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História Cinco Minutos - Existe 22 em mim


Escrita por: deteguk

Capítulo 17 - Existe 22 em mim


Taehyung é persistente.

Em si, tudo teria corrido perfeitamente bem se o Jimin tivesse deixado ele em paz, pelo menos um pouco, a todo momento ele entrava na papelaria com alguma desculpa, eu apenas observava da minha pequena sala com a Beruka, a sorte é que a semana de volta às aulas está próxima, e alguns pais já apareciam com suas intermináveis listas de materiais escolares. Conclusão, enquanto o hyung passava as coisas no caixa eu ajudava as pessoas a encontrar aquilo que precisavam.

Não tive muito tempo para pensar, e quase no final do expediente, quando a última família ia embora com as mãos carregadas de pastas, um senhor entrou afobado querendo umas xerox’s para levar até o banco. Beruka me ajudou muito.

E agora, bom, agora Taehyung está entrando em minha casa enquanto meu corpo todo treme. O que ele vai fazer aqui? Absolutamente nada, nem mesmo tapete eu tenho. Na verdade, nem toalha para minha mesa pequena da cozinha eu me dei ao trabalho de ir atrás. Minha casa é algo que eu odeio tanto que deixei ela mofar em minha própria consciência.

— Então, você não tem televisão. — Taehyung ficou quase cinco minutos encarando a minha sala pequena com um único sofá, parecendo muito impressionado com o que via, mas de um jeito ruim, o que nem é algo que possa me surpreender. — Certo, posso ver seu quarto?

— Hmmm…

— Só quero ver seu quarto, poxa. Não é como se eu fosse encontrar brinquedinhos eróticos lá dentro, não é mesmo? — Lembro da minha forma depravada de hoje cedo, gemendo seu nome enquanto conversava aos berros com seu namorado. Bem ao lado. Como sou um idiota! Só que foi bom. — Certo, você não vai me mostrar então eu o encontro.

E ele passou por mim e minha casa cinza, entrando em meu quarto, todo desarrumado: — Jeon, você não tem nem guarda roupa! Isso é uma casa não um local que você só passa a noite, droga.

Por que ele está irritado com isso? É a minha casa, droga. Eu que deveria estar irritada com ela, não se deu ao trabalho de fazer pelo menos um pouquinho para me animar. Se bem, que eu a odeio, nem ao menos sei quantas partes ela tem ou se existe algum quintal depois daquela porta que vive fechada da cozinha.

— Certo, não quero pensar nisso agora, quero apenas cortar o seu cabelo! Cansado de olhar para seu rosto e não conseguir ver seu olhar. Me irrita, sabia? — Não. Como alguém pode se irritar com isso? Qual a graça de se olhar para além de alguém? Se os olhos podem magoar? — Espera, você tem armários na cozinha?

— Vieram junto com a casa… — Respondo um pouco irritado, ele está bravo com a minha casa! Só eu deveria ficar bravo com a minha casa! Pelo menos deveria ser algo apenas meu em meio a esse mundo chato.

— Tudo bem, deixa eu olhar esses armários. — E ele passou por mim novamente, tive que apertar o passo para alcançá-lo, cheguei a tempo de vê-lo tirar um dos meus potes de dentro do único ocupado. — Certo, só tem isso?

— Esse é de churrasco, tem de queijo e de galinha também.

— Grande coisa…

— Dá para fazer um banquete no domingo. — Estou falando besteiras, é por isso que ele sente pena de mim, quem não sentiria? — Hyung, eu gosto de macarrão instantâneo.

— Acontece… — Ele literalmente jogou o pote dentro do armário, sem cuidado algum. — ...que ele não gosta de você! E senta naquela… você só tem uma cadeira?

Sentei na cadeira quase de imediato, queria evitar mais perguntas e seu olhar de pena em mim, mas para minha surpresa, Taehyung ajoelhou em minha direção e bagunçou minha franja que quase tocava meu nariz: — Eu prometi a mim mesmo que não deixaria você se afundar, Jeon, custa entender isso e parar de tentar me bloquear de ver o que tem dentro de você?

— Não tem nada de interessante dentro de mim, Taehyung. — Acho que é primeira vez que eu digo isso em voz alta para alguém, tudo é sempre primeiro com o hyung, parece até mágico como ele me faz virar algo que eu julgava inexistente. — Não precisa se preocupar comigo, não quero que fique… mal com seu namorado.

— Eu amo o Jimin e o Jimin me ama, Jeon. — Me sinto engasgar, não consigo nem ao menos sustentar seu olhar, olho para minhas próprias mãos, que agora recebem o toque dos dedos do Taehyung. Quase não acredito no que está acontecendo! Viro-a apenas para sentir ele se envolver em mim daquele jeitinho, um contato quente que quase me faz querer chorar. — Mas isso não me impede de pensar em você, se comeu, se lembrou de se cobrir, ou se está usando cuecas sujas.

Acabo soltando um riso nervoso com essa última parte.

— Só quero que entenda uma coisa bem simples: eu não vou te deixar em paz mesmo que você me implore por isso, porque sei que não é o que o seu coração deseja. — Ironicamente, Taehyung, a única coisa que meu coração deseja é você, mas sei que não enxerga isso, mesmo brilhando uma esperança, sei que não sou bom o bastante para você.

— Estamos conversados?

— Sim.

— Gosto quando você me responde rápido! — Ele levanta, tirando sua mão da minha, levando aquele calor junto. — Agora irei cortar essa juba gigante, trouxe a tesoura que uso no Hoseok. Está pronto para olhar para o mundo, Jeon?

Taehyung demora bem mais que cinco minutos para cortar meu cabelo.


Notas Finais


Ye, gente. Como vcs estão? Eu gosto muito deste cap por motivos de eu adorar Jeon Jeongguk tagarelando sem parar. E eu espero que estejam gostando da fic, ela está guinando para um rumo bom-ruim. E é isso, beijos, beijos.


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