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História Cine drive in - Parte 1 - Apagar


Escrita por: incendiario

Notas do Autor


Então pessoas, esse é o fim da primeira parte e deixo por conta de vocês sentirem a emoção, boa leitura <3

Capítulo 4 - Parte 1 - Apagar


Tyler Loyans

Acordei ainda na casa do Levi, ainda estava de madrugada ainda e estava um pouco tonto. Sem querer acabei acordando o Harlen, que dormia com o braço sobre meu peito.

- Aconteceu alguma coisa ? - Ele me olhou, sonolento e meio grogue.

- Desculpa, não tô conseguindo dormir direito. - Sorri de leve e olhei a lareira ainda queimando.

- Quer ficar um pouco lá fora ? A gente pode ficar conversando um pouco ou olhando para nada.

- Fechado.

Pegamos os cobertores e seguimos para a parte da varanda. Harlen estava com seu cabelo todo bagunçado e seus olhos semi fechados, ele mesmo com sono ficou comigo. Conversamos um pouco sobre nossos futuros novamente, Harlen tinha sonhos grandes e tantos planos que me perdia quando começava a pensar. Não sabia como era a vida fora da cidade, sonhava em conhecer. Mas só de pensar nisso, um embrulho no estômago se formava.

Ficamos um bom tempo fora, até não aguentarmos e entrar para dormir novamente. Harlen dormiu assim que deitou, não consegui de imediato, então me ajeitei e fiquei perto do meu amigo segurando sua mão que estava para fora da coberta. Me senti mais calmo e nem percebi mas tinha dormido.

...

Acordei ainda segurando a mão do Harlen, ele estava de um jeito tão inexplicavelmente ele. Não tive palavras para descrever aquilo, oo fio de sol que entrava pela janela e iluminava seus cabelos pretos, o lençol o cobria de forma preguiçosa deixando parte se deu ombro e mãos expostos. A leveza do seu rosto me fez esquecer por um momento do mundo lá fora, mas quanto mais alto é o voo, mais duradoura e agonizante é a queda, voltei a mim e soltei sua mão, me virei e fiquei encarando a parede branca me livrando de tudo que havia pensado nos segundo passados. Me tirei dos devaneios a força e levantei, como avisei que iria ficar com o Harlen poderia passar o dia todo sem ser incomodado, segui para cozinha e encontrei o Levi sentando no balcão comendo torradas com café.

- Bom dia. - Ele sorriu, seus olhos castanhos estavam destacados por conta da luz que entrava pela janela e iluminava seu rosto. - Quer ?

Ele me ofereceu as torradas e o café, sem fazer muita cerimônia.

- Obrigado. - Peguei e comecei a comer.

Me afastei do mundo enquanto mastigava minha torrada, pensava em uma vida que teria se tivesse em outro lugar. Talvez Toronto, um cidade grande e com vários prédios ao redor ofuscando tudo e a todos, ou, que tal Nova York? A cidade que nunca dorme, com suas loja extravagantes, letreiros de leds ofuscantes e por fim sua arte. Quem sabe uma cidade primeira tipo Santa Bárbara, onde poderia sentir o sol quente no meu rosto e o cheiro de mar entrando pela janela da minha casa.

- Você gosta dele não é? - Essa pergunta surgiu em meio a uma névoa de pensamentos. Era o Levi que me trouxe dos meus pensamentos, não havia percebido mas inconscientemente observava o Harlen dormindo.

- De onde tirou isso ? - Parecia mais ofendido do que surpreso, apesar de não ser mentira por algum motivo estava assim.

- Desculpe, acho que estou ficando louco...- Ele riu baixo e voltou a comer.

Parei e olhei para o chão, provavelmente fiquei um pouco envergonhado e corado. Mal conhecia o Levi, só o vi algumas vezes na igreja mas nada mais que isso, agora ele me pergunta isso ? Ele sentiu que havia um elefante na cozinha e preferiu dizer que se precisasse de roupas poderia pegar no quarto de hóspedes e tinha toalhas no banheiro.

Terminei de comer e fui tomar um banho. Estava perdido e fora do ar depois de ter sido perguntado sobre o que sinto pelo Harlen, resolvi ignorar tudo, fingir que nada acontecia e o que sentia era tudo delírio da minha cabeça. Quando sai do banho e me arrumei fui para a sala, Harlen estava de pé e não conseguia conter sua emoção.

- Gente, é sério, mal acredito que fui aceito. - Ele dizia contente, óbvio que ele falava sobre a Universidade da Califórnia. - Ty, da pra acreditar ?

Fiquei meio sem reação, estava em choque. Califórnia? Era muito longe daqui... Como?

- Fico feliz por você. - Sorri, mesmo contra vontade.

Harlen me abraçou e disse que precisava ir arrumar suas coisas, afinal precisava ir o mais rápido possível lá. Levi disse que poderia levar o Harlen em casa, aproveitei para ir junto.

Arrumamos tudo e quando estávamos no carro, ficava olhando perdido para as casas e a neve que fazia uma camada sobre a rua e os telhados. Era metade do ano e tudo estava tão cinza e opaco que me sentia desconfortável.

Marcamos de nos encontrar na festa mais tarde, hoje teria apresentação dos moradores. Harlen correu direto para casa, mal dando tempo de ver quando ele chegou na porta e abri-la. Me despedi e fui atrás dele para quem sabe ajudar com a mudança.

...

Tínhamos chegado e tudo já tinha começado, no palco o filho do padre tocava uma música country religiosa. Tava tudo tão calmo e sem graça. Algumas pessoas ficaram um pouco longe bebendo e falando besteira, Levi e A Chloe estavam nesse meio. Fui para lá junto o Harlen. Comemos um pouco de churrasco e peixe frito.

Mal percebemos que chegava a última apresentação da noite, o apresentador convidou todos para prestigiar Dell Hartbroke, uma cantora local bem famosa. Ela iria fazer a performance de Paradise is here. Quando as cortinas se abriram, seu vestido vermelho vivo e seu cabelo preto cobrindo seu ombro esquerdo deixando ela com um ar elegante e refinado.

As luzes foram apagadas para deixa um clima bem romântico e misterioso. Algumas pessoas ligaram os flash dos celulares e uma multidão de vagalumes se formou em poucos segundos. Olhei para o Harlen, aquela visão foi o suficiente para fazer meu coração disparar, seus olhos castanhos estavam fechados e sua respiração funda o fazia absorver cada nota da partitura da música. Não sei explicar, não sei o sentimento ou se existe um, mas meu estômago se revirou, meu coração acelerou me fazendo acreditar que a qualquer momento poderia ter um ataque cardíaco. Tudo havia entrado em pane. Uma das suas mãos estava fora do casaco, engoli seco tudo aquilo que estava acontecendo, fechei os olhos o mais forte que pude e peguei suas mãos entrelaçando meus dedos. Para minha surpresa senti cada dedo dele encostando no meu, abri os olhos e ele estava do mesmo jeito com a diferença que exibia um largo sorriso.

O paraíso é aqui mesmo ? Ou só eu me forçando a acreditar ? Aquele momento para mim era o paraíso.

Quando a música acabou, os sons das palmas ficaram distantes quando encontrei os olhos castanhos que eu conhecia tão bem, nos olhamos, sem saber o que fazer ficamos ali nos olhando. Tentei memorizar cada detalhe dele como se fosse o paraíso que a Tina Turner falou, mas era impossível. Talvez eu esquecesse do jeito que ele sorri, do jeito que ele reclama quando não consegue fazer o que quer ou até mesmo dele deslizando pelo lago congelado de forma delicada. Talvez eu esqueça e isso doeria muito para acontecer...


Notas Finais


Eu sei que o rajadão foi grande, mas se acalmem que a parte 2 já chega em breve, e com elas acontecimentos chocantes.


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