História Cinza - Cap 17

Eren

*Whatsapp on*
12 de Dezembro de 2012
Eren - Oi.
Levi - Oi.
Eren - Como você está?
Levi - Bem. E você?
Eren - Estou bem. Pensei que não iria falar comigo.
Levi - Eu não sou infantil á esse ponto.
Eren - Que bom, porque eu gostaria de continuar a falar com você. Não vale á pena terminar um namoro e uma amizade junto.
Levi - Você tem razão.
Eren - Então, porque não foi na festa do Reiner?
Levi - Não estava muito disposto. Você foi, né?
Eren - Sim, como sabe?
Levi - A Petra me contou.
Eren - Ela estava lá?
Levi - Sim. Não a viu?
Eren - Acho que eu devo ter visto ela sim, só não devo ter reconhecido. Da onde você e o Reiner a conhecem?
Levi - Ela é atual secretária da escola, e o Reiner, como você sabe, dá aula de educação física lá. Ai ele e ela ficam no maior papo, dá pra notar que ele é caidinho por ela.
Eren - E mesmo tendo o Reiner aos seus pés, ela decidiu dar em cima de você? É isso que eu entendi?
Levi - Exatamente, ela é uma vadia.
Eren - Ahh... Entendi...
Levi - E ai, como está com o Jean?
Eren - Ta legal, ele é bem carinhoso.
Levi - Hm.
Eren - E você e a Petra?
Levi - Eu não estou com a Petra.
Eren - Não??
Levi - Não, já disse que ela é uma vadia, ela até quis ter uma chance de namorar-me, mas eu não quis.
Eren - Porque?
Levi - Não sou avicultor para criar galinha...
Eren - Oqmskmamammdksnkandkbejwjqkbskqkoskdokwnw
Levi - Ta tendo um ataque epilético, filho?
Eren - Não, só ri demais aqui.
Levi - Ata.
Eren - Mas você não ficou com ninguém depois de nós terminarmos?
Levi - Sim. Porque?
Eren - Por nada. Agora, se me der licença, eu tenho que ir comprar comida para o gato.
Levi - Ok. Até mais.
Eren - Até.
*Whatsapp off*
Lágrimas já escorriam pelo meu rosto. Eu sabia que não era uma boa ideia falar com ele, ainda o amo... Ele já seguia sua vida, e eu ainda não o esquecia.
- Eren? Está chorando? - Perguntou Jean preocupado.
- Não. - Enxuguei as lágrimas e bloqueei meu celular, o colocando na cômoda ao lado da cama. Por mais que eu inssistisse em não deixar, as lágrimas ainda saiam de meus olhos, porém não soluçava, como normalmente faço ao chorar.
- Está sim. O que aconteceu?
- Nada, Jean. Não precisa se preocupar.
- Mas você está chorando. E se você está chorando, você não está bem. E se você não está bem, eu também nao estou bem.
- Eu só estou lembrando de um filme triste. Pode ficar tranquilo.
- Está chorando porque eu disse que não queria ter filhos com você? Me desculpe se fui grosso.
- Não é por isso que estou chorando, já disse que eu lembrei de um filme de drama.
- Mas se não é por isso é porque? Não está com saudades do Levi, está?
- Lógico que não! Eu já disse o motivo pelo qual choro.
- Mas eu não acredito, que porra, Eren, eu pensei que estava tudo bem com a gente! - Eu me sentei na cama, segurei seu rosto e olhei no fundo dos seus olhos.
- Eu não estou com saudade do Levi!!
- Sério...?
- Sim! Estou falando a mais pura verdade!
- Hm... Ok... - Deitei de costas para ele, que voltou s mexer em seu celular. Eu menti, mas pelo menos não teve brigas, eu não estava em condições de discutir com ele, nem com ninguém. Continuei a chorar no meu canto, e o Jean? Nem ai.

~~~ # ~~~
Levi

Como sempre, acordei por volta das 9:00, ao ouvir o som de notificação no meu celular. Com uma só mão conversei um pouco com o Eren, para depois bloquear o celular e tentar voltar a dormir, sem sucesso.
Meu outro braço estava dormente, mas ao olhar para o garoto que dormia em cima dele, parecia um anjo num sono tão gostoso... Desisti de tira-lo de lá.
Eren deve ter ficado chatiado ao saber que fiquei com outras pessoas depois que terminamos, "Pensei que ele não desse mais a mínima para mim, talvez ele goste de mim ainda, talvez ele queira voltar comigo, e que tudo volte á ser como era quando ainda namorávamos... Não viaja, Levi..."
Olhei para o móvel ao meu lado da cama, notei um telefone em cima dele, peguei-o, notei ao seu lado uma plaquinha, que dizia "Recepção : 2469". Teclei esses números e deu diretamente na recepção.
- Motel Brilho da Lua, recepção. Posso ajudá-lo? - Atendeu a recepcionista, muito atenciosa.
- Gostaria que mandassem o café da manhã, por favor.
- Tem três opções de café da manhã hoje. O senhor deseja ovos e bacon, panquecas ou waffles? - Olhei para o moleque á imaginar qual ele gostaria mais.
- Dois waffles, por favor.
- E de bebida temos suco de laranja, de maçã e de morango.
- Prefiro de maçã.
- Dois copos.?
- Sim.
- Muito bem, mando para qual quarto?
- 18.
- Ok, vou providenciar, bom dia para o senhor. - E desligou. Impressionante como as pessoas aqui são educadas.
Retirei com todo o cuidado do mundo meu braço de baixo dele, felizmente ele não acordou. Coloquei minha calça e minha camiseta. Fui para o banheiro, escovei meus dentes e penteei meu cabelo, para depois sentar-me na sala. Pouco tempo depois a campainha toca.
O mesmo senhor entregou-me uma bandeja grande com dois pratos cobertos com tampas de inox, uma jarra de suco e dois copos. Agradeci, dei outra gorjeta de 20 dólares e fechei a porta. Com cuidado coloquei a bandeja em cima da mesa na cozinha, posicionando os waffles, os talheres e os copos com suco um de frente para o outro, colocando a bandeja vazia no balcão
Quando sentei e já me preparava para comer, vejo Peter sair do quarto já trocado.
- Bom dia, loirinho. - Falei ao fita-lo sentar-se á minha frente.
- Bom dia. - Ele sorriu amavelmente. - Hmmm... Waffles! - Falou ao tirar a tampa do seu prato.
- Imaginei que iria gostar.
- Eu amo. E o suco é de maçã?
- Sim. Gosta?
- Claro. - "Yes!!" - Parece que me vigiou durante minha vida inteira, como sabe de tudo o que eu gosto?
- São simplesmente palpites.
- Muito bons, por sinal.
Comemos, conversamos mais um pouco para depois eu pegar meu casaco e irmos embora. Descemos para a recepção, paguei nossa estada e fomos para o carro. Peter inssistiu que eu o deixasse em qualquer ponto de ônibus, e eu inssisti que me falasse o caminho de sua casa, logo ele aceitou a carona. Eu o levei até sua casa.
- Obrigado Levi, foi muito legal! - Falou animado, ao sair do carro. Já ia andando para sua casa quando o chamei.
- Peter! - Ele olhou novamente para mim - Me passa seu telefone! - O garoto corou para depois vir até mim e colocar seu número no contato que criei para ele no meu celular, logo me devolvendo.
- Vai me ligar ou me chamar no whats?
- Lógico.
- Então tá. - Ele virou-se de costas para mim novamente
- Hey!!
- O que foi dessa vez? - Olhou para mim denovo.
- E o meu beijo? - Ele corou mais ainda, então debruçou-se na janela do carro e me deu um beijo, suave e doce.
- Agora tchau.
- Tchau, até outro dia.
- Até. - Ele acenou e sorriu, agora indo para dentro de sua casa. "Que fofo..." Pensei.