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História Cinquenta Tons de Medo - Diário de uma vida dupla - Capítulo 9-Neurose Histérica


Escrita por: Dila-Nepel

Capítulo 9 - Capítulo 9-Neurose Histérica


.Neurose Histérica

Ano de 2012

Seatlle, Edifício Isabella Grey

Estava com minhas mãos amarradas por algemas, Christian cada vez intensificava seus Jogos de prazer, seus fetiches pareciam não ter fim, eu aprendi com ele a gostar também de cada sensação nova.

Sentia suas mãos passando por minha pele nua, até que seus dedos chegaram a meus tornozelos, senti quando ele amarrou cada um deles me deixando em uma posição de entrega total.

A expectativa do que viria a seguir, eram sentidas imediatamente em meu corpo.

–Eu me deleito vendo-a assim tão vulnerável e sedenta por alivio. - Sua voz sussurrada próxima a meu ouvido, meus lábios ficavam ansiosos por seu beijo, eu queria alivio e isso intensificava o momento, a expectativa.

Assim que o colchão voltou a sua posição sabia que Christian não estava mais ao meu lado, os barulhos e estalos conhecidos do balde de gelo, já fizeram com que meu baixo ventre se estremecesse, o colchão afundou com o peso dele, senti suas pernas em volta de meu corpo, e em seguida o cubo de gelo ia passando por meu abdômen me causando arrepios.

Senti seu corpo quente contra o meu, seus lábios chegaram a minha barriga o quente e o frio, o choque de sensações. Uma tortura excitante ele ergueu seu peso, eu ainda estava vendada, somente me concentrando em suas ações, quando ele novamente estava sussurrando em meu ouvido.

–Hoje é nosso aniversário, e eu quero comemorar.

Mordi meu lábio inferior sentindo minha intimidade pulsar por alivio, mesmo durante anos ele ainda conseguia me surpreender com seus jogos.

Ele colocou em minha entrada um objeto que senti ser diferente, e me penetrou e foi fundo, e parou. Um gemido tímido saiu de meus lábios.

Os lábios de Christian percorrendo por meu abdômen chegou a meus seios, sua língua se demorou em meus mamilos, depois ele completamente o tomava com volúpia .

Christian se deliciava e por alguns instantes ele estimulava minhas partes intimas.

Logo atingiria um orgasmo, meu corpo tentava se mover, mais estava presa, o que intensificava as reações.

– Bella relaxe... Christian gostava de ir com calma. Uma tortura antes de intensificar seus passos, eu estava imóvel, muito bem amarrada e vendada, ele se debruçou em meu corpo fazendo movimentos intensos enquanto me preenchia.

Era uma sensação intensa.

Suas mãos retiraram a venda e ele encarava meus olhos, seus lábios tomaram os meus, e ele se moveu até que meu corpo não mais segurou e explodiu em sensações, em seguida ele atingiu seu ápice.

Christian ficou imóvel por um instante depois retirando se de meu corpo.

Assim que fui solta, me levantei direcionando ao banheiro de nossa Suíte, a água quente escorria em meu corpo, relaxando os músculos olhei meus pulsos estavam levemente vermelhos das algemas, mais nada que ficasse marcado.

Meus dedos estavam passando nos fios do meu cabelo quando senti as mãos sedosas de Christiann ao redor de minha cintura e seu beijo em minha clavícula.

– Resolveu se juntar a mim Senhor Grey?

– Senhora Grey, eu me deleto em qualquer momento com sua companhia, seria mais confortável a banheira.

Sua mãos agora estavam descendo a minha intimidade, ainda sensível.

– Você não toma fôlego?

– Não conheço essa palavra esqueceu? -Seus lábios estavam em minha orelha.

Girei meu corpo ficando de frente para meu marido e o encarei.

–Mais eu preciso de fôlego. - Meus lábios tomaram os dele, e eu esqueci o que significava fôlego quando ele me ergueu e senti as minhas costas no azulejo do banheiro.

Nos deitamos com muito custo, assim que amanhecesse ambos teríamos a agenda cheia.

Levantei pela madrugada, olhei no relógio a mesma hora de todos os dias, 3:00 da madrugada. Olhei para o lado, tateei a cama, e claro estava vazia.

Christian adquiriu uma mania estranha de não conseguir dormir a noite toda ao meu lado em algumas noites, e eram essas noites que eu também não conseguia dormir, adquiri um medo de estar sozinha, e ele sabia disto e se aproveitava. Era uma forma dele tentar mostra seu controle sobre mim.

Observava a noite em Seatlle, e pensava em minha vida. Estava casada com um homem ao qual eu não tinha plena certeza se o amava, eu gostava dele na cama, de seus novos jogos, mas faltava algo, um sentimento dentro de mim, isso me deixava oca.

Sem muito sucesso eu voltei a minha cama, era para ser nosso quarto, em nosso apartamento, mais eu sentia como fosse tudo dele, o dono supremo, e eu era somente mais um de seus objetos valiosos.

Logo o sono voltou, mas o despertador teimava em me acordar, coloquei minha saia e meu terno, meus sapatos e desci as escadas de nossa cobertura de dois andares, havia o terraço também.

A sala agora era tão ampla quanto a do antigo apartamento de Christian porém era mais iluminada e uma parede continha uma foto que Jacob tirou de mim, que Christian mandou fazer um trabalho maravilhoso em deixa-la de tamanho gigantesco, era estranho me ver na sala de estar todos os dias.

Sentei em frente a meu marido que como sempre estava vendo as noticias, ao invés do antigo jornal, ele estava com seu Ipad.

– Dormiu sozinho hoje novamente?

– Fui para o escritório era quase de manhã, tinha algumas coisas a resolver.

– Acordei as três novamente você já não estava. - Obrigada Mary. - Falei assim que a empregada servia meu café.

– Mas que merda! - Um corpo deu um salto ao observar a irritação de meu marido.

– Olha a boca na mesa Christian. - Falei passando patê em minha torrada.

– O Mercado de ações que só me ferra essa semana e você ainda quer que eu durma tranquilo?

– Devemos ver tudo para a nossa festa esse fim de semana. - Tentei desviar o assunto.

Ele ousou retirar os olhos de seu aparelho e me encarar.

– Já não comemoramos o suficiente ontem à noite e se preferir comemoramos a semana inteira.

– Sim, mais essa foi nossa comemoração , temos mais de Mil convidados que estão esperando mais um de nossos aniversários, é a festa do ano sempre foi e sabe disso.

– Sei. - Ele voltou novamente seus olhos ao aparelho em suas mãos.

–Posso te pedir para que não aconteça como aconteceu semana passada na casa de Hanks? - Falei o lembrando do episódio de ciúmes patético que ele fez.

Ele me encarou com fúria no olhar.

–Se o Filho de Hanks ou qualquer engraçadinho não tentar tomar a sua atenção eu ficarei tranquilo.

–Christian, é apenas um garoto, e ele estava pegando informações sobre como se publica livros, você tem que se acalmar ultimamente esta piorando.

–Aquele fedelho, mais ele tem olhos Isabella, pior você é linda moleques gostam de mulheres mais velhas.

– Eu sei bem disso. - Encarei-o firmemente fazendo saber que eu odiava a idéia de uma mulher muito mais velha e de garotos e ele sabia o motivo muito bem.

– Mais o fato é que ele nem deve saber escrever uma redação, vai querer saber sobre livros, faça o favor Isabella acorda.

–Christian o fato não é somente esse, é no Natal, nas festas da empresa, sempre temos uma briga, ou você faz uma cena, antes era com desconhecidos, agora cada dia você piora seus parâmetros, chegará o dia que nem com sua família ou meus amigos ou colegas de trabalho poderei falar.

–Estou apenas cuidando do que é meu, e aliás você ainda não me passou sua agenda de hoje.

–Ah! Só um instante. - Peguei meu Iphone, dedilhei até chegar em minha agenda do dia, e a copiei enviando um e mail para Christian.

– Mandei.

– Chegou, então vejamos, você poderia desmarcar o café com Jacob assim poderíamos tomar café.

–Christian, já desmarquei esse café umas três vezes. - Parei e pensei e o encarei. - Eu sei o que está fazendo, eu não vou desmarcar nada.

– Isabella, vai mesmo discutir comigo isso?

–Ah se vou, é meu amigo, e não vou desmarcar aliás nem posso a agenda dele é atolada, e eu não posso perder o maior fotógrafo para a nossa festa.

Joguei esse argumento, Christian não podia negar que José e Jacob eram os melhores. Os dois formavam uma dupla muito requisitada depois de nosso casamento.

– Tudo bem, vejamos, você terá reunião essa manha com esse tal de Garrett...

– Garrett Carter, nem vem com neuroses, é o novo escritor do material didático de história geral, ele é um excelente professor formado e com muitas indicações teremos essa reunião para a nova proposta do material.

–Tudo bem, estarei por dentro como sempre de tudo afinal, somente me avise de antemão se houver alguma mudança em sua agenda.

–Eu sei disso.

Levantei-me e fui até meu marido dando um selinho em seus lábios.

–Deveria ser proibido isso, você deveria trabalhar de farda ou algo assim.- Ele falou me analisando dos pés a cabeça. Minha saia chegava até o joelho e minha camisa era extremamente recatada porém ultimamente ele andava neurótico.

–Não começa.

Desci até o estacionamento e entrei na Randy Rover vermelha, mais um dos presentes, eu podia dirigir sem motorista, o que era um alivio, mais eu sabia que sempre estava sendo vigiada pelo fato de ter um segurança em minha cola, que sempre que eu tentasse sair do meu caminho ou agenda traçados, Christian sabia imediatamente.

Christian mantinha uma vigilância rígida em mim, na suposta desculpa de que era proteção, o trabalho que com muita insistência consegui manter. Agora com um cargo maior, ele insistia em dizer que podia me manter, porém eu insisti que não poderia viver a toa sem nada a fazer, meu dinheiro ia para uma poupança somente minha, que um dia talvez será eu usaria para algo, já que eu era suprida por tudo, nada me faltava.

Só que eu pagava um preço alto por esta vida.

Cheguei como sempre no escritório agora reformado mais iluminado e arejado, deixei minha pasta e me encaminhei até a sala de reuniões.

–Prazer senhorita...

–Senhora Grey por favor. - Falei deixando claro minha posição, o sorriso de Garrett era realmente lindo, cabelos loiros e barba rala por fazer propositadamente, pele clara e dono de olhos cor de mel.

–Ah! sim... Isso é uma pena tão jovem e já amarrada.

– Senhor Carter por favor, falemos de nosso conteúdo. - Sentei em sua frente e ele repetiu o gesto.

–Garrett por favor.

–Ok Garrett, vamos aos negócios.

Depois de uma reunião, mais um almoço corrido, finalmente chegou a hora do dia que eu esperava ansiosa, o café da tarde com meus amigos.

–José...

– Oi garota sumida, ual, quer dizer Mulher, nossa toda trabalhada na grife, cabelos lindos, amei esse corte.

Passei a mãos em meus agora repicados cabelos louros.

–Pare de ser assim José, vem aqui minha gata. - Jake com seu jeito único me deu um de seus abraços maravilhosos.

– Saudades que estava de vocês...

– Sei nem liga mais... - José falou mais logo ele levou um cutucão de Jake.

– Sei que ando distante mais é que trabalho demais.

– Sabemos que não é isso, ambos temos agendas cheias e mesmo assim, estamos aqui, Bella isso está cada vez pior, onde está a estátua que te segue?

Jake olhou por cima das cabeças das pessoas sentadas no café Bolevar.

–Esta lá fora, mandei que Rick ficasse lá.

–Bem pelo menos isso, eu não vou começar nenhum discurso sobre como isso é louco e foi longe demais, porém, se cuida, os obsessivos tendem a piorar com o tempo.

Eu já via indícios em Christian a muito tempo que ele andava piorando, porém ele não me escutava em procurar ajuda.

–Vamos a assuntos mais leves que isso me da dor de cabeça. - José falou colocando sua mão sobre a de Jake que logo retirou a colocando atrás da cabeça.

– Sim, a festa de aniversário da prisão quer dizer do casamento de Isabella e Christian.

– Bobo. - Ganhei uma piscadinha dele.

– Gata tu é linda, pode arrumar qualquer um... É só estalar os dedos, e se for só o sexo ou o dinheiro saiba que você pode ter os dois fácil. -Eu ria da forma engraçada de José falar.

– Paremos com esse assunto, mesmo se eu quisesse me separar de Christian isso é algo impossível.

– Como assim? -Jake abandonou o sorriso de seu rosto assumindo preocupação.

–Deixemos isso de lado. - O que Jake não sabia era que havia e muito envolvido.

Um dos melhores momentos que eu tinha em minha vida era a companhia de meus amigos, eu sentia um vazio sabendo que faltava algo em meu casamento e pior que a obsessão de Christian estava cada dia ficando pior, eu tinha medo de onde poderia chegar sua obsessão.

Caminhei ate a saída do café depois de deixarmos tudo acertado para a festa do sábado.

– Bella? - Jake segurou meu braço.

–Fale Jake...

–Tome cuidado, saiba que você pode buscar a minha ajuda quando precisar.

–Eu sei. - Envolvi seu pescoço e beijei sua bochecha. - Jacob somente escute também meu conselho, pare de desprezar quem te quer bem ok?

– Não sei do que está falando. - Ele ergueu as sobrancelhas.

– Sabe sim. - Olhei em direćão a José, mesmo depois de anos Jake ainda desprezava o que ele sentia.

Voltei a meu carro, observando no retrovisor o meu segurança me seguir.

Cheguei a meu apartamento cansada do dia, retirei meus sapatos andei descalça pela sala, fiquei por um tempo observando cada detalhe, eu havia decorado, da minha forma.

Observei uma foto que mandei restaurar, era eu quando criança na praia das pedras sentada em um dos troncos ao lado de minha mãe, ela era tão linda, uma lagrima escorreu de meus olhos, pensei que mesmo ela enfrentando tantas coisa, ela não tinha esse luxo que eu tinha, mais ela tinha algo que dava valor, uma filha.

– Chegou cedo. - A voz de Christian seguida da porta da biblioteca se fechando, me fizeram deixar o porta retrato em cima da prateleira cair e com as costas da mão tentar secar as lagrimas.

– O café foi rápido, e eu estava cansada.

– Quer relaxar com um banho de banheira?

–Não. - Ele segurou meu queixo analisando meus olhos.

– Porque esta chorando?

– Nada, estava olhando as fotos, somente isso.

– Não minta. - Ele insistiu, eu envolvi meus braços em sua cintura e enterrei meu rosto em seu peito.

–Porque não temos um filho Christiam? já estamos completando quatro anos, eu queria...

– Não comece Isabella. - Ele retirou meus braços dele, colocou a mão em sua testa e foi até a janela.

– Porque?

– Não é hora?

– E quando será? Os casais tem filhos Christian, alguns não tem condições e mesmo assim os tem, olhe em volta, temos tudo, poderíamos ter uma creche inteira.

Ele ficava sempre nervoso quando eu tocava nesse assunto, ele me encarou como se fosse uma confissão dura a se fazer.

– Só de pensar em ter que dividir você, nem que seja com um filho isso me enlouquece Isabella.

Eu já tinha essa dúvida, mais ali ficou a confirmação do grau da obsessão de Christian.

– Você só pode estar brincando! - Minha indignação estava transparente em meu tom de voz .

– Não.

– Isso é mais que loucura Christian já te disse que deve se tratar não é normal essa obsessão.

– Você não entende nada Isabella

Ele saiu em direção a biblioteca novamente e escutei a porta bater.

Voltei meus olhares até a prateleira de fotos e vi as de Christian e sua família, eu só exige que nenhuma foto de Helena estivesse entre elas, mais sua família inclusive a mãe também falecida dele, um dia raro em nossas conversas ele finalmente me contou brevemente que ela morreu de uma forma bruta a qual ele não gostava de comentar.

Sua casa foi invadida e Christian presenciou a morte de sua mãe, o que foi um dos primeiros traumas de sua vida, mais eu sabia ainda haver mais por trás disso.

Eu tinha sempre uma luta com ele, porém eu estava cada dia perdendo.

(***)

O fim de semana chegou e junto a festa de nosso aniversário.

– Está linda.

–Você sempre diz isso. - Retruquei assim que descia as escadas. Meu vestido era de um vermelho intenso, sempre minha cor favorita, ele pendia uma calda, e suas costas eram totalmente abertas.

– Eu sei, mais é que você sempre está, e hoje a dama de vermelho está estonteante. Deverei segurar meu temperamento hoje.

– Acho muito bom, não quero que acabe com essa festa, seremos os destaques. - Sorri diante do apelido que as colunas sociais me deram, eu não tinha culpa de ser atraída por vestidos vermelhos.

– Eu sei, mais te ver assim, é lutar contra a minha vontade de te jogar aqui mesmo na sala e te possuir de todas as formas possíveis, ou te mandar trocar essa roupa agora, pois sei que muitos a desejarão.

– Vamos Senhor controlador.

Chegamos ao evento e claro que as câmeras na entrada sempre voltavam em nossa direção.

Depois de cumprimentar a todos os formais, eu me direcionei até a mesa em que Kate estava, eu a via pouco, seus cabelos antes longos estavam cortados na altura do ombro bem repicados, dando um ar mais despojado.

–Loira?

–Loira gata! - Ela praticamente voou da cadeira e em segundos ela estava pendurada em meu pescoço.

– Quanto já bebeu?

– Somente um pouco. - Em seu olhar era visível que o álcool estava um pouco além da conta.

– Sei.

– Olha a estonteante senhora Grey, meus parabéns, você merece.

–Obrigada, eu acho.

– Quem nunca colocou fim nesse casamento não pode reclamar, você esta o aguentando por tanto tempo não deve ser de todo ruim.

– Acho que você deve suspender a bebida Kate.

–Eu tenho mais é que beber, eu vou embora dessa cidade.

– Quando isso?

– Rosalie e Eliott me convidaram para voltar com eles, eu já tenho uma proposta e tanto para ser redatora.

– Mais e o sonho da televisão?

– Bella jogamos com o que temos, umas casam-se com milionários, e outras vão para Europa tentar achar um Europeu.

O leve ciúme sempre constante em Kate, mais me liguei que ela falou de um casal que eu sentia muita falta.

–Rose e Eliott estão na cidade?

–Desculpa não era para falar, era uma surpresa para você e Christian.

– Mais foi uma enorme surpresa, onde eles estão?

– Chegarão logo.

– Bella!

Senti os braços finos da mais animada Grey.

– Mia.

Seus cabelos agora estavam maiores e elas os mantinha pintados de preto, não mais em cores estranhas, porém a sua personalidade não mudou somente amadureceu.

– Meus parabéns, onde está aquele mau humorado?

– Deve estar cumprimentando alguém.

– Você não imagina a surpresa que eu tenho.

– Rose e seu irmão estão de volta da Europa

Ela abriu a boca e em seguida encarou Kate.

– Muito obrigada por estragar a surpresa. - Ela falou encarando a bêbada na mesa que somente deu de ombros.

–Não fique chateada eu estou ansiosa, e muito feliz.

– Mesmo assim foi uma surpresa, vamos que eles devem estar chegando.

Passamos pelos convidados e esbarrei em Carrick.

– Isabella, meus parabéns.

– Carrick. - Olhei ao seu lado para a víbora em pessoa.

– Olá Helena.

– Olá Isabella, meus parabéns. - Ela estava agora com seus cabelos loiros curtíssimos, acho que alguns Botox e cirurgias a mais.

– Obrigada, me dêem licença, tenho que ver mais convidados.

Eu não conversava muito com Carrick pelo fato da víbora sempre estar ao seu lado.

– Rosalie - Desta vez fui eu a pular em alguém, eu sentia tanta saudades dessa minha amiga que mesmo estando namorando o meu cunhado, ela nunca estava por perto.

– Isabella.

– Nossa acho que se você namorasse o príncipe da Inglaterra eu te veria mais, poxa achei que namorando um parente seriamos mais próximas.

– Bella, a Europa é o ponto alto do Turismo e Eliott ama, mais estou convencendo ele para voltarmos.

– E ainda vai me levar a outra loira?

– Você não pode sentir falta daqueles que mal tem contato. - Ela me repreendeu com um olhar eu realmente andava afastada de todos.

– Você sabe, a vida adulta nos mantem ocupada demais...

– E Christian controlador não tem nada a ver com isso? - O tom sarcastico estava em sua voz.

– Rosalie até você?

– Bella, ele é praticamente meu cunhado, já que meu namorado e eu moramos juntos, mais Eliott é tão diferente de Christian.

– Ele tem traumas.

– Sim, Eliott também perdeu a mãe foi triste sim, traumatizante ainda mais da forma que foi, mais isso não é desculpa para ser um obsessivo por controle.

Eliott provavelmente não foi pego nas garras da víbora, essa parte minha amiga não sabia.

– Eliott entra em detalhes sobre a morte da mãe deles?

– Não muito e eu nem quero o forçar algo que o deixa triste, mais sei que foi traumático.

– isso eu sei.

– Bem, digamos que a mãe deles foi abusada antes de morrer, e Christian viu tudo.

Essa parte eu não sabia, fiquei bestificada com essa informação.

– Bella cunhadinha... - A voz grossa e animada de meu cunhado encheu meus ouvidos.

– Olá ladrão de amigas, e ai já viu o seu irmão?

– Acabei de ver, ele quer marcar um jogo de golfe antes de partirmos.

– E voltam logo?

– Acho que embarcamos na terça feira, segunda tem a despedida de Kate.

– Despedida? - Olhei para Rose indignada eu nem sabia de nada.

–Bem, nem a convidamos, por saber que não poderá ir.

– Como assim, despedida de minha amiga, eu vou sim.

– Bem se conseguir pedir permissão, segunda feira mando uma mensagem com o horário e o local.

– Tudo bem.

– Aceita uma dança? - A mão de alguém se estendeu em minha direção.

–Garrett o que faz aqui?

– Como assim? Fui convidado, bem pelo menos no convite de meu pai estava lá, Família Carter.

–Oh eu nem me liguei no seu sobrenome, os Carter, sim, são amigos dos Grey a anos, mais como não me lembro de vê-lo em outros eventos?

–Digamos que eu não gosto, mais como era aniversário de casamento do senhor e senhora Grey, fiquei curioso em vê-la fora do escritório.

Engoli em seco, esse homem não tinha medo do perigo? Ele flertava com uma mulher casada em seu aniversário de casamento.

– Acho que não posso.

– Vamos, é somente uma dança

Eu sabia que iria puxar uma enorme briga, mas os Carter eram amigos de longa data,

Caminhei ate o centro da pista, Garrett em uma distância respeitosa estava se mantendo, e começamos a dançar, eu não me dei ao luxo de relaxar, estava sentindo até dores de tanta tensão em cada terminação nervosa de meu corpo.

–Posso roubar a dama?

Olhei para o Lado e era Christian, ele estava sorrindo, mas eu podia ver seu maxilar trincando a raiva.

–Querido, veja a coincidência esse é Garrett com quem tive a reunião ele é filho dos Carter...

–Eu sei exatamente quem ele é, se me da licença vou aproveitar a minha esposa.

Assim que fiquei nos braços de meu marido e Garrett se afastou encarei furiosa Christian.

–Você prometeu sem escândalos.

– E você o que pensa estar fazendo dançando com aquele conquistador barato?

–Ele vai trabalhar comigo, é filho de conhecidos.

– Não muda o que ele é.

– Como pode julgar alguém assim? Eu tenho que ser educada sabe disso, ainda mais se vamos ter relações profissionais.

– Não sei se depois de hoje ele ainda vai querer trabalhar na sua editora.

–Como assim? - Seu queixo direcionou para o lado, eu segui seu olhar, Christian indicava para James o lado que Garrett estava.

– O que está fazendo?

– Cuidando do que é meu

Eu parei de dançar

– Você não ousaria!

Ele nada disse, mais vi a raiva em seus olhos, dei meia volta seguindo a direção em que James foi.

Cheguei até o fundo do salão que dava acesso ao lado de fora, assim que abri senti o frio e a garoa, e vi exato momento em que o punho fechado de James acertou a lateral direita do rosto de Garrett

–James pare!- Gritei.

–Senhora Grey é melhor entrar e não se envolver nisso, é assunto do senhor Grey.

–James já chega ele aprendeu a sua lição, por hoje. - A voz calma porém firme de Christian estava atrás de mim eu fiquei bestificada com a situação.

– Vocês são loucos, sabe que a imprensa pode saber disso não é Christian? - Garrett estava em minha frente encarando meu marido.

–A mesma imprensa que pode ter acesso a umas fotos comprometedoras suas com mais de uma mulher casada.

Carter nada disse somente saiu meio cambaleando.

– Você é um louco Christian. - Falei gritando.

– Chris o que está havendo?- Mia apareceu correndo em meio a confusão.

– Entre Mia, vamos Isabella. - Christian segurava meu braço forte o bastante para sentir uma leve dor.

– Você está indo longe demais meu irmão as coisas não se resolvem assim. - A garota ja estava entendendo tudo.

– Deixe Mia seu irmão não entende o limite de proteção e obsessão.

– Obsessão? Esse rapaz é um conquistador barato de mulheres casadas.

– O problema não é ele Christian, é que você não confia em mim pois se ele realmente investisse você poderia dar o beneficio da duvida apenas uma vez.

– Não e meu feitio.

Ele segurou meu braço empurrando em direção a parede.

– Christian largue ela. - Mia tentou intervir.

– Saia daqui Mia isso e entre minha esposa e eu.

– Vá eu ficarei bem. - Mia encarou a cena mais fez o que pedi e nos deixou sozinha. Christian encarou James que também se retirou.

– Você ousa me desafiar sempre isso nunca vai mudar Isabella?

– Enquanto você me tratar como um objeto sim irei enfrenta-lo, e meu braço esta doendo.

– Você me enlouquece Isabella, você chama demais atenção eu deveria tranca-la somente para...

–Para que? Isso iria além da loucura ...

Ele como sempre amava essa demonstração de poder. Ele imprensou seu corpo contra o meu ele estava excitado com aquilo de uma forma era doentio.

– Vamos voltar, os convidados devem sentir nossa falta e agora não saia de meu lado.

(***)

Pela manha de domingo acordei nos braços de Christian, olhei em volta e meu vestido estava em estado lastimável jogado em um dos cantos e as roupas de Christian estavam por todos os lados.

Não podia negar a intensidade dessa relação.

Peguei meu celular observando a hora e tinha chamadas perdidas.

Antes mesmo de eu abrir e ver quem era a mão de Christian se esticou retirando o aparelho de minhas mãos.

–Ei eu ia ver uma coisa.

Ele nada respondeu se ajeitou sentando na cama observando e fez uma expressão que me deu um certo medo.

Logo ele estava ligando provavelmente para a ligação perdida.

–Alô quem fala? - Nossa que número estranho é esse? - Claro estou cuidando do que e meu o que você queria com minha esposa já cedo? -Ah sim entendo eu acho que acabou a bateria estaremos ai em duas horas prepare se estou bem melhor agora.

Ele desligou meu aparelho e eu tentei encara-lo com fúria.

– Era Elliott de um número descartável. Idiota me deu um susto disse que me ligou e eu estava sem bateria.

– Só te assustou por você ser como é, e então em duas horas estaremos aonde?

Ele suspirou antes de falar

– Na mansão Grey.

Christian sabia que eu odiava as visitas a casa de sua família, mais por Eliott eu iria tentar.

Chegamos como ele disse em duas horas o céu de domingo estava coberto por nuvens, os seguranças estavam dispensados e somente nós dois chegamos a mansao.

Assim que entramos Eliott estava vestido de um shot branco e uma polo aqui e uma boina um traje típico de Golf.

– O que e isso? - Perguntei sorrindo.

– Eu gosto de jogar com estilo. - Ele veio em minha direção me envolvendo em um abraço caloroso e assim me soltou observei o olhar de Christian mesmo disfarçando eu conhecia cada pequeno gesto de ciúmes dele e seu maxilar não enganava.

– Bella! - Mia e Rosalie falaram juntas meu nome e vieram em nossa direção.

– Rose que bom estar aqui também.

– Sim agora vamos deixar os garotos brincar com as bolas e vamos a piscina.

–Mais esta tão frio.

– E desde quando isso me impediu de ficar a beira da piscina? - Mia retrucou claro a piscina na casa dos Grey era aquecida e fechada então fui em direção aos quartos me trocar.

Coloquei um dos biquínis que Mia me arrumou e fomos até a piscina realmente as luzes e o aquecimento deixavam um ar de verão.

Sentamos nas cadeiras para começar a conversa de garotas quando Christian chegou.

–Ual quanta mulher bonita junto.

Rimos dele.

–Amor não ia jogar golfe? -Rose perguntou sorrindo.

–Christian foi se trocar.

–Mia e sua mãe está em casa? - A pergunta escapou de minha boca Christian andando sozinho pela mansão Grey com Helena a solta não me agradava.

–Ela e meu pai foram a um café da manhã beneficente, estarão em casa antes do almoço.

–Isabella para uma mulher casada esta com um corpo maravilhoso - fiu fiu...- Eliott assoviou e senti minhas bochechas corarem com o elogio.

– Isabella acho melhor trocar esses trajes.

A voz aguda de Christian ecoou seguida de uma toalha caindo em minha direção.

– Qual é o seu problema cara? - Rosalie levantou seu de dedo em Christian - Não sabe o que é uma brincadeira?

–Ei vamos acalmar os ânimos Christian, Eliott estava brincando estamos somente em garotas aqui vão jogar. - A voz de Mia era de preocupação.

–Não vou até que ela se troque.

–Mano calma ai cara. - As mãos de Eliott estavam no ombro de Christian que a retirou com rapidez e raiva.

–Não me toque Eliott seu babaca.

Eliott era maior que Christian ele inflou seus pulmões e segurou firme no braço de Christian pela primeira vez eu vi fúria naquele homem.

–Vamos ter uma conversa maninho.

– Eu não vou... Me deixa seu babaca...

–Ah você vai...

Ele praticamente arrastou Christian para fora da piscina eu fiquei temerosa agora Chriatian chegou a seu limite de ter ciúmes e brigar com seu irmão.

–Calma Bella, Eliott sabe como conversar com Christian. - Senti a mão delicada de Mia em meu ombro.

– Eu tenho que ir...

Levantei e segui para fora da piscina andei sem saber onde eles estavam até chegar a porta da biblioteca e ouvir vozes.

Cheguei mais perto e ao invés de entrar ouvi um pouco.

–Isso foi exagero, vá procurar ajuda Mano. Acha mesmo que eu ia mexer com a mulher de meu irmão que aliás é quase irmã de minha namorada?

–Desculpe Eliott eu não consigo pensar quando as coisas se referem a Isabella.

–Procure ajuda.

–Não sou louco.

–Ok então faça um filho. Isso ajuda sabia, já está na hora ai seu foco muda, você passa a cuidar da criança e vai ver a relação ficar em um estagio maduro eu li sobre isso.

– Não posso...

– Não porque?

– Eu fico sem chão de pensar em dividir Isabella até mesmo com um filho.

– Cara isso e sério, mais tente, verá é uma devoção diferente.

– Como eu disse... Não posso... Ela ficava me pedindo um filho. Eu já estava perdendo o sono, imaginei que ela pudesse parar de se prevenir e deixar se engravidar. Mulheres fazem isso então eu fiz uma estupidez.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo Christian não poderia ter feito isso...

–Mano você fez o que estou pensando?

–Sim eu não posso mais ter filhos.

Meu chão se abriu que sentido teria uma vida um casamento se não formar uma família.

 



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