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História CILADA -Noiva de Sacrifício - Le sang Parte 2


Escrita por: LOLAtrancyy

Notas do Autor


ATENÇÃO! RECADO IMPORTANTE:

Nossas obras estão migrando para outra plataforma, a partir de hoje, Cilada e Yes My Lady, podem ser acompanhadas em: NOVEL TOON.:Rede social, também usada para a divulgação de obras.

Por isso,recomendo a todos os leitores esse aplicativo, pois além de Fanfics,Chat Novels e Obras originais, o Novel Toon, também divulga Mangás de graça.

P.s E também anda precisando de escritores e obras, já que tem muitas fanfics de "Nerd e popular" e " A dona do morro". ( Coisas que quem gosta de ler fanfics, já tá cansando de ver).

Se por acaso gostar do NovelToon, deixarei os links abaixo:

YES MY LADY - https://h5.mangatoon.mobi/contents/detail/490018?language=pt

CILADA - http://h5.mangatoon.mobi/contents/detail?id=490343&_language=pt&_app_id=2
P.s o nome da Fanfic está diferente, mas o conteúdo é o mesmo.

( Caso não consiga abrir o link, procure por meu perfil: LOLA, ou, pelos nomes das fanfics na barra de pesquisa, ou, me chame no pv, que eu ajudo a achar).
Boa leitura!!

Capítulo 62 - Le sang Parte 2


Londres

Mansão Sakamaki


Aline estava com o pé amarrado a uma corrente. Ela debatia-se dentro do cômodo escuro, para tentar soltar-se. Ela puxa com força, porém a corrente apertava cada vez mais, conforme ela se esforçava.

---- Alguém me ajuda… - Murmurou, Aline. Olhando ao redor.

Kanato abre a porta, fazendo-a emitir um ruído estranho. 

---- Eu não consegui não pensar em você. - Disse, Kanato.

Aline arregalou os olhos. Kanato exibiu uma tesoura e agulhas. A corrente começou a balançar com força assim que Aline voltou a se debater

.Kanato prensou o pescoço dela contra o chão e pegou a tesoura.

--- O que você vai fazer?

--- Está vendo essa boneca? - Kanato, exibe uma boneca de pano, com cabelos pretos e curtos, toda costurada e com alguns cortes na parte do rosto.

Aline não respondeu e nem fez um gesto.

---- Eu quero fazer isso em você. Quero que você seja minha bonequinha. - Kanato, anuncia. Sorrindo para ela.

---- Não! - Ela, grita. Debatendo-se.

---- Shh! Não se preocupe. Vou ser gentil, contigo. Vou fazer os cortes devagar, e depois costurar com delicadeza.

---- NÃO!! - Ela, berra. Esticando a mão e derrubando Kanato, que recebeu um tapa e caiu para o lado. Que derrubou as agulhas foram espalhadas pelo chão.

Aline estica-se na direção da porta. Ela começa a puxar a corrente com força, para quebrar o suporte na parede. Kanato pula na direção dela, com a tesoura nas mãos.

---- SAI! - Ela, grita. Segurando a mão dele e impedindo que ele a acerte.

Kanato solta-se das mãos de Aline, e golpeia o rosto dela com a tesoura. Aline fecha o olho ao sentir a tesoura acertar seu rosto. A linha de sangue surge de repente no rosto de Aline, fazendo-a ficar apavorada e ao mesmo tempo, com mais coragem de sobreviver.

Aline golpeia o rosto de Kanato com o cotovelo. Quebrando o nariz do jovem, que logo em seguida recebeu uma cabeçada na testa. Kanato acaba se desequilibrando. Dando mais tempo para Aline, continuar tentando arrebentar o suporte.

Ela pega uma das agulhas e estica-se para tentar arrombar o cadeado, Kanato surge logo atrás com a tesoura, Aline vira-se e agarra o pescoço do menino com força. Aline aplica um soco com força. O menino se desequilibra e acaba batendo a cabeça em um espelho. 

Aline consegue abrir o cadeado com duas agulhas, e soltar-se da corrente. Ela levanta com um pouco de dificuldade. E, pega a tesoura por precaução. Kanato continua desmaiado quando ela consegue sair do cômodo e trancar a porta.

Aline encara o corredor da mansão Sakamaki, iluminado por alguns candelabros velhos e empoeirados, e caminha em estado de alerta. Ouvindo o estalar da madeira apodrecida, quando seus pés tocavam o chão.

Ela vira na direção da escada, conseguindo observar do alto, Leito dormindo no sofá, porém sem a presença de Shuu. Ela encosta na parede tentando pensar em um plano. O sofá está em frente a lareira, o que dava a chance de ela passar atrás dele, sem que Laito a visse, porém poderia ser uma armadilha, já que Laito poderia estar fingindo dormir.

---- Céus… - Murmurou, Aline. Ao ouvir a porta de um dos quartos abrindo, e Shuu sair do cômodo.

Ela corre para a escada, sem muita opção, por pouco não sendo vista por Shuu, que virou-se de costas, para fechar a porta antes que pudesse vê-la. Aline caminha na ponta dos pés, observando somente o chapéu de Laito fora do sofá. Ele deveria estar deitado e usando o chapéu para cobrir o rosto.

Aline agachou-se, e desceu os últimos degraus. Ela sai se arrastando pela sala, com medo de fazer algum ruído,que chamasse a atenção. Aline observa a porta, sentindo-se aliviada por estar quase chegando. Shuu bateu uma porta no andar de cima. E ela imediatamente se esconde atrás de uma mesa, ao percebê-lo descer às escadas.

---- Droga! 

O vampiro chega perto da lareira, olhando fixamente para o sofá. 

---- Que merda é essa? - Exclama, Shuu. Pegando um boneco todo feito de pano e costurado, que vestia um chapéu muito parecido com o deLito.

---- Kanato, seu merda! - Ele arremessa a imensa bola de algodão ao fogo, e em poucos minutos tudo transforma-se em cinzas. --- Kanato? - Shuu, volta pro andar de cima, e Aline se desespera. Ela precisa agir logo antes que Shuu descubra, de sua fuga. 

Ela corre até a porta e usa duas agulhas para abrir, e não esperar nenhum segundo para fugir. Aline parte na direção da floresta, mancando bastante e temendo voltar a ver o rosto dos Sakamakis, outra vez.  

 

-------

Alguns anos atrás

Londres

Casa da família Russell

18: 34

Aline Russell

Preciso ser rápida. Se souberem que eu sai, vai dar tudo errado, papai vai me matar. Por sorte, a estrada está deserta e meu ponto de encontro está próximo. Já consigo ver o carro, de Henrique. Preciso me controlar para não surtar antes da hora.

---- Henrique, me desculpe pela demora! - Falo, abrindo a porta do carro e entrando.

---- Achei que não fosse vir, Aline.

---- Acredite eu não ia perder essa chance.

---- Trouxe o contrato preenchido? - Ele, pergunta.
---- Trouxe. Aliás, muito obrigada, por ter me arranjado esse teste. Tomara que eu passe e entre na academia de dança, de Londres. 

---- Não fique contente, eu ainda não cumpri a parte do nosso contrato: Um empresário tem que cumprir suas tarefas.

Arrumei meu cabelo no espelhinho. Me sentindo alegre por ter chegado aqui viva, sem que papai arrancasse meus cabelos, ao me puxar pra casa. Henrique segurou meu rosto e virou na direção dele. Ele inclina-se em minha direção, porém eu desvio.

---- Preciso ir, Henrique.

---- Aline, espera. 

---- Henrique, nós não podemos fazer isso. Você é meu empresário, seria um pouco… Estranho!

---- Achei que meninas de 17 anos achavam homens mais velhos atraentes.

---- Eu não me sinto confortável para isso agora….

Henrique fica em silêncio. Sinto vergonha de olhar para ele. 

---- Tudo bem, Aline. Não precisa se sentir mal. Eu já disse que vou respeitar sua decisão: Somos amigos, afinal.

Henrique lança um sorriso na minha direção, e eu fico com as bochechas vermelhas.

---- Ei! Não me olhe assim.

---- Tudo bem, Desculpa. Preciso ir,

Abri a porta e acenei para Henrique antes de sair. Preciso voltar pra casa antes que Chloé abre a boca. Ela é muito fofoqueira.

--- Aí! - Grito, assustando-me com o som de uma sirene que surgiu, de repente. 

Uma viatura estacionada acende os faróis. E, não preciso fazer muito esforço para descobrir quem é.

---- Aline! - Meu pai, esbraveja. Saindo do carro vestindo seu uniforme de policial. Com muita raiva e com os punhos fechados. 

---- Papai! - Murmurei, com medo ao vê-lo andando na minha direção.

---- O que está fazendo aqui, menina? Tá maluca! -Meu pai, agarra em meu braço e me sacode.

---- Aí pai está doendo.

---- Entra no carro agora, Aline!

Entrei no carro e me sentei no banco do passageiro, ao lado do de meu pai, que acendeu a sirene da viatura e partiu para estrada. Fiquei com medo ao perceber que ele não estava indo para casa.

---- Pai, onde você vai?

---- Quem era esse homem?

---- Qual homem? Não sei do que o senhor está falando.

---- NÃO SE FAÇA DE IDIOTA!

Percebi o carro de Henrique à frente. Papai acelerou e ficou ao lado do carro dele.

---- Encosta! - Ele, ordena.

Henrique ficou assustado, porém parou imediatamente. Papai encosta e desce.

---- Algum problema, policial? - Henrique, perguntou descendo do carro.

Papai aproximou-se com o punho cerrado e acertou o rosto de Henrique com um soco. 

---- PAPAI NÃO! - Grito, abrindo o vidro.

Meu pai segura meu amigo pela roupa, agredindo-o com mais força e mais fúria. Vejo sangue escorrendo pela pele branca, do único que poderia fazer com que meu futuro na dança desse certo. Saio do carro e empurro meu pai para o lado, para que ele se afaste e não piore mais nada.

---- Deixa ele em paz! - Grito.

---- Se mexer com a minha filha mais uma vez, eu te mato! - Meu pai, ameaça. E, em seguida entra no carro.

---- Henrique, me desculpa! - Afirmo, com lágrimas nos olhos. Ao perceber que tudo está arruinado.

Voltei para dentro da viatura.

 

-------

---- Você foi longe demais, menina! - Papai, entra comigo em casa, me puxando pelo braço.

Eu estava desolada. Vim o caminho todo chorando baixinho. Me sentindo uma inútil por ter colocado tudo a perder. 

---- O que você pensa que estava fazendo com aquele maluco? Você ficou maluca, Aline?

---- Alfred, o que está acontecendo? Por que está gritando assim? - Mamãe, surge do nada, vindo da cozinha ao lado de minha irmã.

--- Aline saiu de noite para se encontrar com um homem.

Mamãe e Bianca se entre-olharam e depois me fitaram.

---- É verdade, Aline? - Mamãe, pergunta.

---- Não foi bem assim…

---- Claro que foi. Ela foi se encontrar com o tal, Henrique.

---- Henrique, o ladrão de carga? - Bianca, pergunta.

---- Ex-ladrão. Ele fez faculdade e é empresário, agora. - Interrompo.

---- Como você consegue ser tão burra, menina? Eu já disse que não quero você andando sozinha, por aí, ainda mais depois que esses marginais estão soltos. Esse Henrique era chefe de gangue, Sarah.

---- Aline, minha filha, por que…? - Mamãe, está em choque. Como se não acreditasse.

----- Porque, ela está tentando fugir, para Londres, mamãe.

Chloé surge no alto da escada, com sua nítida expressão cínica de sempre. Ela sorri diante do caos e começa a brincar com o cabelo, enquanto todos os olhares voltam-se para mim.

--- Foi você, sua cachorra…. - Murmurei.

--- Aline, não chame sua irmã assim. Chloé só quer te ajudar. - Mamãe, me repreende. 

--- Papai não acredita nela.

--- Ah não? E o que é isso? - Papai, exibe a cópia do contrato. Me deixando apavorada.

Chloé mostrou para ele a cópia do contrato que Henrique me deu, a qual eu tinha guardado dobrada em meu porta jóias.

Aquela maldita…

---- O que é isso, Aline? - Mamãe, está lendo o contrato. Olhando para mim e desacreditada.

---- Você ia fugir, com esse homem. E, pior de tudo. Falsificou minha assinatura. 

--- Como? - Mamãe, pergunta. Olhando para mim e com uma expressão de espanto e decepção.

Sinto-me envergonhada. A expressão de mamãe faz com que eu me sinta culpada, e ainda por cima, decepcionada comigo mesma por eu ter quebrado a confiança dela.

---- Por que fez isso, Aline? Nós nunca te ensinamos isso.

---- Eu devia te mandar para cadeia, Aline. Isso que você fez é um absurdo. - Papai, esbraveja. Amassando a cópia que estava nas mãos de minha mãe.

---- É mesmo, Aline. Muito feio da sua parte… - Chloé, fala. Caçoando de mim, indiretamente.

---- Ninguém te perguntou nada, sua vagabunda! - Mostro os dentes para ela e grito.

---- Chega! Parem com essa briga idiota. - Mamãe, pede. ---- Aline eu estou muito decepcionada com você. Não posso acreditar que ia fugir de casa com um homem e ainda por cima mentindo para nós. O que estava pensando?

---- Eu quero entrar para academia de dança, de Londres. Por isso. - Revelo, mas isso não muda as coisas.

Papai está uma fera, e com certeza nunca irá me perdoar por isso, porém o que me dói mais é a tristeza no rosto de mamãe e a dor que com certeza ela está sentindo agora. Bianca ainda está desacreditada como se não soubesse o que fazer. Ela sempre esteve do meu lado, mas sei que agora está dividida. Chloé exibe um sorriso diabólico diante do caos que ela causou. Eu a odeio muito nesse momento, mais do que eu odiava antes.

---- Mamãe, por favor….

---- Não diga mais nada, Aline. Eu não quero ouvir mais nada… - Mamãe, está com lágrimas nos olhos. E, automaticamente eu também começo a chorar.

Mamãe vira-se e sai andando com a cabeça baixa e chorando baixinho, como ela sempre faz quando está decepcionada.

---- Papai você não devia dar uma lição, em Aline? - Disse, Chloé. Ainda não terminando de soltar seu veneno.

Bianca arregala os olhos.

---- Suba para o quarto, Aline. Vou resolver esse assunto, agora!

Estremeço, porém obedeci a ordem de meu pai. Passei ao lado de Chloe, que sorriu para mim. Entrei no quarto ao lado de meu pai, sentindo arrepios fortes.

---- O que te deu, Aline? Por acaso acha que eu sou idiota? Eu trabalho horas para cuidar de você e suas irmãs, e de repente isso acontece? Como acha que eu me sinto?

---- Papai eu só fiz isso, porque quero correr atrás de meus sonhos. 

--- Que sonhos, Aline? Acha que dançar vai te dar dinheiro? Trabalho duro dá dinheiro. Eu devia colocar você para trabalhar na lavoura, junto com sua mãe.

---- Eu não vou passar minha vida toda preparando terra, para plantação, essa não é a minha vida, pai. 

---- Você não vale nada… - Ele, balança a cabeça e reprova minha atitude.

---- Eu não vou morrer vivendo do campo, como uma camponesa. Eu quero a cidade. Quero dançar nos palcos e conseguir dinheiro, sem precisar fazer esse trabalho porco.

Papai respondeu a minha ofensa com uma bofetada forte no rosto. Fazendo-me cair para o lado, em cima da cômoda do meu quarto. Derrubei meu porta-jóias e o prêmio de ballet, que ganhei na escola, quando tinha cinco anos. 

---- Esqueça essa besteira. A partir de hoje, irei te educar como merece. Vai trabalhar duro e ajudará na casa, como todos nós. 

---- Eu não quero! 

---- Você não tem que querer nada. 

---- Odeio você! - Grito, com raiva dele.

Papai ficou mais furioso que antes. Ele tira o cinto e meu coração acelera.

--- N-não… - Murmurei, esticando a mão e tentando correr. Ele me acerta com força nas costas e eu caio no chão.

Papai começa a me bater com força usando o cinto de couro, que fazia parte de seu uniforme. Sinto o couro instalar em minhas pernas e no meus braços. Encolho-me no chão e começo a chorar e emitir gritos, por conta da dor extrema. Papai aumenta a força, conforme meus gritos vão aumentando. Cobri minha cabeça com minhas mãos, sentindo a minha pele rasgar com as batidas. A fivela bate com força na pele das minhas costas. Atingindo meus ossos e tornando a minha agonia ainda pior.

---- PAPAI, PARA! - Bianca, grita. Entrando no quarto e segurando meu pai, que já estava com o braço esticado, para me bater novamente.

---- ALFRED! - Mamãe, grita. Com os olhos arregalados e pálida, ao ver meu pai segurando o cinto.

Ele nunca me bateu. Nem mesmo de forma simples, ou, quando eu desobedecia quando criança. Encaro meu pai com lágrimas nos olhos e com meu cenho franzido.

Meus braços e pernas estão repletos de marcas vermelhas e roxas que não param de arder.

Papai encara minhas feridas, e logo em seguida fica pálido, percebo a mãe dele ficar trêmula e seu olhar ficar pesado.  

---- Eu te odeio, pai!

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---- ME SOLTA! - Grita, Aline. Sendo agarrada no meio da floresta, por Laito. 

Laito agarra a garota por trás e tenta puxá-la. Aline grita o mais alto que pode, mesmo sem ter esperanças que alguém a escutaria. Laito tenta desequilibrar sua vítima, porém Aline mostra-se mais resistente. Ela consegue afastar Laito, após acertar o rosto dele com uma cotovelada e sair correndo na escuridão.

Laito não desiste fácil. Ele a persegue, determinado em levá-la de volta.

Aline corre no meio da estrada vazia, acelerando o máximo que pode. Laito consegue alcançá-la e agarrá-la pela cintura. Os dois caem no chão e começa uma luta. A jovem acerta seu agressor com tapas, e ele revida tentando segurá-la. A nuca de Aline bate com força no asfalto quando ele a atinge com um soco forte. Aline fica tonta e ele se aproveita, para levá-la.

 

Laito coloca o corpo de Aline em cima do ombro, e saiu carregando sua vítima na estrada escura, porém se percebe-lá pegar uma tesoura que estava escondida e atravessar as costas dele com ela. Laito solta um grito em resposta e seu sangue mancha as mãos de Aline.

 

Ao ver seu inimigo indefeso no chão, ela aplica o mesmo golpe repetidas vezes, só que no peito do Leito. O rosto de Aline fica sujo dos respingos de sangue, e assim que percebe que livrou-se de seu inimigo. Continuou sua corrida para longe.

 

 

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Audrey Chermont

 

06: 34 A.M

 

Desci a escadaria tomada pela minha ansiedade, meu coração está acelerado e eu consigo sentir a alegria correndo em minhas veias. 

---- LADY CHERMONT! - Sra. Schmidt, berra no final da escada. Vindo atrás de mim ao perceber que larguei minha aula sobre educação domiciliar, ministrada por ela.

---- Matteo! - Digo, abraçando-o com força.

---- Princesa, Audrey! - Matteo, me abraça.

Eu estava louca para vê-lo. Nem acredito que ele veio me visitar, ainda mais com esse tempo péssimo. 

---- Queridinha, eu senti tanta saudade! - Matteo, acaricia meu rosto fazendo-me sorrir.

---- Sua perna está melhor?

---- É, eu só fiquei com umas feridas físicas, e psicológicas claro, porém estou melhorando. Nada que uma terapia não faça por mim.

Oh…

---- Senhor….

Matteo solta um grito fino, ao deparar-se com Sra. Schmidt atrás dele. Ele se esconde atrás de mim e fica pálido ao perceber a aparência sinistra de minha nova acompanhante.

---- Audrey, que tipo de fantasma maligno é esse? -Matteo, murmura em meu ouvido.

--- Eu estou ouvindo, Senhor! - Ela, protesta. Fechando a cara para ele.

--- Santa Madonna, alguém está precisando de um esteticista para tratar as rugas. - Disse, Matteo. Fazendo Sra. Schmidt ficar mais enfurecida.

---- Esse é Matteo, meu estilista. - Anuncie.

---- Sei… Muito arrogante, por sinal.

--- E, a Senhora tem rugas muito profundas para alguém se diz ter menos de 60 anos. 

--- Matteo! - Resmungo, pisando no pé dele.

--- Aí!

--- Humpf! - Ela resmunga e sai andando, batendo os pés no chão.

--- Credo. Que mulher mais sombria e ainda por cima se veste toda preto, parecendo um corvo e nem pinta os cabelos grisalhos.

---- Não é só isso que faz ela ser uma criatura maligna… - Afirmei.

--- Não me diga que esse projeto de invocação do mal é quem te dá aulas de educação matrimonial.

Faço que sim com a cabeça.

--- Melhor você fazer um curso de exorcismo, também. Daqui a pouco, ela desce as escadas de quatro e com sangue na boca.

 

----------- 

---- ARG!

--- O que foi, Matteo?

--- Nada. Só essas roupas ridículas que essa tal de Sra. Schmidt separou para você usar na universidade.

---- Mas,esse é o uniforme. - Afirmo.

--- Exatamente, não tem nenhum enfeite, ou,acessório. E, ainda por cima ela te deixa parecendo uma estudante alemã, de colégio de freira. Em que século essa mulher vive? - Ele, remexe meu guarda-roupa. Analisando minhas roupas.

Julia e Laura surgem com a roupa passada, e Matteo aproveita para observar minhas novas empregadas.

---- Quem são?

--- Julia e Laura, minhas novas criadas.

---- Prazer, Sr. Le Roux. - Elas, reverenciam, Matteo.

--- Hm. Audrey posso usar suas meninas um pouco?

--- Por que? - Julia e Laura, ficam com cara de dúvida.

--- Meninas, que tal se vocês nos ajudassem a escolher linha e tecidos. Precisamos deixar a Lady maravilhosa, para seus dias na universidade.

Elas ficam sem entender, mas concordam com a cabeça.

---- Ninguém irá sair…. 

--- A bruxa voltou. - Matteo, resmunga. Olhando na direção da Sra. Schmidt parada na entrada do quarto.

---- Por que não? - Pergunto.

---- Porque, minha Lady, ainda estamos sob ameaça de um assassino. E, Lord Michaelis me pediu que não te deixasse sair.

---- Precisamos de tecido. - Afirmo.

---- Pode usar os que tem aqui.

---- Esses tecidos de quinta categoria? Não servem. - Matteo, afirma. Pegando um tecido da cesta que Julia trazia em mãos, junto com a roupa passada.

---- Senhor, nossos tecidos são de excelência. 

--- Pois, eu digo que não. Julia e Laura, por favor vão até a vila e compre tecidos e linhas. Quero todos desta cor. - Matteo, dá um papel para Julia. E as duas estão prestes a sair.

---- Não!  - Sra. Schmidt, rosna. E as duas paralisam e voltam.

Matteo e Schmidt se encaram. E, sinto um conflito começando entre eles.

---- Nossas empregadas não irão ao vilarejo.

---- Por que? Se não podemos sair elas podem. - Matteo, anuncia.

--- O senhor não pode dar ordens a nossas empregadas, sem minha autorização.

--- Perdoe, Sra. Schmidt, mas acho que está confundindo as funções aqui: Elas devem fazer o serviço que Lady Chermont, não pode por conta do isolamento e a Sra. deve aconselhar, apenas isso.

Ela franze o cenho. Os dois voltam a se encarar com raiva. 

---- Julia e Laura podem ir, estou dando permissão - Ordenei. E as meninas partem sem dizer nada e encolhidas.

Sra. Schimidt fica de boca aberta e com mais raiva ainda, ao perceber que eu fui contra uma regra sua. Matteo por outro lado sorriu e ergueu a sobrancelha, para ela.

---- Senhorita, Chermont, como ousa desobedecer? Está cometendo um grande erro. - Ela caminha na minha direção, repreendendo-me por ter sido contra ela.

---- A decisão já está tomada: Lady Chermont, já deu sua palavra. Acho que seus conselhos já não são mais úteis por aqui, Sra. Schmidt. Por que não vai para seu quarto, descansar um pouco, passar uma máscara verde em seu rosto e por pepinos em suas olheiras? - Matteo, se coloca na frente dela antes que ela chegasse até mim. E dá um sorrisinho falso.

Ela fica mais enfurecida e bate a porta ao sair. Engulo seco ao perceber que com certeza ela irá cobrar isso de mim, mais tarde.

---- Hmf, Velha coroca. E ainda por cima acha que a casa é dela, folgada! - Disse, Matteo. Balançando seu leque. --- Deve ser falta de sexo.

 

-------- 

---- Você viu o jeito que ela enfrentou,Sra. Schmidt? - Laura, exclama. Rindo alto e correndo ao lado de Julia, no meio da chuva até o carro.

---- Sim! Foi muito bom! - Júlia, exclama. Também rindo.

As duas criadas entram no carro, ainda com altos risos por conta dos acontecimentos exclusivos, dentro da mansão.

---- Eu nunca achei que fosse viver para ver, Lady Chermont, fazer isso com ela e ainda deixar Matteo Le Roux enfrentá-la.

--- Eu acho que gosto mais de Lady Chermont, agora, e amo Matteo Le Roux. - Disse, Laura. Secando o cabelo louro e molhado com a blusa.

Julia liga o carro e as duas partem para a entrada da mansão. Os portões são abertos e as duas pegam a estrada chuvosa, em direção a vila.

--- Nossa, que chuva. - Exclamou, Laura. Percebendo a dificuldade de enxergar a estrada com as gotas de chuva.

---- É, felizmente eu sou uma boa motorista! - Disse, Julia.

--- O que é aquilo? - Pergunta, Laura.

--- Isso o que? - Disse, Julia erguendo o pescoço para enxergar.

O carro acaba dando um tranco ao colidir-se com algo. Assustando as duas criadas que notam o reflexo de uma pessoa a frente, que é atingida pelo carro. Julia e Laura, descem do carro, rapidamente, e notam o corpo de uma garota caído em frente,ao carro.

---- Céus! - Exclamou, Julia.

 

------ -------- -----

---- SENHORITA CHERMONT! - Ouvi, gritos vindo do corredor de meu quarto. Laura parecia assustada.

Matteo e eu nos levantamos de nossas cadeiras e percebemos quando ela e Julia, entraram carregando o corpo de uma garota.

---- Meu Deus! - Exclamei.

Matteo tira meus lençóis brancos, para permitir que as empregadas coloquem  a ferida em minha cama.

---- O que houve aqui? - Sra. Schmidt aparece, percebendo a confusão.

Julia está em prantos. Ela tenta falar mais começa a soluçar e a ficar vermelha.

---- Julia atropelou essa moça, na estrada.

--- Céus! Laura traga água quente e curativos. Precisamos salvar essa moça! - Matteo, pede e Laura obedece.

---- Senhorita…. - Julia anda na minha direção com lágrimas nos olhos. --- Me perdoe, eu não queria fazer isso, porém eu não podia deixá-la na chuva.

---- Deveria ter chamado o médico, Júlia. Essa mulher não pode ficar aqui! - Sra. Schmidt, reprovado. Fazendo Júlia se sentir  mal.

---- Ela não teve culpa! - Exclamei, revoltada pela atitude.

---- Dá próxima vez peça a um motorista que te leve. Não pode sair causando acidentes, sua irresponsável. - Ela continua, brigando com Julia.

---- Dá pra parar de brigar com ela. Ela não teve culpa! - Esbravejo, defendendo Julia.

A ferida começa a tossir sangue, e Julia correu para ajudá-la. Ofereço alguns tecidos, para que Julia contenha o sangue e ajude essa pobre, moça. Não me importo de perder uns lençóis para ajudar uma pessoa.

---- O que está acontecendo aqui? - Ouvi, Sebastian esbravejando com alguém no andar debaixo.

Oh não. Essa situação não poderia ficar ainda pior.

---- O que houve aqui, Audrey? - Sebastian, exclama. Irritado com a confusão e junto com  Alfred.

---- Aline….? - Alfred, murmura. Olhando para a ferida em cima da minha cama.Todos nós ficamos em silêncio. Inclusive, Matteo e Laura que estavam bem atrás dos Lord com remédios e água.

---- Papai…? - A ferida, murmura. Com a cabeça no colo de Julia.

Encaro Alfred, que fica mais pálido do que todos nós que já estávamos com as emoções à flor da pele, por conta da confusão.

 


Notas Finais


Gente, sobre o nome da fanfic estar diferente no NovelToon, não fiquem preocupados, pois nós ainda estamos nos ajustando aos preferenciais do público dele.

Inclusive, para quem já está cansado de tentar carreira pelo Wattpad, eu super recomendo esse aplicativo, porque foge completamente dos padrões modinha de plataforma de leitura.

( E dá para ser contratado, como escritor)


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