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História Cidade dos Encontros Inesperados - A magra inveja que morde e não come


Escrita por: KarrieBlack

Notas do Autor


Mais um capítulo, pessoal. :-)
Espero que gostem. ^^
Boa leitura, amores! <3

Capítulo 2 - A magra inveja que morde e não come


Fanfic / Fanfiction Cidade dos Encontros Inesperados - A magra inveja que morde e não come

Capítulo 2

A magra inveja que morde e não come

 “A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come.”

                                                    Francisco de Quevedo

  

 

  O silêncio reinou no local. Clary, ainda paralisada pela quase morte, encarou a garota a sua frente. Não tinham a mesma altura como ela havia pensado, a outra era um pouco mais alta, possuía um corpo bem mais curvilíneo que o da ruiva. Seus cabelos negros e ondulados iam até a cintura, fazendo um excelente contraste com a pele pálida demais, os olhos castanhos devolviam o olhar da Morgenstern com divertimento. Ela era linda. Linda demais para o gosto de Clary que sentiu por ela o mesmo que sentia por Izzy no início: um isto de inveja, raiva e ciúme. A tal Kat era perfeita. E o mais importante: Jace a conhecia e, pelo visto, muito bem. Ela usava um uniforme de caçadora de sombras e se não fosse por isso e pelas marcas visíveis no pescoço e mão dela, Clary acreditaria que era uma vampira. Tão pálida...

- Sério, Jace, você não precisa mirar essa adaga pra mim. É estranho. – falou a morena, voltando seu olhar para Jace.

- O que você está fazendo aqui, Kat? – perguntou o loiro, abaixando a adaga.

- Ah, nada demais. Salvando a vida de vocês, talvez. Mas não é como se precisassem me agradecer, é claro. – respondeu com deboche, enquanto abaixava-se para pegar a arma que salvou Clary.

- Jace não é do tipo que agradece, Katherine. Você sabe muito bem disso. – pronunciou-se um rapaz alto e bonito, com cabelos pretos, olhos da mesma cor e a acentuada palidez de Kat, saindo das sombras.  – Ele herdou o pior de cada uma das quatro famílias a que se apegou: a cegueira dos Wayland, a arrogância dos Morgenstern, o sentimentalismo dos Lightwood e a pretensão dos Herondale. Uma combinação catastrófica que originou esse nephilim deturbado.

- Deturbado? – perguntou Jace, virando-se para ele. – Olha, eu não sei o que significa isso, mas, pra mim, parece tão ruim quanto “execrável”. – falou dando de ombros, mas encarando o rapaz com ferocidade. – Foi um insulto?

 O moreno riu e Alec se mexeu, incomodado.

- Deturbado é algo desfigurado, adulterado, modificado. – explicou, guardando sua flecha. – Ele quer dizer que você é um caçador de sombras diferente de todos os outros, mas de modo negativo.

- Ah, então foi um insulto? – perguntou Jace com um sorriso debochado no canto da boca.

- Você é um nephilim marginal, Jace Herondale. É como uma maçã podre, prestes a contaminar todo um cesto de boas maçãs. – falou o rapaz.

 Simon arqueou a sobrancelha. Tudo bem que Jace já fora colocado de maneira semelhante aquela antes, mas ainda era surpreendente ver alguém falar dele daquele jeito. E, conhecendo o Herondale como conhecia, não ia acabar nada bem.

Jace riu.

- Sério? Uma maçã podre? Foi o melhor que conseguiu pensar, Frédéric Trueblood? Porque eu já fui comparado à coisa bem pior, como um pássaro gordo, por exemplo, e me atingiu bem mais que esse ditadozinho ridículo.

 Antes que Frédéric pudesse responder, outro cara saiu das sombras, guardando um machado nas costas.

- Em nome do Anjo, parem com essa frescura desnecessária. – falou um rapaz alto e esguio, apesar de forte, com as típicas roupas negras dos caçadores de sombras, cabelos loiros claríssimos, quase brancos. A voz dele era firme e grave, capaz de arrepiar.

 Por um momento, Sebastian veio à mente de Clary, e ela recuou um passo. Mas, quando ele chegou à luz, a ruiva pode ver que não era seu irmão: ao invés dos olhos negros, os daquele rapaz eram azuis e ele tinha um rosto quadrado, sério e bonito e não fino e anguloso como o do Morgenstern. A postura dele era bem familiar a Clary e isso não tinha nada a ver com Sebastian.

- Uau! – Clary ouviu Izzy murmurar, encantada. A Lightwood esquadrinhava o loiro recém-chegado de cima a baixo. – Ele é simplesmente maravilhoso!

 A ruiva teve que concordar. O rapaz era tão lindo que competia com Jace em pé de igualdade.

- Sabe, Kat, o Peter é tão dominador e tão sexy que, às vezes, eu fico pensando em me casar com ele. – uma voz masculina e divertida, pronunciou-se e Clary pôde ver que, atrás de Kat estava um rapaz um pouco menor que Jace, com porte esguio e desleixado. Seus cabelos eram ruivos e cacheados e ele tinha olhos castanhos. Outro caçador de sombras.

 Peter olhou para o ruivo com a sobrancelha arqueada e Clary praguejou internamente por tantas pessoas conseguirem fazer isso e ela não.

- Eu tinha me esquecido do quanto você é idiota, Branwell. – falou Frédéric, olhando para o ruivo com desprezo.

- Ah, mas eu não me esqueci do quanto você é chato e de quanto a sua inveja do Jace é irritante.

- Inveja? Desse imbecil inconsequente e pretensioso? Que disparate! – exclamou irritado o moreno.

- Qual é? Você não precisar negar isso, cara. – respondeu, passando um dos braços pelo ombro dele. – Se eu fosse tão desprezível quanto você, também ia querer, desesperadamente, ser igual ao Jace.

O Herondale e Kat riram e Jace olhou debochado para Fred, que se desvencilhou do ruivo com violência e o olhou irritado.

- Mandou bem, Adam! – exclamou Kat, batendo o ombro de leve no braço dele. – Você bem que podia viver sem essa, Fred, se controlasse essa sua paixão obsessiva pelo Jace.

Alec pigarreou, chamando a atenção para si.

- Bem, isso aqui está muito interessante, mas eu acho que merecemos algumas explicações. – falou sério, dirigindo-se aos quatro nephilins recém-chegados. – Por que vocês estão aqui, afinal?

- Viemos salvar vocês de uma armadilha, que vocês obviamente não perceberam. – respondeu Fred, com gosto. Kat revirou os olhos.

- Seja menos idiota, Fred, pelo menos por 5 minutos, ok? – virou-se para Alec. – Nós fomos informados de que vocês seriam emboscados aqui. A informação de vocês era de que apenas um ninho, com uns poucos demônios, certo? Mas, quando chegassem aqui, vocês seriam cercados e mortos e tudo pareceria uma fatalidade. – explicou rodando a adaga entre os dedos.

- Foram informados por quem? E quem fez essa armadilha pra nós? – perguntou sério, Jace.

- Você não é um cara de poucos inimigos, Herondale. Muito pelo contrário. Seu jeito arrogante é odioso a ponto de muitos desejarem sua morte. – respondeu Fred, que sorria provocativo.

- E a sua depreciação da minha pessoa é uma clara prova do tamanho da sua inveja. – rebateu Jace.

- Muito bem, já chega! – exclamou Izzy. – Parem de ser ridículos e se foquem no problema. – falou olhando de um para outro e então se voltou para Kat. - E então?

- Tenho informantes no submundo. E a armadilha foi feita por fadas. – respondeu. – A Vadia Seelie está mesmo revoltada com vocês.

 Izzy riu alto, enquanto Clary ficava um pouco surpresa. Sempre quis chamar a Rainha de vadia e outras coisas piores, mas nunca fora tão petulante. Ninguém era.

- E como foi que ela fez isso? Colocar todos esses demônios aqui, quero dizer. – pronunciou-se a ruiva pela primeira vez e todos os olhares foram para ela.

- Clarissa Morgenstern. – falou Fred pegando a mão direita dela, onde depositou um beijo. – É uma honra conhece-la pessoalmente. Sou Frédéric Trueblood, mas pode me chamar de Fred. – sorriu. – Devo admitir que você é ainda mais bela do que falaram, Clary. Um verdadeiro banquete aos olhos. – finalizou malicioso, olhando-a de cima a baixo.

O rosto de Jace enrijeceu assustadoramente e em um piscar de olhos, Fred estava encostado em uma parede com a adaga do loiro encostada no pescoço.

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. :3
Comentem, por favor. ^^
Beijos! :-*
Até o próximo! <3


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