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História Cinco Minutos - Existe 0,1 em mim


Escrita por: deteguk

Notas do Autor


Boa noite!
Desculpem a hora, desculpem o dia, mas a internet está péssimaaaaaaaaaa. Vocês não têm noção.
Bom, era para ser postada no domingo, mas o retardado aqui ficou sem internet o dia todo, mas ok. Estou postando agora.
Quero que vocês deem muito carinho a essa fanfic, de verdade. Ela meu mais novo amorzinho e vocês não têm não do quanto eu me emocionei escrevendo isso com a Dari. Foi muito lindo, então espero que gostem assim como nós.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Existe 0,1 em mim


Acordei cedo com o corpo completamente suado, eu tive mais um daqueles pesadelos. Detesto quando acontece, mas é comum. Não são pesadelos com mortes, sangue ou monstros inimagináveis. Esses pesadelos são aquilo que chamam de “sonhos ruins” e que não foram motivos o suficiente para minha mãe me levar a um psicólogo.

São apenas sonhos ruins no fim das contas.

Levantei cansado, eu adormeci de madrugada, mas não estava conseguindo voltar a dormir, mesmo com poucas horas de sono. Cansei de olhar para o teto que era o meu melhor amigo nos momentos de choro e fui para o banheiro, eu precisava de um banho. Esfriar o corpo, esfriar a cabeça.

Eu já estava relaxado, mas logo as imagens do sonho voltaram para minha cabeça apenas para me perturbar, para me lembrar o quanto minha vida não era boa e de como eu não era feliz. Um chefe irritado, um Taehyung decepcionado. Essa frequência de pesadelos estava acabando comigo.

Eles só surgem para me lembrar o quão mal trabalhador eu sou, o quanto mereço ser demitido e nunca aceito em lugar nenhum. Nunca fui bom em nada mesmo. Quem vai querer alguém com habilidades e conhecimentos medianos. Eu não conseguia nem tirar xerox direito, algo bastante simples.

Quem vai me querer como empregado?

Taehyung tinha muita paciência comigo, eu não teria. Já teria me mandado para o olho da rua no primeiro atraso, na primeira reclamação da clientela. Até sobre meu atendimento já falaram para o meu supervisor, eles diziam que eu não sorria, que não era educado, que não desejava um bom dia. Eu era o completo oposto de Taehyung.

Até hoje me lembro do dia que ele veio conversar comigo sobre essas reclamações.

“Eu sinto muito pelas pessoas, como eu sou uma pessoa alegre e divertida, acham que você também deve ser. Você não é obrigado a sorrir e muito menos desejar um bom dia para os clientes. Você é educado e isso é o suficiente, mas eu acho que você poderia se esforçar, dar um sorriso de vez em quando. Eu sei que é difícil para você, principalmente dentro desse cubículo cinza onde te enfiaram, mas só tenta.”

Eu sempre me arrependo da resposta que dei a ele. Aposto que ele achou que fui grosso ou algo assim, mas eu apenas falei a verdade com uma pequena esperança de que ele fizesse algo por mim.

“Eu não tenho porquê sorrir, eu não sou feliz.”

Taehyung ficou apenas de boca aberta e se afastou sem saber o que falar. Acho que não sou digno de pena. Por que ele viraria meu amigo se eu o trato dessa forma.

Comi alguma coisa depois de ficar algumas horas pensando na inutilidade da minha vida. Se eu me arrumasse e saísse de casa mais cedo, poderia chegar no trabalho antes da hora e finalmente vou poder dar um motivo digno de ainda estar trabalhando.

Talvez até arriscasse falar com Taehyung, quem sabe? Talvez um “oi" ou um “bom dia”, talvez pudesse sorrir para um cliente. Talvez as coisas possam melhorar, podem ser diferentes. Eu não quero mais ter pesadelos, não quero mais ser triste, nunca quis, creio eu.

Quero mudar as coisas.

Deixei minha casa e caminhei pelas ruas desertas da cidade, faltavam poucos minutos para dar onze horas e eu chegaria um pouco antes do meu horário de entrada, talvez o menino, o qual eu nunca vi antes, mas trabalha no meu lugar de manhã, ainda esteja lá e posso conhecê-lo. Não sei.

Respirei fundo quando faltavam poucos passos para chegar à papelaria, lá estava ele. Após atender um cliente com a sua filhinha. Estava bastante atento enquanto organizava o dinheiro na caixa registradora. O primeiro minuto estava acabando e eu estou parado no meio da rua, apenas o olhando mexer nos papéis.

Respirei fundo novamente e caminhei em direção ao estabelecimento, não é difícil, não é para ser. Outra cliente entrou na loja e o sinal para atravessar a rua se fechou, tive que esperar. Dois minutos. A menina apoiou-se no balcão, cheio de sorrisos. Taehyung riu, mas não fazia ideia do que estavam falando já que os carros passavam rápidos e faziam muito barulho.

O sinal fechou, três minutos, eu podia atravessar. A menina entregou um papel com algo para Taehyung e saiu dali sem comprar nada. Ela era a famosa cara de pau que dava em cima dos trabalhadores e ia embora. Deve ser comum para ele, afinal quem não se atrairia por alguém tão lindo? Na verdade eu tenho inveja por ser patético o suficiente para não ter coragem nem iniciativa para fazer o mesmo.

Eu só queria poder fazer o mesmo.

Entrei na loja, quatro minutos. O vi acenando para mim com um sorriso simples. Não sei exatamente o que ele falou, fiquei hipnotizado demais com seus olhos brilhantes e rosto corado. Ele parecia bem feliz, e estranhamente, um pequeno fio de felicidade surgiu no meu coração. Aquele sorriso me dava vontade de sorrir. Senti minhas mãos trêmulas quando ele me chamou novamente.

Eu sorri para ele e me forcei a falar, eu tinha que falar.

Mas o idiota aqui apenas continuou andando.

Eu amarelei.

Cinco minutos.


Notas Finais


Boatos de que muita das coisas que escrevemos nessa fanfic já foram sentidos por pessoinhas.

Beijos de um viciado em TaeKook e escravo de SoonHoon.
Nahu


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