História Cinzas - New memories

- alô. ..
- o que? ... você? ... filho da Laura, cara vai se fuder - disse puto.
- Katarine? - disse Fredo.
- namorado dela, David, quem fala? - um homem disse.
- namorado?
- sim, bom quem fala? - disse ele já impaciente.
- é um amigo, será que ela poderia falar? - disse Fredo me olhando atentamente.
- ela esta no banho, apareça a loja que ela trabalha, ela vai estar lá amanhã a tarde, ou ligue mas tarde - disse ele tocindo.
- e o Justin? Justin certo? - olhei para o Fredo e sabia a onde queria chegar.
- não! O David, já disse, Justin morreu - ele disse confuso.
Morri o caralho verme da porra.
- não! Você não me intendeu, Justin esta bem avisa a Katarine, ele saio de coma e já esta em casa, mas amanhã eu vou falar com ela - disse ele sério.
- bom cara - ele disse - não quero que Katarine fique sabendo dele, sabe? Estamos bem agora e com a volta dele tudo sera um castelo construído em areia movediça - disse ele.
Pude perceber o nervosismo dele pelo tom de voz.
Fredo rio debochado.
- ela vai ficar sabendo cara - disse finalizando.
- ela esta com outro cara - disse sem saber a expressão na qual usar.
- é ela esta, que vagabunda, olha cara vamos dar um festa e esquecer ela - disse ele.
Eu ri.
- Veremos o que fazer o que fazer, vou dormi.
Quando entrei no meu quarto tranquei a porta, não sabia se era melhor ela ter seguido a vida, ou se ela tivesse me esperado.
...
- ai meu Deus! Esta pegando fogo - disse Katarine saindo de cima de mim, olhei pra trás e as cortinas estavam em chamas.
- droga - disse com raiva.
" tinha que pegar fogo logo agora? "
Ela estava com medo e eu pensando nisso.
- Justin e agora? - disse ela.
Balancei a cortima na esperança do fogo apagar com o vento, mas a cortina caio em cima da cama espalhando o fogo até a porta de saida, com o impacto ela gritou desesperada.
- coloca a minha jaqueta - disse tirando a mesma e à entregando.
Tudo parecia irreal as chamas se espalharam rápido e eu não sabia o que fazer.
- mas... e você? Justin você esta sem blusa, vai se queimar - ela já não conseguia controlar a voz e disse gritando.
Puxei ela em meus braços e à abracei forte, tentando passar segurança.
- fica calma, a gente vai sair daqui - disse calmo, mas apavorado por dentro.
- eu não quero morrer Justin - dizia chorando.
- você não vai, olha pra mim - segurei seu rosto - acredita em você mesma - disse firme.
O fogo queimava tudo em sua fentre deixando o quarto em chamas. Podia ouvir as madeiras se quebrando.
- não - gritou ela ao ver o fogo na sua estante de lembranças - Justin o seus presentes, eles vão queimar...
- Katarine foda-se os presentes, eu te compro outro, fica aqui longe do fogo - dizia enquanto mantinha minha unica força para segura-la.
- nossas fotos então lá, tudo esta lá, por favor não deixa queimar nossas primeiras fotos...
- Katarine... para, fica queta - disse nervoso.
Eu estava sem força a fumaça já estava me deixando zonzo e ela querendo salvar papeis.
Tive que fazer mais força quando percebi que ela desmaiou já era de se esperar a fumaça era muita e não tinha pra onde sair. As janelas todas fechadas. Demorou um porco mas ela voltou a consciência.
- eu não quero morrer Justin - dizia sem voz.
- não vamos! Cofia em mim - disse - consegue ficar em pé?
Ela assentiu, e soltei ela de vagar, os barulhos de choro de criança, invadiram o quarto, gritos e gemidos de dor, me fizeram pensar em meus irmãos, o que eles estão fazendo aqui?
A madeira estava se quebrando, o teto caiando em nossa cabeças.
Eu estava com medo de morrer, puta que pariu o que eu faço? Olhei para a cama e peguei a coberta e fui em direção a porta que pegava fogo, estava muito quente ficar ali, enrolei a coberta em meu corpo e abri a porta.
Assim que abri voei pra longe com a força do fogo do lado de fora, eu sentia meu rosto queimando, mas não tinha pegado fogo. Não conseguia me levantar apenas gemer de dor, virei meu rosto para encarar a Katarine, ela me olhava com medo chorando e caio no chão sem forças.
Eu ouvia sirenes tocarem.
- eles chamaram os bombeiros, vamos ficar bem - disse esticando o braço em sua direção.
- eu te amo, por favor não me deixa morrer... eu te amo tanto Justin - disse ela esticando o braço também.
Entrelacei nossas mãos. Vi ela fechando os olhos, mas por medo do que desmaio, então fechei os meus também.
Pude sentir coisas caindo em minha cabeça.
- Katarine? - disse me acordando assustado - foi só um sonho.
Tentei me lembrar do rosto da garota, mas nada vinha em minha mente. Olhei no relógio e marcva 2:05, porra!!!
- eu também te amo Katarine - disse em um sussurro, as lágrimas vieram em minha alma - porque não me lembro caralho - gritei com raiva tocando o que tinha na mesinha no chão.
Eu chorava sem poder ter certeza do que sentia, quero me lembrar dela e de todos.
Povn Katarine
Acordei atordoada, lágrimas cairam de meus olhos " esse sonho de novo " sonho com o dia do incêndio todas as noites dez de quando deixei de ver Justin no hospital, mas não podia sentir amor por ele, não mais, Justin para mim era tudo, ainda é tudo mas acabou, é errado continuar insistindo nesse amor. Mesmo que isso me mate todos os dias da minha vida, na verdade já estou morta apenas meu corpo esta intacto.
Me sentei na cama e agarrei meu joelho, as lágrimas silenciosoas que me acompanham desabaram em meus joelhos formando cinzas.
- mor? - disse David acordando - de novo acordada a essa hora?
- me desculpa! Eu vou pra sala, para que você possa dormir em paz - disse secando lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto.
Fui levantar mas ele segurou minha mão.
- não precisa se desculpa, muito menos sair daqui eu já me acostumei em acordar com seus soluços, não à julgo, nunca vou te julgar, sei que é difícil perder os pais, mas você não esta sozinha - ele me deu um selinho.
Respirei fundo e sorri de lado, ele se deitou pois antes estava apoiado em seu braço, ele me puxou para que eu deitasse em seu peito e foi o que fiz.
Não me julgue por estar com David, não posso continuar sofrendo pelo Justin, ele morreu, e não vai voltar e nada poderá ser feito.
...
Povn Justin
- então a festa vai ser hoje? - perguntou Fredo pela décima vez.
- Hoje não Fredo, escolhe outro dia - dizia fingindo animação.
- amanhã?
- ok Fredo amanhã. Mas por favor não judie da casa, e pergunta pra Guadalupe se pode - disse.
- mas a casa é sua, você que manda não ela - ele fez uma careta.
- pergunta pra ela - reforcei.
- ok... chefe você não vai no trabalho da Katarine?
- não - falei seco.
- mas Justin você gosta dessa garota..
- mas ela esta com outro, ela me deixou no hospital, e foi atrás de outro homem - interrompi ele com uma certa raiva.
- tudo bem cara te entendo, a mina de deu um pé na bunda - disse ele rindo me fazendo rir fraco.
- parece que foi exatamente isso.
- quando você fala dela o que sente? - era incrível como ele ficava sério de uma hora pra outra.
- não sei explicar, mas seja lá o que tivemos foi forte, ela mexe comigo de uma forma incrível, sinto falta dela - disse e ele me olhava atentamente.
- isso foi lindo... e .... gay - disse ele e eu gargalhei - certo quem eu chamo para a festa?
- que tal as pessoas que eu não me lembro - disse impaciente.
- ok, foi mal, posso chamar meus amigos? - acenti.
- Fredo por favor menos de 30 pessoas ou melhor menos de 25 pessoas - disse e ele me olhou incrédulo.
- chato! Esta tudo acabando entre nós - disse ele.
Fredo é um idiota.
- você nem sabe se a Guadalupe vai deixar você fazer a festa - ele deu língua e ia saindo do quarto - a onde você vai?
- pergunta para a Guadalupe.
FlachBack on
- o que foi meu pequeno? - disse Lupe.
- quero me esconder - disse chorando.
- seus pais estão brigando de novo? - assenti - não chora pequeno, quer comer bolo, eu acabei de fazer - ela me pegou no colo.
- quero que eles parem de brigar - disse me encostando em seu ombro.
FachBack off
- eles eram infelizes juntos? - me fiz essa pergunta enquanto as lágrimas preenchia meu rosto.
Lupe era um anjo branco, eu a via como um anjo bom que me ajuda com tudo, ela era boa uma segunda mãe. Sorri.
Ela precisa saber que eu me lembrei dela.
Sai do quarto e fui ao encontro dela. Desci as escadas e vi ela e Fredo conversando.
- vai Guadalupe deixa...