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História Choices - Goodbyes


Escrita por: victoria35

Notas do Autor


Oi gente. Mais um capítulo... Boa leitura!

Capítulo 21 - Goodbyes


Fanfic / Fanfiction Choices - Goodbyes

P.O.V. Caroline

   Eu tenho plena consciência de Justin do outro lado da linha esperando minha resposta e de John que continuava me encarando assustado mas pela primeira vez em três anos, eu não tinha resposta. Aquelas três palavras continuam ecoando em minha mente.

   Você por ela. Você por ela. Você por ela.

   - Quando e onde? – pergunto sem pensar.

   - Amanhã, às nove da manhã, por trás da boate “Lights at Night”.

   - E como eu sei que não é uma armadilha e você vai matar minha mãe? – falei depois de pensar uns segundos, já me recuperando do choque inicial.

   - Vai ter de confiar na minha palavra. – se a situação não fosse péssima, eu juro que eu ria, mas ria mesmo.

   - Tá, agora me dá uma boa justificação. – sério, eu me amo porra. Mesmo em choque, continuo com as provocações. Escuto ele bufar do outro lado.

   - Eu só quero você. Sua mãe não me interessa porra nenhuma!

   - Me ama assim tanto? Bom saber… - sorri debochada. Eu não ia dar a entender que ele estava ganhando esse “jogo”, mesmo ele já sabendo disso. Meu orgulho sempre fala mais alto.

   - To neste exato momento com uma arma apontada à cabeça da sua mãe. Vai calar a boca? – engoli em seco. Ele não estava brincando. – Perdeu a fala, foi? – falou debochado passado uns segundos, percebendo que eu me tinha calado.

   - Você que me mandou calar a boca.

   - E desde quando você me obedece? – fechei minhas mãos em punho. Ele me tinha na mão e estava zoando comigo, mas eu não vou deixar ele me controlar…

   - Desde que você tem uma arma apontada à minha mãe. – minha voz soou mais ríspida do que eu queria.

   - Ainda bem que percebeu isso. – e sem falar mais nada desligou. Aquele filho da puta desligou na minha cara!

*Chamada off*

   - QUE ÓDIO! EU VOU MATAR AQUELE IMBECIL! – gritei irritada.

   - Você não vai fazer o que eu to pensando né? – perguntou o John pois ele percebeu o que o Bieber quer em troca para libertar minha mãe. Eu.

   - E VOCÊ QUER QUE EU FAÇA O QUÊ? ESPERAR QUE ELE MATE MINHA MÃE?

   - VOCÊ TÁ DOIDA? SE ELE TE APANHAR, ELE TE MATA! – gritou também.

   - E ASSIM MATA MINHA MÃE! AMANHÃ, EU VOU NA MERDA DAQUELE LUGAR QUER VOCÊ QUEIRA OU NÃO E NEM VOCÊ NEM NINGUÉM ME VAI IMPEDIR!

   - VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO! Nós damos um jeito! Conseguimos tirar a Emma de lá da outra vez e vamos conseguir tirar também sua mãe.

   - Ele vai estar muito mais atento desta vez e eu não vou pôr em risco a vida da minha mãe. NÃO VOU! – falei decidida.

   - Mas vai pôr a sua! – John falou inconformado.

   - Eu sempre soube os riscos que corria… - retruquei irritada - Você me ajuda amanhã?

   - Ajuda em quê? Em matar você? – perguntou ironicamente mas também amargurado.

   - Quero que você vá comigo e mais alguns homens para fazer a troca. – esclareci.

   - Você quer que eu vá “entregar” você para a morte? – perguntou indignado e eu revirei os olhos. – Não quero perder você. – murmurou enquanto caminhava em minha direção lentamente. Agarrou minha cintura, me puxando para mais perto e aproximando nossos corpos. Eu não tinha reação, estava paralisada. Queria me afastar mas estava demasiado chocada para isso. – Não consigo viver sem você.

   - John… - o repreendi e coloquei uma mão em seu peito, empurrando com delicadeza mas ele nem sequer se mexeu e apertou mais o braço em volta da minha cintura.

   - Não fala nada… - pediu docemente. Encarei seus olhos azuis a centímetros dos meus e me perdi neles. John acariciava minha bochecha com sua outra mão e eu fechei meus olhos, apreciando seu toque. Eu não sei o que está acontecendo. Não sei o que John tem na cabeça para estar fazendo isso e não sei porque ainda não me afastei.

   Talvez por não sentir um toque tão… suave e carinhoso há muito tempo. Mas eu já não sou a garota carente de há três anos atrás. Essa garota morreu!

   Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, sinto seus lábios chocarem contra os meus em um selinho demorado. Abro meus olhos surpresa e o empurro com força, o afastando.

   - O QUE FOI ISSO? – gritei ainda em choque.

   - Sério que você nunca percebeu? Eu gosto de você e não quero te perder…

   - VOCÊ FICOU MALUCO? – gritei o interrompendo – ISSO NÃO DEVIA TER ACONTECIDO! VOCÊ É COMO UM IRMÃO PARA MIM. – passei minha mão no cabelo irritada e confusa.

   - MAS EU NÃO SOU SEU IRMÃO! EU GOSTO DE VOCÊ SIM E… - o interrompi de novo.

   - NÃO QUERO OUVIR MAIS NADA E NUNCA MAIS VOLTE A FAZER ISSO! – subi as escadas furiosa e caminhei para meu quarto.

   Eu não consigo acreditar… O John me beijou! Tá certo que não foi bem um beijo mas porque eu impedi porque senão ele o teria aprofundado.

   Talvez eu tenha sido radical de mais mas o John é como um irmão para mim! Se fosse outro homem qualquer, desde que fosse bonitinho, eu até aprofundaria o beijo porque né… Mas era o John caralho!

   Ele gosta de mim?

   Não. Não pode ser! Ele apenas ficou assustado por eu fazer a troca… e aconteceu. Simples assim. Além disso, não chegou a acontecer nada de mais e tenho assuntos mais importantes em que pensar. Por exemplo, na minha morte.

   Sinceramente, nunca pensei em como iria morrer. Nunca pensei que fosse morrer agora. Claro que sei que nesta vida se pode morrer a qualquer momento mas eu sempre dei um jeito de escapar.

   Mas desta vez é diferente. Ele está com minha mãe e eu não vou deixar que ela morra por minha culpa, por me ter metido nesta vida.

   Ela não escolheu isso e não vai morrer por isso.

   Eu escolhi isso e vou morrer por isso.

   A não ser que Bieber seja ainda mais idiota do que eu penso e me deixe viver. Sem dúvida, impossível!

   Eu devia de estar nervosa, com medo e ansiosa. Pelo menos acho que toda a gente ficaria assim se soubesse que no dia seguinte iria ser torturada e morta da pior maneira possível.

   Mas eu não. Apenas estou com raiva. Raiva por não conseguir me vingar. Ser fraca o suficiente para ser morta pelos caras de quem me queria vingar.

   Não tenho medo de morrer. Nunca tive medo de nada, porque teria da morte?

   Estava na hora da parte mais complicada de tudo isso… Despedidas. Como se diz à melhor amiga que está se divertindo em outro país, que se vai morrer? Podia não dizer nada e ela só ficar sabendo depois mas eu não sou filha da puta a esse ponto. Ela iria se sentir traída e magoada e isso é a última coisa que quero.

   Como se diz a Ela que se vai morrer? Não. Definitivamente não. Não vou me despedir Dela. Dela não.

   Suspirei alto e me sentei na cama, tentando decidir o que fazer. Eu tenho de ligar para Emma e me despedir. Isso está decidido! Mas e Ela? E minha mãe? Tenho de lhes dizer umas últimas palavras, mas como?

   Carta.

   É a solução perfeita e é exatamente isso que vou fazer!

   Deixarei John cuidando de tudo. Ele continuará minha vingança e espero que ele consiga a realizar.

   Tomadas as últimas decisões, saí do quarto e desci para o primeiro andar, mais especificamente, meu escritório. A sala estava vazia, John tinha saído. Melhor assim. Me sentei na cadeira atrás da mesa e peguei caneta e papel, começando a escrever.

(…)

   Depois das cartas escritas, chegou a hora da parte mais difícil. O telefonema para Emma. Respirei fundo e peguei meu celular, discando o número.

*Chamada on*

   - Oi Carol. – é notável a alegria em sua voz e por momentos pensei em desligar e não lhe dizer absolutamente nada para não acabar com sua felicidade, mas não posso fazer isso.

   - Oi. Como vocês estão? – tentei soar normal, mas minha voz saiu um pouco desesperada.

   - Estamos bem. E como estão as coisas por aí?

   - Tudo se complicou… Quero que você me prometa que não vai apanhar o primeiro avião para cá quando eu desligar esta chamada.

   - O quê? Mas porquê? O que se passa, Caroline?

   - Apenas prometa! – ordenei.

   - Tá, prometo! Agora me explica o que tá acontecendo. – pediu. Hesitei antes de começar por não saber exatamente como contar.

   - Como eu disse as coisas se complicaram… Bieber sequestrou minha mãe e agora quer fazer uma troca. Eu por ela.

   - O QUÊ? VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO POIS NÃO? – gritou desesperada.

   - Vou Emma e já está decidido.

   - MAS ELES VÃO MATAR VOCÊ!

   - E assim matam minha mãe! Ela não tem culpa de nada e nada do que você me disser, vai me fazer mudar de ideia. – podia ouvir o choro de Emma do outro lado da linha e isso me fazia sentir cada vez mais culpada.

   - N-não quero que v-você faça isso. Por favor não faz. Não quero perder você. – implorou.

   - Eu só liguei para me despedir… A decisão já está tomada!

  - V-você sempre será m-minha melhor amiga, Carol. – falou enquanto chorava.

  - Você também, Emma. E não te esqueças da promessa que me fizeste no princípio desta chamada. – a lembrei – Adeus.

   - A-adeus C-caroline.

*Chamada off*

   Nunca pensei que fosse tão difícil me despedir de alguém mas eu tinha de fazer isso, mesmo que ela agora esteja destroçada, ela vai superar. Emma é forte, muito forte.

   Já está tarde e quero aproveitar a maciez da minha cama pela última vez. Vou para meu quarto, visto meu pijama, coloco meu despertador para tocar às sete da manhã e me deito aproveitando minhas últimas horas de vida. Achei que fosse mais complicado aceitar que ia morrer mas foi mais fácil do que pensava. Em meio a estes pensamentos, adormeci.

(…)

   Acordei com meu despertador tocando. Sete da manhã. Duas horas para começar minha morte.

   Caminho para o banheiro, onde tomo um banho bem relaxante e me enrolo na toalha. Vou até meu closet e aí está minha dúvida.

   Que roupa se veste para morrer?

   Talvez deva ir de branco…

   Não, branco não. Preto é melhor.

   Talvez deva levar um short porque de certeza que me vão torturar e se levar calças vão mas tirar.

   Acabei por decidir levar um top preto um pouco esburacado, um short desfiado e All Star pretos. Deixei meu cabelo solto e coloquei um cap. Pus uma pulseira também preta e meus óculos escuros. Me olhei uma última vez no espelho e vi que estou pronta para morrer. Irónico não? Peguei meu celular e minha arma mas parei de repente.

   Para quê eu vou levar arma e celular?

   Eles vão me revistar de qualquer maneira.

   Pousei meu celular e minha arma de novo e saí do quarto pronta para encarar minha morte.

   Mas antes tenho de me alimentar.

   Vou na cozinha e preparo minhas torradas para comer junto com alguns morangos. Depois de comer volto para a sala e encontro John.

   - Se veio tentar me fazer mudar de ideias, perdeu seu tempo. – disse ríspida e ele respirou fundo.

   - Vim só dizer que vou com você fazer a troca.

   - Mudou de ideias? Você não está planeando nada pelas minhas costas né? – perguntei desconfiada.

   - Não, Carol. Só quero ajudar você. – ele me pareceu sincero então assenti. – E… er… sobre ontem… só quero dizer que…

   - Não precisa dizer nada. – falei o interrompendo – Vamos esquecer isso. – antes que ele pudesse responder, Peter entra na sala com mais alguns de meus seguranças que são os que vão nos acompanhar na troca e logo comecei meu discurso. – Não quero que nada dê errado na troca. Infelizmente, eles que vão dar as regras e nós vamos ter de obedecer. Nossa prioridade é deixar minha mãe segura e apenas isso. Não se preocupem comigo. Estamos entendidos? – todos assentiram e logo estávamos a caminho da boate “Lights at Night”.


Notas Finais


Roupa da Caroline: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=126065288
Mais uma vez, muito obrigada pelos comentários. É impossível não sorrir quando vejo cada comentário.
Novo trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ZVJBh7AknG8&feature=youtu.be
Trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=BkEOnGFkgp4&feature=youtu.be
Meu twitter: https://twitter.com/Victoria3564
Vejo vocês no próximo capítulo
Beijinhos <3


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