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História Chosen Blood - 6. Malus


Escrita por: heywa

Notas do Autor


Boa leitura! ❤~
Ainda não está revisado, então desculpem qualquer erro ou coisa confusa. ):

Capítulo 7 - 6. Malus


Minho quando entrou na banheira com água fria, entrou de roupa mesmo, não se importando se iria molhá-la ou se iria sujar a água pelo sangue que se encontrava na manga do tecido escuro. Seu corpo fervia e isso era grave, mas não queria preocupar seus pais que estavam em casa naquele momento, portanto, apenas se trancou em seu banheiro e resolveu sozinho, seria uma vergonha que outros lhe vissem em tal estado enfermo. A noite tinha passado e, como resultado das altas horas de Minho naquela água gelada, seu corpo esfriou, mas ainda assim, não estava completamente bem, ainda pensava sobre aquele pesadelo, mais especificamente, do garoto buchechudo que aparecera nele.

Se levantou da banheira ao raiar do sol, suas roupas pingavam água sem parar, então no banheiro mesmo, Minho as tirou e as deixou em um canto aleatório do banheiro, para em seguida buscar seu roupão e o colocá-lo em volta do corpo. Recolheu-se à seu quarto, as janelas estavam bem abertas e como o cômodo que estava antes era escuro, entrando somente uma frestinha de sol, tal luz forte do quarto incomodou seus olhos.

Fez menção de ir pela sombra até a cortina para fechá-la e assim se livrar daquela luz irritante, mas resolveu testar algo. Apenas vampiros completos e dhampirs conseguem ficar vivos abaixo sol, apesar de suas peles ainda ficarem um pouco irritadas depois e, como Minho já mordeu seu chosen, pensou que talvez agora conseguisse não se queimar. Parou em frente a luz e estendeu lentamente sua mão até ela, no momento que os dedos a adentraram, a queimação na área foi imediata, fazendo-o recuar e com raiva, ir pelas sombras fechar as cortinas. Ainda não era completo, ainda era uma decepção, mas já sabia disso.

Queria morder Jisung, mas todas aquelas horas deitado na banheira pensando no mesmo, o fizeram ficar com o peito apertado pela ideia de mordê-lo ou de machucá-lo, mesmo que isso já tivesse acontecendo antes, agora piorou. Sem que percebesse, suas mãos foram para as laterais de sua cabeça e gritou o máximo que pôde para aliviar sua agonia. Ser ele próprio estava o cansando, as coisas são muito menos complicadas do que parecem e um sinal disso, é que seu primo mais novo já conseguiu completar esse processo ridículo, enquanto Minho sofria porque não conseguia ao menos tocar em seu chosen e ainda por cima, começara a ter aquelas drogas de pesadelo.

Quis se pôr a chorar ali mesmo mais uma vez, todavia, Malus, o criado dhampir e mais próximo da família, era quase como um conselheiro, surgiu no quarto pelo grito do vampiro. O homem podia ser tão severo quanto seus pais, mesmo sendo um dhampir, era como se sua parte humana já tivesse morrido à muito tempo. O criado se colocou em frente de Minho e ficou o encarando, esperando alguma resposta pela pergunta muda de seu olhar julgador sob o vampiro.

– Não está na hora de você dormir já? – Minho questionou, com certa raiva no tom, não iria dá-lo explicações sobre o que está passando. Suas mãos já não estavam mais em sua cabeça naquele momento, o vampiro tinha adotado uma pose mais dura e forte para ficar frente a frente com aquele dhampir.

– Seu grito histérico me impediu. – justificou, de maneira afiada sem precisar expor sua raiva como Minho fez.

– Certo, então vá logo, me deixe aqui, não vou gritar mais. – e, antes de qualquer coisa, o dhampir sumiu. Minho ficava um pouco com raiva daquilo, era uma habilidade de seus pais, vampiros puros, que ele roubou e fica usando como se fosse a coisa mais comum do mundo.

Não pensou mais naquilo, foi até seu guarda roupa e escolheu uma roupa leve para usar, e no meio da ação, sentiu uma fome estranha que não era sua, mas ainda assim, sentia. Não precisava comer alimentos, fazia isso somente uma vez no mês, mas então, como um baque em sua cabeça, lembrou que Jisung disse estar com fome naquele noite, aquele sentimento devia ser dele. Quando terminou de se vestir, saiu do quarto e rumou até o quarto onde havia deixado Jisung, traçar aquele caminho já tinha tornado-se algo comum para Minho e receber a notícia que o humano não estava no cômodo, também.

Quando Minho não viu Jisung no quarto, já se preparou para sair, não estava afim de falar com Hyunjin, todavia, o último citado que se preparava para dormir queria provocar o primo. – Foi realmente uma pena que Jisung acordou assustado bem no momento que eu ia morder ele, o sangue dele deve ser tão bom... – o que falou, não foi de fato uma mentira, só que da mesma forma, Minho não quis dar bola. – Na próxima talvez ele não tenha tanta sorte assim.

Após o primo ter terminado de falar, Minho saiu do quarto em silêncio, deixando o mesmo rindo sozinho para trás. Foi até a biblioteca e não surpreendetemente, Jisung estava lá, na mesma mesa do segundo andar.

Jisung notou Minho no mesmo instante que ele entrou. Minho, por seu lado, usou sua velocidade para chegar rapidamente até Jisung sem que ele tivesse a chance fugir como da última vez.

– O que tem de tão interessante nesse livro? – perguntou, nem dando tempo de Jisung responder e já pegando o livro da mão do mesmo para ver o título. – "colina vermelha", hm... Não sabia que tinham livros românticos aqui, pensei que fossem somente romances, no sentido de sagas longas. – caçoou o gosto do garoto e dito isto, jogou o livro de qualquer jeito na mesa. – Quantas vezes um humano come no mês, duas?

– Nós comemos todos os dias! – exclamou com certa fúria, Minho apenas deu de ombros e olhou em volta.

– É por esse motivo que vocês são inferiores então? – mais uma vez, brincou com o garoto, que em resposta, bufou de saco cheio e se levantou da cadeira, fitando Minho com afinco. – Se eu fosse você, não seria tão corajoso.

– E daí? Eu não tenho medo de você, Minho... E se eu morrer de fome, você vai sentir também. – desafiou, nem ele entendendo a própria a ação, não sabia que poderia ser tão cabeça dura de frente para o perigo. O que estava falando? É claro que ele sentia medo de Minho, a prova disso foi de noite quando se escondeu só pela chegada do vampiro na biblioteca.

Minho tombou levemente a cabeça para o lado, estava realmente curioso sobre como Jisung poderia ser bipolar. – Fique sabendo que minha intenção desde o início, foi vir aqui para levar você para comer, não irei fazer isso agora porque fui ameaçado. – antes de esperar qualquer resposta, pegou Jisung no colo e levou o mesmo com sua velocidade até a cozinha, soltando-o no chão quando chegaram lá.

Jisung começou a tossir como um louco e buscar um pouco de ar, ele nem teve tempo de raciocinar quando Minho fez aquilo consigo, portanto estava despreparado e não conseguiu trancar a respiração para não sofrer como agora. Minho, ao ver Jisung em tal situação, esboçou uma risadinha frouxa e Jisung, apesar de estar abaixado com as mãos na coxa, conseguiu ver de relance aquele sorriso. Ao mesmo tempo que achou adorável, quis matá-lo.

– Por que você não me avisou?! – indagou falhamente, estava indignado e Minho o achou fofo por aquilo, mas não demonstrou.

– Foi só uma punição por você ter sido insolente. – contou, ainda esbanjando seus belos dentes alinhados e brancos com felicidade. Era como se tivesse esquecido tudo de ruim que passou mais cedo apenas de ter trocado uma palavra com Jisung. Sentia-se dopado pelo humano, como naquele pesadelo, então, após perceber aquilo, fechou rapidamente o sorriso e adotou a pose mais séria. Nisso, também acabou notando como seu coração estava batendo rápido, mas não de forma ruim como aconteceu outra vez. – Bom, eu e minha família só comemos um vez ao mês, mas ainda assim, temos uma cozinheira que está sempre aqui. – explicou.

Quando o humano recuperou todo o oxigênio perdido, olhou em volta, admirado com aquele lugar. Nunca esteve em uma cozinha tão grande. Os tons do lugar eram em creme, as janelas eram meio arredondadas em cima, não tão espaçosas e tinham lustres de madeira, que diferente dos mais chiques espalhados pela casa, sustentavam apenas velinhas. O lugar ainda tinha outras decorações, como uma ilha em um marrom escuro e uma pia sobre, e mais ao lado da ilha, uma mesa redonda bastante simpática. Apesar de as janelas não estarem abertas, o cômodo era naturalmente claro. Jisung não pôde mais prestar tanta atenção nas coisas, uma vez que Minho pegou um sininho que estava na ilha e começou a tocar, tirando toda a concentração do garoto.

– Para que é isso? – Jisung perguntou quando Minho parou de tocar o sino. No entanto, o vampiro não precisou responder ao humano, pois, logo em seguida, uma menina sorridente e meio desastrada, saiu de uma espécie de fazendinha com cenouras na mão e com o avental levemente sujo de areia escura.

– O que deseja, senhor?! – perguntou a garota de timbre doce, se curvando e logo voltando a postura ereta. Apesar de seu cabelo estar amarrado, Jisung notou que era longo e liso, a mesma também tinha uma franjinha muito bonita que parecia combinar perfeitamente com ela.

– Jisung, está é Park Jihyo, nossa cozinheira. Jihyo, este é Han Jisung, meu chosen. – os apresentou, logo ambos se comprimentaram. – Certo, Jisung, a Jihyo não aceita muito sua natureza dhampir e por isso ela fica acordada durante o dia como você. Caso estiver entediado, não fique trancado naquela biblioteca, é perigoso, venha ajudar Jihyo, ela é a única confiável aqui. – após explicar, Jisung mexeu a cabeça para cima e para baixo, em confirmação, no mesmo momento em que crispava os lábios.

– Eu mesma, Kim Chi-hyo ao seu serviço! – falou de modo empolgado, ela parecia ser bastante enérgica e Jisung se permitiu sorrir pela forma fofa da garota.

– Peça o que quiser a ela, Jisung. – Minho informou, esperando então que o garoto escolhesse o que quer comer para poderem esperar em outro lugar com menos luz.

– Hm... – pensou, lembrava-se como adorava o dak galbi com queijo de sua mãe e sua barriga já não aguentava mais de fome e saudade. – Dak galbi?

– Tudo bem, nós estaremos na sala de descanso, Jihyo, leve para nós dois, eu também vou querer. – depois de avisar, pegou o humano pelo pulso e o puxou até a sala que havia dito. No meio do caminho, Jisung reclamou de dor porque Minho puxava justamente o braço machucado, então, sem demora, o vampiro deixou de puxá-lo e apenas pediu para que o seguisse.

O humano estranhou aquilo, mas nada disse, talvez estivesse acontecendo o que Hyunjin tinha o dito, precisava tomar cuidado.

:

Changbin estava na cozinha de seu apartamento, preparava um pequeno café da manhã para Jina, que ainda dormia em seu sofá. Precisava admitir que acordou aliviado naquela manhã, rastreou Jisung com dificuldade e viu que estava tudo bem com ele, mas já tinha sido mordido, então agora precisava saber se estava tudo normal com o vampiro que o mordeu. Apesar de estar um pouco aliviado, ainda assim, encontrava-se aflito, Jisung nem imagina o quão perto está de um dos responsáveis pela morte do seu pai.

Mais que tudo no mundo, Changbin detestava aquele dhampir, não conseguia ver a hora de tê-lo morto e todos aqueles idiotas que ele lidera. De todos vampiros que Jisung poderia ser chosen, ele foi logo ser daquele que emprega Malus em sua casa e que provavelmente não sabe da história do mesmo. Ficou tão absorto em seus devaneios, que sem querer, derrubou um pouco da água fervendo do café em sua mão.

Jina acordou-se com o barulho do grito de Changbin e foi correndo ver o que tinha acontecido para ajudá-lo.

– Está tudo bem? – perguntou a mulher que não aparentava a idade que tinha.

– S-sim... – disse, já com a mão debaixo da água fria da torneira. – Eu preparei café da manhã, é melhor você comer bem, hoje eu vou chamar meu amigo para saber como estão os planos daqueles idiotas de Vamnock, ele vai nos ajudar.

A mulher cabisbaixa, sentou-se na cadeira em frente a mesa de Changbin e começou a comer como ele tinha mandado. Queria ver seu filho logo, estava ansiosa se isso acabaria bem ou não. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!

Obrigada aos leitores que comentaram no último capítulo, eu fico muito feliz de interagir com vocês e saber que estão gostando. Vocês todos que acompanham são incríveis!

Até o próximo capítulo! ❤~

(OBS: Olá, aviso que este capítulo foi revisado e editado, assim sendo retirado o personagem W' para o bem estar de meus leitores.)


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