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História CILADA -Noiva de Sacrifício - Parce que tu crois?


Escrita por: LOLAtrancyy

Capítulo 21 - Parce que tu crois?


Audrey 

 

Me sinto como em uma cena pausada de um filme. Onde tudo fica congelado. E só o telespectador passeia pelo cenário do filme. Por favor, que alguém aperte o play para que eu possa sair o mais rápido possível. 

Ele permanece calado. Sem nem dar uma pista do que se passa, do lado de dentro., de sua mente obscura. Sua aparência é mais assustadora do que eu me lembrava. E não consigo desviar a atenção da marca vermelha, no lado direito de sua face. Eu não me lembro de usar tanta força. Foi uma bofetada cheia de raiva. Nunca acreditei ter tamanha força. Entretanto, não consigo evitar de corar. Por conta de nosso fatídico reencontro. 

O clima que permanece é extremamente apavorante. Ao ponto de congelar tudo dentro o que existe dentro de mim, e roubar o ar de meus pulmões. E coincidentemente, sem nenhuma explicação, gera uma conexão muito grande, entre nós dois. O badalar de sinos, me desperta desse devaneio. Trazendo para o mundo real. Fala sério, esse lugar é bizarro. Eles têm até sinos equipados na casa. 

Antes que ele pudesse decidir, qual seria sua reação. Eu escolho disparar até a porta. Não olhei para trás, todavia presumi que ele estava quase dizendo alguma coisa. Corri pelo corredor em busca do meu quarto. Enquanto os sinos ainda vibravam. Fazendo todo o castelo despertar. Assim que encontrei bati a porta. Segurei a maçaneta por uns minutos. Até ter coragem de soltá-la. Fico atrás dela ouvindo o estalar do piso de madeira, em meio ao ruído dos sinos. Até não restar mais nada. 

      ---- ----- -----  

 

Na manhã seguinte, acordei com o relógio, do corredor. Me espreguicei, notando novas roupas e sapatos, em cima da cadeira perto da janela. O look de hoje é uma saia plissada rosa claro, uma camisa branca básica curta e um saltinho baixo dourado. Nunca fui fã de rosa, entretanto a saia ficou maravilhosa em meu corpo. Me aproximei da gaveta, onde escondi o celular. Pego meu aparelho e checo minhas mensagens. Franzi a testa. Nada. Guardo de novo me sentindo péssima. Minha esperança diminuí. Fazendo eu me sentir menos confiante de que tudo vai terminar bem. 

Sai de meu quarto. Escutando vozes abafadas, vindas do corredor ao lado. Minha curiosidade começa a formigar. Dou passos curtos. Aumentando a atenção de meus ouvidos, para interpretar a conversa. Consigo identificar a voz de Alfred. Que pelo tom de voz deve estar conversando com o Lord. 

--- Então, o que sugere que façamos? - Escuto a voz de Alfred, por trás da porta meio aberta. Encosto meu rosto na abertura para ouvir melhor.

Consigo ver os dois. Alfred, perto da mesa. Oferecendo um saco de gelo, ao Lord

--- Não quero ter de tocar nesse assunto, agora. Tenho muita coisa para pensar. - Disse o Lord. Pressionando o saco de gelo, contra o lado direito do rosto. Consigo ver melhor às marcas de meus dedos e da palma de minha mão. Realmente, foi um tapa em tanto. 

Alfred se aproxima. Com uma substancia gelatinosa, nos dedos. Ele passa em cima da lesão no rosto dele.

--- Ela bateu com minha força. - Comenta Alfred. 

--- Já apanhei muito nessa vida. Uma bofetada de uma garotinha com raiva não é nada demais. - Ele respondeu. Dando um sorriso debochado. 

Reviro os olhos. Pelo menos ele não acha mais que eu sou uma prostituta. Embora, eu ainda me irrite com seu jeito. 

--- Sobre ela, O que faremos?- Alfred pergunta, limpando suas mãos com um lenço. 

Seu Lord bebe do chá antes de responder. Ao terminar ele solta um suspiro.  

--- Não sei, mas não irei aceitá-la.

--- My Lord, eu acho que... 

--- Alfred, se for para me lembrar desse negócio estúpido. Melhor fechar essa boca – Ele respondeu, aumentando o tom de voz. E batendo a xícara na mesa ao lado. 

Ele se levanta. Caminhando na minha direção. Oh não.

Estou prestes a correr, mas ele para antes que eu consiga. Ele segura na maçaneta e olha na direção, de seu mordomo. 

--- E por favor, não me irrite hoje. Isso é muito abjeto, para que você coloque tanto crédito. - Reclamou, O lord. 

--- Senhor, está esquecendo que o contrato... 

--- Me poupe, Alfred. O que você pensou que eu fosse fazer? Acoitar a menina como se ela fosse uma prima distante, ou, uma sem teto? Eu não vou abdicar de meu estilo de vida, por conta de uma garota que.... 

Sem querer. Derrubei de um pedestal, uma pequena estátua de gesso. Que se despedaçou em inúmeros pedaços, ao se chocar com o chão. Me entregando de bandeja.

--- O que foi isso? - Exclamou o Lord. Abrindo a porta e se deparando comigo. 

Nossos olhos se encontram. Meu corpo paralisa. Diante do olhar arregalado do homem diante, de mim.

--- Ora, ora, ora . Vejam só quem está aqui - Ele sussurra, não parecendo nada simpático.

Alfred,permanece no canto paralisado. Não conseguindo prever o que ia acontecer.

--- Limpe isso, imediatamente.  

--- Sim, Senhor. 

--- Você não. Ela. 

Ele me puxa pelo braço. Olhando para mim de cima a baixo. 

--- Ora, que desastre. E para variar cortou os joelhos. - Ele me reprova de cima a baixo.

Meus dois joelhos estão sangrando. Eu não tinha me dado conta. Ele soltou meu antebraço. Como quem lança fora um pedaço de papel. Fico com raiva,mas me contenho. Não quero piorar mais.

--- Cuide dessas feridas dela. Antes que ela invente de se machucar mais.- Ele ordena. 

--- Sim, Senhor. - Disse Alfred. 

Ele caminha em direção à escada. E sinto seus olhos frios queimando, em meu corpo. Vejo que ele disfarçadamente limpa a mão que tocou em meu braço. Como se tivesse tocado em algo sujo demais.

--- Senhorita, por favor. Permita-me que eu ajude! –  Me conduzindo para uma cadeira, que ficava no corredor.

Percebo pela janela. A figura do Lord, caminhando em direção a um carro estacionado. Um homem abre a porta para ele. Que entra  tirando o casaco que vestia. Fico observando até o carro partir, pela estrada que leva ao portão. Me perguntando quem é o responsável pelo cuidado dos portões. 

--- Aonde ele vai? - Questionei.

---- Não sei, Senhorita. - Alfred responde, sem dar muitos detalhes. 

---- Aí !  - Exclamei, ao sentir o analgésico caindo em minha ferida.

 

 

---- ----- ----- 

 

O dia inteiro eu passei tentando descobrir mais sobre esse Castelo e ás coisas que ele poderia me oferecer. Algumas partes dele são de complicado acesso. Não consegui encontrar a escada que me leva para os outros andares, porque tive medo de começar a andar em voltas. E me perder completamente. Fiquei na  biblioteca que era o local mais seguro. Passei minha tarde lendo romances ingleses. E mergulhei em paixões tão belas, que com certeza são impossíveis de existir. Embora, eu ainda ficasse pensando na cena do Lord limpando sua mão.  E quando me dei conta o dia já estava terminando

Quando a lua branca tomou conta do céu. Eu também passei a ser tomada por um arrepio. Já se passava das oito. E eu não tinha nenhum sono. Nem se quer vontade para vestir o pijama. Um conjunto de coisas me roubavam a paz. E uma delas era sobre tudo o que aconteceu. Embora, a vida no castelo seja perfeita. Em todo seu tamanho e formosura de seus belos jardins. E Alfred, tenha sido muito prestativo em me servir e deixar tudo perfeito. E a Torta de maçã que ele prepara seja muito gostosa. Não posso excluir de meu pensamento que meu lugar não é aqui. 

Não compreendo. Eu deveria ter tido alguma notificação, ou, alerta. Estou falando de uma universidade. Não de um hotelzinho qualquer, para uma estadia pequena, em um passeio simples nos campos do sul. Eu pretendia viver aqui depois que terminasse minha graduação em psicologia. E por que esse sonho foi interrompido tão rápido? Imaginei que fosse ter problemas, alguma hora. Porém, não no começo. 

Me levanto da cama, onde eu estava sentada. Em busca de meu pijama para finalmente ir dormir. Mas, sou surpreendida quando a porta de meu quarto se abre. 

---- Boa noite, My Lady – Disse Alfred. Me reverenciando. 

--- Boa noite. Aconteceu alguma coisa? - Pergunto. Já com meu pijama em nas mãos.

--- Sim, My lady. O lord exige sua presença, imediatamente. - Alertou Alfred.  

Engulo seco. Como assim? E desde quando precisa de mim, de forma “Imediata”? Pisco. Procurando uma resposta. De preferência rápida e inteligente

--- Tudo bem. - Concordo. 

--- Quando terminar de se vestir. Avise! - Ele fechou a porta. 

Algo me diz que isso não vai acabar bem: Pra começar com essa mudança repentina de comportamento , de um homem que até alguns minutos atrás desejava me fazer sumir.

O que será que o fez mudar de ideia? Espero não ter encontrado alguma forma absurda de se livrar de mim. Já que deve estar ansioso para que isso aconteça. Se ele soubesse do quanto eu desejo o mesmo se referindo a ele, nós dois pararíamos de brigar. E iriamos atrás de um jeito de me tirar daqui. 

Alfred, antes de sair, deixou em cima de minha cama umas roupas para que eu vestisse. Isso é bizarro. Até para me encontrar com o perigo, preciso estar formalmente vestida.  

“Olhe pelo lado positivo: Se você não voltar mais, terá partido com suas melhores roupas.” Algo obscuro dentro de mim, solta essas palavras. E eu as repreendo por dentro. Sentindo um arrepio no corpo. Por que isso surgiu do nada? Não é como se ele fosse me comer viva, ou, algo do tipo.  

Tomo um banho antes de me vestir. Percebo que o tal Lord é bem exigente, quando se trata de figurino. O vestido que uso é no modelo sino, com um decote rainha e de cor preto. Minhas sandálias baixas, são prateadas. E eu até ganhei um par de brincos, que fico chocada ao perceber, que são de pérolas legítimas. Céus.  

Assim que termino de me vestir. Saio para fora.  Alfred, me aguarda ao final do corredor. Ao me ver me cumprimenta com um aceno de cabeça. 

--- Está linda, My Lady.  

--- Obrigada. - Respondi, tentando esconder meu nervosismo. 

--- Siga-me, O lord está esperando.  

Caminhamos pelos corredores escuros. Que ficam assustadores, com o vazio e lindos ao mesmo tempo com a luz da lua. Que passa pelas enormes janelas. A noite está maravilhosa. E aparentemente tudo permanece calmo. Só não sei se posso dizer o mesmo, sobre a situação do castelo. 

Alfred, para em frente a uma enorme porta de madeira, veneziana e de correr. Enfeitada com rosas, desenhadas sob a madeira clara. A qual nunca tinha visto. Meu coração bate acelerado no peito. Mesmo que por dentro eu esteja tranquila. 

Porém, quando a porta bateu no encosto, ao abrir. Fazendo barulho no corredor. O medo surge.

--- Entre... - Alfred, pede. Indo antes de mim, para a escuridão do outro lado. 

Não quero entrar. Estou com medo. Mas, nem sei a razão. Eu quero dar meia volta. Só que essa opção não parece existir para meus sentidos. Que quase me empurram para dentro do cômodo escuro. 

Meus passos pequenos estalam a madeira, do piso. Que faz um ruído em meio a escuridão do lugar. As janelas estão abertas, mas a cortina impede a luz da lua de entrar. E isso não melhora nada. 

--- Por que demorou tanto?  

Me assusto. Ao dar de cara com um par de olhos vermelhos, em meio a escuridão. E com uma fisionomia sentada, em uma poltrona no centro da sala.   Que não estava sozinho. 

Aos poucos a luz foi invadindo o cômodo. E eu pude perceber mais vários homens de pé ao redor do centro da sala. Me fitando com seus grandes olhos cor de sangue. Eu até então, só tinha um simples medinho. Como quando somos crianças e a luz do quarto é apagada. Mas, passei a ter certeza do pior, quando um deles fecha a porta. Me tirando a chance de fugir.

Será que tem alguma chance de voltar atrás?


Notas Finais


" Será que tem alguma chance de voltar atrás?"
Eu: Não! KKKKKK KKKKK

Sou doida.


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