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História CILADA -Noiva de Sacrifício - Madame Schmidt


Escrita por: LOLAtrancyy

Notas do Autor


SEXTOU!!

Como vocês estão?
Tomara que não tenham esquecido que hoje é dia de capítulo!

Capítulo 57 - Madame Schmidt


Londres

Mansão Bélier

12:45 A.M 

Vários dias depois….


Devon Bélier

---- Papai, o senhor mandou me achar? O que houve? 

---- Não se preocupe, Devon. Eu e sua mãe, estávamos pensando em ir visitar, Matteo Le Roux, no hospital mas, não quero que ela vá sozinha. 

---- Oh claro, pai. Eu irei com ela. Não se preocupe. 

---- Cuidado ao sair de casa, Devon. Às estradas estão muito perigosas, ultimamente.

 

---- Pai não se preocupe. Não irá acontecer nada. - Afirmei, pegando a chave do carro.

 ------ ------ ------

---- Por que eu não posso ir? - Nathália, caminhava atrás de nós. Insistindo em poder ir conosco.

---- Nathália não é seguro, minha querida. Fique em casa com seu pai e resolva seus afazeres. - Mamãe, explica, mas tenho certeza que minha irmã não irá se convencer.

---- Nathália, por favor fique. É melhor assim. - Tento explicar a ela, o que a faz ficar triste.

--- Tudo bem… - Ela murmurou, fazendo bico.

Mamãe acaricia o rosto dela como uma forma de consolo, o que a faz melhorar.

--- Podem ao menos levar o arranjo de flores que eu fiz, para Matteo? 

---- Claro, meu amor. Foi muito gentil da sua parte fazer esse arranjo.

Nathália ficou mais radiante. E isso já basta. Mamãe e eu entramos no carro e partimos, sem muita agitação ao hospital. Não queríamos ser indiscretos ainda mais agora.

--- Fico surpresa que tenha vindo, Devon. - Disse, mamãe.

---- E, por que não viria? 

---- Sabe que seu pai está muito preocupado. Ele mal pôde acreditar quando leu aquela lista, e viu seu nome e o dele escritos. 

--- Eu não tenho medo, do Valete. Já o venci uma vez. Só temo por vocês. 

Fiquei afastado por muito tempo, para continuar fingindo que tenho medo. Valete, já ameaçou nossa família de todos os jeitos, mas eu não tenho medo da morte. 

Não demoramos ao chegar no hospital. Mamãe carregava o arranjo de flores que minha irmã fez, no tempo em que caminhamos até o quarto, de Matteo.

---- Aquela, é Amellie Beauchamp? - Mamãe, pergunta. Olhando na direção contrária, vendo uma garota muito idêntica à Amellie.

---- É ela sim. O que está fazendo aqui?

---- Por que ela está aqui sozinha? Isso é muito perigoso.

---- Vou falar com ela. Vai na frente. - Pedi, e segui na direção de Amellie.

Virei o corredor na intenção de alcançá-la, que embora não estivesse correndo, conseguia ser mais rápida que eu.

---- Amellie?! - Chamei, e imediatamente ela virou-se na minha direção.

---- Devon, como você está? - Ela pergunta, sorrindo do mesmo jeito, gentil e carinhoso, de sempre.

--- Eu estou bem. Mas, o que está fazendo aqui? 

--- Eu vim visitar uma senhora que a instituição de caridade de minha mãe ajuda e acolhe. Ela está doente e eu precisava vê-la. - Amellie, responde.

--- Claro…

--- E, você? Quem veio ver?

--- Matteo Le Roux, ele está internado aqui.

--- Que coisa interessante. Talvez, eu faça uma visita depois. 

Amélie é uma garota doce e meiga, e eu não tenho porquê duvidar dela, embora, o cabelo solto e escovado, a maquiagem leve , o vestido e o buquê de rosas, me causem um certo desconforto.

--- Eu preciso ir. Até mais, Devon.

Ela foi embora. Franzi o lábio, ao vê-la partir, mas decidi que meu desconforto, não tinha um motivo aceitável.

------ ------ ------- 

Abri a porta do quarto, deparando-me com Matteo deliciando-se com um bolo de morango. Ele estava com um bigode de chantilly, mas assim que me viu limpou rapidamente, com a mão.

---- Devon, que bom te ver e que alegria, também. - Matteo, exclamou.

Tenho que discordar de Matteo, pelo menos no contexto de ser uma alegria estar na presença, do Michaelis. Que troca olhares comigo, assim que eu apareço. 

---- Olá, Devon., - Audrey, me cumprimenta. Segurando uma bandeja de bolo, e exibindo um sorriso.

---- Olá, Audrey. Como você está? - Falo, desviando minha atenção do Michaelis. Que faz o mesmo.

---- Bem, você quer bolo? Eu fiz pro Matteo, porque ele não aguenta mais comer as gelatinas daqui.

---- A gelatina daqui tem gosto de plástico bolha… - Matteo, comenta.

---- Não, Obrigada. E…. -  Me dei conta de que mamãe não está aqui.

---- O que aconteceu? - Audrey, pergunta.

---- Minha mãe, ela devia estar aqui, no quarto. Ela veio junto, ver o Matteo. Ela não passou por aqui?- Explico, e percebi a atenção do Michaelis voltar-se para mim.

---- Eu não a vi, sinto muito.

---- Eu vou procurar por ela. Foi bom te ver, Chermont. - Digo, inclinando-me e beijando a bochecha de Audrey, antes de sair.

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Estranhei a movimentação do lado de fora do hospital. Várias pessoas estão perto da porta, falando alto e observando alguma coisa, acontecendo no estacionamento.

---- Mãe, o que está fazendo aqui? - Por sorte, encontrei minha mãe, no meio das pessoas. Ela estava parada com a mão sobre o peito, e com uma expressão de espanto.

---- Ah querido, eu sinto muito, mas é que acabaram de encontrar a companheira, do Karlheinz. - Mamãe, anuncia apontando na direção de uma ambulância, que retirava uma maca, carregando um corpo, que certamente era o de Chloé.

Não dava para ver muito o corpo de Chloé, eu apenas conseguia ver seus cabelos claros, enquanto o resto do seu corpo era coberto por um lençol branco. Me deixou incomodado a atitude dos jornalistas, que do outro lado das grades do estacionamento, tentava fotografá-la. 

Chloé precisou entrar por outra entrada, provavelmente a do pronto-socorro, ou, da UTI por conta da agitação, aqui fora. 

 

 

------- -------- ------- 

---- Você cuida tão bem de mim, Amellie… - Karlheinz, murmura. Já respirando sem a máscara, mas sempre fazendo um chiado estranho, depois de terminar uma frase.

---- É o que eu posso fazer por um homem tão bom. - Amellie, ajeita os cabelos do Lord. 

---- Suas mãos são tão macias…. - Karlheinz, elogia o carinho, o que a faz corar e sorrir.

Amellie analisa com cuidado às feridas do rosto do Lord, que começavam a cicatrizar. 

--- Meu rosto está horrível não é? - Karlheinz, pergunta.

---- Não se preocupe. O senhor é belo de todas as formas. - Ela, responde.

---- Eu nem acredito que vou ficar com minha cara deformada, por conta daquele…. Animal! - Karlheinz, murmura. Referindo-se ao Valete.

Amellie sentia receio de perguntar o que realmente houve, no dia em que a mansão foi atacada. Karlheinz, sentia um imenso rancor, que ele não enxergava, porém ela já tinha percebido. Todos aqueles machucados à deixavam espantada.

---- Independente, do quão seu rosto fique deformado, eu sempre o respeitarei, Lord Sakamaki. 

Karlheinz abriu os olhos, e levemente segurou a mão, da garota. Que ficou elétrica ao sentir a pele dele encostando na sua.

---- Querida… Você é o maior bem que eu poderia desejar. - Disse, Karlheinz. 

---- Karlheinz, eu…..

Antes que Amellie pudesse dizer alguma coisa, a porta do quarto foi aberta. O clima tornou-se um pouco mais tenso, quando notou-se a presença da polícia.

---- Boa noite, Lord Sakamaki. Perdoe nossa interrupção, porém precisamos conversar com o senhor, a cerca de um assunto especial. - Um dos policiais, anuncia. Espantando a jovem, Amélie, que soltou a mão do Lord.

---- Amellie, pode nos deixar sozinhos? 

---- Claro, My Lord. 

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----- Eu nem acredito que encontramos, com Devon, depois de tanto tempo. - Audrey, comenta.

---- Você não devia estar tão feliz, Audrey. Sou eu quem está doente, mas quem ganhou um beijo foi você. - Matteo, resmunga. Cruzando os braços e fazendo bico.

---- Ora,não fique tão magoado, Matteo. - Ela, ri da atitude do amigo.

Sebastian retorna ao quarto, aparentemente incomodado com alguma coisa.

---- Que cara é essa, Sebby?

---- Acharam, a Chloé. Ela está na UTI, parece que sobreviveu ao naufrágio, quando Valete à sequestrou. - Disse, Sebastian.

A notícia espantou os dois, que trocaram olhares arregalados.

---- Meu deus, mas ela vai morrer? -Matteo, questiona.

---- Não sei. 

---- Céus…. - Murmurou, Matteo com a mão no peito.

---- Melhor irmos, Audrey. Acho que as coisas só irão piorar, por aqui. Perdoe-me, Matteo. Precisamos ir. - Disse, Sebastian que segurou o braço de sua noiva.

Audrey se despede de Matteo. O casal sai para fora, deparando-se com inúmeros médicos e enfermeiros, correndo de um lado para o outro. Tentando conter os fotógrafos e jornalistas, que tentavam invadir o hospital.

---- Meu Deus, isso tudo é por conta, de Chloé Beauvoir? 

---- Dá pra acreditar? - Sebastian, murmura.

---- Pior que não.

---- Chloé ama ser o centro das atenções, duvido que se ela estiver acordada, não esteja amando ver todos esses fotógrafos e jornalistas atrás dela. - Disse, Sebastian.

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----- Acharam, minha Chloé? - Perguntou, Karlheinz. Virado na direção dos policiais.

---- Sim, Senhor. Chloé Beauvoir está nesse minuto na UTI. 

---- O que houve? 

---- Encontramos sua noiva, no fundo do lago. Depois que Valete fugiu com o barco, ficamos sabendo que ele estava levando uma mulher, como refém. Imediatamente, nossas suspeitas caíram, na Lady Beauvoir. Depois do naufrágio, começamos nossas buscas pelo Valete, mas felizmente achamos, Chloé. - O policial, narra.

---- E, como ela está?

---- Desacordada. Foi sorte temos encontrado, antes que ela morresse. Ela teria morrido congelada.

---- E, o Valete? Ele estava no barco, não é? Pegaram ele?

---- Infelizmente, não encontramos nada sobre o Valete. Achamos que ele fugiu, ou, morreu. Mas, por enquanto estamos considerando um desaparecimento.

---- Maldito….. - Disse, Karlheinz.

---- Não se preocupe, Lord Karlheinz. Preocupe-se em colaborar com os depoimentos. Precisamos de sua ajuda, para descobrir quem é o tal, Valete

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Audrey Chermont

Estava esperando o momento de chegar em casa e tirar meu sutiã. Estou exausta. Preciso urgentemente de um banho e de uma tarde de sono.

---- Alfred? - Chamo, ao ouvir um ruído esquisito vindo do andar debaixo.

Levantei meu braço e passei minha camisa por cima da cabeça. Peguei o roupão dentro do guarda-roupa, e logo em seguida tirei a calça e a roupa íntima. Vesti o roupão já sem nada por baixo, ouvindo o barulho lá embaixo que me incomodava profundamente.

---- Alfred é você aí embaixo? - Pergunto, abrindo a porta do quarto. 

Aproximo-me do guarda-corpo da escada,e me inclino, mas não tem ninguém lá embaixo e acho que a porta não foi sequer aberta.

Decidi ir pro banho, embora fosse muito esquisito. Eu não me recordo de ser uma pessoa que ouve coisas. Segui até o banheiro que ficava ao final do corredor.

Nunca achei que fosse ficar tão feliz por ter uma banheira, principalmente por ela ser enorme e só minha. Ligo a água, no nível médio, com bastante bolhas e modo hidromassagem. É a primeira vez, que vou desfrutar dessa banheira, geralmente eu sempre uso a ducha, porém estou necessitando relaxar.

Abri as cortinas do banheiro, para poder observar melhor o por do sol, no topo das árvores, enquanto tomo meu banho. Abri a porta de vidro da minha sacada, deixando o aroma gostoso das plantas do jardim invadirem o cômodo. 

Joguei sabão para fazer bolhas e um óleo de rosas,  na água, quero ficar o mais relaxada possível, essa tarde. Tirei meu roupão e subi o pequeno degrau da banheira e entro na água.

 Hmm. Isso é muito bom.

Fico no banho um bom tempo, observando o sol ir embora, bem devagar, conforme os minutos vão passando. A vista daqui é maravilhosa. É incrível como a natureza pode mudar o nosso estado de espírito sem nenhum esforço.

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Caminho até meu quarto, secando meu cabelo com a toalha.Foi bom ter tomado esse banho. Estava precisando me sentir bem comigo mesma, depois dessa semana estressante e cansativa.

Solto um grito, ao abrir a porta do meu quarto. Tão alto que foi o suficiente, para que eu me assustasse duas vezes. 

---- Boa tarde, Senhorita. - Disse a mulher, que apareceu do nada em meu quarto.

---- Céus. Me perdoe, Senhora….

Por que eu estou me desculpando? É ela quem devia se desculpar por ter me assustado. Quem é essa mulher, afinal? Nossa, ela parece muito uma bruxa. Esse cabelo escuro, mas com leves fios brancos presos em um coque, junto com essas rugas e linhas de expressão, no rosto, e o vestido longo e preto, causam arrepio em qualquer um. Sem contar que essa expressão fechada e esses olhos profundos, me causam arrepios. Essa mulher parece ser um ser do mal.

---- Audrey…. - Ouvi a voz de Sebastian, lá embaixo. Ele está subindo às escadas e pelo visto trouxe, Alfred.

Assim que os dois entraram achei que fossem estranhar a tal Senhora, porém uma parte de mim se incomodou ao notar que pelo visto, eles a conheciam. 

---- Boa Tarde, Senhora Schmidt. Fico feliz que tenha chegado bem de sua viagem. - Disse, Sebastian. Sorrindo calorosamente, para a mulher.

---- Claro, Lord Michaelis. Sair da Alemanha e vir à Inglaterra, para trabalhar em sua casa é uma honra. - Ela, responde. Com palavras amigáveis, mas nenhuma simpatia aparente no tom de voz e na expressão de seu rosto.

Cruzes. Essa é a mulher mais fria que eu já conheci. Chega até a ser mais assustadora que a expressão de raiva, do Lord Michaelis, quando eu faço alguma pergunta.

---- Audrey, essa é a Senhora Shmidt, ela será quem ficará responsável por seus cuidados.

Obrigada, mas não preciso de uma babá. Ainda mais quando é uma mulher que parece sugar minha alma com os olhos.

---- Serei quem cuidará de todos os assuntos, que tenham ligação com sua vida, Senhorita Chermont: Educação, Conforto, Boas-maneiras, Roupas, Horários, Tarefas e Ensino doméstico.

---- Claro…. - Murmurei, tentando não demonstrar o quanto isso me incomodava e muito.

---- Senhora Schmidt, ficará hospedada nos quartos do andar de baixo, do quarto da noiva. Desejo boas-vindas e que sinta-se em casa, a partir de hoje. - Sebastian, acalenta.

---- Por favor, Lord Michaelis, pode me chamar de Rossie. Esse é o meu nome.

---- Claro, Rossie. Seja bem-vinda. E, Audrey, não esqueça que terá de escolher sua Aia, peça ajuda a Rossie. Ela irá ser sua conselheira, a partir de hoje. - Sebastian, anuncia. Antes de sair do quarto ao lado, de Alfred.

E, lá estava eu. Sozinha com essa mulher, que me observava com tanta atenção e seriedade, no semblante, que mal dava para adivinhar o que ela estava pensando.

---- Então, Rossie, eu lamento muito, mas não tenho o menor conhecimento sobre esse….

---- É, Senhora Schmidt. - Ela me corrige, cortando minha frase, e sendo tão fria e rude, que eu tive que me calar. 

---- Desculpe, eu….

---- Por que não está vestida, adequadamente? - Outra, pergunta. 

---- Eu acabei de sair do banho…. - Esclareço.

Ela deu passos curtos em minha direção.

---- Lady Chermont, preciso deixar claro que minha presença, nesta mansão, não é em vão. Você precisa de correção e disciplina. Muita disciplina, aliás. Uma dama, de verdade, jamais se comporta dessa maneira. Inclusive, acho uma falta de respeito de sua parte, aparecer aqui somente de roupão, quando dois cavalheiros estão na sua presença. Você é uma Dama e deve ficar apresentável, sempre que alguém quiser estar em tua presença. - Ela, reclama. Fazendo com que eu me sinta um pouco desconfortável.

---- Eu não sabia que….

---- Uma dama de verdade, sempre preocupa-se com a forma que será vista, diante dos outros. Deveria começar a preocupar-se mais com isso, Lady Chermont: Sua imagem é o primeiro meio de contato com as pessoas.

Não quis arriscar falar mais nada. Tudo o que eu falasse,com certeza ela irá rebater com algum argumento.

----- Vista-se, imediatamente, Lady Chermont.



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