beleza delicada de seu rosto cheio de traços fortes e despojados.

O Kim era realmente belo, e seus cabelos louros quase brancos o deixavam ainda mais atraente.

Notas mentais sobre a aparência do rapaz se amontoavam em sua mente, involuntariamente classificando as partes que mais lhe agradavam, embora fosse algo mais profundo que o deixasse belo, singelo.

Movido a um sentimento de impulso, aproximou sua testa da do rapaz, ficando extremamente próximo de sua face. Não entendia porquê estava fazendo aquilo, mas rezava com todas suas forças para que Taehyung não acordasse naquele momento tão vergonhoso e estranho.

Não queria ter sentimentos amorosos pelo Kim, não era daquilo que ele precisava no momento.

Não era aquilo que deveria ter.

• Sobre Hoseok. •

Ele achava que não era merecedor de amor.

Achava que não tinha direito de ter um sentimento tão bonito crescendo em seu peito.

Contudo, o Jung ainda queria alguém com quem pudesse contar, alguém com quem se abrir; alguém que estivesse disposto a ouvi-lo quando precisasse desabafar.

E o loiro estava disposto aquilo. No entanto, o medo sempre foi algo que impediu Hoseok de continuar. O medo era quem o impedia de se abrir para seus hyungs. O medo de o verem como a criança suja que era, o impedia de aceitar ajuda. O seu medo o impedia de muita coisa, na verdade.

E principalmente, o impedia de viver.

Mas, naquela noite, seu medo havia se esvaido.

Havia lhe dado um minuto de sossego.

Queria contar ao Kim todo seu passado, queria contar para ele sobre como seu corpo era impuro, queria simplesmente jogar tudo que lhe atormentava para fora.

Então, Hoseok parou, pensando sobre tudo aquilo que sentia.

Mas, e se...

Ele sentir nojo?

E se...

Ele não aceitar seu passado?

E se...Ele for embora?

Ahr' o medo. Ele sim sempre o assombraria, ele sim não o abandonaria.

Hoseok se afastou lentamente, levantando-se com cautela para não acordar o mais velho.

Estava congelando, então, como pode, cobriu Taehyung com uma coberta grossa e quentinha; que ao sentir o peso do tecido, gemeu como um gatinho preguiçoso, encolhendo-se no próprio corpo.

— Bebezão. — Sussurrou, sorridente.

Inconsciente.

Lentamente, o moreno andou até a cozinha em busca de algo que pudesse preparar, pois sentia como se não comesse há anos. Enquanto procurava, notou um bilhete sobre a geladeira que com toda certeza, era de Jin, uma vez que o mesmo tinha essa mania de deixar bilhetes quando precisasse os lembrar de algo.

Se fosse contar tudo que podia ser marcado em um agenda, estaria marcado em um bilhete no quadro da cozinha; objeto que já fora comprado exatamente para isso. Ao ver de Jin, era muito mais prático para ele, que não teria que procurar a agenda pela casa, uma vez que assim que estivesse na cozinha, já veria o que anotara.

Hoseok pegou o papel, sentando-se no banco próximo ao balcão e sorriu ao ler o que estava escrito.

Seokjin realmente se preocupava consigo.

" Taehyung, deixei marmitas prontas na geladeira, basta por no microondas. Tem bolo dentro da estufa, e biscoitos no armário.

Cuide bem do Hobi, e mande um beijo para ele por mim. Amo vocês.

Com amor, Jin "

— Hyung, eu não sou um bebê! — Murmurou Hoseok entre risos.

Agradecia todos os dias por tê-lo.

Devolveu o bilhete a geladeira, mas ao rumar em busca do bolo, sua atenção foi completamente tomada pelo barulho da campainha. Franziu o cenho, confuso, afinal, seus hyungs quase não tinham visitas e, por que logo agora que não estavam, a campainha tocava?

Não sabia lidar com estranhos, e por mais que tentasse, as palavras nunca saiam como queria. Por isso sentia-se tão incomodado sempre que tentavam falar consigo. Ele não era capaz de responder.

Não era capaz de nada.

Ao abrir a porta, não deixou de se surpreender ao ver uma jovem sorridente o encará-lo.

E, estava prestes a dizer algo, quando a mesma interrompeu seus esforços.

— Arh, você deve ser o Hoseok! — Ela exclamou contente, abraçando-o. O moreno até tentou recuar, mas a garota lhe apertava com uma certa força. Era constrangedor, porém, bom; apesar de se sentir sufocado com o perfume que ela usava, e com o calor que ela exalava.

— So-hye... — A voz rouca de Taehyung soava sonolenta aos que ouviam. E ela rapidamente se soltou de Hobi, aproximando-se do loiro sem ao menos pedir licença.

Não que Hoseok tivesse se importando com isso, vendo que ainda estava paralisado entre a porta e o corredor, se recuperando daquele contato distinto.

— Oi Tae, precisamos conversar! — So-hye exclamou, direta, ao se sentar no sofá onde o maior estava.

— Claro. — Ele respondeu calmo, encarando a menina com certo carinho.

Hoseok permanecia inerte a situação, porém sua atenção foi tomada quando percebeu a forma que o loiro olhava sua namorada.

Sem perceber, empurrava a porta com uma certa força para fecha-la, e voltando para cozinha com uma careta grosseira na face, procurou ignorar a presença de menina. Taehyung mesmo atento a garota, pode notar a expressão de desgosto que Hoseok empunhava, e pela forma no qual ele culpou a porta por isso, conteu a vontade de sorrir ao imaginar que todos aqueles gestos possuíam um significado.

Um sentimento.

Sua ex, por outro lado, se deu conta do olhar que o loiro lançava para o moreno. Tanto, que completamente movida pelo ciúmes, So-hye ousou segurar as mãos de Tae propositalmente, esperando que Hoseok tivesse alguma atitude que dessem crédito à suas suspeitas.

— O que aconteceu? — Taehyung perguntou, retribuindo o aperto em suas mãos. Afinal, ele realmente se importava com ela.

— É sua tia, Tae, ela piorou. — Se pôs a dizer. — Jin foi visitá-la mas... Namjoon está com ele. — O rapaz suspirou, como se tivesse entendido suas palavras.

— Qual o problema do Nam-hyung ter ido? Ele é namorado do Jin-hyung, é normal que ele o acompanhe. — Intrometeu-se Hoseok, ao se dar conta de que a pessoas de quem falavam era da mãe de Seokjin.

So-hye se voltou contra o menino com um sorriso fraco nos lábios.

— Sim, claro... Mas a mãe de Jin nunca aceitou isso. — Olhou para o teto, perdida, como se tentasse se recordar do passado. — Na época em que ele se assumiu, Taehyung levou a culpa depois que ela os pegou se bei... — Antes que pudesse continuar suas palavras, o Kim imediatamente tampou sua boca com uma das mãos, enquanto sorria extremamente corado.

Hoseok franziu o cenho, não só incomodado com que estava prestes a ouvir, mas com a cena que via também.

So-hye logo gargalhou alto, livrando-se das mãos de seu ex, e deitando-se livremente nos ombros do rapaz. Assim que sua risada cessou, o comodo fora coberto por um silêncio que tinha um peso maior que o Jung estava acostumado à lidar.

Hoseok realmente não conseguia disfarçar seu semblante de desprazer, e se irritava ao se sentir tão incomodado com a interação dos dois quando não tinha sequer direito para isso.

— Ela me pediu para irmos visitá-la. Já que somos o único orgulho dela. — Continuou, manhosa, afagando-se no mais velho.

Depois que Taehyung conheceu So-hye, sua tia simplesmente recriou seu afeto por ele, estipulando que o casal era o único orgulho da família.

Mas a verdade era que a mais velha usava isso para magoar Jin, que raramente caía nas chantagens da mãe.

— Mas, nós termi...

— Sim! — Ela exclamou antes que o menino terminasse suas palavras. Assustando a Hoseok, e até mesmo o ex. — Podemos levar o Hoseok conosco, com certeza será fabuloso!

» ☆ «

Se não existe um destino, então, não existe um caminho.

Você tem escolhas, você tem opção, então, porquê escolher algo que você sabe que irá lhe machucar?

Hoseok sabia, desde que So-Hye teve a idéia absurda de levá-lo com eles, sabia que as coisas não seriam boas.

Mas, ainda assim, aceitou o convite, mesmo quando Taehyung lhe perguntou se tinha certeza de sua escolha, ele aceitou.

Aceitou, porém não sabia porque.

" Você é um idiota! "

Disse a si mesmo durante a viagem que já começava a lhe irritar.

Primeiro, começou com So-hye praticamente o empurrando para o banco de trás do carro, e piorou quando ela começou a falar do relacionamento dela com Taehyung.

Ele não queria ouvi-la, não queria saber como eles eram felizes juntos. Não queria saber sobre os planos deles para o futuro. Céus, não queria saber de nada que se relacionasse ao casal. Então, por que a garota simplesmente não calava a boca?

Era só o que gostaria naquele momento, que ela calasse a boca.

Embora sentisse que precisava ouvi-lá para acordar.

Para perceber que Taehyung era como um passarinho;

Livre.

Amante do ar, da luz, do mundo.

O moreno deitou sua cabeça sobre a janela do carro, fitando a rua com certo devaneio.

Ainda fazia frio, e aos poucos a tarde era coberta pelo sereno do céu acinzentado.

Sua mente era como aquela paisagem obscura; cheia e gélida.

Não tinha imagens boas, não havia memórias coloridas ou alegres. Era tudo um borrão, um fragmento ruim, um estilhaço que devia ser jogado fora.

Talvez, assim como a pequena sereia, Hoseok se tornasse espuma no mar ao fim da história.

Da sua história onde ele estranhamente se sentia o figurante.

As horas se passaram lentas, tanto para So-hye quanto para o Kim, que se mantinham em silêncio desde que Hoseok havia cochilado.

— É ele? — So-hye soltou, quebrando o silêncio com a pergunta que segurou desde que notou os olhares. Desde que entrou naquele carro, desde que Hoseok não reagia bem ao suposto "namoro" dos dois.

Kim respirou fundo, tentando se manter atento na estrada.

— É ele Taehyung?! — A menina gritou, fazendo o moreno se remexer no banco de trás.

O maior olhou para menina que estava prestes a surtar, e sentiu-se culpado por aquela expressão melancólica em seu rosto. Ele não queria magoá-la, não queria vê-la chorar. Ela havia feito muito por ele, e não poderia feri-la assim.

— Eu gosto dele... — Confessou, fazendo a jovem suspirar, enquanto engolia o choro.

— E o que ele já fez por você, Tae?! No que ele te ajudou?! — So-hye parou para encara-lo. — Ele ao menos corresponde seus sentimentos? — O loiro permaneceu em silêncio.

Ele não esperava que Hoseok gostasse dele, muito menos que se tornasse responsável por ele.

Taehyung sentia algo muito forte por Hoseok, mas não era como se esperasse o mesmo. Sabia que podia ser rejeitado, sabia que poderia ser desprezado, no entanto, poderia facilmente se acostumar apenas com sua amizade e bem estar. Poderia se contentar com qualquer migalha que o Jung pudesse lhe dar. E, apesar de ainda assim querer a presença dele colada à sua, sentir o calor dele e beijar os lábios dele, queria, além de tudo, simplesmente estar ao lado dele, sendo alguém que Hoseok se importa ou não. 

Era assim que Taehyung se sentia, mesmo que fosse doloroso as vezes, era assim que queria se sentir.

So-hye o olhou uma última vez, esperando uma resposta. Mas, o silêncio empunhado pelo ex a fez desistir.

O resto da viagem se resumiu em um silêncio sufocante.

Por um momento, So-hye quase que se arrependeu de ter dado a idéia de visitarem a senhora Kim. Deveria ter voltado para casa, deveria apenas ter aceitado o termino; afinal, aquele relacionamento nunca foi sobre desejo físico ou romântico. Mas, mais sobre medo de estarem sozinhos.

Insistir naquilo era sem sentido.

— Eu não vou me tornar um monstro Tae... — So-hye declarou de repente, fitando para o lado de fora da janela. — Só estou com medo. — O Kim sorriu, tirando sua destra ligeiramente do volante para segurar a mão da menina.

— Eu sei, também estou. — Confessou, voltando a dirigir com ambas as mãos.

• Uma Realidade •

Taehyung temia perde-lô porque no início, ele havia se tornado uma mentira.



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