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História Chicago - Cuidar


Escrita por: aevans_j

Notas do Autor


OI GENTEEEEEEEEE

Como estão? Espero que bem...

Demorei? Sim! Muito? Demais! Motivos? Tenho, doente, ocupada, estudando e cagando.

Enfim, desculpem a demora, estou tentando ao máximo ter criatividade para escrever e ter tempo, espero que não estejam com raiva pela demora ok?!

Em breve irei fazer um flashback, repassarei tudo o que aconteceu para levar os irmãos a quererem vingança, os flashback irão fazer vocês entenderem tudo. Irei vê como irei encaixa-los na história e assim farei, será muito flashbacks, prometo que irão gostar!

Só uma coisinha, ASSISTAM SUPERGIRL, ARROW, LEGENDS OF TOMORROW, FLASH E TUDO QUE ENVOLVE SUPER-HERÓIS!

Erros arrumo depois e boa leitura!

Capítulo 16 - Cuidar


Camila Estrabão Point Of View

Sair de cima de Ariana e ela ainda rindo se levantou, ela não parava e aquilo estava me deixando estranhamente feliz por ouvir. Ela se apoiou nos joelhos e respirou fundo tentando conter o riso, ela ajeitou o cabelo que agora estava platinado e solto.

— O que faz aqui? Meu Deus, eu poderia ter te matado. — Ela soltou uma risadinha e negou.

— Eu vim fazer uma visita e eu sei que não me mataria. — Debochou. — Achei que ganharia um abraço e não uma quase morte. — Acabei rindo antes de abraça-la.

— Isso só aconteceu porque você tentou bancar a perseguidora, deveria ter falado que estava aqui. — Nos afastamos.

— Aí não seria uma surpresa pro meu garoto preferido. — Saímos do tanque dos pinguins e procuramos por Israel e os seguranças que estavam em volta dele, ele procurava por mim e assim que me viu correu se desvencilhando dos seguranças, mas parou assim que viu Ariana e sorriu.

— Ariana! — Ela abriu os braços para recebê-lo, fazendo o garoto abraça-la tão forte que pude vê ela arregalar os olhos levemente.

— Senhora, está tudo bem? — Um dos seguranças perguntou assim que se aproximaram.

— Está, era só uma amiga tentando me matar de susto. — Eles assentiram e deram uma rápida olhada para Ariana que sorriu debochada.

— Quando chegou? — Meu filho tinha Ariana como uma melhor amiga, ele ama aquela mulher e sempre diz que ninguém nunca iria tomar o lugar dele de pessoa preferida, claro, sem ser da família, mas te qualquer jeito Ariana era da família.

— Ontem. — Arquei a sobrancelha e ela deu de ombros. — Como estava cansada não pude ir direto vê-los e resolvi seguir vocês hoje.

— Então era você…— Israel riu e Ariana assentiu sorrindo. — Legal! — Rimos. — Agora você pode nos acompanhar no resto do dia.

— Seria ótimo! — Falou animada e me encarou.

— Então vamos terminar nosso passeio e depois iremos para um restaurante comemorar sua chegada. — Falei enquanto abraçava meu filho pelos ombros e Ariana segurava a mão dele.

— Sabia que minha companhia era importante aqui. — Falou convencida arrancando reviradas de olhos de mim e de meu filho, ela gargalhou e beijou nossas bochechas. — Vamos lá, não gosto muito de tubarões. — Olhou para o aquário e Israel sorriu de lado.

— Já contei que eles sentem cheiro do medo e que perseguem as pessoas em sonhos? — Ele perguntou e Ariana o encarou, segurei o riso.

— Isso é verdade? — Me encarou e eu acabei rindo com Israel. — Isso não tem graça, vocês são ridículos.— resmungou enquanto nos afastamos daquele corredor.

Beijei a testa de Israel que sorriu animado e engatou em uma conversa com Ariana, verifiquei o celular e tinha uma mensagem de Jared, eles estavam bem e em breve estariam em casa. Mandei tomarem cuidado e ele respondeu com "sempre tomamos, maninha". Suspirei, guardei o celular e fui acompanhar meu filho e Ariana.

Ariana sorriu pra mim assim que cheguei perto deles e retribuir, ela sempre foi assim, nunca deixou de sorri e eu admirava isso nela, até porque ela me ajudou bastante em esconder minha dor atrás de um sorriso.

— Senhora. — Olhei para um dos seguranças que me chamou, ele se aproximou e falou o mais baixo possível. — O senhor Mendes ligou e disse que a senhora deveria encontrá-lo. — Franzir o cenho. — Ele disse que é algo sobre a noite passada.

Lauren.

— Avise ao senhor Mendes que a noite encontro com ele. — Ele apenas assentiu, me afastei e suspirei. — Que droga, Lauren…— Sussurrei e fui para onde meu filho explicava sobre os pinguins para Ariana e prestei atenção também, eu amava quando ele ficava horas e horas falando. Era minha calmaria.

Meu filho sempre seria o único a me deixar calma.

Jared Estrabão Point of View

Ajeitei o paletó e olhei para o meu irmão que tentava ajeitar a gravata, mas soltou um grunhido e tirou a gravata deixando apenas dois botões aberto da camisa, rir e ele revirou os olhos.

— É mais fácil quando Camila faz isso. — Assentir concordando. — Como será que ela e Israel estão? Não tive tempo de falar com ela.

— Estão bem, Camila levou nosso sobrinho para visitar o aquário. — Ele me encarou. — Ela me mandou uma mensagem hoje cedo. — Ele olhou o celular dele e riu.

— Ela me mandou também e mandou essa foto. — Me mostrou a foto onde ela estava praticamente engasgando nosso sobrinho em um abraço, ele sorria abraçando a cintura da mãe. — Israel tem tanto de Camila, mesmo não sendo biológico.

— Tem razão, mas ele me lembra muito nosso pai. — Ele olhou para a foto novamente e assentiu. — Você acha que teremos uma família que nossos pais se orgulharão?

— Nós já temos, mas se um dia cada um fizer a sua, tenho certeza que eles ficaram bastante felizes. — Apertou meu ombro. — Melhor irmos, Lili e Ally devem está nos esperando.

— Ok,vamos lá. — Saímos do quarto e seguimos para o hall do hotel.

Chegamos em Vancouver tem pouco tempo, iríamos jantar com as meninas antes de começarmos nosso teatro e tentar ter a confiança do pessoal de Tyrone. Estamos dando uma pequena ajuda a Chris.

Assim que saímos do elevador Chris conversava animadamente com Lili e Ally, eles riam de alguma coisa e a cada segundo as meninas davam um tapa nos braços de Chris que ria mais ainda. Nós aproximamos e eles.

— Até que enfim! — Lili exclamou. — Vocês demoram mais que nós duas. — Apontou para ela e Ally, dei de ombros com meu irmão e ela riu.

— Do que estavam rindo? — Meu irmão ofereceu o braço para Ally que prontamente segurou alí. — Vocês estão lindas. — Analisou Ally e Lili.

— Obrigada. — Ally sorriu.

— Obrigada, vocês também estão. — Lili sorriu segurando em meu braço e no de Chris.

— Meu irmão tem razão, estão lindas. — Sorriram mais ainda.

— Falei isso a elas assim que bati os olhos em ambas. — Chris sorriu galanteador.

— Mas antes você disse que estava muito bonito. — Ally revirou os olhos. —mas enfim, Chris estava imitando uma mulher que esbarrou nele, ela era o tipo pessoa mesquinha. — Mais uma vez revirou os olhos sendo acompanhada por nós.

— Eu não acredito que você amassou o meu lindo vestido. — Chris fez uma voz fina mexendo em seus cabelos agora cortado perfeitamente.

Gargalhamos enquanto o motorista abria a porta para nós, é uma limosine. Entramos e nos acomodamos, Chris ainda bagunçava com a mulher e já estávamos vermelhos de tanto rir, o motorista às vezes ria nos fazendo rir mais ainda já que sua risada era um pouco estranha, parecia uma foca.

Quando chegamos no restaurante fui falar com a recepcionista que logo nos levou para nossa mesa, puxei a cadeira para Ally que agradeceu e meu irmão para Lili, Chris bagunçando puxou a cadeira para Jensen que sorriu e mandou beijo para ele antes de sentar, rimos e nos sentamos.

— O que irão escolher? — Chris perguntou enquanto olhavamos o menu.

— Podemos pedir opinião do chefe. — Lili sugeriu e todos concordamos, o garçom voltou com o vinho e falou que não nos arrependeríamos com a escolha do chefe, enquanto esperávamos a chega de nossos pratos ficamos conversando. — O que irão fazer depois disso tudo?

Encarei meu irmão, Lili se referia a nossa pequena vingança.

— Eu quero ir para o Texas. — Ally foi a primeira a falar. — Passarei um tempo com meus pais, talvez assim Dinah e Lauren consigam assimilar tudo e possam me perdoar depois. — Soltou uma risadinha.

— Vou continuar em Chicago, a não ser que descubram e prendam-me aí sairei de Chicago. — Chris deu de ombros.

— Camila deu a ideia de voltarmos para Havana, concordamos e quando tudo acabar iremos voltar. — Jensen respondeu.

— E as empresas? — Lili franziu o cenho.

— Podemos administrar de longe e se Shawn não for embora, ele voltará a ser o presidente. — Respondi e ela assentiu.

Depois nosso jantar chegou, conversamos sobre outras coisas, mas o que me deixou pensativo foi Lili, ela não disse pro onde iria, estava curioso pra saber.

Quando terminamos de jantar esperamos a sobremesa, Chris fez questão de pagar a conta e não aceitou que ajudassem ele, Ally e Lili estavam nos falando que haviam traga novos Notebooks para o trabalho, queria está preparadas e não queria deixar ninguém descobrir nada.

Saímos do restaurante e resolvemos caminhar por aí, Ally conversava com Chris e Jensen, Lili e eu estávamos atrás, então resolvi perguntar dela o que me fez ficar curioso.

— Então…— Ela me encarou. — Você não disse pra onde iria depois que tudo acabasse. — Ela sorriu.

— É porque não sei. — Deu de ombros e eu franzir o cenho.

— Como não sabe? Todos irão para algum lugar.

— Não tenho mais pais e minha irmã tem a vida dela, então, provavelmente, irei ficar por aqui.

— Ou você pode vir com a gente. — Ela parou de andar e sorriu.

— É legal da sua parte, mas vocês ficaram em família.

— Você também faz parte. — Sorri e toquei em seu ombro esquerdo. — Olhe só, somos todos uma família, você tem a mim e aos meus irmãos, você pode ficar com a gente o tempo que quiser. Seria uma honra ter você ao nosso lado para onde quer que iremos. — Suspirou. — E então? Aceita?

— Me juntar a vocês em Havana? — Assentir.

— Todos irão amar! — Ela sorriu mais ainda.

— Tudo bem, eu aceito.

— Isso! — Beijei seu rosto e ela corou, sorrir mais ainda.

— Poderíamos esperar vocês o dia todo aqui, não se preocupem! — Chris exclamou um pouco longe e todos riram.

— Vamos lá, amanhã teremos um longo dia. — Ela me puxou pela mão e eu sentir um leve calor alí.

Lili sempre me causava isso pelo corpo, desde que nos conhecemos, ela sempre tinha esse poder sobre mim e eu gostava daquilo.

[…]

Ajeitei a blusa vermelha quadriculada em meu corpo e sorri para o meu reflexo, coloquei a touca e pronto, estava perfeito! Olhei para o lado onde meu irmão estava sentado na cama, ele levantou o polegar e assentiu, ele estava com uma blusa cinza e com a jaqueta de couro por cima, com uma calça jeans azul e bota, eu calçava um all-star preto e uma calça jeans preta.

— E então, vamos logo, Chris disse que vai ter um carro pra gente, provavelmente Lili e Ally já estão no local. — Ele me empurrou para fora do quarto. Saímos do hotel e tinha uma carro preto, pra ser exato é um Impala 67. — Eu dirijo!

— Jensen! —Ele saiu correndo e se sentou no banco do motorista, bufei e entrei no carro com ele. — Você sempre fica com as coisas mais legais.

— Eu sou o mais velho, tenho que ficar. — Revirei os olhos e ele acelerou. — Sente a potência dessa belezinha!

— Na volta eu dirijo.

— Não, você não toca nesse neném.

— Você é muito chato, cara. — Eu deu de ombros e foi o caminho todo falando que aquele carro é magnífico.

Quando chegamos em nosso destino as meninas estava conversando animadamente com alguns caras, elas estavam totalmente diferente, Ally vestia uma calça diz azul, uma camisa branca com a jaqueta de couro preta por cima e all-star. Lili estava com uma calça preta, blusa azul e um casaco marrom e bota preta.

Saímos do carro e nos aproximamos.

— Dean e Sam! — O rapaz sorriu e apertou nossas mãos, ele é um detetive disfarçado e um dos braços direito de Tyrone. — Fico feliz que estejam aqui, irão nos ajudar muito!

— Jason, não poderíamos negar de entrar para o time do grande Ty. — Falei e ele sorriu. Alguns outros rapazes que estavam era realmente aliados de Tyrone, então não poderíamos conversar muito sobre o nosso plano.

— Essas são Betty e Toni. — Apontou para Ally e Lili que sorriram.

— É um prazer conhecê-las. — Jensen piscou. — Se quiserem sair mais tarde…

— Quem sabe. — Ally piscou, ou melhor, Toni.

— Gostei dela. — Jensen falou nos fazendo rir.

— Vamos entrar, quero mostrar tudo pra vocês. — Jason nos chamou e assim entramos, é um enorme galpão, vários homens e mulheres estavam alí. Caixas de drogas e armas, na verdade havia mais drogas. Olhei para Jensen que olhava tudo em volta. — Ty ganha bastante dinheiro com drogas.

— Que tipo de drogas ele vende? — Perguntei.

— Todos os tipos, desde cocaína a até Khat. — Assentir. Aquilo realmente era algo perigoso a todos que compravam essas porcarias. — Ty investe mais nas drogas por causa do dinheiro, vocês sabem…— Nos encarou. — Viciados sempre querem algo pra ficarem ligados.

— É um bom negócio. — Ally resmungou, Jason deu de ombros.

— Então, o trabalho de vocês é o seguinte. — Falou assim que entramos no escritório, agora apenas ele nós quatro, os outros caras ficaram fora. — Ally e Lili derrubaram o sistema de controle do galpão, Jensen e Jared vocês faram o que puder para não sair mais nenhuma droga daqui.

— Isso é fácil. — Jensen respondeu.

— E se dê algo errado? — Ally perguntou.

— Nós temos armas. — Falei e ela riu assentindo.

— Beleza pessoal, agora vamos entrar em ação. — Jason bateu as mãos e assentimos, saímos da sala e Lili junto a Ally foram para outra sala onde ficava os computadores.

— E aí, estão afim? — Um dos caras levantou um cigarro de maconha tocando no ombro de Jensen que sorriu.

— Se tocar em mim mais uma vez, irei arrancar seu braço fora. — O cara soltou o ombro do meu irmão e se afastou.

— Ele não falou sério. — Falei rapidamente.

— Ah, eu falei sim. — Meu irmão saiu andando e eu olhei para os caras alí.

— Ele está brincando. — Rir e fui atrás do meu irmão. — Não arrume confusão, Dean. — Ele se sentou sobre o capô do carro e sorriu pegando um cantil de alumínio do bolso da jaqueta. — O que é isso?

— Whisky, vai um pouquinho? — Sorriu levantando o cantil.

— Acho que vou precisar.

Camila Estrabão Point of View

Olhei para os novos contratos encima da mesa, depois para a tela do computador, era a segunda vez no dia que tentava vê a casa de Lauren e estava completamente no escuro. Talvez ela tenha saído de lá, ou sei lá.

Suspirei e tirei o óculos, passei as mãos no rosto e ouvir batidas leves na porta.

— Pode entrar. — Logo Ariana adentrou meu escritório sorrindo e se sentou na cadeira a minha frente.

— Está muito ocupada?

— Não, apenas revisando outros contratos da empresa. — Apontei e ela assentiu.

— Israel já dormiu, estava cansado.

— Acharia estranho se ele ainda estivesse animado, vocês não pararam quietos. — Rimos. — Você tem onde ficar? Esses dias você só vai e vem.

Ariana chegou tem dois dias e passa maioria do tempo comigo e Israel, meus irmãos ainda estão para Vancouver, falo com eles quando dá e com as meninas também.

— Ah, sim. Não se preocupe, estou em um hotel perto do apartamento de Selena. — Assentir. — E como vai tudo? — A encarei, sabia exatamente do que ela estava falando.

— Está tudo calmo por enquanto, Tyrone não se manifestou.

— Soube o que você fez com Zayn. — Fiquei em silêncio. — Sabe…— Se inclinou um pouco para frente. — Ele mereceu. Zayn mexeu com a única pessoa que você daria a vida, ele sabia que aquilo seria o destino dele, você não teve culpa.

— Eu sonho com aquele dia todas as noites, Ariana. — Suspirei me encostando na minha cadeira. — É como se ele estivesse me assombrando.

— Você pode passar por isso, você já passou uma vez. — Assentir.

— Obrigada por está aqui. — Ela sorriu e antes de falar alguma coisa foi interrompida por um estrondoso barulho vindo do meu computador.

Olhei rapidamente para a tela e ainda continuava escuro, franzir o cenho. Meu celular começou a tocar, peguei o mesmo e era Normani.

— Mani.

Oi, Mila. Desculpa ligar agora, só queria saber se você viu ou falou com Lauren esses dias. — Sua voz realmente era de preocupação.

— Tudo bem e eu não falei com ela e nem vi. Estou a dois dias verificando as câmeras e nada…

Eu estou preocupada com ela. Ela não atendeu os telefonemas, Dinah foi até lá, mas a porta estava trancada e o porteiro falou que não vê ela desde aquele dia. — Fechei os olhos suspirando. — Eu não estou em Chicago, então não posso ir lá.

— Deixa comigo, vou até ela.

Se houver notícias me liga?

— Claro, ligo assim que receber notícias dela.

Obrigada, Mila.

— Não tem o que agradecer e espero que esteja se divertindo aí. — Ela riu.

Estou me divertindo muito com meus pacientes. — Sorrir. — Tenho que ir, até mais.

— Até, Mani.

Desliguei e encarei Ariana e olhava o quadro encima da minha mesa.

— Vou ter que sair agora, me desculpe. — Ela sorriu e negou.

— Não se preocupe, estou indo também. — Levantou. — Cuidado. — Me abraçou.

— Pode deixar e você também. — Ela sorriu e assentiu, ela saiu do meu escritório e eu subir para o meu quarto.

Me arrumei rapidamente e peguei minha bolsa, fui até o quarto do meu filho, ele estava dormindo, me aproximei e beijei sua testa o mesmo abriu o olhos lentamente e me olhou, sentou-se na cama e eu rir já que o mesmo parecia perdido.

— Ei, volte a dormir, ok?!

— Você irá sair? — Me sentei ao seu lado.

— Irei procurar alguém que está com problemas, mas não irei demorar.

— Vou com você...— Neguei.

— Prefiro que você fique aqui.

— Mamãe…não vou ficar sozinho com seus seguranças e não irei deixá-la ir sozinha. 

— Você é muito cabeça dura…— Ele sorriu sonolento.

— Isso eu aprendi com você. — Sorrir e assentir. — Posso ir?

— Tudo bem, vai se arrumar. — Ele beijou minha bochecha e correu para o closet do quarto dele. Fui até a escrivaninha dele e neguei, estava uma bagunça, livros e papéis por cima do notebook, bolinhas de papéis jogadas por alí e transbordando na lixeira, mochila no pé da mesa e o casaco dele do outro lado. Neguei pegando tudo do chão, tirei o caso e levei até o banheiro jogando no cesto de roupas sujas. Voltei e arrumei seus livros e papéis, não demorou para ele voltar e sorrir de lado quando viu a escrivaninha arrumada. — Da próxima vez que eu vir até aqui e estiver uma bagunça você vai limpar o seu quarto todo…sozinho.

— Mamãe…

— Estou falando sério. — Ele suspirou e assentiu. — Vamos.

Saímos de casa e fomos para garagem, peguei a Range Rover vermelha, aquele carros de todos que estão alí é o meu preferido. Entramos e esperei Israel colocar o cinto de segurança, saímos e parei no portão onde estavam os seguranças eles vieram até mim.

— Senhorita Estrabão, boa noite.

— Boa noite, rapazes. Não irei precisar que nos acompanhem está noite, mas caso eu precise irei ligar.

— Sim, senhorita. — Assentir. Ele fez sinal e abriram o portão. — Boa noite. — Acenei e sair com o carro.

— Ainda está com sono? — Baguncei seu cabelo e ele riu.

— Um pouco, mas aguento. — Assentir. — Quem iremos ajudar?

— Lauren…— Ele franziu o cenho.

— A sua engenheira? — Arquei a sobrancelha.

— Minha engenheira? — Ele riu.

— Ela quem é responsável pela construção, não é?!

— Ah, claro, claro. — Apertei o volante. — É ela sim.

— Ela está com problemas sérios?

— Não, ela meio que sumiu e as amigas dela estão preocupadas, falei para elas que iria vê já que as mesmas estão fora da cidade. — Ele assentiu.

— Espero que ela esteja bem. — Olhei rapidamente para o meu filho antes de voltar a olhar para estrada, estava calma.

— Eu também…

[…]

Assim que entramos no prédio o porteiro veio até mim, ele sorriu e eu entreguei um envelope a ele.

— Iremos até o apartamento de Lauren.

— Podem subir. — Assentir e entrei no elevador com o meu filho, meti a mão dentro da bolsa verificando se estava alí o que eu procurava. Encarei meu filho que estava mexendo no celular, arquei a sobrancelha e ele riu pro celular.

— Quando eu ria assim para o celular era porque estava jogando um joguinho muito bom. Espero que esteja fazendo o mesmo. — Falei e ele riu me mostrando, era um joguinho. Sorrir assentindo, chegamos no andar do apartamento de Lauren e saímos do elevador, meu filho guardou o celular e segurou minha mão, caminhamos até a porta, iria tocar a campainha, mas percebi que a porta estava encostada.

Coloquei meu filho atrás de mim e pedir silêncio ele assentiu, peguei a pistola de ouro que estava dentro da minha bolsa, meu filho arregalou os olhos e eu entreguei a bolsa a ele, na lateral da arma estava escrito "Cosnett".

— Deus…você tem uma arma. — sussurrou.

— Depois eu explico, agora fique atrás de mim e em silêncio. — Sussurrei de volta e ele assentiu, empurrei a porta e logo sentir o forte cheiro e alvejante misturado com bebidas, levantei a arma firme em mãos, engolir em seco. — Lauren. — Chamei alto. — Lauren! — Mais uma vez até que ouvir algo se quebrando, apontei a arma para perto da enorme janela, estava tudo escuro, apenas a luz do corredor entrava até metade da sala, engolir o seco.

Israel foi até o interruptor e ligou a luz, arregalei os olhos e abaixei a arma, sentir meus olhos queimarem pelas lágrimas, coloquei uma das mãos na boca.

— Meus Deus…Lauren.

Ela estava sentada no canto da sala, no lugar mais escuro possível, em volta dela tinha várias garrafas de bebidas e cigarros, Lauren estava descabelada e estava magra, ela não estava como antes, os lábios estavam secos, seus olhos estavam sem brilhos e com olheiras em volta deles, sua pele estava pálida, ela não era a Lauren que eu conhecia.

Meu filho fechou a porta e eu coloquei a arma na bolsa a jogando no sofá, corri até Lauren, ela me encarou quase sem forças. Toquei em seu rosto, ela tentou sorrir, mas não teve sucesso.

— O que aconteceu com você? — Sussurrei. Ela negou suspirando, ela estava fraca.

Mutter, o que vamos fazer? — Encarei meu filho.

— Vamos levá-la ao hospital, me ajude. — Ele veio até nós e me ajudou a colocar Lauren de pé, ela estava tão fraca o cheiro que vinha dela denunciava que não havia tomado banho.

— Acho melhor dá um banho nela. — Encarei meu filho.

— Tudo bem, seremos rápidos, me ajude a levá-la para cima.

Seguimos para o quarto dela e a deixei sentada na cama, meu filho correu para o banheiro e deixou a banheira enchendo.

— Eu vou cuidar de você, é uma promessa. — Sussurrei tirando aquelas roupas que ela usava.

— Você sempre cuidou. — Falou quase sem voz.

— Não fale, você está muito fraca.

— Eu sinto muito…— Me ignorou e continuou falando. — Eu não deveria ter te tratado daquele jeito. — A encarei, ela estava falando tão baixo e estava fraca demais.

— Por favor, não fale mais, iremos conversar quando você sair dessa. — Ela não falou mais nada. — Querido, pegue roupas para ela.

— Ok.

Israel foi para o closet e eu seguir para o banheiro com Lauren, desliguei a torneira da banheira, e coloquei Lauren lá, tirei minha roupa e entrei com ela, tinha que ser rápida com ela, então não demorei muito para dá um banho nela, depois que saímos enrolei a toalha nela e vesti o roupão que tinha alí, sair com ela e a roupa da mesma estava alí.

A vesti rapidamente e fiz o mesmo, chamei meu filho e seguimos para fora do apartamento, assim que o porteiro nos viu venho até nós.

— Meu Deus, o que aconteceu? — Israel deu espaço para o rapaz nos ajudar e correu para buscar o meu carro, eu não gostava que ele dirigisse, mas ele apenas iria colocar o carro alí perto para nós.

— Não é a da sua conta, me ajude a levá-la para o carro. — Israel foi rápido e deixou o carro logo alí, o rapaz me ajudou a colocar ela no banco de trás e Israel entrou com ela. — Não conte a ninguém sobre o que viu.

— Sim, senhora. — Assentir e entrei no carro, logo estava dirigindo para o hospital.

O caminho foi rápido, Israel segurava Lauren em seus braços para não cair para o lado, a cada segundo eu olhava para trás. Saímos do carro com ela em nossos braços, assim que um enfermeiro nos viu correu até nós e a pegou nos braços.

— O que houve com ela?

— Eu não, eu a encontrei assim, por favor, cuidem dela. — Falei rapidamente.

— Iremos, senhora Estrabão.— Claro que eles sabiam quem era eu.

Toquei o rosto de Lauren e me aproximei para sussurrar.

— Estarei aqui esperando você, Lauren.

Ela apenas me olhou ainda cansada e deu um pequeno sorriso.

— Estou esperando você, Lauren! Não irei sair daqui. — Falei alto o suficiente para ela ouvir enquanto eles a levavam. Israel me abraçou e eu acabei deixando minhas lágrimas descerem.

Vê-la daquele me partia o coração, Lauren pode ter sido uma filha da puta, mas ela nem sempre foi assim, ela me entendia e sabia do que eu precisava, ela cuidou de mim, mas ao mesmo tempo me "matou". Eu quero cuidar dela, quero que ela saiba que eu não sou a vadia que elas temem.

Preenchi o formulário dela e paguei tudo, depois nos chamaram para a sala de espera do quarto dela, até às visitas serem liberadas, Israel entrou e falou que me esperaria já que o doutor pediu para conversarmos.

— E então, como ela está? — Cruzei os braços.

— Ela teve sorte, senhora Estrabão…— Suspirou cansado. — Sua amiga exagerou no álcool, além de que ela não se alimentou, não sei exatamente o que aconteceu, mas a senhora Jauregui por uma questão de segundos não sofreu uma alteração da pressão arterial.

— Meu Deus…— Sussurrei colocando a mãos direita sobre a boca.

— Você fez o certo ao trazê-la o mais rápido possível, se demorasse mais ela não estaria mais viva. — Suspirei assentindo. — Ela está no soro, precisa se alimentar e precisa de supervisão, creio que ela terá alta pela manhã, a senhora Jauregui ficará essa noite para observação, espero que ela se recupere.

— Eu também…— Ele assentiu. — Obrigada, doutor. — Apertei sua mão. — Você a salvou.

— Não agradeça, salva vidas é um grande prazer e orgulho para mim.

— Deve-se orgulhar, você é um ótimo doutor. — Ele sorriu.

— Vou deixá-la vê sua amiga, diga a senhora Jauregui que mandei melhoras.

— Pode deixar.

Ele assentiu e foi embora, a e entrei no quarto, Lauren estava dormindo e Israel olhava dentro da minha bolsa, sabia exatamente o que ele olhava.

— Não toque nessa coisa. — Ele me encarou.

— Por que anda com isso, mãe? — Olhei para Lauren que permanecia de olhos fechados, me sentei ao lado do meu filho e suspirei.

— Isso é para nossa segurança, você sabe…

— Há pessoas más por aí. — Assentir quando ele completou. — Elas são tão perigosas assim?

— Filho, você sabe que odeio mentir para você… — Ele me encarava atentamente. — Mas não posso contar o que exatamente aconteceu para me levar a isso, só quero que você saiba que logo tudo isso vai acabar e não irei precisar mentir para você e não irei mais ter essas porcarias em casa ou comigo.

— Eu sei que não gosta de mentiras, mas me apavora saber que corremos perigo e que você anda com isso por medo de alguém tentar algo ruim. Mamãe, eu amo você, não vou ficar com raiva por isso, mas não minta pra mim, prometemos não mentir nunca um para o outro…— Assentir. — Eu amo você.

— Eu também amo você, meu amor. — Puxei meu filho para me abraçar e beijei sua cabeça, ele se aconchegou em meus braços e ficamos assim até o mesmo dormir, não conseguiria dormir, até porque estava preocupada demais com Lauren naquele estado. — Eu odeio te vê assim, sua vadia. — Sussurrei olhando para Lauren.

[…]

Fui até a janela e olhei através da cortina, a manhã havia nascido e o sol estava alí, não conseguir dormir e agora estava morrendo de sono. Fechei a cortina e olhei para o meu filho, ele estava dormindo no sofá, braços cruzados, e às vezes deixava uma lufada de ar sair de sua boca.

Fui até Lauren, ela ainda dormia, as mãos sobre a barriga e a cabeça jogada para o lado, suspirei e toquei em seu rosto. Ela estava melhor do que ontem a noite, mas ainda parecia abatida. Me inclinei e beijei sua testa. Ela se mexeu e abriu os olhos lentamente, me afastei e sorrir.

— Oi. — Sussurrei e me sentei na cama.

— Oi…— Me encarou e depois olhou em volta, franziu o cenho e depois me encarou novamente. — O que aconteceu?

— Ah, você quase morre. Nada demais. — Falei debochando e ela suspirou.

— Merda…como você me encontrou?

— No seu apartamento, Lauren…— Segurei seu rosto entre minhas mãos. — Nunca mais faça isso, eu estou com você…você sabe disso e fico quebrada quando te vejo assim…— Sentir meus olhos mais uma vez lacrimejarem, ela também tinha os olhos cheios de lágrimas, colocou as mãos sobre as minhas. — Você precisa de ajuda e eu quero fazer isso, mesmo com tudo que aconteceu, eu quero poder ajudar.

— Eu a-amo você. — Ela falou quase em sussurros, engoli o seco e neguei.

— Não fala isso…por favor. — Ela deixou suas lágrimas caírem, beijei sua bochecha. — Eu sempre vou está com você, mas não posso te amar…não posso te amar enquanto estiver pessoas querendo acabar com tudo que eu mais quero no mundo.

— Camila…

— Apenas… — Ela não me deixou terminar, puxou meu rosto colando nossos lábios em um longo selinho, se afastou aos poucos.

— Você não quer admitir isso, mas sei que me ama, sei que sempre me amou. — Fechei os olhos e suspirei.

Mutter…— Me afastei rapidamente de Lauren assim que Israel resmungou. Tenho que agradece-lo depois.

Caminhei até ele que abriu os lindos olhos castanhos, piscou e passou as mãos no rosto, rir e beijei sua testa.

Buen día, mi amor. — Sussurrei.

Buen día, Mutter. — Sorrir, ele sabia que deveria me chamar assim quando estávamos na frente de pessoas que fiz questão de falar a ele quem são. Ele olhou para Lauren e se levantou. — Bom dia, senhora Jauregui. — Ela sorriu ainda cansada, meu filho se aproximou dela e apertou a mão da mesma.

— Bom dia e me chame de Lauren. — Ele sorriu. — Qual o seu nome?

— Israel. — Lauren assentiu.

— Bonito nome.

— Obrigado. — Ele corou e eu rir baixinho, o mesmo me encarou e arqueou a sobrancelha.

— Você pode chamar o doutor para mim? — Perguntei a ele que sorriu de lado, neguei e ele gargalhou.

— Volto logo. — Revirei os olhos. — Fico feliz que esteja bem, Lauren. — Ela sorriu para o meu filho que sorriu também e saiu do quarto.

Me virei para Lauren, ela me encarou e suspirou. Se sentou na cama e brincou com os dedos, voltei a sentar ao seu lado e segurei suas mãos, ela me encarou.

— O que aconteceu?

Ela me contou, mesmo eu sabendo o que tinha acontecido, mas queria saber o motivo e pelo o que sei, eles queriam informações sobre mim.

— Quem são essas pessoas, Camila? Alguém quer fazer mal a você e seus irmãos, e porquê deles virem logo comigo?

— Eu não sei quem são. — Mentir. — Eu não sei porque querem fazer algo a minha família, eu não sei porque foram atrás de você e não sei o que está acontecendo, mas eu irei descobrir.

— Deixe-me ajudar. — Neguei. — Camila é perigoso, não sabemos quem é está pessoa atrás de você…

— Olhe bem, não se meta nisso, seja lá quem for, eles irão querer ferrar a todos a minha volta. — Ela suspirou. Ela sabia ser uma boa atriz quando queria, Lauren acha que me engana, mas sei exatamente de que lado ela pode estar. — Prometa pra mim que não irá se meter nisso, Lauren.

— Camila…

— Prometa! — Ela suspirou mais uma vez e assentiu. — Ótimo.

Logo o doutor volta e deu uma bronca em Lauren, a mesma apenas revirou os olhos e disse que não faria novamente, ele pediu para que ela descansasse, falei para ele que ficaria de olho e levaria ela para minha casa, a mesma tentou argumentar, mas o doutor disse que eu estava certa o que fez Lauren mais uma vez revirar os olhos. Ele deu alta para ela e logo estávamos no meu carro, Israel se sentou atrás e começou a me contar sobre a professora que havia ligado para o meu celular, ele disse que ela estava esperando em casa e teria uma prova muito chata para ele fazer.

— Eu poderia dizer que estou muito doente. — Ele se inclinou no meio dos bancos, arquei a sobrancelha e ele sorriu. — Minha mãe não saberia. — Debochou.

— Ah, ela saberia sim e ficaria muito irritada. — Sorrir fazendo o mesmo suspirar e assentir.

— Eu vou tirar um C nessa prova. — Parei no semáforo e me virei para ele.

— Acho que sua mãe ensinou o bastante sobre matemática para você e você é inteligente o suficiente para tirar um A. — Ele sorriu e eu pisquei. Lauren que até então estava quieta resolveu falar.

— Matemática é um pesadelo. — Ela falou baixo, mas o suficiente para que ouvíssemos ela.

— Está vendo! Alguém me entende! — Meu filho exclamou.

— Ok, falou a mulher fascinada em engenharia. — Ela sorriu dando de ombros, neguei e acelerei o carro. — Pedi para alguns empregados arrumarem seu apartamento…— Olhei rapidamente para Lauren que me encarava. — E pedi para Louis pegar algumas roupas para você. Aliás, vocês são amigos, não é?! — Ela assentiu.

— Não quero dá trabalho na sua casa, aliás, seus irmãos me odeiam. — Rir.

— Eles estão viajando e a casa é grande.

— E você pode nos fazer companhia. — Israel comentou e Lauren sorriu para ele. — Vai ser maneiro. — Sorrimos. — Não é Mutter

— Com certeza.

Quando chegamos em casa Louis nos esperava na entrada, ele logo veio até nós e abraçou Lauren, perguntou se ela estava bem, ela ria falando que estava. O mesmo tentou descobrir o que havia acontecido, mas desviamos falando que não era nada de mais, pedi para que ele levasse meu carro para garagem e então entramos em casa, Lauren como ainda estava fraca estava se apoiando e Israel e em mim.

Deixei ela sentada no sofá com meu filho e fui até a cozinha, a cozinheira estava alí e sorriu quando me viu.

— Bom dia, senhorita. — Sorrir indo beber água.

— Bom dia, como estão as coisas?

— Tudo bem, o café da manhã está pronto, os seguranças falaram que a senhorita havia saído mais voltaria logo. — Assentir e deixei o copo na pia.

— Você sabe me dizer se prepararam o quarto de hóspedes?

— Está tudo pronta, senhorita.

— Ótimo, obrigada. — Ela apenas sorriu e eu sair indo até a sala onde Israel conversava sobre alguma coisa com Lauren. — Ei...— Chamei atenção dos dois. — Sohn, acho melhor você ir se arrumar, a professora deve está esperando você na biblioteca.

— Tudo bem. — Resmungou e encarou Lauren. — Mostro para você mais tarde.

— Tudo bem e boa sorte na prova. — Ele sorriu e assentiu, meu filho correu escada acima.

— Israel! — Exclamei.

— Desculpa! — Revirei os olhos.

— Vamos lá, vou te levar para o quarto, você toma um banho e depois descemos para tomar o café da manhã. Você precisa se alimentar. — Ela levantou e eu passei meu braço esquerdo pela sua cintura.

— Eu acho que posso andar sozinha, não precisa se preocupar, aliás, não estou com fome. — Falou enquanto subíamos os degraus.

— Primeiro, você precisa de ajudar porque está fraca, segundo que você precisa se alimentar e terceiro, aproveite enquanto eu quero ajudar você. — Ela sorriu. Caminhamos pelo corredor e paramos no quarto ao lado do meu, abrir a porta e entramos, a levei até a cama onde estava uma mala que julguei ser as roupas que Louis trouxe. — Você consegue tomar banho sozinha ou precisa que eu chame uma das empregadas para lavar essa sua bunda branca? — Ela bufou e eu rir.

— Você é má...— Dei de ombros. — Consigo toma banho sozinha.

— Ótimo, vou tomar banho e depois venho buscá-la para descermos. — Fun até a porta.

— Camila. — Me virei para ela. — Obrigada. — Sorrir.

— Disponha. — Abaixou a cabeça e eu sair, fechei a porta e fui para o meu quarto, peguei seu celular e disquei o número de Mani, depois de explicar tudo ela bagunçou comigo quando disse que estaria cuidado de Lauren, mandei ela pra bem longe e depois desliguei, ela avisaria Dinah que a qualquer momento iria aparecer por aqui.

Enquanto tirava minha roupa resolvi ligar para a única pessoa que me entenderia.

Olhe só quem me liga…Oi, meu amor.

— Oi…— Suspirei e entrei na banheira.

Você está bem? — Perguntou em dúvida.

Cansada…Lauren está aqui em casa. — A linha ficou em silêncio por alguns segundos.

Vocês

— Não. — Falei rapidamente e aproveite para explicar o que tinha acontecido. —…foram tentar arrancar informações.

Conseguiram algo?

— Não, não havia falado nada para Lauren, então ela não sabe. — O suspirou de alívio saiu de seus lábios e eu acabei fazendo o mesmo. — Quando resolvi começar com esse teatrinho era apenas por vingança, queria vingar tudo que tiraram de mim, mas parece que Tyrone é mais esperto e sabe que irei fazer de tudo para proteger quem eu amo e isso inclui desistir de tudo também.

Mas você sabia que ele faria isso e…

— E planejamos tudo perfeitamente bem.

Isso…— Eu podia imaginar o sorriso do outro lado do telefone. — Logo tudo isso acaba e você vai se sentir livre.

— Eu espero, quero poder recomeçar, dá uma vida melhor para o meu filho e poder viver em paz. Quero vê todos em paz.

Você vai conseguir isso, querida. — Ouvir alguém chamando do outro lado da linha. — Preciso ir, estou aproveitando tudo aqui antes de partir.

— Isso é ótimo, não esqueça de mandar o novo número assim que possível.

Logo entraremos em contato, um beijo grande para todos.

— Pra vocês também. — Sorrir e desliguei o celular colocando de lado.

Suspirei e fechei os olhos, mas eu não conseguia deixá-lo fechado por muito tempo, era como todas às vezes que tentava.

Gritos, choros, tiros, chuva, fogo, risos e o pior, sangue em minhas mãos.

— Merda de vida. — Resmunguei mergulhando na banheira.


Notas Finais


COM QUEM SERÁ QUE CAMILA ESTAVA FALANDO??

ESTÃO GOSTANDO?


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