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História Cinzas no Amor - Cego pela fumaça


Escrita por: oqvcquiser

Notas do Autor


Pessoal, agora sim. Está atualizado o capítulo. Completo.

Capítulo 13 - Cego pela fumaça


Terminou aquela quinta-feira fumando um total de 7 cigarros, que foram tragados totalmente despercebidos pelo próprio fumante. 

A sexta-feira chegou e com ela veio a sensação de liberdade, pois começava mais um final de semana. O mais velho acorda primeiro, se ajeita e antes de decer, dá um leve e calmo celinho nos lábios da mais nova, que mesmo de olhos fechados, abre um pouco sua boca e abocanha o lábio inferior do esposo, pressionando levemente e o puxando para trás, o fazendo ficar mais tempo ali, abraçado e sentindo seus lábios se tocarem.

ㅡ Dormiu bem, meu amor? ㅡ pergunta a mais nova, com uma voz baixa e ao mesmo tempo sexy. Uma voz que entrava nos ouvidos do mais velho e o incitava a ficar mais ali, deitado com seu corpo perto do dela e seus lábios se tocando por várias vezes, de um jeito diferente cada uma.

ㅡ Dormi sim.... ㅡ responde o rapaz, já sedendo as provocações, propositalmente, feitas pela pessoa mais perfeita do mundo pra ele.

Stephany não era boba. Sabia os pontos fracos do marido. Sabia que o mais velho sempre era fisgado pelos seus anzóis. Bastava jogá-los na água que o mais novo caia que nem um peixe. Falava de uma forma única, mansa e calma, dava alguns celinhos em seus lábios delineados e alguns toques em seu corpo, fora seu olhar que o encarava de uma forma totalmente provocativa. Bastava isso, e o jovem rapaz estava em suas mãos. É claro também que existiam mais coisas, desejos e opções, como alguns fetiches que o levava exttemamente a loucura. A garota sabia o momento certo de agir.

ㅡ É como acordou hoje ㅡ o mais velho fita os seus olhos e pergunta maliciosamente, aproximando seus lábios aos da esposa, a provocando para um beijo.

Ela continua o encarando e responde sussurrando.

ㅡ Bom... ainda não sei, mas... ㅡ coloca seus dois braços, em forma de abraço, atrás  de seu pescoço, o fazendo deitar de vez contra o seu corpo. ㅡ Posso responder daqui a pouco? ㅡ força os seus braços para baixo, fazendo o mais velho aproximar seu rosto e sentir seus lábios tocando os do garoto, que logo leva suas duas mãos ao encontro do pescoço e rosto da garota, forçando mais ainda a união de seus lábios.

Da uma pausa, separando um pouco, apenas, seus lábios. ㅡ Sim.. ㅡ e sussurra, voltando a beijar desesperadamente seu maior bem.

ㅡ Me beije, amorzinho... me beije!... ㅡ pede com uma voz manhosa, abrindo devagar suas pernas e entrelaçando as do mais velho.

ㅡ huumm.. ㅡ responde positivamente o garoto já bastante ofegante, pelo fato de estarem a alguns minutos assim. Sua respiração aumentava a cada beijo, a cada toque, que dava e que sentia na amada.

ㅡ "Aahnnn" ㅡ a mais velha nova deixa escapar um pequeno grunido, junto com um forte suspiro, incitando mais ainda o mais velho a continuar o que estava fazendo.

Não demorou muito e o mais velho começou a levantar a blusa da garota, que logo ergue seus dois braços pra facilitar e agilizar a retirada do tecido. É a vez de Stephany, e enquanto beija os lábios torneados do marido, levanta sua camiseta do garoto, passando levemente suas unhas em seu abdômen, peito, pescoço, finalizando com um último beijo e trocando de posição. Agora Stephany estava por cima de Marlon, o beijando e brincando, enquanto Marlon apenas deixou ser levado. Passaram um momento a sós, estavam concentrados e ficaram pouco mais de 1hr dentro do quarto.

Não demora muito e Stephany entra no banheiro para tomar o seu banho matinal, quento Marlon aproveita o momento para descer e aliviar a ansiedade e cansaço que sentia no momento. E nada melhor do que começar o dia, principalmente depois de um momento a sós com a esposa, do que fumando seus cigarros. Não perde tempo e tira 2 cigarros de sua carteira, devolvendo a pequena caixa vermelha e branca para o interior do altomovel. Colocou o objeto branco na boca, acendendo apressadamente e já dando uma forte tragada, sentindo a fumaça quente descer por sua garganta e encher os seus pulmões. Prendeu um pouco a respiração e logo soltou lentamente a fumaça pelo nariz, enquanto puxava com força mais uma grande quantidade de fumaça do cigarro em seus labios, sentindo uma sensação de relaxamento. Fumou todo o cigarro se o tirar da boca, tragando intensamente do mesmo modo que fizera na primeira tragada. Andava para um lado e pro outro, na garagem do condomínio, sentindo a fumaça tóxica do cigarro preencher seus pulmões e o aliviar estantaneamente, quanto soltava nuvens de fumaças pelas narinas. 

Não demorou muito, e o garoto jovem rapaz terminou o 1° cigarro, dando uma respirada forte e soltando um suspiro aliviado. Pisou em cima do cigarro e o apagou. Parou de andar e encostou repousando seu corpo sobre parte lateral do carro, acendendo mais um cigarro. Tragou lentamente profundo, inclinando sua cabeça um pouco para cima e soltando a fumaca por um pequeno bico formado pelos lábios. Tragou mais uma vez, prendendo a respiração Por alguns segundos, enquanto pegou o cigarro com os dois dedos da mão direita e a repousou sobre o capô do carro. Inclinou novamente a cabeça e soltou a fumaça, sentindo um prazer inenarrável. Era como que se toda aquela fumaça fosse um relaxante muscular, mental, cerebral, emocional e amenizasse e até resolvesse tudo aquilo que o incomodasse no momento. Voltou o cigarro aos lábios e seu mais algumas tragadas, o jogando no chão e o apagando. Começou a andar em direção ao elevador enquanto ainda soltava a fumaça que prendera em seus pulmões. Pegou as correspondências que usava como desculpas para descer, e voltou para o apartamento, indo direto ao banheiro social, tomar um banho.

Após o banho, o mais velho entra no quarto e começa vestir suas roupas, enquanto sua esposa o pergunta curiosa.

ㅡ Tem alguma coisa pramim, meu amor? ㅡ aponta pras correspondências.

ㅡ Muitas contas, amor! ㅡ abre um sorriso e avisa estar brincando.

ㅡ Êh amorzinho... ㅡ os dois riem. 

Enquanto o esposo termina de se arrumar, olhando no espelho em frente a escrivaninha, a mais nova chega de mansinho e abraço carinhosamente o mais velho por tras, repousa do seu rosto no ombro da pessoa mais importante do mundo. 

A mais nova levanta o rosto e chega bem pertinho do seu ouvido esquerdo.

ㅡ Obrigado por tudo meu amor... ㅡ diz sincera e sussurrando.

O mais velho vira e apalpa o rosto da esposa, com suas duas mãos e diz.

ㅡ Eu que te agradeço ㅡ sussurrando também, enquanto olha nos seus olhos e chega perto da boca da mais nova até seus labios se unirem, resultando em um beijo apaixonado e ofegante.

Foi para sala enquanto Stephany partiu pra cozinha. Já eram 11 hrs e Marlon precisava almoçar para ir trabalhar. Não passando nada de interessante, o garoto logo deixou de mão o controle e começou a pensar em vários nadas. 

ㅡ Amor!.. ㅡ chama Stephany da sala.

ㅡ Oi amorzinho! ㅡ responde o garoto levantando a cabeça para escutar melhor.

ㅡ Amor... não quer ir comprar umas verduras não? ㅡ disse levantando um único tomate que estava sobre a mesa.

ㅡ Compro, amor... ㅡ respondeu sem reclamar, logo calçando suas sandálias e indo em direção a porta, até por que já estava com uma pequena vontade de descer. Precisava de um cigarro.

ㅡ Compra uns tomates, alfaces, verduras, legumes..... ㅡ gritou alertando o mais velho, que já estava no hall, esperando o elevador chegar.

ㅡ Ok!.. ㅡ confirmou entrando no elevador.

Stephany ficou preparando o almoço, cuidando dos mínimos detalhes para o marido. Sabia do que ele gostava e o que odiava. Então, dava o seu melhor.

Já o rapaz, ao entrar no automóvel para ir até o supermercado mais perto que ficava 2,5 km dalí,  pegou o maço batendo contra a palma da mão esquerda, notou que nenhum cigarro desceu. Seus cigarros tinham acabado hoje de manhã. Ficou furioso por não ter percebido e ido comprar os cigarros para não ter que passar o que estava passando.

ㅡ Droga!.. ㅡ gritou batendo a mão esquerda no volante.

Ligou o carro e saiu, jogando o maço vazio pela janela na esquina de casa. Parou na vendinha mais próxima, 200 metros de casa, desceu apressado deixando seu carro ligado, aguardou na fila que estava um pouco comprida, o deixando mais nervoso ainda, e ansioso para se "aliviar" novamente. Saiu da loja já colocando um cigarro na boca. Entrou no carro e antes de voltar a dirigir, ascendeu o refil branco em seus lábios. Tragou todo o cigarro sem dar intervalos. Sentiu aquele nervosismo passar e ficar mais concentrado enquanto dirigia. Deu a ultima tragada enquanto abaixava seu vidro, jogou o cigarro já no fim na rua, e soltou com muito prazer a fumaça de seus pulmões, inclinando sua cabeça e deixando passar por seus lábios em formato de um círculo. 

Chegou no supermercado, comprou o que devia e logo voltou para o carro, ligando seu automóvel e retornando para casa. Colocou uma bala halls que comprara junto com o novo maço de cigarros na boca, e subiu de volta ao apartamento, coloca as compras sobre a mesa. 

ㅡ Está aqui meu amorzinho!.. ㅡ abre um pequeno sorriso se dirigindo ao quarto. 

ㅡ Há sim, obrigada. ㅡ respondeu terminando de preparar uma parte da comida.

A garota continuou a fazer o almoço, aproveitando as verduras, legumes, que chegara e preparando uma pequena porção de salada para ela mesma, pois seu marido não comia, enquanto o mais velho pegou uma toalha e entrou no banheiro para tomar um banho, afinal, já estava quase na hora de ir. Voltou para a cozinha, já arrumado, e sentou-se a mesa para almoçar.

ㅡ Amorzinho, cadê você? ㅡ pergunta sentindo sua falta.

ㅡ Amor, pode comer... eu estou... apenas terminando minha salada.. coma se não se atrasará! ㅡ responde preocupada com o marido, enquanto corta algumas folhas de alfaces.

ㅡ Amor, só como com você aqui comigo. ㅡ deixou bem claro para a esposa.

A mais nova termina de picar de qualquer jeito suas folhas, se dirigindo rápido até a mesa, pois sabia que realmente o marido não comeria sozinho. 

Foi para o trabalho, fumando 2 cigarros tranquilos dentro de seu automóvel.  Passou a tarde tranquila, não fazendo muita coisa. Não se sentiu nervoso ou estressado por um minuto se quer. Mesmo assim, saiu algumas vezes pra fumar "só cigarro pra, pra relaxar". Marlon já estava fumando não só por nervosismo, mas como um vício e prazer que sentia ao colocar um cigarro em sua boca. Já estava fumando 5 a 7 cigarros durante o expediente do trabalho.

Voltou para casa, beijou sua mulher, tirou sua roupa e deitou sobre o sofá, colocando em um jornal na televisão. Ficou ali por algum tempo, quando sente um desejo pelo cigarro e não pensa duas vezes antes de decer. 

ㅡ Amor, vai aonde? ㅡ perguntou Stephany. 

ㅡ Amor... vou levar esses papéis no apartamento do seu Messias.. ㅡ sempre tinha uma desculpa.

Fumou um cigarro, matando  seu desejo, e logo voltou pro apartamento. Jantou e desceu novamente após comer, fumar mais um cigarro.

Sempre tinha uma carta na manga. Sempre tinha uma desculpa. Sua esposa não sabia do seu vício, que o fumante via apenas como um simples cigarro pra aliviar o nervosismo.

ㅡ ㅡ ㅡ ㅡ ㅡ 

ㅡ Bom dia meu amorzinho!.. ㅡ diz Stephany se espreguiçando enquanto aproxima do mais velho.

ㅡ Bom dia!.. ㅡ responde sonolenta, como sempre fazia.

Eram 8 horas e manhã de sábado, e quando o mais velho viu o relógio, ficou um pouco nervoso.

ㅡ Amorzinho!.. ㅡ diz firme. ㅡ São 8 da manhã! Hoje é sábado... 

A mais nova sabia que seu companheiro adorava dormir até mais tarde, principalmente nos finais de semana. 

ㅡ Então tá bom amor... ㅡ diz a mais nova um pouco sem graça. 

Marlon percebe o rápido entristecer da mulher e logo reage com sabedoria. 

ㅡ Amorzinho... ㅡ diz mais calmo, se aproximando da mais nova, sentada na beirada da cama. ㅡ Amor... olha... me perdoa, meu amorzinho.. é por que quando eu estou dormindo eu nem sei o que eu falo... rs ㅡ ri forçado e passando suas mãos no ombro da mais nova. 

ㅡ Tá tudo bem meu amorzinho... ㅡ responde a garota, abrindo um pequeno mas sincero sorriso. Continua sentada colocando seus tênis. 

ㅡ Amor! Pra que está colocando tênis 8hrs em pleno sábado? ㅡ pergunta confuso e ainda meio sonolento.

ㅡ Uai amor, vou caminhar... Sou sadia, diferente de uma pessoinha que convivo todos os dias!.. ㅡ abre um sorriso irônico se referindo ao marido.

ㅡ Ei! Rum.. ㅡ o mais velho resmunga, logo dando uma gargalhada, pois sabia que era verdade. Vira pro lado, se cobre e fecha os olhos, bem rápido.  ㅡ Amor, boa caminhada..  enquanto isso vou desfrutar aqui minha saúde. ㅡ ri ironicamente.

Stephany sai para sua caminhada matinal, deixando o mais velho dormindo em casa. O garoto perde o sono e mesmo sem estar nervoso, estressado ou algo do tipo, vai a sacada, senta em sua poltrona e ascende um cigarro para começar bem sua manhã. Traga toda aquela fumaça sentindo o prazer e o vício sendo alimentado mesmo sem perceber. Volta para dentro, come uma bolacha com um suco, e logo após a pequena refeição, volta para a sacada e ascende mais um cigarro, desta vez bem suave, tragando a fumaça que puxara do cigarro bem lentamente, sentindo uma onde de prazer invadir seu corpo. Fuma até o último centímetro possível e joga a pequena bituca fora. Volta pra casa e toma um banho.

Não é diferente na hora do almoço, lanche e janta. Sempre ascendia um cigarro. Não por necessidade, mas sim por puro vício e prazer que sentia no cigarro. Saíram para o shopping, jogar boliche naquela tarde de sabadão, o mais velho aproveitava os momentos oportunos e fumava seu cigarro, chegando ao final do dia inteirando 12 cigarros fumando desde manhã até a noite.

Chegando satisfeito em casa, após jantarem juntos em um restaurante conhecido, o mais velho recebe uma ligação dentro do apartamento. Era Luiz. O mais velho saiu para conversar melhor com o amigo no telefone, desceu até o lazer, ascendeu um rápido cigarro, pois necessitava de um após a janta, e concluiu a ligação dando as últimas tragadas, intensas e profundas, sugando todo prazer daquele pequeno refil direto para seu corpo.

ㅡ Quem era amorzinho? Deve ser algo muito importante e sigiloso, né..  pra você sair pra conversar... ㅡ diz a garota um pouco intrigada.

ㅡ Amor.. ㅡ ri forçado. ㅡ Era o Luiz! Nos chamou pra almoçar na casa dele amanhã. Os pais dele vão pra fazenda e a casa vai ficar livre.. 

ㅡ Hum.. legal amor... ㅡ diz naturalmente, focada em seu programa de TV favorito.

O mais velho toma um banho, se arruma com uma roupa bem a vontade e logo se junta a sua esposa. Deitou juntinho com ela, esparramados pelo sofá, e começaram a ver um filme. Depois de um tempo, o garoto já bocejava e Stephany já estava com os olhos fechados, deitada sobre seu colo. 

ㅡ Amor... ㅡ sussurra Marlon perto de seu ouvido. ㅡ Vamos dormir?.. ㅡ passa a mão no rosto da mais nova, e logo trás um selinho no seu lábios.

ㅡ hãn...? ㅡ abre os olhos e responde passando a mão no olho direito. ㅡ Vam.. ㅡ e é interrompida por outro selinho. Um selinho que dessa vez demora mais.

O mais velho vai abraçado por trás, levando a garota até a cama, que ainda estava um pouco sonolenta. Ela deita e o mais velho a cobre e da um beijo de boa noite no rosto da garota que já dormia profundo. Stephany acordou cedo para arrumar as coisas e caminhar logo em seguida. Realmente estava exausta. 

ㅡ Boa noite amorzinho..... ㅡ sussurra bem baixinho no ouvido da mais nova. 

Volta para a sala, desliga a TV, apaga a luz do ambiente e se dirige a cozinha. Abre a geladeira, pega um suco que já está quase no final e termina de esvaziar a caixa, bebendo o resto que continha ali e jogando no lixo em cima da pia. Esperou um pouco antes de ir dormir, se limpando com as próprias mãos, batendo na roupas que vestia, quando notou algo no seu bolso. Enfiou sua mão e logo apalpou um algo quadrado para fora, quando viu que era sua carteira de cigarro que ainda estava ali. Encarou por um momento a caixinha branca e verlho, e logo colocou um cigarro na boca. Apagou a luz da cozinha e se dirigiu até a sacada. Fechou a porta de vidro e sentou-se na poltrona. Colocou seus pés em cima de uma pequena mesa de centro e ascendeu o refil branco em sua boca. Ficou ali pensando em muitas coisas, enquanto a sensação de prazer e satisfação enfumaçava seus pulmões e todo o seu corpo. Fumou apenas um cigarro, por puro prazer, e logo que acabou, o jogou fora. Pronto, estava satisfeito e agora poderia dormir, pensou o mesmo. Se levantou, entrou e foi ao banheiro escovar seus dentes. Se aconchegou ao lado de eu esposa e caiu no sono. 

ㅡ ㅡ ㅡ ㅡ ㅡ 

Eram 8:50 da manhã de domingo, e o dispertador ainda não tocara. O mais velho acorda primeiro e vê a esposa dormindo pesado. "Realmente ela está muito cansada." Pensou na hora que viu sua esposa respirando profundo. Desativou o despertador e entrou no banheiro para seu preparo matinal. Se dirigiu pra sala, silenciosamente, para não acordar sua amada. Ligou a TV, colocando em um programa de músicas caipiras que passava todo o domingo, e se dirigiu a cozinha, pegar algo pra comer. Abriu a geladeira e pegou uma vitamininha em caixa e um resto de bolacha. Se dirigiu a sala e concluiu seu programa de TV. Voltou a cozinha, jogou as coisas no lixo e quando sai, se assusta vendo uma carteira de cigarros em cima da mesa. Mais que depressa passa as mãos sobre seus bolsos e conclui que realmente era dele, afinal, quem mais fumaça baque apartamento a não ser ele? E escondido ainda..? Pegou o maço e colocou no bolso. 

Calçou um tênis simples e foi caminhar até uma feira próxima. No meio do caminho, que parecia ser longo, enfiou a mão no bolso e pegou seu maço, tirando um cigarro e colocando em sua boca. Começou a observar a pequena caixinha que continha agora apenas 2 cigarros, o 3° estava em sua boca. Guardou o maço no bolso e ascendeu o refil, dando uma tragada prazerosa de "bom dia". Andou mais devagar, com a intenção de fumar todo o cigarro antes de chegar em uma loja de conveniência e comprar um novo maço. Se aproximando da loja, fumou mais intensamente e logo jogou a bituca fora. Comprou a nova caixa branco com vermelho, contendo 20 cigarros e logo a guardou no bolso. Chegou a feira, comprou um pastel e se encontrou com Flávio - um antigo funcionário de seu pai que trabalhava para ele mesmo. Os dois se sentaram e comeram um pastel juntos. Após o pastel, Flávio, enquanto conversa com o ex patrão, retira um cigarro do bolso de sua camisa e ascende. O garoto faz o mesmo, deixando apenas 1 cigarro no maço e surpreendendo Flávio também.

ㅡ Uai cara!... você não odiava cigarros? Não sabia que fumava... ㅡ falou o homem surpreso, olhando o garoto fumando naturalmente seu cigarro.

ㅡ Eu não fumo!.. ㅡ rebate na hora. ㅡ Só as vezes quando fico um pouco estressado... mas por nervosismo mesmo.

ㅡ Ha sim.. ㅡ responde o ex funcionário mais conformado. 

Depois de um tempo, Marlon liga pra mais nova, dizendo que estava na feira, e perguntando se quero algo. 

ㅡ Amor... Traga aquelas coisas que eu gosto, por favor... e não demore muito. 

ㅡ Ok.. ㅡ desliga o telefone. 

Depois de andar na feira e comprar o pedido da esposa, o garoto pede um caldo de cana e senta na banca do senhor que vendia o caldo. Retira o maço contendo o último cigarro ali dentro, coloca o mesmo na boca e joga o maço velho no lixo. Ascendeu o cigarro e começou a fumar, esperando o suco sair. Na mesma hora é surpreendido com o caldo na sua frente. Paga o senhor e caminha de volta para casa com um cigarro e um copo de caldo de cama na mão direita, enquanto a outra segurava as sacolas. Teve que beber e fumar ao mesmo tempo, o que não achou ruim. 

Chegou em casa, colocou as sacolas na mesa e logo foi tomar um banho. Voltou para a sala, lembrando a esposa que hoje iriam para a casa de Luiz. Dando quase meio dia o casal chega na casa do amigo, onde são recebidos muito bem pelo anfitrião da casa. 

Não era de se esperar.. o almoço na realidade era um encontro de amigos. Lá estava David e sua esposa Maria Eduarda, Fernando, Camila - mulher de Luiz, e outros amigos das antigas. Como de lei, as mulheres se ajuntaram, deixando os homens mais a vontade. O Almoço durou mais o menos 5 horas, terminando umas 4:30 da tarde. Nesse período, o garoto já tinha fumado 8 cigarros do novo maço que comprou. Na hora da saída, dentro do carro, sua esposa se sente encomodada pelo forte cheiro de nicotina que vinha do marido.

ㅡ Nossa amor... como você consegue ficar no meio desses seus amigos fumantes? Meu Deus... eu que fiquei longe, já estou encomodada com o cheiro que eles passaram pra você! Imagina você então, que ficou do lado das marias fumaça lá... ㅡ diz a mais nova, abrindo o vidro do carro.

ㅡ Poise Amorzinho... mas, fazer o que né amorzinho... não posso ficar sozinho e não dar moral pra ninguém por causa disso... ㅡ fica tenso e logo responde um pouco nervoso. 

ㅡ Chegar em casa você vai tomar um banho bem tomado. Viu? Se precisar, eu te dou esse banho. Rum. 

ㅡ Tabom meu amorzinho... ㅡ ri forçado. ㅡ Pode deixar... ㅡ responde sem graça. 

Chegando na garagem a mais nova sobe primeiro, pra arrumar a água quente na banheira pro esposo, enquanto o rapaz estaciona o carro. Aproveitou para ascender mais um cigarro antes de subir. Fumou prazerosamente o 9° cigarro daquela tarde e logo subiu. Tomou o seu banho na banheira com água quente, preparada pela mais nova, e foi assistir um filme com a garota. Terminou aquele final de domingo junto com sua garota e mais 2 cigarros.

ㅡ ㅡ ㅡ ㅡ 

Chega a segunda-feira e começa tudo de novo. O que o rapaz não percebia era que já era um dependente do cigarro. Seu vício  o fazia inventar desculpas, achar que estava nervoso para ascender um refil, mentir pra pessoa que mais amava nesse mundo, não ligar mais para algumas coisas. Já estava tão natural sua necessidade pelos cigarros que o jovem garoto já fumava de 12 a 17 cigarros por dia. Já não prestava mais atenção em si próprio, em relação ao cheiro, a vontade de fumar que só aumentava, aonde fumava, que horas, como, onde guardava seus cigarros, etc.

Passou uma semana, 7 dias, e cada dia o cigarro o dominava mais. Fumou de 10 a 17 cigarro todos os dias da semana que se passou.

Sua esposa não sabia de nada. 

"E nem vai saber.. por que eu não fumo! Só as vezes que eu uso o cigarro pra desestressar, ficar mais calmo, bem raro. Só quando eu estou nervoso mesmo. " Pensava o jovem rapaz, já totalmente cego pela fumaça. 



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