História Cinderella - O retorno para casa.

Eu comecei a rir, mas ela me encarava, então percebi que ela falava sério.

- Por quê quer me matar? - Perguntei.

- Me poupe, você sabe muito bem! - Ela disse.

- O que eu te fiz?

- Nasceu. - Ela disse, e me deu vontade de rir, mas ela continuou. - Eu só tenho mais um recadinho para te dar!

- Então diga! - disse, sarcástica.

- Preste muita atenção, pois quem avisa, amigo é!

- Então diga logo!

- Quando você estiver dormindo, eu estarei lá. Quando você estiver comprando sorvete, eu estarei lá. Quando você estiver beijando o Justin, eu estarei lá. Pisque e eu também estarei lá. - Ela fez uma pausa. - Entendeu?

- Eu entendi que você é louca!

- Não me desafie!

- Eu estou te desafiando, por acaso? - Perguntei.

- Parece que sim!

- Vai fazer o que então? - Perguntei. - Me matar? Me seguir, decorar cada passo meu, e depois me matar?

- Talvez. - Ela disse. - Já está avisada!

- Obrigada?

- De nada.

Ela se afastou, e eu comecei a rir. Ela era loira, raiz preta, sardas no rosto, baixinha, olhos verdes. E, sinceramente, tinha cara de louca.

Mas a forma que ela tinha dito aquilo, realmente tinha me assustado. Mas ela não seria capaz de ir atrás de mim em Washington, seria?

Ela subiu no palco e recebeu a coroa da One Less Lonely Girl, e saiu do palco abraçada com o Justin. E eu senti minhas bochechas corarem. Meu sangue fervia. Justin conversou um pouco com ela, deu um abraço nela e veio em minha direção. Ela me encarou e depois levaram ela de volta à platéia.

- Está gostando do show? - O Justin perguntou.

- Sim, estou adorando. - Eu respondi.

- Você se saiu muito bem! - Ele me deu um selinho. - Preciso voltar!

- Vai lá! - Sorri, e ele se afastou.

Assisti o resto do show, mas fiquei o tempo todo pensando naquela garota. O nome dela era Stacy. Quando o show acabou, eu e Justin fomos para um restaurante.

- Por que está tão quieta? - Justin perguntou depois de algum tempo. - Pensei que estaria super animada depois do show, mas está distraída. Aconteceu alguma coisa?

- Estou feliz, é isso. - Eu disse, sorrindo.

- Tem algo mais! - Ele disse, e eu desviei o olhar.

- Estou ansiosa para o show de amanha! - Eu disse, fugindo do assunto.

- Bell, o que há de errado? - Ela perguntou, e seus olhos estavam quase me convencendo a falar. Mas eu não queria falar, não queria que ele se decepcionasse com aquela fã doida.

- Como será a partir de agora?

- O que, exatamente?

- Tudo. - Disse. - Nós, minha carreira, tudo.

- Amanha, depois do show, você vai voltar para Washington e eu vou para Charlotte. - Ele continuou. - Scooter vai falar com os seus pais, e você passará alguns dias em Washington e depois, provavelmente, vai voltar para Atlanta, ou vai viajar para algumas cidades comigo. E nós dois vamos continuar juntos!

- E a imprensa? - Eu perguntei.

- A imprensa vai perguntar, e aos poucos, o mundo todo saberá!

Jantamos, e ele desistiu de perguntar o que estava errado comigo. Voltamos para o hotel, o clima estava um pouco pesado, porque não tínhamos certeza do que iria acontecer a partir do dia seguinte. Troquei de roupa e me deitei.

De repente, as luzes se apagaram, me encolhi na cama, mas vi silhueta na frente da cama, e ele se deitou em cima de mim. Ele estava apenas de cueca. Enquanto eu passava a mão pelas suas costas e sua bunda, só conseguia pensar em uma coisa "Pelo amor como esse cara é gostoso". Eu fui para cima dele tirando a minha blusa e nós começamos a nos beijar, as coisas começaram a esquentar, e ele tirou meu short, ficamos apenas de roupas intimas.

Tinha um fogo naquele lugar e provavelmente ele não iria se apagar tão rápido. Ele começou a beijar desde baixo até em cima, e quando chegou ao meu sutiã, tirou e me olhou, fiz cara de safada, e ele começou a beijar meus seios, aquilo estava começando a me excitar, ele chegou ao meu ponto fraco, beijou meu pescoço e eu arrepiei, ele começou a dar pequenas mordiscadas, ele estava me pirando, ele estava com uma mão na minha coxa, e cada vez que ele apertava era um gemido que saía da minha boca, eu estava com as mãos no seu cabelo e cada vez que eu arrepiava, puxava seu cabelo, e isso o deixava louco, o volume que seu membro fazia na cueca era visível. Depois de um tempo, quando as coisas já estavam muito quentes, ele tirou a minha calcinha. Me tocava com seus dedos, me deixando cada vez mais louca, querendo a melhor parte.

Assumi o controle, tirando a cueca dele. Com as minhas mãos fiz movimentos de vai e vem, ele trocou de posição ficando por cima de mim. Rapidamente ele colocou a camisinha e me penetrou, ele foi intensificando os movimentos de vai e vêm, nossos corpos tinham o mesmo ritmo, e isto me fascinava. Nós estávamos cansados e nossas respirações eram ofegantes, ele me penetrou mais forte, e logo ele caiu pro lado. Cobri nossos corpos me aconchegando perto dele, e fiquei pensando como aquela noite tinha sido magnífica, eu estava cada vez mais apaixonada por ele, ele conseguia ter um efeito sobre mim que eu nunca pensei que alguém poderia ter. Ele me fazia feliz, só de estar lá, ao lado dele no silêncio, me fazia bem, eu queria ele para sempre, eu queria aquele momento para sempre, era pedir demais?

Acordei com a claridade. Justin não estava na cama. Chamei pelo nome dele, mas ele não estava no quarto. Vi um bilhete em cima da mesa, e o li.

"Scooter me ligou, tenho uma entrevista, não quis te acordar. Me ligue quando acordar!"

Peguei meu celular. Era quase onze horas. Sábado. Dia de voltar para casa. Liguei para o celular do Justin.

- Alô? - Mas foi o Scooter que atendeu.

- Oi Scooter, cadê o Justin?

- Está no meio da entrevista! - Ele sussurrou. - Só sabem perguntar sobre você nessa entrevista!

Eu sorri.

- Qual é a minha agenda para hoje? - Perguntei.

- Como hoje é seu último dia na cidade, você e Justin estarão de folga a tarde toda! - Ele disse. - Mas às cinco horas, os dois têm que estar no estádio!

- Obrigada, Scott! - Eu sorri.

- Justin disse que assim que terminar aqui, ele volta pro hotel!

- Certo.

- Então nos vemos hoje à noite!

- Até hoje à noite!

Justin chegou no hotel cerca de duas horas depois. Almoçamos em um restaurante italiano que tinha próximo do hotel, e depois fomos para o shopping. Justin comprou algumas coisas para ele. Ele comprou algumas coisas que eu sei que ele nunca usaria, mas acho que ele era movido pelo consumismo.

Entramos em uma loja de jóias, e ele comprou uma pulseira de ouro, que tinha um único coração pendurado. Era linda.

- Pra você! - Ele disse, colocando a pulseira em mim.

- Obrigada. - Disse, sorrindo. - Mas não sei se devo aceitar!

- Quero que use essa pulseira todos os dias, enquanto estivermos separados, ok? - Ele disse, olhando nos meus olhos, e eu deixei ele colocar a pulseira em mim. - Promete?

- Prometo!

Eu queria dar alguma coisa à ele, mas não tinha ideia do quê.

- Se está pensando em comprar alguma coisa para mim, pare de pensar imediatamente, porque essa ideia foi minha, e você já me deu algo para lembrar! - Ele disse.

- O que?

- Tudo! - Ele disse. - A felicidade de estar com você, e isso era tudo o que eu mais queria, felicidade!

Eu o abracei, mas logo o soltei. Estávamos no meio do shopping.

Passamos em mais algumas lojas, mas depois voltamos para o hotel, tomamos banho e fomos para o estádio.

Scooter disse que era melhor cantar outra música naquele show, para mostrar ainda mais minha voz. Ensaiamos algumas vezes "Overboard", e depois eu fui para o meu camarim, e Justin para o Meet & Greet.

Me senti um pouco mais confortável no palco aquela noite. Antes de eu sair do palco, Justin me abraçou.

A One Less Lonely Girl daquela noite nem chegou perto de mim. E eu fiquei imaginando o que Stacy estaria planejando. Me ameaçar apenas, ou formular algum plano?

Quando o show acabou, me despedi de todos os membros da equipe no estádio e eu, Justin e Scooter fomos para o hotel pegar minhas malas.

Scooter deixou eu e Justin a sós por um momento.

- Vou sentir sua falta! - Eu disse, e o abracei forte.

- Estarei sempre com você, não se esqueça! - Ele disse, se referindo à pulseira.

Ele me beijou, e depois nós descemos.

Kenny, Scooter e Alfredo estavam lá em baixo, nos esperando. O voo do Justin era só na manha seguinte, mas ele, Kenny e Alfredo iriam até o aeroporto conosco.

Chegamos em cima da hora. O jatinho já estava pronto.

Me despedi do Kenny e do Alfredo e me virei para o Justin.

- Nos vemos em breve! - Ele me puxou e me beijou.

Eu e Scooter entramos no jatinho e ele partiu. Atlanta ficou para trás. A única coisa que me dava a garantia de que tudo aquilo não havia sido um sonho, era que Scooter Braun estava sentado na poltrona ao meu lado.

Dormi na maior parte do voo. Chegamos em Washington de manha. Meus pais estavam no aeroporto. Eu os abracei, e eles cumprimentaram Scooter. Enquanto eles conversavam, fui ao banheiro.

Não havia quase ninguém no aeroporto.

- Sentiu minha falta? - Alguém disse, enquanto eu lavava meu rosto. Eu me virei e Stacy, a OLLG louca que havia me ameaçado, estava na minha frente. - Achou que eu estava brincando? - Ela perguntou, sorrindo psicoticamente.