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História Cigarettes and sass (frerard) - Capítulo vinte e três


Escrita por: silveralleyw

Capítulo 23 - Capítulo vinte e três


Quando Gerard acordou, ficou confuso e desorientado por um momento. Sua cabeça doía e a dor só aumentou quando ele tentou abrir os olhos e se deparou com uma luz ofuscante. Imediatamente fechou os olhos novamente, gemendo baixinho enquanto levantava a mão e a pressionava sobre as pálpebras. Seus braços pareciam feitos de chumbo, seu corpo inteiro parecia dez vezes mais pesado que antes. Cada centímetro doía, o primeiro pensamento que entrou em sua mente consciente foi que ele desejava estar morto.

A voz chegou a Gerard como se estivesse a milhões de quilômetros de distância. Como se estivessem separados por um oceano e depois por um vidro triplo. Mas ele reconheceu... Ele sempre reconheceria. Não era a voz de um anjo ou de Deus, era a voz de alguém muito mais importante. Gerard se forçou a tentar abrir os olhos novamente para poder ver seu lindo rosto.

"F-Fra... Fr-an... Frankie..." Ele murmurou, seus lábios e boca estavam secos, ele sentiu como se sua garganta estivesse cheia de algodão. Sua cabeça bateu com mais dor, ele olhou através da luz ofuscante por um longo momento antes de ser bloqueada por uma forma escura. No início, era apenas uma silhueta, mas quanto mais Gerard olhava, mais começou a distinguir feições e um sorriso torto iluminando seu rosto. "Frankie..."

"Hey Gee." Frank sorriu, mantendo a voz suave enquanto gentilmente segurava uma das mãos de Gerard entre as duas palmas e a segurava contra o peito. "Como está se sentindo amor?" Ele perguntou suavemente, tentando engolir o nó na garganta para não deixar Gerard ver como ele estava chateado.

Quando Gerard desmaiou, Frank teve certeza de que estava prestes a perdê-lo para sempre. Ele estava perturbado e em pânico, mas a pequena multidão que se formou ao redor deles conseguiu afastá-lo do corpo de Gerard apenas o suficiente para dar-lhe algum espaço quando alguém chamou uma ambulância. Frank havia sido consolado por alguém, ele nem sabia se por um homem ou uma mulher. Ele estava tão fora de si na hora, mas conseguiram mantê-lo o mais calmo possível até que os paramédicos chegassem e o levassem para o hospital.

Frank foi examinado rapidamente e depois de apenas uma hora estava liberado. Sua cabeça havia sido checada e ele não precisava de pontos, embora houvesse muita preocupação com a localização da ferida. Frank não sabia que ser atingido na têmpora era tão perigoso, os médicos foram muito claros quando disseram que se ele tivesse sido atingido com mais força, poderia ter terminado muito pior. Por assim dizer, ele só precisava de um chumaço de algodão no machucado e poderia esperar por Gerard.

Frank sabia que deveria ligar para Mikey ou Elena, não sabia o número dos pais de Gerard ou se ele falava com eles, mas tinha certeza de que poderia pedir a um médico para pegar o celular de Gerard do bolso dele para poder ligar para alguém. Ele sabia que deveria pedir, mas no final não tinha forças para chamá-los e fazê-los se preocupar, ele só conseguiu chamar a única pessoa que suportava ver naquele momento - Matt.

Matt trouxe Brian com ele para o hospital e os dois sentaram-se com Frank na sala de espera enquanto esperavam ouvir notícias de Gerard. Os dois homens confortaram Frank enquanto ele chorava e tremia, convencidos de que Gerard iria morrer. Matt tinha sido severo, segurando seus ombros e dizendo-lhe firmemente para não assumir nada. Foi difícil para todos, principalmente porque horas haviam passado.

No final, após várias entrevistas policiais nas quais Frank foi delicadamente convidado a contar em detalhes o que havia acontecido, Matt finalmente assumiu a tarefa de ligar para Mikey e Elena. Um médico os procurou na sala de espera para contar como estava Gerard...

"Mmph..." Gerard fechou os olhos por um momento e gemeu, considerando a pergunta de Frank. “Como a morte.” Ele finalmente decidiu, mas quanto mais acordava, mais se lembrava e começou a perceber que tinha sorte de estar sentindo alguma coisa. "Você está bem?"

"Estou bem." Frank riu, seu coração doendo ao saber que Gerard estava com dor, mas não foi uma surpresa. Ele continuou a se inclinar sobre a cama enquanto olhava para ele com o rosto pálido e abafado por toda a preocupação das últimas horas. "Você tem muita sorte, sabia?" Ele perguntou, sua voz saindo como um sussurro quebrado, Gerard o olhou com tristeza.

"Eu imaginei que devia estar." Ele tentou rir, mas no final acabou soando como um gemido de dor. Ele lutou para se sentar mais.

"Ei, ei, fique parado." Frank choramingou instantaneamente, mãos fortes chegaram do outro lado ajudando Gerard a se sentar. O artista pulou de surpresa e virou a cabeça rapidamente para ver quem era, mas suspirou de alívio quando viu que era apenas Matt.

"Você precisa descansar."

"Eu sei, desculpe, eu... obrigado Matt." Gerard suspirou, sorrindo fracamente para ele e vendo pela primeira vez que Brian também estava lá, sentado ao lado da cama. Ele parecia cansado, mas sorriu calorosamente para Gerard e acenou com a mão.

"Ligamos para Mikey." Matt disse, movendo-se para se sentar ao lado de Brian. "E sua avó... Ela vai buscar Mikey na faculdade dele e depois vem direto vê-lo. Elena queria vir imediatamente, mas eu disse que seria melhor se você tivesse um momento para acordar e fazer as coisas primeiro.”

"Jesus…" Gerard gemeu, passando a mão pelos cabelos e sentindo o coração apertar no peito. Ele só podia imaginar o quanto Elena estava em pânico, Mikey também... Ele não queria preocupá-los. Ele não queria preocupar ninguém, mas mesmo em seu estado atordoado, podia ver que todos os três estavam se preocupando muito. Frank parecia doente, Gerard apertou sua mão suavemente onde ele ainda a segurava.

"Você está bem? Você foi atropelado, não foi?” ele choramingou, olhando para a mancha na tempora de Frank, mas a estrela pornô encolheu os ombros, levantando a mão de Gerard o suficiente para poder beijar sua palma suavemente.

"Eu disse que estou bem." Ele sussurrou, não se importando com a própria lesão. Não era nada comparado a de Gerard, ele só queria que ele ficasse bem. "Ele só me bateu... Ele atirou em você." Ele suspirou, sua voz quebrando um pouco, ele olhou para Gerard através das lágrimas que cresciam em seus olhos. "Você consegue se lembrar de tudo?"

“Acho que sim.” Gerard assentiu, mordendo o lábio e tentando reproduzir tudo o que havia acontecido em sua cabeça. Doía pensar e ele realmente não queria nada além de apenas deitar e dormir, mas sabia que precisava ficar acordado, por Frank.

“Lembro de ter levado um tiro e ver Jeph ser atropelado no ônibus... Então não consigo me lembrar de mais nada. Bert está bem?” De repente, Gerard sentiu um pânico percorrer seu corpo, percebendo que Bert não estava ali. Ele não conseguia se lembrar de vê-lo do lado de fora e se perguntou se também havia sido baleado ou atingido pelo ônibus.

"Jesus, ele não... Ele não-"

"Ele está bem, Bert está bem." Frank rapidamente cortou Gerard, beijando a palma uma e outra vez antes de olhá-lo, franzindo a testa ao sentir a raiva pelo loiro passar por seu corpo. Ele estava tentando não pensar muito em Bert, ainda chateado por saber que ele fugiu... Simplesmente os abandonando no meio da rua.

"Eu o vi do outro lado da estrada, ele não se machucou até onde eu sei. Correu para algum beco, não sei onde ele está.”

Por um longo momento, Gerard ficou em silêncio, olhando surpreso para Frank antes de se afundar nos travesseiros nos quais estava apoiado e abaixar o olhar para os joelhos cobertos com um pequeno 'oh'. Ele queria acreditar que Bert não os havia abandonado, mas certamente não podia negar que era isso que parecia. Depois de tudo o que fizeram por ele, depois de levar um tiro por causa de seu ex louco Gerard pensou que ele iria ficar com eles. Ele sabia que eles estavam machucados, ele tinha até tentado levar Bert para longe... Gerard não conseguia entender porque, depois de ver Jeph ser atropelado, Bert não voltou para trás.

"Você tem certeza que ele não se machucou... Alguém tentou segui-lo?" Ele perguntou incerto, não querendo acreditar que Bert os trairia depois de tudo o que tinha acontecido.

"Não. O engraçado é que eu estava ocupado demais tentando cuidar de você.” Frank disse um pouco irritado, Gerard estremeceu com o tom de sua voz. Matt se levantou da cadeira enquanto lançava a Frank um olhar de advertência, mas o mais baixo já tinha percebido seu erro balançando a cabeça para Matt, se desculpando até ele se sentar de volta, olhando para Gerard em seguida.

"Me desculpe, eu só quis dizer... eu estava tão preocupado com você no momento que Bert era a última coisa em minha mente. Sinto muito.” Ele sussurrou, beijando as juntas de Gerard, mas o mais velho apenas balançou a cabeça e se desculpou também.

"Eu sei, me desculpe também, foi uma pergunta estúpida." Ele suspirou, fechando os olhos por um momento e passando a mão sobre eles enquanto sua cabeça parecia flutuar. Ele se sentiu péssimo, mas não queria que ninguém mais se preocupasse com ele. Pelo menos ele estava acordado. Ele sabia que havia levado um tiro de raspão, mas, apesar da dor imensa, não era suficiente para distraí-lo das outras dores em todo o corpo. "Então uh… quanto tempo fiquei apagado?"

“Cerca de seis horas.” Frank suspirou, Gerard estremeceu e soltou um longo suspiro. Parte dele ficou surpreso por ter ficado inconsciente por tanto tempo, embora pensasse que poderia ter sido pior.

"Os médicos tiveram que te apagar por um tempo... Você perdeu muito sangue, quase um litro e entrou em choque." Frank respirou fundo ao sentir o nó na garganta piorar. Ele lutou para manter a voz nivelada e não chorar, mas ainda estava emocionado depois de toda a preocupação que tinha passado. "Felizmente, a bala não atingiu nenhum osso ou órgão, foi raspão. Mas se tivesse acertado, você certamente tinha morrido, pensamos que íamos te perder.”

"Tudo bem Frank.” Matt disse gentilmente, sentindo que o mais novo estava se exaltando novamente, com as lágrimas começando a derramar em seu rosto. Ele se levantou e ficou ao seu lado, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. Gerard sentiu a culpa percorrê-lo por fazer Frank chorar e segurou sua mão com mais força, olhando-o com os olhos cheios de desculpas.

"Eu sinto muito…"

"Deus, pelo que você está se desculpando?" Frank zombou, enxugando os olhos com a mão livre e até conseguindo rir um pouco. "Não é sua culpa. Estou só... Porra, estou tão feliz que você esteja bem.” Ele disse trêmulo, Gerard assentiu e hesitou um momento antes de abrir os braços. Ele não tinha certeza se abraçá-lo iria machucá-lo, mas não conseguiu não fazê-lo.

Frank olhou para os braços abertos de Gerard e soltou um pequeno suspiro antes de se inclinar para frente e abraçá-lo. Ele se forçou a ser delicado, embora o desejo de agarrar Gerard e apenas esmagá-lo contra o peito fosse forte. Ele o abraçou com força e beijou sua bochecha, sussurrando o quanto estava assustado em seu ouvido e choramingando sobre o quanto o amava. Ele havia dito a si mesmo que não ia fazer isso, mas simplesmente não conseguiu conter as palavras.

"Juro por Deus que se você tivesse morrido, não sei o que teria feito. Eu estava com tanto medo Gee, eu pensei que ia te perder e eu... eu estava com tanto medo. Estou tão feliz que você está bem, eu te amo muito. Por Deus, tanto. Preciso de você Gee, não posso te perder, simplesmente não posso.”

"Shh, está tudo bem. Eu sei... eu sei.” Gerard suspirou, acariciando gentilmente as costas de Frank e fechando os olhos enquanto o segurava. Ele ouviu Frank chorando baixinho, mas não se importou, mas conseguiu conter as próprias lágrimas. Ele supôs que parte dele ainda estava tentando entender o que havia acontecido, mas sentir o corpo quente de Frank em seus braços o estava acalmando mais do que qualquer coisa.

"Eu também te amo okay... tanto..."

Matt sorriu tristemente quando olhou para os dois homens e se moveu para voltar a se sentar ao lado de Brian. Eles ficaram em silêncio, deixando que eles tivessem seu momento, embora Matt sorrisse confortavelmente para o parceiro, estendendo a mão para segurar a de Brian e enlaçar seus dedos. Os dois homens ficaram chocados ao saber do que havia acontecido e ainda estavam pensando em tudo o que Frank lhes contou. Eles tinham tanto medo de perder Gerard quanto Frank, mas entenderam que naquele momento Frank e Gerard só precisavam ser consolados um pelo outro.

Quando Frank finalmente se afastou, pressionou os lábios suavemente nos de Gerard e os dois relaxaram no beijo por um momento. Era incrível sentir os lábios um do outro, Gerard segurou fracamente os ombros de Frank enquanto ainda se beijavam por um minuto antes de Frank se afastar lentamente. A essa altura, suas lágrimas haviam parado e ele estava se acalmando.

"Eu... falei com a polícia." Ele suspirou, sentindo-se esgotado, como se só quisesse dormir, enquanto se sentava lentamente na beirada da cama do hospital, mantendo as mãos nas de Gerard. Ele sabia que o mais velho provavelmente estava exausto demais para querer falar sobre isso, mas era importante que Frank falasse agora.

"Eu não contei a eles toda a verdade..."

"Tudo bem." Gerard suspirou, ele não estava surpreso. Ele nem considerou que a polícia estaria envolvida, mas sabia que precisava saber a história de Frank para que ela correspondesse quando, sem dúvida, viessem falar com ele. "O que você disse?"

Frank olhou para Matt e Brian, mordendo o lábio. Embora eles já soubessem a verdade do que havia acontecido e também soubessem a versão dos eventos que Frank havia dito à polícia, ele ainda se sentia envergonhado de falar perto deles. Ele apenas sentiu vergonha do fato de ter mentido para a polícia, mas também sabia que foi necessário.

“Bem, obviamente eles foram chamados porque você foi baleado, e por causa do ônibus e tudo mais, mas nenhuma das testemunhas sabia nada além de que Jeph havia saído correndo para a estrada.” Ele o olhou com olhos cansados, mas atentos. “Eu disse que Jeph estava no apartamento quando chegamos em casa, mas que não sabíamos quem ele era. Eu disse que esquecemos de trancar a porta e que ele deve ter entrado lá no momento em que voltamos porque ainda não havia pegado nada. Eu disse que pensávamos que ele era um ladrão e que você gritou para ele sair e que, quando ele nos viu, entrou em pânico e sacou a arma.”

“Você disse que Bert estava conosco?” Gerard perguntou suavemente, imaginando se alguma das testemunhas na rua tinha visto Jeph perseguindo Bert e sabendo que, se o tivessem, Frank precisaria incluí-lo na história.

"Bem... eu o mencionei, mas não disse que o conhecíamos." Frank respondeu calmamente, mordendo o lábio enquanto esperava que estivesse tudo bem. Ele não queria contar sobre a afiliação com Bert, caso isso causasse muitos outros dramas. Ele não confiava mais no loiro e não queria contar à polícia sobre cuidar dele desde então, ele precisaria dar um motivo, sem incluir Jeph, e ele simplesmente não conseguiu pensar.

“Eu disse que, quando Jeph pegou a arma, você tentou acalmá-lo e argumentar, mas que eu entrei em pânico e saí correndo pela porta. Eu disse que vi Bert no corredor, apenas andando e que o agarrei e implorei por ajuda. No momento seguinte você estava correndo pela porta e Jeph atirou no momento em que passava por ela. O resto eu mantive na maior parte como aconteceu... Que eu, você e Bert, corremos para baixo e que eu te puxei para trás da escada para nos esconder, mas Bert não. Eu disse que quando chegamos ao lado de fora Jeph já estava na estrada e que não vi para onde Bert foi.”

"Bom..." Gerard assentiu, concordando e decidindo que a história parecia crível. "Parece bom, Frankie." Ele suspirou, sentindo-se tão incrivelmente drenado. Ele fechou os olhos novamente por um momento, segurando frouxamente as mãos de Frank. "Vou garantir que minha história seja igual... Você sabe o que aconteceu com Jeph?" Ele perguntou em voz baixa, Frank assentiu enquanto o olhava preocupado.

"Sim, ele foi declarado morto no local." Disse gentilmente, os olhos de Gerard se abriram novamente para que pudesse olhar para Frank com uma leve surpresa.

"Wow! Sério?"

"Uhum." Frank assentiu, mordendo o lábio enquanto se inclinava um pouco mais perto de Gerard, beijando sua testa com ternura. "O ônibus estava a apenas 50 quilômetros por hora, mas... Bem, ainda era um ônibus." Ele deu de ombros, sorrindo fracamente para Gerard. "Ouvi algo sobre trauma na cabeça, então acho que foi o que o matou especificamente. Mas ei, pelo menos ele está morto, certo?” Ele perguntou em voz baixa, sem saber se isso era uma coisa sem coração de dizer ou não. Afinal de contas Jeph era uma pessoa e morte raramente era uma coisa positiva, mas ele quase matou Gerard…

"Bem, acho que é bom que não tenhamos que nos preocupar mais com ele." Gerard assentiu, mordendo o lábio e desviando o olhar de Frank por um momento enquanto pensava nisso. No fundo ele estava feliz por Jeph estar morto e esperava que Bert também soubesse para que não precisasse mais se preocupar. Mas pensar em Bert apenas o fez se sentir ainda mais triste... Ele não podia acreditar que ele tinha fugido.

"Então, alguma notícia de quando podemos sair daqui?"

"Não por mais alguns dias, Sr. Way.” Uma voz do outro lado do quarto respondeu à pergunta de Gerard, ele pulou de surpresa, olhando para a médica que estava entrando. Ela estava carregando uma prancheta e sorriu calorosamente para os quatro homens quando fechou a porta atrás de si. "Embora seja bom vê-lo acordado, estávamos preocupados que levaria alguns dias para você recuperar a consciência."

Gerard olhou inexpressivo para a médica, os lábios levemente entreabertos. Ela estava checando as máquinas ao lado da cama, anotando coisas na prancheta com uma expressão séria. Todos ficaram em silêncio, esperando o veredicto. Quando ela finalmente se virou para Gerard, estava sorrindo de novo, com os olhos brilhantes e gentis.

"Eu sou a doutora Bennet. Eu estava com a equipe de cirurgiões que te tratou hoje mais cedo. Imagino que seus amigos aqui tenham te contado o que aconteceu?”

“Bem... o básico. Eu sei que a ferida foi...” Gerard franziu a testa, tentando se lembrar de como Frank havia dito. "Raspão?"

“Isso mesmo.” Bennet assentiu, virando uma página sobre a prancheta e sorrindo para Gerard. “Você perdeu uma quantidade substancial de sangue, mas não o suficiente para ter que fazer uma transfusão. Colocamos você no soro até conseguir se recuperar. Deve demorar apenas alguns dias.” Ela assegurou, tocando um pequeno tubo que foi inserido nas costas da mão dele, preso a um saco de líquido pendurado ao lado da cama. “Você vai se sentir muito cansado por algumas semanas, imagino, enquanto seu corpo volta ao normal novamente e também precisará de analgésicos para o ferimento por um mês, pelo menos, mas podemos explicar tudo certinho quando você tiver alta."

"Ok." Gerard murmurou, tentando entender quando tudo que ele realmente queria era dormir.

"Há também um policial do lado de fora que está ansioso para conversar com você o mais rápido possível. Você se sente a vontade agora ou prefere que ele volte amanhã?” Bennet perguntou, com o sorriso e olhos brilhantes. Gerard resistiu à vontade de gemer e enterrar o rosto no travesseiro enquanto Frank fazia uma careta.

"Diga a ele para voltar amanhã, ele precisa descansar." Frank disse com firmeza, um pouco irritado que a médica sequer pensasse em deixar Gerard ser interrogado agora, mas Gerard suspirou e balançou a cabeça, acenando com a mão.

"Não, não, está tudo bem. Vou falar com ele agora, manda entrar.” Ele decidiu, Frank o olhou, mas não protestou.

"Como quiser." Dra. Bennet sorriu, acenando com a cabeça e depois sorriu para cada um deles antes de se virar e sair. Frank suspirou e olhou para Gerard, apertando sua mão suavemente e franzindo o cenho, embora seus olhos ainda estivessem preocupados.

"Eu gostaria que você apenas descansasse." Ele murmurou, Gerard encontrou seu olhar, rindo um pouco.

"Eu quero tirar isso do caminho." Ele deu de ombros, levando a mão de Frank aos lábios para poder beijar. "Quando tudo estiver resolvido, posso descansar o quanto quiser." Ele falou, Frank franziu os lábios, mas não argumentou, supondo que Gerard estivesse certo. Além disso, não podia ficar bravo quando estava tão feliz em vê-lo vivo.

Os dois então ficaram em silêncio, apenas olhando um para o outro. Frank suspirou e lentamente abaixou a cabeça quando sentiu seu coração perder uma batida. Ele era tão apaixonado que chegava a ser ridículo, ele só queria que Gerard estivesse forte o suficiente para lidar com ele mergulhando nele para lhe beijar. Ele queria sair daquele maldito hospital e apenas ficar com seu amante, levá-lo para casa, cuidar dele e esquecer todo mundo por um tempo. Ele não iria trabalhar, com certeza não deixaria Gerard trabalhar, eles poderiam apenas ficar juntos…

"Sr. Way?" Frank foi tirado de seus devaneios por uma voz masculina suave, quando olhou para cima, havia um policial na porta, alguém diferente de quem havia conversado, mas ele parecia bastante agradável. Ele estava sorrindo gentilmente para Gerard quando se aproximou da cama, um caderno e caneta já em mãos. "Eu sou o policial Neil. Só preciso fazer algumas perguntas, tudo bem?"

"Claro." Gerard suspirou, gesticulando para que o policial se sentasse na última cadeira disponível do lado oposto da cama que estava Matt e Brian. O policial Neil sorriu e agradeceu o artista, sentando no lugar indicado, imediatamente voltando o olhar para os outros homens na sala.

"Receio que terei que pedir que seus amigos saiam." Ele disse se desculpando, Frank imediatamente franziu o cenho e enrijeceu o corpo, preparado para lutar contra o sujeito. "É só que, este é um assunto muito sério, como tenho certeza que você entende, e preciso pegar seu depoimento sozinho.” Neil dirigiu seu discurso a Gerard, ignorando casualmente como Frank estava silenciosamente fervilhando com os punhos cerrados a um passo dele.

Gerard olhou para Brian e Matt, que assentiram e se levantaram sem protestar. Eles sorriram confortavelmente para o artista antes de desaparecerem silenciosamente, mas Frank não se mexeu. Gerard não pôde deixar de rir um pouco, apertando a mão do namorado suavemente para que olhasse para ele.

"Você ouviu o homem, vai lá." Ele disse brincando, Frank o olhou, resistindo à vontade de rosnar para o policial.

"Eu não vou a lugar nenhum sem você." Ele disse fortemente, Neil abriu a boca para falar, mas Gerard o cortou.

"Só vai demorar um pouco, Frankie, eu ficarei bem. Não vou a lugar nenhum." Ele assegurou, mantendo seu olhar, sorrindo confortavelmente enquanto Frank o encarava. A princípio, o mais baixo ficou mais tenso, mas depois gemeu e relaxou, assentindo com uma careta.

"Ok! Vou esperar lá fora." Ele resmungou, inclinando-se para beijar rapidamente os lábios de Gerard antes de pular da cama e caminhar até a porta, olhando ameaçadoramente para Neil o tempo todo antes de desaparecer devagar, relutantemente fechando a porta atrás de si. Gerard reprimiu um sorriso e olhou para o policial que estava rindo baixinho.

"Protetor, né?" Ele sorriu, Gerard riu baixinho enquanto assentia.

"Sim, ele pode ser bastante." Ele concordou, sentindo-se relaxado, apesar de seu corpo ainda doer. A dor em seu lado estava gradualmente piorando. Ele fez o possível para esquecer, querendo se concentrar enquanto Neil fazia as perguntas.

Do lado de fora do quarto, Frank estava ansiosamente andando pelo corredor, odiando ficar longe de Gerard. Mesmo sabendo que estava sendo ridículo e que o mais velho estava perfeitamente bem, ele só queria estar também, segurando sua mão e certificando-se de que estava realmente bem. Na sua frente, Matt sorriu e revirou os olhos com carinho, agarrando Frank pelo pulso para fazê-lo parar de andar.

"Calma cara, Jesus, ele está bem." Ele zombou, Frank o olhou bravo, embora seus olhos mostrassem outro sentimento.

"Eu sei disso." Ele disse um pouco nervoso, mordendo o lábio e olhando para a porta. "Eu só me preocupo com ele..." Ele suspirou, sentindo novamente o estômago doendo do mesmo jeito que sentiu quando estava correndo pelo prédio e virou para ver que Gerard tinha levado um tiro. "Não sei o que faria se algo acontecesse com ele..."

"Nada vai acontecer. Ele está com um policial, está seguro." Matt disse gentilmente, mas com firmeza, afastando Frank da porta para que ele parasse de encará-la. "Aquele atirador está morto e vocês dois estão perfeitamente bem. Vão para casa juntos em alguns dias e tudo ficará bem. Okay?"

"Okay." Frank assentiu, concordando com um pequeno beicinho, embora não pudesse deixar de sorrir e empurrar Matt suavemente depois de um momento. "Obrigado."

"Não precisa agradecer. Agora vamos lá, estou morrendo de vontade de tomar um café. Também podemos caçar um pouco de comida enquanto Gee está ocupado." Ele riu, pegando a mão de Brian e guiando Frank junto com a outra enquanto andava pelo corredor para achar a cafeteria do hospital.

x

Quando Gerard terminou de falar com a polícia, ele estava se sentindo exausto novamente, Frank simplesmente voltou ao quarto e sentou-se ao lado da cama enquanto observava seu amado adormecer. A doutora Bennet voltou para verificar Gerard novamente e garantiu a Frank que todos os seus sinais vitais estavam estáveis e só o manteriam por precaução e para administrar morfina e soro. Frank confiava no julgamento dela, mas ainda assim continuou acordado para poder ficar de olho em Gerard e apenas se certificar de que estava realmente bem.

Matt e Brian foram embora tarde da noite. Eles se ofereceram para ficar, mas não havia camas e, tecnicamente, nenhum visitante tinha permissão para passar a noite, e como Frank já estava lá, eles não queriam abusar da sorte. Prometeram voltar pela manhã e, em seguida, Frank ficou sem nada para fazer além de assistir Gerard dormindo.

Enquanto a noite passava, Frank se viu pensando muito... Pensando sobre o relacionamento deles e seu trabalho, sobre o tempo que passaram juntos e as restrições que ele lhes impunha. Ele sabia que Gerard estava bem com o fato dele ser ator pornô e que quando tudo terminasse e eles estivessem vivendo suas vidas normais novamente, seria de se esperar que Frank continuasse fazendo seus vídeos e tudo ficaria bem. Eles poderiam até fazer o teste para poder começar a fazer sexo sem camisinha, algo que Frank agora estava especialmente ansioso para tentar considerando tudo o que havia acontecido. Ele não queria perder Gerard, ou mesmo morrer, sem ter essa proximidade perfeita. Ele o amava mais do que tudo e queria provar isso.

Ele lembrou de quando se encontraram com Elena no restaurante, como disseram a ela que Frank trabalhava em uma loja de guitarras. Parecia perfeitamente plausível na sua visão. Ele adorava guitarras e podia tocar muito bem. Na verdade, ele sempre sonhou em ser músico e não tinha mais certeza de como acabou na indústria do entretenimento adulto. Ele queria fazer música, não pornô. Porém, sabia agora que aquele navio já havia partido, ele sonhava em ser famoso, mas agora que tinha experimentado a fama, ficou com um gosto amargo na boca.

Frank sabia que, se por alguma sorte conseguisse se tornar famoso pela música, seus 'fãs' descobririam seus vídeos antigos e isso se tornaria um enorme escândalo. Ele imaginou que poderia se arriscar, mas não sentia a mesma paixão por fazer música como costumava. Ele ainda amava a ideia de tocar guitarra e fazer suas próprias músicas, mas mais por si mesmo do que por outras pessoas. E se trabalhasse em uma loja, poderia fazer isso. Ele poderia tocar sempre que tivesse um momento livre, talvez até ensinar algumas crianças. Ele poderia fazer alguns dos instrumentos também, ele tinha certeza de que seria capaz de fabricar, ele sempre foi um cara prendado. De fato, quanto mais Frank pensava sobre isso, mais a ideia o atraía.

Ele poderia deixar o emprego amanhã se quisesse e montar sua própria loja. Seus vídeos lhe renderam dinheiro suficiente para que isso fosse perfeitamente possível. Claro que seria uma aposta se a loja daria certo ou não, mas Frank tinha certeza de que, se Gerard o apoiasse, poderia fazê-lo. Ele poderia fazer qualquer coisa com Gerard ao seu lado…

Frank então olhou para seu amante, sorrindo para si mesmo e acariciando suavemente o polegar nas costas da mão de Gerard. Ele parecia em paz... satisfeito. Ele não parecia estar com dor, na verdade, parecia estar sonhando docemente e isso ajudou Frank a relaxar. Ele se moveu até se aconchegar na poltrona em que estava sentado, enfiando as pernas embaixo de si mesmo e depois descansando a cabeça na cama. Ele olhou para Gerard o máximo que pôde antes que a exaustão começasse a se instalar até não conseguir ficar de olhos abertos.

Finalmente, quase vinte e quatro horas após os tiros, Frank conseguiu dormir um pouco.

x

"Vovó, sério, você não precisa fazer isso." Gerard gemeu, rindo levemente enquanto Elena voava pelo apartamento, espanando as superfícies e dando ordens em Mikey. O Way mais jovem foi forçado a esfregar o chão da cozinha, depois aspirar a sala e o quarto para Frank e Gerard enquanto o casal foi deixado sentado no sofá juntos sem fazer nada além de levantar os pés enquanto ele passava o aspirador.

"Oh bobagem, estou feliz em ajudar" Elena sorriu, borrifando spray em todos os lugares, fazendo todo o lugar cheirar a limão, em vez do cheiro velho e empoeirado que adquiriu enquanto estavam fora. Gerard ficou hospedado na casa de Elena pelos últimos quatro meses, curando-se lentamente e indo para o trabalho de lá, quando se sentia forte o suficiente. Houve alguns dias difíceis em que teve que ligar dizendo que não estava se sentindo bem e trabalhar de casa, mas no geral estava se sentindo bem. Frank ficou com ele nas primeiras duas semanas e depois ia visitá-lo todos os dias ou o máximo que conseguia pelos meses seguintes. Mikey estava de volta à faculdade, mas agora que estava de férias com o Natal se aproximando, concordou relutantemente em ajudar a limpar o apartamento de Gerard com Elena, agora que ele havia retornado.

Gerard esperava voltar para casa dois meses atrás, mas Elena tinha sido superprotetora e insistiu para que ele ficasse pelo tempo que pudesse suportar. Deu certo para Frank já que a casa de Elena ficava mais perto de seu apartamento, apenas um pequeno lugar barato que ele ficava quando não estava nos 'negócios'. Recentemente, ele estava sempre lá, trabalhando para conseguir montar sua própria loja, fazendo apenas algumas sessões de fotos e vídeos solo quando precisava de um pouco de dinheiro extra.

"Obrigado por fazer isso." Gerard suspirou, sorrindo para Mikey, que riu e deu de ombros.

"Não precisa agradecer, você pode limpar minha casa quando eu tiver uma." Ele sorriu, empurrando Gerard levemente antes de guardar o aspirador de volta no armário de onde o tirou, Gerard riu e se aproximou de Frank.

Ele estava planejando ir de manhã dar uma olhada na loja de Frank, que agora estava totalmente montada e funcionando há duas semanas. Gerard mal podia esperar para vê-lo, ele estava ansioso para ajudá-lo, mas Frank estava determinado a fazer tudo por conta própria. Além disso, o ferimento de Gerard ainda doía às vezes quando ele fazia algum trabalho pesado, mas Frank sabia que o artista não gostava de admitir isso.

O Natal ia ser em apenas duas semanas, Elena ficou muito decepcionada porque Gerard não continuaria com ela, mas o artista estava ficando louco longe de sua própria casa. Ele e Frank ainda passariam o dia de Natal na casa de Elena, mas Gerard mal podia esperar para decorar seu próprio apartamento e realmente conseguir fazer sexo com Frank sem ter que se preocupar se sua avó ouvia. Ter que esgueirar-se silenciosamente para o quarto um do outro como um casal de adolescentes excitados se escondendo dos pais tinha sido emocionante no começo, mas agora era apenas irritante.

Frank olhou para Gerard quando eles se sentaram juntos, sorrindo quando seus olhos se encontraram. Parecia que os dois só tinham uma coisa em mente agora que estavam de volta ao apartamento de Gerard e lutavam para manter a cara séria enquanto esperavam que Elena e Mikey terminassem sua farra de limpeza.

Uma vez que o apartamento foi limpo de cima a baixo, Elena finalmente ficou satisfeita e sorriu enquanto se dirigia para a cozinha para fazer o jantar. Eles haviam comprado algumas coisas no caminho de casa, Elena até pagou por tudo, fazendo Gerard se sentir uma criança ou algo assim. Ele não se importava que ela gostasse tanto dele, mas desejava que parasse. Sua ferida estava boa agora, era apenas uma cicatriz rosa agora e logo ficaria quase invisível e então seria esquecida. Ele passava dia após dia sem problemas, doía de vez em quando, mas o hospital havia assegurado que ficaria cada vez melhor. Nunca pararia de lhe dar problemas, esse era apenas o preço a pagar após levar um tiro. Mas Gerard certamente não precisava ser tratado como um bebê.

"Vovó, deixe-me ajudar." Ele chamou, levantando-se para ajudar Elena na cozinha, mas ela zombou e balançou a cabeça enquanto amarrava um avental na cintura.

"Absolutamente não!" Ela repreendeu, apontando uma colher de pau para Gerard. "Sente-se e converse com seu irmão, não preciso de ajuda." Ela disse severamente, Gerard gemeu, indo reclamar, mas de repente Frank passou por ele, praticamente pulando na cozinha enquanto pegava um segundo avental do fogão.

“Deixe-me ajudá-la, Elena! Eu amo cozinhar." Ele sorriu, seus olhos brilhantes impossíveis de resistir, Elena se derreteu instantaneamente, rindo e sorrindo enquanto balançava a cabeça.

"Oh Frankie, você realmente não precisa." Ela riu, embora não o impedisse de vestir o avental e pegar todos os legumes, pronto para começar a picar. Gerard fez uma careta e revirou os olhos, ainda parado na porta, mas Elena e Frank o ignoraram.

"Vovó, eu quero ajudar." Ele choramingou, odiando vê-la fazendo tudo, mas Elena apenas zombou olhando para ele.

"Gerard, pelo amor de Deus, não vou pedir novamente. Vá e sente-se com seu irmão.” Ela ordenou, Gerard franziu a testa e cruzou os braços bufando enquanto Frank ria baixinho.

"Você está deixando Frank ajudar."

"Gerard!" Elena estalou, batendo a colher e se virando para encará-lo com as mãos nos quadris. Era um olhar que Gerard e Mikey haviam recebido muitas vezes quando crianças, quando estavam aprontando e, por instinto, Gerard saiu correndo da cozinha para se sentar ao lado de Mikey no sofá. Elena sorriu e voltou a cozinhar com um sorriso presunçoso, Frank ainda ria baixinho para si mesmo. Sem Gerard saber, eles se entreolharam e rapidamente bateram as mãos.

Gerard suspirou e fez beicinho, olhando para Mikey e compartilhando um olhar perplexo antes de darem de ombros, virando para a TV. Mikey havia colocado um filme e então eles se sentaram em silêncio, fazendo comentários de vez em quando, mas na maior parte do tempo apenas se sentaram confortavelmente. Quando Frank olhou para eles da cozinha, não pôde deixar de sorrir. Ele sabia que os irmãos eram próximos e adorava vê-los passar algum tempo juntos.

Quando Elena e Frank terminaram de cozinhar, todos se sentaram juntos na pequena mesa da cozinha, rindo e conversando enquanto comiam. Elena serviu bastante vinho para todos, exceto Mikey, que tinha a tarefa de levá-la para casa, já que ficaria lá com ela. Mesmo assim, brincou com todos eles, rindo enquanto contava para Frank histórias da infância deles, tendo como missão embaraçar Gerard o máximo que pudesse.

“Lembro quando tínhamos tipo, seis anos ou algo assim, fomos visitar a vó na padaria que ela trabalhava, certo? E... Oh Deus…” Mikey começou a rir para si mesmo enquanto Frank sorria, Gerard gemeu ao perceber  onde aquilo estava indo.

"Mikey, cale a boca e coma seu jantar." Ele rosnou, mas Frank sorriu.

"Não, não, continue Mikey, acho que preciso ouvir isso." Ele sorriu, Mikey assentiu e se virou para Frank, respirando fundo para acalmar sua risada.

"Bem. Nesta padaria, tinha um cara novo que nunca tínhamos visto antes. Ele era bem legal, gostava de histórias em quadrinhos e outras coisas... ”

"E era totalmente lindo." Elena acrescentou, suspirando enquanto rodava o vinho no copo e sorria melancolicamente para o teto. “Alto, magro e bonito. Ele tinha cabelos escuros e olhos verdes deslumbrantes, oh Frankie, você o teria amado.” Ela ronronou, Frank riu quando Gerard lentamente ficou mais vermelho. Mikey sorriu maliciosamente.

"Bem, Gerard certamente amou." Ele falou devagar, fazendo o mais velho chutá-lo com força debaixo da mesa, mas Mikey apenas riu alto junto com Frank. “Deus, foi hilário! Esse cara estava nos dando biscoitos recém-assados e nos contando sobre super heróis e outras coisas, apenas sendo legal, sabe? E Gerard passou o tempo todo olhando para ele com aqueles olhos bobos. Ele deve ter deixado o coitado tão desconfortável.” Mikey bufou, ainda rindo enquanto tomava um gole de sua bebida. Gerard gemeu.

"Foi a primeira vez que comecei a suspeitar que ele poderia ser gay." Elena piscou para Frank antes de sorrir calorosamente para Gerard. "Isso e o fato de ele gostar tanto de estola de penas".

"Ok, podemos parar de falar de mim agora." Gerard gemeu, fazendo beicinho, mas seus olhos brilhavam com vida quando Frank riu e o empurrou gentilmente. “Eu não estava com olhos bobos. Eu tinha seis anos tá, não estava atraído por ninguém, só me importava com os super-heróis."

"E com estola de penas." Mikey acrescentou, fazendo Frank cair na gargalhada novamente. Gerard gemeu, rindo um pouco quando empurrou Frank e balançou a cabeça.

"Eu odeio todos vocês, espero que saibam disso." Ele sorriu, Elena riu quando Frank e Mikey se abraçaram através do riso. Para Elena, a imagem era perfeita demais... Ver Gerard tão desesperadamente apaixonado por um homem tão maravilhoso, poder sentar-se com os dois e compartilhar uma refeição com eles e Mikey e rir. Ela não tinha dúvida de que Gerard e Frank eram perfeitos um para o outro e realmente acreditava que os dois ficariam juntos por muito tempo.

Depois que terminaram a refeição, os quatro conversaram por mais algumas horas e logo depois Elena e Mikey finalmente se despediram. Elena abraçou Frank e Gerard com força por um longo tempo, beijando as bochechas e sorrindo enquanto se despedia, lembrando-os para estarem prontos cedo no Natal para poder abrir os presentes antes do jantar. Gerard riu e prometeu, sorrindo enquanto também abraçava Mikey rapidamente. Gerard esperou até que eles desaparecessem pelo corredor antes de fechar a porta lentamente.

"Bom, foi uma noite agradável." Ele comentou enquanto se virava, sorrindo quando viu que Frank havia se jogado no sofá, sorrindo maliciosamente.

"Humm... foi mesmo..." Ele ronronou, sorrindo enquanto Gerard sorria e caminhava até ele. "Eu pensei que eles nunca iriam embora. Estava morrendo de vontade de ficar sozinho com você o dia todo.” Ele suspirou dramaticamente, sentando quando Gerard se juntou no sofá ao seu lado, rapidamente virando-se e jogando-se no colo dele. "Oi amor..."

"Oi." Gerard riu baixinho, apoiando as mãos na cintura de Frank, onde estava montado em seu colo. “Pra que você queria ficar sozinho comigo, hein?" Ele perguntou de brincadeira, suspirando e fechando os olhos quando Frank se inclinou para frente para começar a beijar suavemente seu pescoço. "Oh..."

"Adivinhe o que chegou no correio hoje..." Frank ronronou, sua voz baixa e sedutora enquanto beijava o ouvido de Gerard, começando a mordiscar o lóbulo.

"Hum... o que?" Gerard perguntou suavemente, sorrindo enquanto a respiração de Frank fazia cócegas em seu pescoço, fazendo-o tremer um pouco. Seu corpo já começou a aquecer quando antecipou o que estava por vir. Deus, seria tão bom poder fazer o que quisessem, sem ter que se preocupar se alguém fosse ouvi-los.

"Sabe os testes que fizemos?" Frank ronronou, ainda beijando suavemente enquanto se referia a um exame completo contra DST que os dois haviam feito juntos apenas algumas semanas antes. Embora Frank não precisasse mais fazer por ter deixado seu emprego, ele falou a Gerard que achava justo que provassem um ao outro que estavam limpos, apesar de já saberem que estavam, aí poderiam assumir um compromisso real um com o outro.

“Hum... Eles voltaram?" Gerard sorriu. Nem um pouco nervoso, pois já sabia que nenhum deles tinha nada. Frank sorriu e assentiu, afastando-se de onde ainda estava beijando o pescoço dele para olhá-lo.

“Uhuh. Nós estamos limpos." Ele sorriu. É claro que ele sabia que esse seria o caso, mas ainda era bom ver em papel, ainda era bom saber que ele e Gerard poderiam fazer sem camisinha e que seria perfeitamente seguro. O próprio pensamento foi suficiente para deixar Frank duro. "Agora eu posso fazer o que eu quiser com você..."

"Hum… tipo sexo no banho?" Gerard sorriu de brincadeira, rindo quando Frank assentiu e se inclinou para frente para encontrá-lo em um beijo suave.

"Hum… como sexo no banho." Ele assentiu, beijando Gerard gentilmente e sorrindo contra seus lábios.

Não demorou muito para que os dois se perdessem nos beijos suaves um do outro, os toques leves no início, mas lentamente mais apaixonados com o passar dos minutos. Nenhum dos dois estava com pressa, eles estavam esperando por esse dia há meses e queriam aproveitar e saborear cada segundo.

Gerard suspirou e passou os braços com mais força ao redor de Frank, puxando seu corpo contra o dele até que não houvesse espaço entre os dois. Frank enroscou as mãos nos cabelos de Gerard e o segurou com firmeza, mas sem puxar muito, sorrindo enquanto o beijava longo, lento e profundo.

"Hum..." Gerard suspirou, arqueando sob o toque de Frank, simplesmente se sentindo incrível. Fazia muito tempo que eles puderam fazer isso sem se preocupar com nada. Ele sorriu enquanto movia os lábios contra os de Frank, as línguas entrelaçadas por momentos antes de recuarem. Gerard chupou o lábio inferior de Frank e depois o mordiscou, rindo baixinho antes de interromper o beijo para poder enfiar os lábios na base da garganta de Frank, beijando-o.

"Oh..." Frank suspirou, fechando os olhos e inclinando a cabeça para trás enquanto Gerard beijava embaixo do seu queixo e depois sobre ele, beijando todo o caminho de volta aos lábios antes de se encontrarem em outro beijo mais quente.

Por um longo tempo, os dois mantiveram as mãos acima do cinto, apenas se beijando até sentirem os lábios inchados e a respiração pesada. Frank tinha começado a empurrar seus quadris contra os de Gerard, batendo com força contra ele enquanto suas ereções se esticavam dentro das calças. Os dois não resistiram mais. Frank rosnou ao deslizar do colo de Gerard para puxar o mais velho com ele.

"Quarto." Ele ofegou contra seus lábios, Gerard assentiu e continuou a beijar Frank enquanto se mexiam e tropeçavam para o quarto que Mikey havia limpado. A cama estava recém-arrumada e perfeita, mas logo os travesseiros foram chutados para longe quando os homens caíram sobre ela e começaram a se rolar. Eles riram sem fôlego enquanto tentavam desajeitadamente arrancar as roupas sem interromper muito o beijo, com os braços presos nas mangas e as pernas nos jeans até que finalmente estavam ambos nus na cama.

"Ugh, graças a Deus." Frank gemeu, rindo baixinho quando se deitou em cima de Gerard e prendeu os pulsos dele acima da cabeça para poder se inclinar e beijá-lo ferozmente. Gerard gemeu e ergueu os quadris, buscando desesperadamente alguma fricção contra sua ereção.

Nos poucos meses que ficaram na casa de Elena, sempre que ele e Frank conseguiam ficar juntos, costumavam compartilhar apenas algumas punhetas ou boquetes, nas poucas vezes que fizeram sexo, Gerard continuava passivo e agora havia perdido todo o medo. Ele descobriu que realmente preferia desse jeito, exatamente como Frank havia previsto.

"Hum… Hum..." Gerard gemeu, permitindo que Frank devastasse sua boca. Ambos estavam dolorosamente duros, Gerard estava ansioso para sentir Frank inteiro o mais rápido possível. “Porra... Frankie, baby, eu te quero tanto... Por favor..." Ele murmurou, puxando suavemente os cabelos de Frank e deslizando uma mão pelo seu corpo para agarrar sua bunda, puxando-o mais perto enquanto se esfregavam um contra o outro. Frank gemeu na boca de Gerard e chupou com força o lábio inferior antes de se afastar.

"Porra, eu também." Ele ofegou, empurrando os quadris para esfregar seu pênis em Gerard antes de se forçar a parar para se inclinar e pegar o lubrificante na gaveta ao lado da cama. Seus dedos roçaram em alguns pequenos pacotes quadrados e ele sorriu, sabendo que não precisam mais deles.

"Hum… Gee, mal posso esperar para sentir você todinho." Frank gemeu, voltando a olhar para seu amante, beijando-o apaixonadamente quando abriu a tampa do lubrificante e começou a colocar nos dedos. Gerard gemeu e assentiu, abrindo as pernas como um convite enquanto passava as mãos por Frank.

Frank beijou Gerard novamente por um longo momento antes de começar a arrastar os beijos para baixo, começando logo abaixo da orelha, sugando e mordiscando o caminho até o peito, mamilos e depois barriga. O tempo todo Gerard tremeu de antecipação, gemendo baixinho e choramingando enquanto seu pau latejava e doía.

“Hum... Deus, parece que não fazemos isso há séculos." Frank gemeu, mordiscando as coxas de Gerard enquanto esperava o mais velho colocar um travesseiro na parte inferior das costas para ajudar a levantar a bunda, para então Frank começar a esfregar suavemente as pontas dos dedos entre suas nádegas.

“Ah! E-Eu também, Frankie... humm... tão bom.” Ele gemeu, arqueando as costas levemente, ofegando enquanto Frank movia seus beijos até a parte interna da coxa para respirar levemente sobre suas bolas. Ele olhou para o amante, sorrindo enquanto passava lentamente a língua contra elas, depois chupou lentamente uma enquanto colocava o primeiro dedo dentro de Gerard.

"Oh, porra!" Gerard ofegou, cobrindo a boca com as mãos para reprimir os gemidos antes de se lembrar de que não estavam mais na casa de Elena, então afastou a mão, gemendo livremente e incentivando Frank com frases quebradas e apaixonadas.

Frank suspirou e gemeu um pouco, movendo-se para subir os beijos até o comprimento de Gerard enquanto movia o dedo para dentro e fora. Ele adorava poder ouvi-lo gemer tão abertamente e choramingar por mais, não havia nenhum som mais bonito para Frank. Ele foi rápido em chupar Gerard para dentro da boca enquanto pressionava o segundo dedo.

Frank suspirou em um deleite silencioso, começando a balançar a cabeça para cima e para baixo enquanto empurrava os dedos devagar e profundamente, abrindo-os para esticar Gerard. Ele girou a língua ao redor da ponta e reuniu o sabor do pré-gozo, fazendo com que seu próprio pau se tencionasse onde pendia pesado entre as pernas. Ele estava desesperado para se tocar, mas resistiu, sabendo que gozaria muito cedo se o fizesse.

Por um longo tempo, Frank se concentrou em chupar Gerard e prepará-lo, levando-o ao limite do orgasmo antes de se afastar quando ele puxou seu cabelo e implorou que parasse. Frank sorriu quando se afastou, tirando os dedos do namorado e lambendo seu gosto dos lábios. Gerard o olhou através dos olhos semicerrados, ofegando e estremecendo quando seu pau se contorceu dolorosamente. Ele se sentiu perto de gozar, mas seu prazer logo diminuiu para um tom suportável quando Frank subiu para encontrá-lo em um beijo terno.

"Você está pronto amor?" Frank ronronou, beijando suavemente ao longo da mandíbula e maçãs do rosto de Gerard antes de selar seus lábios suavemente de novo. Ele pegou o lubrificante e derramou um pouco na palma da mão para começar a esfregar pelo comprimento da sua ereção, trabalhando o punho sobre si mesmo e gemendo baixinho enquanto Gerard deslizava as mãos pelas costas.

“Hum... Deus, tão pronto." Gerard sussurrou, sua voz um pouco arrastada pelo prazer que estava sentindo. Mal podia esperar para sentir Frank dentro dele e, assim que o jovem pressionou a ponta contra sua entrada, Gerard começou a se abaixar, tentando desesperadamente colocá-lo dentro de si o mais rápido possível.

Frank gemeu e avançou um pouco, apesar de ainda ter cuidado para não se mover muito rápido, apesar da ansiedade de Gerard. Ele ainda estava impressionado com o quão bem Gerard reagiu a ser passivo depois de todo o tempo necessário para convencê-lo a tentar. Frank gemeu com voz rouca enquanto seu pau latejava. Ele sabia que não iria durar muito nesse ritmo, pois, afundando centímetro por centímetro em seu amante, a sensação de poder senti-lo pele contra pele era quase demais.

"Oh Deus..." Ele falou baixo, colocando o rosto no pescoço de Gerard enquanto pressionava fundo até não conseguir mais. Por um minuto, os dois ficaram parados, ofegando e se abraçando com força. Os dedos de Gerard estavam pressionando com força as costas tatuadas de Frank, ele choramingou quando ergueu os quadris ainda mais. Sentir Frank sem camisinha dentro dele estava fazendo seu pênis pingar pré-gozo por todo o estômago, ele praticamente implorou para ele se mover.

"Frankie Deus, eu... Porra..." Ele gemeu, arqueando as costas e gemendo alto quando Frank começou a se afastar quase que completamente antes de empurrar tudo de volta. Ele apertou Frank com mais força e sentiu seus músculos apertarem mais forte. Ele fechou os olhos enquanto ofegava. "Hum... devagar."

"Sim... Sim... Sim..." Frank ofegou, acenando com a cabeça, sabendo que se eles não mantivessem as coisas mais lentas, iriam gozar em segundos. Frank já teve relações sexuais sem camisinha antes, mas nada comparado a isso. Gerard era quente e apertado e ele o amava.

Gerard estava além de si mesmo quando Frank começou a balançar delicadamente dentro dele, empurrando fundo, mas devagar, enquanto se abraçavam. Parecia que não havia um único espaço entre eles, os braços de Gerard estavam ao redor de Frank e as mãos de Frank estavam embalando a parte de trás de sua cabeça, segurando-o para que ele pudesse beijá-lo fracamente entre suspiros suaves e respiração pesada.

Gerard suspirou e moveu-se para enfiar o rosto no pescoço de Frank, uma vez que o beijo se resumiu em apenas respirar na boca um do outro. Ele inalou o cheiro persistente do perfume de seu amante e balançou os quadris levemente, choramingando enquanto o prazer o atravessava. Ele podia sentir cada contração e palpitação do pênis de Frank e foi capaz de dizer o quão perto o mais jovem estava enquanto trabalhavam juntos para mudar o ângulo da penetração até Frank começar a esfregar a próstata de Gerard.

Devido à maneira gentil e profunda que Frank estava se movendo dentro de Gerard, assim que seu comprimento tocou contra aquele ponto especial, permanecendo ali, esfregando e criando fricção enquanto pingava pré-gozo, enroscando as mãos nos cabelos de Gerard. Os dois homens estavam começando a encontrar suas vozes novamente, gemendo sem fôlego enquanto se agarravam um ao outro e tentavam segurar o orgasmo o maior tempo possível.

Gerard gemeu e inclinou a cabeça para trás apenas o suficiente para que sua boca aberta estivesse nivelada com a de Frank, os dois estavam com os olhos fechados, mas podiam imaginar perfeitamente como estavam, ofegando na boca um do outro e brilhando de suor. Gerard podia sentir seu orgasmo crescendo dentro dele, fazendo suas bolas apertarem e seu pênis crescer mais do que nunca quando Frank esfregou contra sua próstata. Ele choramingou e gemeu, tentando encontrar as palavras para avisar Frank o quão perto estava, mas simplesmente não conseguia fazer seus lábios formarem palavras.

Frank gemeu rouco e pressionou um beijo suave e fraco nos lábios de Gerard antes de voltar a tentar respirar. Ele podia sentir o quão perto Gerard estava através do aperto crescente de seus músculos e então começou a se mover um pouco mais rápido, afastando uma mão do cabelo de Gerard para envolver sua ereção, agarrando a base com força antes de começar a bombear para cima e para baixo.

"O-ooh!" Gerard apertou as pernas ao redor dos quadris de Frank e arqueou as costas, gritando quando seu orgasmo de repente o atingiu com força por todo seu estômago, seu pênis latejou na mão de Frank enquanto derramava tiras e tiras de esperma em sua pele.

A sensação dos músculos de Gerard pulsando ao redor do comprimento de Frank foi suficiente para levar mais jovem para seu próprio clímax, gemendo e ofegando quando gozou. Por um momento, ele só pôde pressionar profundamente e ficar parado, gemendo roucamente quando se derramou. Seu orgasmo pareceu durar uma era e, quando finalmente saiu de Gerard, os dois estavam completamente moles.

Gerard gemeu e fez uma careta quando sentiu o esperma de Frank escorrendo. Ele se contorceu um pouco e lentamente abriu os olhos para olhá-lo, sorrindo lentamente e suspirando.

"Frankie..." Ele ronronou, sua voz rouca e quebrada. Ele sorriu quando Frank se inclinou para frente para beijá-lo levemente. "Eu te amo..."

"Eu também te amo Gee." Frank suspirou, acariciando a mão para roçar suavemente a cicatriz deixada pelo ferimento do tiro. Gerard suspirou, mas sorriu, olhando para Frank sonolento, compartilhando beijo após beijo antes de se aconchegarem juntos, embrulhados no edredom, onde logo adormeceram.

x

"Estou pensando em talvez montar um workshop também, para fazer minhas próprias guitarras, sabe?" Frank sorriu enquanto subia as escadas do prédio com Gerard, de mãos dadas. "Quero dizer, não me importo de comprar tudo, mas acho que pode ser bom criar umas originais também, se der." Ele sorriu, discutindo sobre a loja com Gerard.

O casal tinha ido à loja juntos naquela manhã para Gerard finalmente poder conhecer o lugar. O artista estava radiante de orgulho. Ele estava tão feliz que Frank havia conseguido montar tudo sozinho e parecia que já ia se tornar bastante popular.

"Eu acho que é uma boa ideia." Gerard assentiu, sorrindo enquanto olhava para seu amante enquanto subiam as escadas para o apartamento. "Você já tentou montar uma guitarra antes?"

“Uma vez, com meu pai.” Frank sorriu, subindo as escadas devagar. “Eu tinha apenas quinze anos ou algo assim. Funcionou, mas era apenas uma acústica, eu nunca tentei fazer uma elétrica antes. Tenho certeza de que posso descobrir como." Ele sorriu, certo de que seria capaz de conseguir. Ele era muito bom com as mãos e adorava fazer coisas. "Talvez você possa fazer os trabalhos de pintura para mim." Ele piscou para Gerard, rindo quando viraram a escada em direção ao apartamento e pararam.

Sentado do lado de fora do apartamento estava um homem. Ele estava debruçado sobre os joelhos, descansando o queixo contra eles. Estava vestindo todas as roupas pretas, incluindo um casaco com o capuz puxado para cima, mas Gerard e Frank podiam ver o cabelo loiro caindo para frente escondendo seu rosto e não levaram um momento para perceber quem era.

"Oh meu... Bert!?" Gerard ofegou, soltando a mão de Frank e avançando enquanto o homem olhava para cima. “Bert! O que diabos você está fazendo aqui!?" Gerard ofegou, sem saber se queria abraçá-lo ou bater nele quando o jovem se levantou. Ele estava sorrindo timidamente para Gerard, isso foi suficiente para o artista decidir apenas abraçá-lo. Ele passou os braços em volta dele e o abraçou, Bert riu baixinho em seu ouvido.

"Ei..." Ele murmurou, sorrindo e deixando o capuz cair quando Gerard o soltou. "Desculpe por aparecer do nada novamente, achei que seria legal ver vocês." Ele deu de ombros, Frank caminhou em sua direção com uma careta.

"Já estava na hora. Não ouvimos notícias suas há quatro meses, Bert, onde você esteve?! Ele exigiu, Gerard olhou ansiosamente entre os dois quando se virou para destrancar a porta do apartamento.

"Por que não conversamos lá dentro?" Ele sugeriu, sorrindo esperançoso. Bert assentiu e olhou para Frank, esperando até que entrassem no apartamento e Gerard fizesse café para todos antes de começar a explicar.

"Olha, me desculpem, eu simplesmente desapareci-"

"Desculpe!? Desculpe!? Você estava bem! Você olhou para nós- Gerard levou um tiro e você fugiu! Precisávamos de você, Bert, e você fugiu, depois de tudo o que fizemos por você!”

"Eu sei! Eu sei, me desculpe." Bert choramingou, segurando sua xícara de café com mais força e aconchegando-se ainda mais dentro de seu casaco. “Eu realmente sinto muito gente. Eu queria voltar, mas estava com tanto medo. Eu sei que Jeph foi atropelado por aquele ônibus, mas... não sei, era como se tudo que eu conseguisse pensar fosse “e se ele levantar de novo?” Ele estaria ainda mais irritado e eu simplesmente não consegui lidar com isso." Ele choramingou, com lágrimas nos olhos. "Eu sei que foi estúpido, eu poderia dizer que ele provavelmente estava morto, mas apenas... eu não sei como explicar. Quando você tem tanto medo de alguém... Quando apenas a visão da pessoa faz com que você sinta que não pode respirar eu... eu simplesmente não consegui ficar lá. Eu nem pensei, apenas corri. Eu sei que foi estúpido. Eu sinto muito..."

"Olha, isso nem importa mais." Gerard suspirou, apertando o joelho de Frank para impedi-lo de falar quando ele se inclinou para a frente e abriu a boca, claramente prestes a entrar em outro discurso retórico. Gerard entendeu porque Frank estava bravo, mas ele pessoalmente não estava. Ele conseguia entender porque Bert estava com medo e, de qualquer maneira, todos haviam se curado, ele não queria guardar rancor por causa disso.

"Mas Gee-"

"Para." Gerard suspirou, embora sorrisse calorosamente para Frank, pegando sua mão e apertando suavemente enquanto beijava sua bochecha. "Honestamente, isso não importa. Se eu estivesse com tanto medo quanto você, Bert, provavelmente também correria. Você não podia ter certeza de que Jeph estava morto, então eu entendi. Tudo bem."

"Sim, tudo bem, tudo bem." Frank zombou, ainda franzindo a testa enquanto olhava para Bert. “Você poderia ter voltado antes. Por que você esperou quatro meses para voltar? Você não estava preocupado com Gerard? Você não acha que poderíamos estar preocupados com você?” Ele exigiu, não muito zangado, apenas magoado com o fato de Bert ter demorado tanto para aparecer. Ele odiava admitir, mas estava preocupado com ele, se perguntando para onde tinha ido e se estava bem. Agora que o estava vendo, ficou aliviado, mas com o alívio surgiu uma sensação de irritação que Bert claramente não estava tão preocupado com eles quanto eles estavam.

"Claro que eu estava preocupado com vocês." Bert suspirou, forçando-se a encontrar o olhar de Frank, mas ele só queria se enrolar e se esconder. “Eu estava realmente preocupado. Pensei que nunca mais voltaria a vê-los, não sabia se Gerard ficaria bem ou sei lá. Eu realmente queria voltar, mas estava preocupado que se isso acontecesse, poderia envolver a polícia.” Ele suspirou, implorando para Frank. “Havia tantas pessoas na rua e eu sabia que pelo Gee ter sido baleado e Jeph atropelado pelo ônibus, a polícia estaria envolvida. Uma testemunha ocular provavelmente me viu e eu não sabia que história vocês poderiam ter contado aos policiais... Eu só estava com medo de voltar antes que tudo acabasse, então a polícia de alguma forma se envolveria novamente e eu também, ou todos nós teríamos sido presos. Eu só... eu estava com medo que vocês tivessem dito a eles que eu era uma má companhia ou algo assim.”

"Nós não faríamos isso." Frank zombou, embora corasse um pouco, incapaz de negar que era uma razão justa o suficiente. Ele não tinha considerado que Bert pensaria tão profundamente nas coisas. “Mas por que voltar agora? Você precisa de algo?" Ele perguntou, Gerard o cutucou gentilmente, fazendo uma careta, mas Bert apenas sorriu fracamente e balançou a cabeça.

“Na verdade, imaginei que as coisas teriam se acalmado o suficiente para vir visitá-los agora. E... para variar, não preciso de nada." Ele sorriu, olhando para Gerard com os olhos brilhantes. "Eu queria dizer, enquanto estive fora, me concentrei em me recuperar. Decidi que estava cansado de depender das pessoas, especialmente de vocês. Eu não queria voltar até estar bem novamente e... Bem, eu estive totalmente limpo nos últimos quatro meses. Entrei em um projeto habitacional e agora tenho minha própria casa, também trabalho em um supermercado. Assim, como faxineiro, é... você sabe… as horas não são ótimas, mas, de qualquer maneira, é um trabalho e está me ajudando até encontrar algo melhor." Ele deu de ombros, sorrindo timidamente. Gerard não pôde deixar de sorrir de volta.

“Sério? Bert, que ótimo!" Ele sorriu, levantando-se para puxar Bert para outro abraço apertado e percebeu que o loiro estava realmente melhor. Ele não estava tão magro quanto antes, seu cabelo agora estava limpo e macio. Ele parecia saudável e Gerard não poderia estar mais feliz por ele. Até Frank cedeu e sorriu.

"Isso é ótimo, Bert." Ele concordou, ficando de pé também e suspirando enquanto colocava a mão em seu ombro. "Estou feliz que as coisas estejam melhores para você..." Ele disse gentilmente, abraçando-o também quando Gerard o soltou, Bert suspirou, sorrindo enquanto abraçava Frank por um momento.

"Obrigado... E eu realmente sinto muito por tudo." Ele sussurrou, Frank balançou a cabeça e deu de ombros.

"Está bem. Me desculpe por brigar, é só que… eu tenho um temperamento difícil." Ele riu, Gerard sorriu concordando enquanto beijava a bochecha de Frank com gratidão.

"Isso é verdade." Ele brincou, rindo quando Frank o golpeou de leve.

Agora que a raiva havia desaparecido, os três sentaram-se juntos e falaram sobre tudo o que haviam perdido. Bert entrou em detalhes sobre como havia mudado sua vida e Frank e Gerard contaram tudo sobre o que haviam feito nos últimos quatro meses. Tudo sobre o processo de cura de Gerard, morar com Elena e Frank deixar o emprego para abrir a loja de guitarras. Logo ficou claro que as coisas pareciam brilhantes para cada um deles e logo não conseguiram esconder o sorriso.

"Então, Bert, com quem você vai passar o Natal?" Gerard perguntou brilhantemente, fazendo o loiro corar e morder o lábio.

“Oh err... Na verdade, sozinho.” Ele deu de ombros, sorrindo quando Frank e Gerard pareciam horrorizados. Ele riu, balançando a cabeça. "Não é grande coisa. Eu realmente só passei o Natal com Jeph e estou feliz por me livrar dele. Vou apenas relaxar, encomendar uma comida ou algo assim."

"Você não pode passar o Natal sozinho." Gerard resmungou, com o coração partido ao pensar em Bert, sentado sozinho em algum apartamento nojento no dia de Natal, nada além de comida para viagem como companhia. "Por que você não passa o Natal conosco? Vamos pra casa da minha avó, ela realmente não se importaria com uma pessoa a mais. "

"Elena?" Bert sorriu, lembrando da avó de Gerard de quando eles namoraram. Ele a encontrara apenas algumas vezes, mas lembrava-se bem dela. "Não tenho certeza se ela gostaria de me ver..."

"Ela iria!" Gerard insistiu, sabendo que Elena também se lembrava de Bert. Ela sabia que Gerard cuidou dele nos últimos meses, e também sabia que ele havia fugido, mas agora que estava de volta tudo estava perdoado e Gerard tinha certeza de que ela também não queria Bert sozinho. "Sério, odiaríamos pensar em você sozinho, certo Frank?"

"Certo." Frank assentiu, sorrindo suavemente para Bert. Ele estava ansioso para passar o Natal apenas Gerard, mas não se importava em convidar Bert. Desde que ainda tivesse a manhã de Natal com Gerard, estava feliz. "Você não pode passar o Natal sozinho, Bert, pelo menos venha jantar conosco."

Gerard sorriu para Frank e apertou sua mão, agradecido por encorajar Bert a se juntar a eles também e deu um leve beijo na bochecha de Frank para mostrar seu agradecimento enquanto Bert considerava a oferta. Ele não tinha certeza se deveria concordar, mas no final não resistiu a uma oferta tão gentil e suspirou, sorrindo enquanto assentia.

"Tudo bem... Se estiver tudo bem com Elena, eu irei."

x

O dia de Natal chegou rapidamente depois disso. As últimas semanas foram passadas com Frank e Gerard terminando às pressas as compras de Natal e decorando o apartamento. Eles compraram uma árvore e passaram uma tarde ouvindo músicas natalinas e decorando-a. Ambos estavam animados, Gerard estava começando a sentir que a vida não poderia ficar mais perfeita. Era difícil pensar que, há apenas um ano, ele era um fã desesperado de Frank, assistindo seus vídeos sempre que podia e se masturbando, assumindo que nunca encontraria um homem que pudesse amar.

Ele estava certo sobre uma coisa. Ele não podia amar ninguém além de Frank. Mas estava errado ao pensar que Frank nunca o olharia duas vezes. Agora, hoje em dia Gerard muitas vezes esquecia que ele e Frank haviam começado o relacionamento se encontrando em uma convenção pornô, especialmente agora que Frank trabalhava na loja de guitarra. Às vezes, Gerard esquecia que o jovem tinha sido uma estrela pornô. Ele geralmente se lembrava depois do sexo em que Frank lhe dava um orgasmo sensacional. Gerard nunca imaginou que seria capaz de ser passivo, muito menos obter uma vida sexual tão gratificante com isso. As coisas estavam simplesmente mágicas.

Quando a manhã de Natal chegou, ele e Frank passaram um tempo na cama, entrelaçando-se um ao outro e fazendo amor até que simplesmente não pudessem mais. Era melhor do que qualquer presente material, mas Frank ainda pulou da cama animadamente depois que descansaram um pouco mais e começaram a se animar com os presentes. Gerard riu e balançou a cabeça com carinho, forçando seu corpo dolorido a se mover para que pudesse enrolar seu roupão de banho e seguir Frank até a sala onde eles colocaram seus presentes debaixo da árvore.

"Eu quero escolher um primeiro!" Frank anunciou enquanto voltava para a sala, uma bandeja nas mãos carregada com biscoitos e café. Gerard sorriu e deu de ombros, sentando no chão ao lado da árvore e sorrindo quando Frank se sentou ao seu lado.

"Vá em frente." Ele riu, pegando um biscoito quando Frank se arrastou para perto da árvore e começou a separar os presentes. Ele pegou alguns e os sacudiu, os olhos brilhando de excitação enquanto lentamente pegava cada um. Quando viu um enterrado embaixo do resto, pequeno e quadrado, seu coração deu um pulo e chiou baixinho, agarrando-o.

"Este!" Ele anunciou, segurando-o na palma da mão e Gerard sorriu, assentindo enquanto suas bochechas ficavam um pouco rosadas e seu coração começou a acelerar, tentando parecer casual. Ele pensou em comprar um anel para Frank e talvez pedi-lo em casamento, mas no final decidiu que ainda era muito cedo. Embora soubesse que não queria nada além de se casar com Frank, sabia que eles não deveriam apressar as coisas e que haveria muito tempo para esse tipo de proposta mais tarde. Além disso, isso já estava deixando Gerard nervoso o suficiente.

"Vá em frente e abre." Ele sorriu quando Frank acariciou o papel do embrulho brilhante com as pontas dos dedos. O jovem estava começando a parecer um pouco nervoso e Gerard sabia que ele provavelmente estava esperando um anel. Gerard se perguntou rapidamente se deveria ter comprado um, afinal, mas Frank já estava arrancando o papel de embrulho.

Quando Frank revelou uma pequena caixa de anel preto, seu estômago deu um nó e seu coração começou a acelerar ainda mais rápido. Ele olhou para Gerard com os lábios abertos, se perguntando se realmente era... Ele corou, não querendo tirar conclusões precipitadas. Ele não tinha certeza do que faria se fosse um anel, ele amava Gerard e queria estar com ele para sempre, mas Deus, estava pronto para isso? Frank engoliu em seco e passou a língua pelo lábio inferior, as mãos tremendo levemente enquanto abria lentamente a tampa da caixa. Quando seus olhos encontraram uma chave de bronze repousando dentro, sentiu seu coração perder uma batida e olhou para Gerard surpreso e confuso.

"Uma chave?"

"Sim, eu... eu pensei que talvez fosse hora de você se mudar." Gerard riu nervosamente. A coisa toda parecia uma ideia melhor em sua cabeça, mas o sorriso largo que dividiu as bochechas de Frank ajudou o mais velho a relaxar e ele riu baixinho. "Essa é a chave do meu apartamento, se você quiser."

"Se eu quiser!? Oh meu Deus, Gerard, é claro que eu quero! Oh Deus, obrigado, este é o melhor presente de todos os tempos!” Frank ofegou, passando os braços em volta do pescoço de Gerard, segurando-o com força, sufocando-o em beijos e rindo suavemente. Ele se sentiu incrível, seu coração palpitou e sua cabeça girou. Isso era melhor que um pedido de casamento, decidiu. Definitivamente, ele estava pronto para isso e o pensamento de poder acordar ao lado de Gerard todas as manhãs enviou outra onda de excitação por seu corpo. Gerard só pôde rir quando Frank começou a apalpá-lo.

“Hum... Hum... eu te amo. Eu te amo muito." Frank gemeu entre beijos ardentes nos lábios de Gerard, o mais velho se sentiu um pouco surpreso, mas incrivelmente feliz.

"Eu também te amo, Frankie." Ele sorriu, beijando-o ansiosamente de volta.

E assim aconteceu que, dentro de uma semana, Frank havia se mudado e o futuro parecia brilhante para os dois. Eles estavam incrivelmente felizes um com o outro, embora seus ouvidos tivessem doído com a palestra frustrada de Elena por semanas depois de chegarem duas horas atrasados para o jantar devido à incapacidade de parar de fazer amor na frente da árvore de Natal.



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