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História City of Angels - A semana no ignore


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


EU TENHO DUAS NOTÍCIAS PRA VOCÊS E PROVAVELMENTE VOU SER UM POUCO MASSACRADA POR UMA DELAS.
Comecemos com a amorzinho: FORAM TIPO, MUITOS COMENTÁRIOS NO CAPÍTULO PASSADO (UNS 13) E EU QUASE EXPLODI DE TANTA EMOÇÃO. VOCÊS SÃO ÓTIMOS, LITTLE ANGELS <3
A segunda é que, embora ainda tenham alguns capítulos (E EPÍLOGO) a fic, infelizmente, está chegando ao fim. Eu postei mais rápido do que planejava, porém não me arrependo de nada porque vi que deixei muita gente feliz (comentários de agradecimento <3) e muita gente surpreendida ("quando li a sinopse, achei que fosse mais uma que só me ilude, mas você me surpreendeu" <3).
Então, anyway, o fim está próximo, MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS, fora o epílogo, A TIA TA PREPARANDO UMAS SURPRESINHAS PRA VOCÊS, ENTÃO EU FICARIA MUITO ESPERTO, MESMO QUE EU DIGA QUE A FIC TA FINALIZADA (soltei e sai, spoiler pra vocês).
Ah, e não me matem por esse capítulo, fiquem calmos e só comentem no final, antes de me xingarem.
*Divirtam-se*

Capítulo 38 - A semana no ignore


*Annabeth

Percy e eu conversávamos quase todos os dias no mesmo horário, ou seja, quando eu ia dormir. Tentava me lembrar sempre de mandar um boa noite pra ele enquanto estava almoçando, mas ainda era meio (lê-se bastante) estranho. Ele disse que estava anotando cada dia num caderno, para me contar como foi a experiência depois, já que nossos horários não batiam e tínhamos muito pouco tempo pra conversar.

Depois do primeiro mês foi que as coisas desandaram. Não comigo, já estava, no mínimo, conformada com tudo aquilo, mas Kaya e Jamie não. Estava adiando muito pra fazer uma visita a Chloe, já que se eu aparecesse lá sem Percy, ela faria perguntas, mas os gêmeos estavam bastante deprimidos a cada semana que se passava, então tive que dar um jeito. Combinei com Percy num dos dias que ele estaria livre (eles tinham um na semana para fazerem o que quisessem) e os levei pra casa de tarde.

- Ok, estão prontos pra surpresa? – eles assentiram e eu liguei o computador, mostrando Percy do outro lado, sorrindo ao ver os dois.

- Percy! – eles gritaram e eu tive que segurar os dois para que não pulassem e quebrassem o notebook. – Quando você volta?

- Ah, vai demorar um pouquinho ainda, sinto muito – eles reclamaram. – Ei, vocês não podem ficar tristes. Lembram-se da tarefa que eu passei pra vocês?

- Lembramos – Jamie respondeu, embora ainda meio triste.

- Que tarefa é essa? – eu perguntei.

- Cuidar de você e te deixar feliz enquanto ele não volta – Kaya disse. – Mas é mais difícil sem o Percy aqui.

- Eu sei que é, mas vocês vão ter que se esforçar um pouquinho – Percy disse. – Annie também está triste porque eu estou longe e eu ensinei vários truques pra vocês de como fazer os outros rirem, mas eu não ensinei pra ela.

- Tá bom, nós vamos tentar.

- Ótimo. Então, o que andaram aprontando?

Deixei que os três conversassem em paz enquanto apenas os observava. Primeiro as fotos e agora pedir para que as crianças me animassem? Tudo bem que uma delas não havia sido proposital, mas as tentativas de me deixar melhor vindas de Percy estavam apenas fazendo com que eu sentisse mais sua falta.

Depois desse episódio, foi mais fácil aceitar a ausência dele, e as semanas se passaram mais rapidamente do que eu previa. Logo faltavam só dois dias pra Percy voltar e eu mal conseguia me controlar de tanta ansiedade.

- Deuses, Annie, relaxa – Piper disse enquanto saíamos da faculdade pra ir em algum lugar almoçar. Nenhum de nós tinha aula à tarde na quarta, o que era ótimo.

- Você relaxaria se Jason estivesse a dois meses longe de você? – Piper olhou pro namorado e o puxou pra mais perto.

- Não – ela respondeu e Jason a beijou.

- Exatamente. Não é tão fácil quanto parece.

- Desculpa – Piper disse e então ficou séria de repente. – Annie, ainda tá com aquele negócio na sua bolsa?

- Que coisa? – Piper pegou minha bolsa e Jason segurou o restante das minhas coisas. – Gente, o que vocês estão ... – Jason apontou para alguma coisa atrás de mim e eu não acreditei no que vi. Primeiro os cabelos ruivos de Rachel saindo do carro de Percy, então ele próprio, sorrindo em nossa direção.

*****************************************************************************

*3ª pessoa

Annabeth sentiu as pernas bambearem quando viu o namorado parado do outro lado do gramado, sorrindo abertamente, tão lindo quanto ela se recordava. Ela não se preocupou em recuperar o fôlego que havia perdido, apenas correu em direção a ele, não se importando com quanta atenção estava chamando. Então ele a abraçou como se sua vida dependesse daquilo, o que, no momento, parecia ser verdade. Percy chegou a levanta-la no ar com o impacto, mantendo-a lá por alguns segundos até que ele a colocou no chão, mas sem solta-la de forma alguma.

- Você voltou – Annabeth disse quando finalmente ergueu o rosto, passando a mão pelo rosto de Percy e sentindo-o limpar o seu.

- Pensou que ia se livrar de mim assim tão fácil?

- Se você ousar se inscrever pra outra coisa dessas – ela segurou a camisa dele com força, os dedos tremendo de raiva e nervosismo – eu juro, por todos os deuses, Percy ...

- Eu sei – ele acariciou a bochecha dela. – Senti tanto sua falta, Sabidinha – Annabeth não aguentou mais nem um segundo e já estava puxando Percy em direção a si, beijando-o. Ele passou as mãos pela cintura dela, aproveitando a sensação de poder ter o corpo da namorada junto ao seu novamente. O cheiro dos cabelos dela, a pele macia sob os dedos e os lábios doces de Annabeth, todas as suas coisas favoritas e ele podia tê-las novamente. Annabeth, depois que as mãos pararam de tremer, subiu-as para os cabelos de Percy, mais compridos devido ao tempo, e pensou nunca ter sentido tanta falta de alguma coisa quanto daquilo. Se sentia segura, confortável e amada nos braços dele e não queria que aquele momento acabasse, porém nunca mais queria que ele se repetisse, não naquelas condições.

- Ok, agora que tal se nós pudéssemos dar um abraço no nosso amigo e depois vocês podem copular à vontade?

- Piper, ninguém mais fala copular.

- É um sinônimo pro que eles quase estão fazendo – então o casal riu e se separou. Percy abraçou os amigos e Annabeth abraçou Rachel também, perguntando a ela se Percy tinha se comportado direitinho, mas Rachel negou.

- Não posso mentir pra ela, Percy, me desculpe.

- Você prometeu que não ia contar, traidora.

- Você não queria comer toda sua comida, ela precisa saber disso – todos ali riram e eles saíram pra almoçar, colocando todos os assuntos em dia. Foram para um restaurante e para casa depois de levarem Rachel.

Percy perguntou pelos gêmeos e por Chloe, vendo Annabeth dar de ombros.

- Kaya e Jamie estão melhorzinhos, mas eu só vi Chloe umas duas vezes desde que você foi. Quer ir vê-los amanhã?

- Por que não podemos ir hoje? – Annabeth ergueu uma sobrancelha e ele riu. – Ah, claro, como pude me esquecer.

- Pra sua informação, eu nunca pensei que fosse usar a expressão teias entre as pernas, Cabeça de Alga – ela parou em frente à porta de seu quarto.

- Posso resolver isso – ele puxou a cintura dela em sua direção. – E ainda posso matar a saudade de seu quarto, Sabidinha, senti falta dele – eles começaram a se beijar, encostando na parede.

- Então, antes de você matar a saudade dele, vai garantir se estamos realmente sozinhos. Espero você lá dentro.

- Sim, senhora – ele a beijou uma vez mais e desceu as escadas, olhando na sala, cozinha e sala de jantar, não encontrando sinal de nenhuma alma viva por ali. Subiu as escadas novamente e viu Annabeth deitada em sua própria cama, se aproximando lentamente. Ela sorriu e lhe esticou os braços, acariciando os cabelos de Percy por um longo tempo, enquanto ambos aproveitavam a sensação de ter o outro ali.

- Percy, eu tenho uma pergunta – ela disse de repente.

- Pode dizer.

- Você tem certeza sobre isso? – ele ergueu a cabeça, esperando que ela continuasse. – Certeza sobre nós dois?

- É, eu tenho sim, por que?

- Tem certeza mesmo de que eu sou a pessoa certa?

- Annabeth, que história é essa e ... – então ele se lembrou. – Você por um acaso encontrou alguma coisa mais com aquele aparelho?

- Eu só queria garantir que não estava equivocado quando escreveu aquilo.

- Annie, havia sido a primeira vez que realmente nos separamos em nosso relacionamento, e não havia nem sido porque nós dois havíamos feito algo, foi por causa de um fator externo. E foi tão insuportável ficar longe de você que todas as minhas dúvidas foram esclarecidas. Talvez eu tivesse um pouco de receio de admitir antes, mesmo que já houvesse dito que a amava, o que era verdade, amor, já estava apaixonado desde aquela época – ela sorriu e passou a mão por seu rosto. – Mas quando tive que me afastar de você por motivos que não eram meus, aquilo foi horrível e eu tive certeza de que amava incondicionalmente minha princesinha Annabeth Chase.

- Só queria garantir mesmo – ela deu de ombros e Percy voltou a beija-la, inclinando o corpo sobre o dela.

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*Percy

A última semana de faculdade pode ser a coisa mais calma ou a mais estressante de sua vida, independentemente de qual ano ou o curso você esteja. Claro, a ideia de que dali a pouco tempo você não precisará mais passar horas estudando e poder enfim descansar o máximo possível e fazer vários nadas era maravilhosa, mas em compensação, todas as provas e trabalhos a serem feitos e entregues acabavam com você de uma forma tenebrosa.

Se eu estava bem? As olheiras em meu rosto diziam o contrário, mas eu ainda conseguia suportar e tentar ser sociável ao máximo.

Mas Annabeth parecia acabada. Literalmente.

Suas olheiras estavam vezes piores do que as minhas, o rosto mais branco do que o normal (e olha que ela havia ficado mais escura devido ao sol), os cabelos sem o brilho e volume usual e os olhos tensos, além do mal humor constante. Até mesmo durante os almoços com a turma, ela se mantinha em silêncio ou lendo algo. Nas poucas vezes em que consegui arrancar algumas palavras de sua boca, elas não correspondiam as minhas perguntas.

“Annie, tem certeza de que está bem?”

“Estou ocupada, Percy.”

“Você por um acaso comeu hoje?”

“Tudo bem, falo com você mais tarde.”

“Annabeth, posso quebrar suas coisas?”

“É, Percy, também te amo.”

E com isso, eu desistia de tentar dialogar com ela. Na quinta-feira à noite, depois de jantar, peguei um filme na estante de meu quarto e bati a porta do quarto dela.

- Helena, já disse que não estou com fome, não precisa se incomodar.

- Não é Helena – abri uma fresta e coloquei a cabeça para dentro do cômodo. – Posso entrar?

- Claro – ela voltou a atenção para a mesa.

- O que está fazendo? – parei a seu lado, me inclinei e beijei sua cabeça.

- Meu professor estava com os projetos da sala com ele para revisar e nos devolver antes da entrega final, mas só se lembrou de devolver hoje e temos que entregar amanhã – ela passava o dedo por cima dos traços e de tempos em tempos apagava algum canto aqui e ali.

- Mas isso está ótimo – retruquei, vendo a sorrir brevemente. Deuses, como eu sentia falta daquele sorriso.

- Meu professor diz que minha criatividade expansiva, como ele gosta de chamar, vai ter que esperar até os pedidos de clientes, que enquanto eu estiver ali tenho que me ater aos pedidos dele.

- Acha que pode dar uma pausa? – comecei a andar em direção a sua TV, ligando-a. – Vemos um filme e depois volta pra isso.

- Bem que eu queria, mas ainda tenho que estudar pra última prova.

- Vamos, Annie, você não descansou nenhum minuto essa semana.

- Percy, você não tem nenhum trabalho pra fazer ou prova pra estudar?

- Não, já terminei tudo e já estudei também.

- Pois eu não terminei, então se puder sair, eu agradeceria – ela nem ao menos ergueu a cabeça pra dizer isso.

- Deuses, Annie, pra que tudo isso? – isso a fez erguer o rosto, parecendo brava.

- Para o meu futuro, talvez? – ela disse, largando o lápis. – Não é minha culpa que você não dá tanta importância pra isso.

- Então acha que não me importo com isso?

- Não foi isso que eu quis dizer.

- A questão é que eu confio no estudo que faço, Annabeth, e já terminei minhas obrigações todas, não deixando nada pra última hora.

- Está insinuando que ... – ela ficou de pé, apoiando as mãos na mesa.

- Não estou insinuando nada, Annabeth, só querendo passar um tempo com minha namorada.

- Percy, você sabe o quanto eu tenho pra fazer ...

- Mas nem um bom dia? Ou um “eu estou bem, Percy, obrigada por se preocupar”. Me deixa maluco você ficar reclusa nesse quarto, sem comer ou dormir direito.

- Não precisa se preocupar – ela resmungou baixinho e eu andei até ela.

- É claro que preciso – segurei seu rosto entre as mãos, vendo que, mesmo com a palidez e as olheiras, ela continuava a pessoa mais bonita que já vira em toda minha vida. – Eu amo você e é impossível não me preocupar.

- Eu tô bem, Percy – ela disse, mas eu sabia que mentia. – Só preciso terminar essas coisas, não posso parar agora.

- Annie, não ...

- Percy, eu preciso – encarei seus olhos, mais escuros do que jamais havia visto, e tirei as mãos de seu rosto.

- Bem, posso ver que escolheu suas prioridades – respondi. – Se ainda se lembrar de que tem um namorado, sabe onde me encontrar – passei por ela e andei até a porta.

- Percy ... – ignorei esse chamado e fui para meu quarto, fechando a porta e tentando ir dormir imediatamente, pois sabia que não teria nenhuma visita naquela noite.

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*Annabeth

Deuses, eu queria quebrar o maldito Jackson em dois. Mas ainda assim, precisava dele.

Quando ele saiu de meu quarto, dizendo o quanto eu havia sido horrível durante aquela semana, senti alguma coisa dentro de mim se quebrando e sendo esmagada, sentindo uma falta de ar inexplicável e uma vontade imensa de chorar e correr atrás de Percy.

Mas eu não podia. Não tinha tempo.

Embora amasse Percy com todo o coração, ainda precisava terminar aquele maldito projeto e estudar para a prova final. Havia achado injusta a comparação que ele havia feito, como se eu não considerasse ele uma de minhas prioridades na vida, depois de três anos e meio juntos praticamente, mas ainda me sentia culpada.

Me sentei na escrivaninha e apoiei os cotovelos na mesa, cobrindo o rosto com as mãos e deixando algumas lágrimas escorrerem. Balancei a cabeça e optei por terminar logo a causa de todos aqueles problemas, indo estudar assim que acabei.

Não me lembrava até que horas havia ficado acordada, porém não havia ido para a cama, apagara em cima dos livros. Acordei apenas com uma mão em meu ombro, já que não havia colocado o celular para despertar. Feliz ou infelizmente, aquela era a mão de Percy, e seu rosto incrivelmente adorável a minha frente não ajudava muito.

- Hey, bom dia – ele disse e eu cocei os olhos.

- Obrigada por me acordar – disse, me sentando na cadeira e sentindo uma dor imensa no pescoço, resmungando.

- Dormiu de mal jeito? – ele passou a mão em meu rosto e eu assenti. Ele ficou de pé, pondo as mãos delicadamente em meus ombros e começando a massageá-los.

- Percy, iremos nos atrasar assim – olhei para o relógio e vi que ainda tínhamos tempo. – Por que acordou tão cedo?

- Não dormi direito e fiquei sem sono – ele apertou meu pescoço bem onde doía e eu gemi baixinho. – Desculpe.

- Tudo bem – ficamos em silêncio até que ele parou o que estava fazendo e voltou a se abaixar diante de mim.

- Sobre o que eu disse ontem ...

- Discutimos isso mais tarde, Percy. Temos que ir para o último dia de aula e terminar isso de uma vez.

- Ok – ele ficou de pé, mas segurei seu braço. Quando ele se virou, fiquei de pé e o abracei, como queria ter feito muito antes. Ele pareceu surpreso de início, mas senti seus músculos relaxarem e seus braços se fecharem ao meu redor depois.

Nos separamos e ele saiu silenciosamente de meu quarto.

A dor no pescoço havia passado, graças a Percy, então lavei bem os cabelos e fiquei mais tempo do que o usual no banho. Quando sai, arrumei rapidamente minhas coisas e deixei meu material e trabalhos separados. Me troquei e desci para tomar café, encontrando apenas Helena.

- Bom dia, Annie – ela disse e eu sorri.

- Bom dia – respondi e comi com ela, escutando de Helena que Percy havia saído mais cedo. Terminei de comer, dei um beijo em sua bochecha e dirigi até a faculdade, estranhamente vendo o carro de Percy na garagem. Quando entrei na sala e deixei o último trabalho na mesa do professor, me sentei em meu lugar e peguei o celular, tendo alguns minutos antes da prova começar.

Haviam mensagens de Piper e Hazel, perguntando sobre nossa noite do dia seguinte e algumas no grupo da sala, falando sobre a prova de hoje. Mas havia uma mensagem em específico que me ajudou da forma como eu precisava naquele momento, já que estava tão nervosa.

“Boa sorte na prova, Sabidinha, sei que vai ser a primeira da sala, como sempre.

Amo você.

Cabeça de Alga”

Sorri, vendo o professor entrar na sala e mandar todos para seus lugares. Guardei o celular, respirei fundo e deixei minhas coisas separadas.

Só espero que ele não se incomode com um risco depois de meu sobrenome. Digamos que eu não estava prestando muita atenção ao assinar o teste e que o Jackson ainda estava em meus pensamentos. Annabeth Chase Jackson não é um nome tão ruim assim, é?

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*3ª pessoa

Percy não estava brincando quando disse à Annabeth que não havia dormido na noite anterior. Ficou repensando toda a discussão que havia tido com a garota e dormira menos de quatro horas, disso tinha certeza. Depois de fazer a última prova, pegou suas coisas e foi atrás de uma carona para ir embora. Encontrou Jason e Piper conversando na saída e os três foram embora, Jason levando Percy em casa já que seu carro resolvera não pegar naquele dia.

- Onde está Annie? – Piper lhe perguntou assim que entraram no carro.

- Ela não respondeu minha mensagem, nem ligou desde de manhã, então ainda deve estar fazendo a prova – Percy respondeu, um tanto quanto culpado. – Era um teste difícil, pelo que ela disse.

- Bem, então avise ela que amanhã estaremos tendo uma excelente festa de encerramento de ano em minha casa – Piper sorriu, vendo Jason revirar os olhos. – Tragam trajes de banho, vão precisar.

- Tem certeza de que quer um bando de adolescentes bêbados na sua piscina, McLean? Não vai acabar bem.

- Hey, antes de tudo, é só uma reuniãozinha íntima, ok? Apenas nós, alguns amigos mais próximos e talvez alguns veteranos “aposentados”.

- Todos virão então? – Percy sorriu e Piper se virou no banco para encara-lo. – Me diga o horário e nós estaremos lá, McLean.

E com isso, os três voltaram a conversar sobre a festa do dia seguinte, até que chegaram na casa de Helena e Percy agradeceu a carona. Ele subiu direto para o quarto e, depois de um banho, se deitou e adormeceu logo em seguida.

Enquanto isso, Annabeth acabava de sair da sala de aula, indo direto para o carro e rindo sozinha da cena que acabara de presenciar. Acontece que, depois do primeiro período, apenas alguns alunos haviam terminado a prova, então houve a troca de professores e uma de suas professoras favoritas havia entrado na sala. Annabeth terminou pouco antes do segundo tempo acabar e, quando foi entregar a prova, viu que a professora fez questão de observar sua prova atentamente.

- Não sabia que havia mudado de nome, senhorita Chase – ela disse e Annabeth se virou, sorrindo sem graça.

- Só estava com o pensamento longe quando escrevi meu nome, professora.

- Sei muito bem onde seus pensamentos estavam – ela sorriu para a loira e Annabeth voltou até a mesa dos professores e abraçou a senhora.

- Até o próximo ano, professora.

- Aproveite as férias, Annie – e com isso, ela saiu do campus.

Chegou em casa junto com Helena, perguntando a ela sobre seu dia.

- Onde está Percy?

- Não faço ideia, Helena, deve estar no próprio quarto.

- Então vá chama-lo. Vamos sair para comer e comemorar o último dia de aulas de vocês.

- Claro – Annabeth subiu as escadas e bateu na porta do quarto do namorado, abrindo uma fresta quando não obteve resposta. Viu o garoto adormecido em sua cama e caminhou até ele. – Você não vai querer levantar agora, vai? – ela disse mais para si mesma do que para ele, mas isso o fez se virar de frente para ela, mesmo que ainda adormecido. Ela se inclinou sobre ele e beijou sua bochecha, ajeitando seu cabelo e saindo o mais silenciosamente possível dali. – Parece que somos só nós duas hoje, Helena.

Quando já estavam no restaurante, Annabeth explicou a Helena que Percy não havia dormido no dia anterior e por isso iria dormir o dia todo provavelmente.

- Nós tivemos uma pequena briga ontem – ela disse. – A semana não foi fácil pra nenhum dos dois.

- Vocês vão se acertar, Annie, sei que sim – Helena respondeu e a loira sorriu.

Já em casa, Annabeth seguiu o exemplo de Percy e dormiu mais algumas horas. Acordou com Helena chamando seu nome, já eram quase sete horas.

- Annie, Drew me convidou para jantar. Vocês dois vão ficar bem sozinhos?

- Claro, Helena – ela respondeu, ainda semi consciente.

- Tem dinheiro na cozinha, peça uma pizza quando Percy acordar. Irei dormir na casa de Drew, dependendo do horário. Sabe que não gosto de voltar muito tarde.

- Fique tranquila, Helena, não vamos sair de casa hoje, todos estão cansados demais pra alguma coisa.

- Bem, vejo você amanhã então – ela beijou a testa da loira e saiu do quarto. Mesmo com vinte e dois anos, Annabeth ainda se sentia confortada cada vez que Helena ou qualquer pessoa próxima de si lhe beijava a cabeça, sentia uma segurança única.

Ela se levantou, indo tomar um banho e pôr os pijamas. Conversou com Piper por um tempo, sobre uma festa no dia seguinte, e então foi até o quarto de Percy, não encontrando o garoto mais na cama. Viu a porta do banheiro fechada, então resolveu esperar, se sentando de frente para a parede em sua cama e observando as fotos, sorrindo ao relembrar de cada momento vivido naqueles quatro anos.

Escutou a porta do banheiro bater e a cama se mexer a seu lado.

- Como foi a prova? – ela perguntou quando o sentiu beijar sua bochecha.

- Foi bem, era uma matéria bastante fácil – Percy respondeu. – E você? Humilhou quantos dos seus colegas hoje? – ela riu fraco, erguendo o rosto e encarando o namorado.

- Foi interessante. Percy, me desculpe.

- Annie, não ...

- Eu disse que você não dava importância para o que estava fazendo – ela o interrompeu – e eu sinto muito por isso. Sei o quanto deu duro durante todo esse tempo e sei também que o que vem pela frente é tão importante quanto pra você – Annabeth sentiu os olhos lacrimejarem, mas daquela vez não se importou de deixar algumas lágrimas escorrerem. – Eu sei que não tenho sido a melhor das namoradas ultimamente – ela fungou, respirando fundo – mas eu ...

- Hey, eu sei – Percy colocou a mão em seu rosto e puxou a garota para perto de si. – Você estava ocupada se tornando a melhor das arquitetas. E está conseguindo.

- Eu vou tentar melhorar nesse quesito.

- Não tem nada em que melhorar, Annie – ele limpou o rosto da garota com os dedos e acariciou sua bochecha. – É a melhor namorada que eu poderia um dia ter imaginado e sabe disso. Sou eu quem lhe deve um pedido de desculpas. Tentar fazer você escolher entre mim e seus estudos, como se ambos não fossem prioridades, aquilo não foi justo com você.

- Eu poderia ter tentado conciliar as coisas ...

- Eu sei o quanto é difícil tudo naquele curso, Annie, agradeço que você não tenha pirado de vez por causa dele. Acredite em mim, não há nada com que se desculpar. Fui eu quem tentou dizer que você tinha me esquecido e deixado suas coisas pra última hora, quando nós dois sabemos que você abomina fazer isso – ela deu um pequeno sorriso e se inclinou para frente, juntando sua testa a de Percy. – Só estava extremamente preocupado com você.

- Eu sei. Vamos só esquecer que tudo isso aconteceu – ela se afastou e acariciou o rosto do garoto. – Em breve nós estaremos de volta em casa – ela encostou os lábios nos dele, vendo-o sorrir – sem estresse por causa de provas e entrega de trabalhos – ela o beijou e sentiu as mãos do namorado na cintura. – Nós só precisaremos ficar de bobeira com nossos pais e amigos.

- Tem razão – ele a puxou para seu colo e sentiu as pernas da garota se entrelaçarem em sua cintura. – Então acho que agora podemos finalmente relaxar, ou estou enganado, senhorita Chase?

- Podemos sim – ela abraçou o pescoço de Percy e o beijou por longos minutos, até que se lembrou de algo e começou a rir.

- O que foi? – ele perguntou.

- Você não vai acreditar o que tive de ouvir hoje de minha professora – ela disse e puxou Percy até que ambos estivessem deitados.

Depois de contar todo o caso sobre o nome na prova para Percy, Annabeth teve de esperar alguns bons minutos até que ele parasse de rir, imaginando a cara da garota quando a professora disse aquilo.

- Tive sorte por ser ela quem recolheu minha prova, ela pelo menos gosta de mim.

- Difícil imaginar um professor que não goste de você, Sabidinha.

- Posso começar a enumera-los – ela se virou de lado, ficando em frente a ele. – Tem pelo menos dois professores que não acham minha criatividade muito saudável, uma professora que é tia de uma outra menina e que simplesmente me odeia porque tiro notas melhores do que a sobrinha dela, tem outro que me confrontou no segundo dia de aula porque eu ...

- Annie, amor, sinceramente, eu não quero saber – ele disse e a viu abrir a boca. – Não quando poderíamos estar fazendo coisas muito mais interessantes do que conversar sobre os professores de sua faculdade.

- Não sabe nem fingir que está interessado?

- Sou um bom ator, Annie, mas sabe que não gosto de mentir pra você, então é bom que saiba da verdade.

- Não sei se agradeço ou lhe dou uns bons tapas agora – ela respondeu e Percy sorriu, se inclinando novamente sobre ela e a beijando. – Ok, já decidi.

- Espero que tenha sido o mesmo que eu – Percy retrucou e Annabeth o puxou com mais força, até que ele estivesse sobre si. – Você é incrível.

- É, eu sei – ela sorriu e Percy voltou a beija-la.


Notas Finais


MELHOR CASAL SIM OU CLARO?????
Espero que tenham gostado, lindezas <3
Beijinhos.
- A


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