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História Cinderella - A visita.


Escrita por: kidrauhlquack

Capítulo 33 - A visita.


Senti minha mãe me puxar para dentro do apartamento. Meu grito saía rouco. Era como se ninguém me escutasse. Escapei dos braços da minha mãe novamente, e corri para o corredor.

Gritei para o meu pai parar com aquilo, mas no momento em que os olhos de Justin encontraram os meus, perdi as forças para lutar.

Ele assentiu para mim, como se dissesse que tudo ficaria bem. E depois moveu os lábios, formando a frase "Eu te amo".

Meu pai me empurrou para dentro do apartamento, e minha mãe me puxou até o quarto.

Algo no olhar do Justin me fez ficar lá.

~Susan~

Eu e Alfredo ficamos esperando no carro, enquanto Bell e Justin subiram para falar com os pais dela.

Pouco mais de meia hora havia passado, quando Justin apareceu, sozinho, na calçada.

Ele entrou no carro, em silêncio.

- O que aconteceu? - Perguntou Alfredo.

Notei que sua bochecha estava inchada.

Justin balançou a cabeça negativamente. Alfredo persistiu um pouco mais, mas Justin não disse uma palavra sequer.

Ele dirigiu até o hotel, em completo silêncio. Mas através do retrovisor, vi algumas lágrimas escaparem de seus olhos.

Decidi não perguntar nada.

Justin continuou em silêncio na manha seguinte. Durante o café da manha, ele não disse nem uma palavra sequer. Ele não comeu quase nada. Ficou encarando a comida, pensativo. Depois de algum tempo, ele desistiu de tentar comer, e voltou para o quarto.

- O que será que aconteceu lá em cima? - Alfredo perguntou.

- Não sei dizer ao certo.

- Reparou que a bochecha dele está vermelha e inchada?

Assenti.

- Será que o pai de Bell foi capaz de bater nele? - Ele perguntou mais para si mesmo, do que para mim. - Mas, por quê ele faria isso?

- Talvez ele culpe o Justin pelo desaparecimento dela. - Respondi. - Os pais culpam qualquer outra pessoa pelos problemas com seus filhos, menos seus próprios filhos, e a si mesmos.

Ele me encarou.

- Você o culpou por Stacy ser... não estar... bem? - Ele perguntou, sem jeito.

Achei o desconforto dele engraçado. Antes isso me ofenderia, mas hoje, isso chegava a ser até engraçado. Eu tinha uma filha louca.

- Sim, eu culpei o Justin por Stacy ser louca, mas depois percebi que ela é o que é, e a culpa não é dele, e nem minha. A culpa não é de ninguém, nem mesmo dela. Ela nasceu assim, e não tem nada nem ninguém que vai mudá-la!

Ele assentiu, com medo de dizer qualquer outra coisa.

Terminamos o café da manha, e eu fui em direção ao quarto do Justin. Estava decidida a enfrentar o dragão, e queria que ele soubesse disso.

Bati três vezes na porta, mas ninguém respondeu.

- Se não  quiser conversar, não precisa, só quero te dizer uma coisa! - Eu disse.

Ele abriu a porta.

Ele estava com um boné, e de cabeça baixa. Se ele estava tentando me enganar, ele havia falhado. Era óbvio que ele estava chorando desde o momento em que saíra do restaurante.

- Sei que não quer conversar, e não vou insistir. - Eu disse, antes de mais nada. - Vim te dizer que vou até o presídio, falar com Stacy.

Ele se virou para me encarar, e levantou o rosto.

- Sozinha? - Ele perguntou. - Não pode ir sozinha, ela é capaz de te matar!

- Eu só vou conversar com ela, nada mais!

- Não, Susan! - Ele disse, se alterando. - Ela me contou tudo o que aconteceu, eu sei do quê ela é capaz. Eu sei o que ela fez!

- Fui eu quem a criei, acho que posso lidar com ela!

- Não, você não pode! - Ele continuou. - Susan, eu não quero ofendê-la nem nada, mas entenda, a única pessoa que têm alguma chance de falar com ela, sou eu. Você é a última pessoa que ela escutaria. E Bell está nessa lista, mas você está ainda depois dela!

- Eu sei, mas eu tenho que tentar! - Eu disse.

- Desculpe falar dessa forma da sua filha, mas ela é completamente louca!

- Bieber, terá policiais por perto!

- Sinceramente, o que a polícia poderá fazer? - Ele perguntou. - A Stacy é louca, mas não burra. Ela sabe arquitetar um plano, e se ela decidir te matar naquele lugar, ela vai conseguir!

Eu sabia disso, mas estava decidida a ir vê-la.

- Eu vou!

Ele tentou me convencer, mas desistiu depois de algum tempo.

- Vou com você!

- Não, se você estiver lá comigo, vai ser pior. Eu vou sozinha!

Duas horas depois eu estava entrando em uma sala pouco iluminada, onde havia uma mesa e duas cadeiras.

Ela entrou na sala com um sorriso no rosto, mas esse sorriso se tornou um olhar assustado, e depois voltou a ser um sorriso irônico.

- Sentiu saudade, mamãe? - Ela perguntou, se sentando na cadeira à minha frente.

Decidi tratá-la da mesma forma que ela me tratava, com a ironia de sempre.

- É claro, filhinha! - Respondi, sorrindo. - Andou aprontando muito então?

- Quando eu era pequena, você disse para eu correr atrás do meu sonho, foi o que eu fiz!

- Não sabia que seu sonho envolvia a prisão!

- Isso é apenas parte do sonho!

- Qual a próxima etapa? - Perguntei, sorrindo. - O cemitério?

- Se for para enterrá-la, sim! - Ela respondeu, sorrindo.

Eu gargalhei.

- Então vai demorar para sair daqui! - Eu disse, ainda rindo. - É capaz de você ir para lá antes de mim, minha querida filha!

- Então você deseja a minha morte?

- Até onde eu sei, não! - Respondi. - Mas eu também não sabia que você desejava a morte do seu pai!

Sua feição mudou por um segundo, mas logo voltou ao normal.

- O que você quer, querida mamãe?

- Não posso nem visitar minha filha na prisão?

Ela gargalhou.

- Diga logo o que quer!

- Alguns meses atrás, conheci alguém muito interessante...

- Não quero saber sobre a sua vida, sua velha imunda! - Ela gritou. - Me deixa em paz, e vai embora daqui!

Eu ri.

- Acho que quer sim. - Eu continuei. - E há algumas semanas, conheci alguém que te interessa muito. E descobri que você já o conhecia!

Ela franziu o cenho.

- Quem?

- Justin Bieber!

Ela empalideceu.

- Você... o quê?

- Eu conheci o Justin Bieber!

- Não é possível. Como você pode tê-lo conhecido?

- E eu sei de tudo que você aprontou! - Continuei. - E andei pensando, e acho que devo colocá-la de castigo!

Comecei a rir, mas Stacy me encarava com instinto assassino.

- Afaste-se dele, você vai estragar tudo!

Decidi parar de brincar, estava na hora de falar sério com ela.

- Stacy, quero que você entenda, você está fazendo mal não apenas à ela, mas também à ele!

- Você não sabe de nada! - Ela gritou.

- Stacy, você tem que aceitar que ele não te ama. Amar alguém é permitir que esse alguém parta, e você tem que permitir que ele seja feliz!

- ELE ME AMA! - Ela gritou.

Policiais invadiram a sala no instante em que ela estava avançando para me matar.

- ALGUM DIA EU AINDA VOU TE MATAR, SUA VELHA IMUNDA!

Respirei profundamente.

- Também te amo, querida! - Falei, enquanto levavam ela de volta à sua cela.


Notas Finais


Comentem aqui e no twitter: @KidrauhlQuack
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