História Chocolate amargo ou ao leite? - Morrendo de ciúmes

Chocolate amargo ou ao leite?

Morrendo de ciúmes.

Uchiha Sasuke.

Não quero deixar ela sozinha, ainda mais agora que eu avistei Hatake Kakashi aqui!

De tanta merda de lugar pra eu dar de cara com ele tinha que ser justo na enfermaria! Sério, será que ele tem um radar que diz a onde a Hinata está? Ou será que o radar só funciona quando nós dois estamos juntos, pois puta merda eu mal entrei com ela dentro da escola e ele já apareceu pra me encher o saco.

Já até sei o que ele irá me perguntar, o que o professor vai me questionar. Afinal ele sabe que eu estava cabulando aula, que eu estava a deixar tudo nas costas de Hinata novamente, assim como eu faço nas aulas deles e nos dias em que ficamos responsáveis pela turma. Não gosto. Odeio ser forçado a ser tipo de coisa, a ser forçado a fazer atividades tediosas e ficar perto de pessoas que não sabem fazer nada além de reclamar e de falar merda pra mim.

Algumas meninas passam na porta e ficam dando pequenos gritinhos. Afinal eu e Kakashi  se encontramos no mesmo lugar, uma cena como essa é algo raro de se ver, quase impossível da gente se encontrar e de acontecer fora de sala de aula. A gente não se dá bem, é isso não é um mistério para ninguém.

Somente o motivo da gente não se dar bem que não se dar que ainda não é esclarecido e nem muito evidente, queria ver a cara das pessoas quando descobrirem que o motivo da minha birra e ranço contra o professor é Hinata! A nerd que aos olhos de muito nem ao menos vale a pena lutar e conquistar, mas para mim ela é como uma princesa, a maior e melhor de todos os prêmios.

- Menino Uchiha? – ele me chama. O encaro com certo desdém, não gosto quando ele me chama pelo meu sobrenome e muito menos quando ele me chama de menino. – O que aconteceu com a Hinata? – chama ela de menina Hyuuga também seu filho da puta, pensou mal-humorado.

- Ela caiu enquanto me procurava. – foco em Hinata que se mantém sentada, ela segura  barra da saia com força. – Eu trouxesse ela pra cá.

- Cadê a enfermeira? – ele questiona procurado, fecho os punhos com força.

- No meu bolso que não está. – forço um sorriso. Ele me olha fixo e fica em silêncio por um tempo. – Não sei, não tenho ideia da onde ela esteja.

Ele pega o celular em seu bolso de forma rápida começa a discar o número da enfermeira. Olho para Hinata que está a me olhar de relance, face está avermelhada e as mãos brancas, de tanta força que ela está a fazer.

Penso se ela está com dor ou se algo está a incomodar a mesma, mas o rubor em seu rosto faz com que eu repense a minha pergunta. Kakashi também está a encará-la, a intensidade dos olhos do homem sobre ela fazem com que eu sinta ódio.

Pego o aparelho telefônico é mando uma mensagem para Naruto, o aviso sobre o lugar que me encontro e peço para que ele avise o professor sobre o que aconteceu com Hinata e que provavelmente não voltaríamos para a aula agora e para que ele diga ao professor responsável que ela me encontrou.

Mando uma carinha de tedio, apesar de estar sentindo um ódio enorme do professor. Será que eu serei preso por dar na cara dele! Bufo, e guardo o aparelho no bolso.

- Onde a merda da enfermeira foi parar... – penso alto. Não aguento ficar mais aqui, no mesmo ambiente que ele.

- E-ela deve ter saído, normalmente ela nunca está aqui nesse horário. – ela me encara por breves segundos.

- Como você sabe? – a questiono. Eu nunca venho aqui, apesar de ele ser o melhor lugar para matar aula, mas eu não gosto de ser copiado e de ver as meninas vindo aqui tirar fotos de mim dormindo.

Por isso o jardim dos fundos, a floresta e até mesmo o estacionamento é mais fácil para eu me esconder para dormir; das pessoas que me perseguem e nunca me dão paz. Eu já tinha até escolhido os lugares que eu ia me esconder, entre eles estava o meu amado esconderijo. Porão. Ninguém nunca vai lá e o esconderijo perfeito! A cama improvisada e as coisas que trouxe aos longos dos últimos anos fez daquele lugar abandonado meu santuário.

Principalmente no dia dos namorados, eu somente recebia os chocolates no fim e no começo de cada horário, isso quando elas me achavam. Como nenhuma nunca acerta no chocolate eu nunca os como, Naruto sempre foi a minha lixeira em dias como esse.

- Costumo passar mal... – meu coração fica apertado, eu sei que a saúde dela nunca foi das melhores. É eu descobri isso ainda no fundamental, mas eu só confirmei no ensino médio quando ela desmaiou enquanto estávamos em fila.

Era pra ser só um castigo, mas a Hinata acabou com o nariz sangrando e com a pressão baixa. Eu fiquei puto com o diretor, quis dar na cara dele e sair andando. Fui eu quem levou Hinata para enfermaria e fiquei ao lado dela até que a enfermeira aparecesse. Pedi para Shizune não comentar e nem falar nada com ninguém, afinal eu aproveitei aquele curto e desconfortável momento para lhe roubar um simples selar de lábios.

Isso foi há dois anos. Mas eu ainda me lembro como se fosse ontem.

 - Eu sei. – o encaro de relance.

Me sinto um idiota a olhando assim, a encarando como se ela fosse minha e como se eu tivesse algum poder sobre ela, apesar de ela ter e exercer um enorme poder sobre mim. Ela que faz o meu coração oscilar, a minha mente ficar em branco e que eu sinta raiva de todo homem que se aproxima dela.

Ela não é minha, tenho consciência disso.

Ela é livre, tenho plena consciência disso.

Eu a amo, o meu coração masoquista também sabe disso.

O meu corpo e mente sabe de tudo isso citado a cima. Ele tem consciência de que ela não me vê com os mesmos olhos. Tanto que eu tenho medo do que pode acontecer com o meu amor depois que eu me formar. Eu não quero ficar longe dela, não quero ser obrigado a me separar dela e muito menos me afastar.

Eu fiquei feliz por ela nunca demonstrar interesse em mim, graças a isso eu pude continuar ao lado dela durante todo os anos em que estudamos na mesma sala. Um menino a minha frente. A janela de um lado. Outro menino ao fundo e Hinata do outro lado.

Essa era a forma de evitar situações estressantes em sala de aula.

A enfermeira finalmente chega um clima estranho se forma dentro da sala. Ela disse que Hinata teve somente uma leve torção e pediu para que ela evitasse andar muito e nem que ficasse correndo pelos corredores.

Pelo jeito hoje eu terei que cuidar de toda a classe sozinho, péssimo dia para o representante e o vice faltarem. Agora além do inferno que vai ser ter as meninas no em encalço ainda me tem esse, apesar de que ficar ao lado de Hinata não é nenhum pouquinho desconfortável.

- Uchiha cuida dela. – Shizune pisca cúmplice pra mim, reviro os olhos e sorrio de lado. – Não a deixe ficar andando pra cima e pra baixo e nem a deixe segurar muito peso. Ela também machucou o pulso. – faço um sinal positivo. – Hina, minha flor, se você sentir qualquer dor ou desconforto é só pedir pro mal-humorado-kun te trazer até a enfermaria. – ela sorri.

- Shizune eu vou indo, só queria ver se a minha princesa está bem. – ele sorri. Quero quebrar essa cara dele toda. Respiro fundo pra não fazer merda, não posso deixar a Hinata assusta, mas ao mesmo tempo eu quero quebrar a cara do nosso professor.

- Sensei! – Hinata o chama.

- Diga pequena. – acho que vou vomitar.

- Obrigado por cuidar de mim. – ele volta a sorrir.

- Que isso, só fiz minha obrigação e o responsável por cuidar de você foi o menino Uchiha. – ele toca nos cabelos dela e faz com que o rosto dela volte a ficar vermelho. – Até mais Hina.

- Até professor.

Ela se despediu sorrindo. Seus olhos se encontram fixos em mim, minha cara está fechada e o mal humor bem evidente.

Acho que está escrito na minha testa: ODEIO HATAKE KAKASHI!

Enquanto em meu tolo coração está escrito: HYUUGA HINATA EU TE AMO, POR ISSO ME NOTA!

Não estou escondendo e nem disfarçando o que sinto, pois, eu Uchiha Sasuke estou morrendo de ciúmes Hinata.

Eu sei que você está hesitando, porque mesmo que você diga com um coração sincero

No final, tudo volta como cicatrizes

Não vou dizer nada evidente como: Seja forte

Ao invés disso, vou compartilhar minha história com você...

Magic Shop – BTS.