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História Clamor de Fogo - Apenas um sonho...


Escrita por: Dark_Siren4

Notas do Autor


Para Tipper e Camille Pontier. Primeiras leitoras ♥
BOA LEITURA! ^-^

Capítulo 6 - Apenas um sonho...


Fanfic / Fanfiction Clamor de Fogo - Apenas um sonho...

Chovia. Chovia muito.
O ressoar dos trovões no céu noturno, era quase ensurdecedor. Eles faziam o chão tremer de um modo assustador.
Mais um trovão fez o ar vibrar.
Eu estava escondida, pois sabia que ele estava atrás de mim. Ele iria arrancar minha felicidade.
Não podia deixar isso acontecer.
Engatinhei para fora do pequeno porão, que saía em um jardim enorme e bem cuidado.
A chuva desabava sobre minha cabeça, me encharcando de imediato.
Dei alguns passos incertos pelo jardim escuro.
E dei um pequeno pulo, quando o som do trovão voltou de novo. Mas ele parecia... estranhamente próximo.
- Negasonic!- ouvi ele gritar em um forte sotaque russo.
- Colossus?- me perguntei.
O som dos trovões aumentaram mais.
- Negasonic!- gritou mais uma vez.
- Colossus!-chamei, tentando vê-lo no enorme e escuro jardim, mas não havia nada- Onde você está?!
Os trovões estavam ensurdecedoramente mais perto.
Até que avistei um leve reluzir prateado.
- Colossus!- gritei, o vendo.
Ele veio até mim, correndo e entendi que os trovões que eu ouvia eram apenas os seus pesados pés de metal contra a grama.
- Venha comigo, Negasonic!- gritou, ainda tentando me alcançar- Ele está aqui!
- O quê?- eu ri, confusa- Quem está aqui?
Ele parou em frente à mim e pegou minha mão, tentando me puxar com ele.
- Não há tempo para explicar- falou com o sotaque russo, parecendo assustado- Venha.
- Não vá- alguém sussurrou em meu ouvido- Ele quer estragar sua felicidade. Quer roubá-la de mim.
- Me roubar de você...- repeti, me sentindo um pouco tonta.
- Negasonic! Não dê ouvidos à ele! Venha comigo!- gritou o gigante de metal.
- Faça o que é necessário- sussurrou a voz.
E senti algo frio tocar minha mão.
Olhei para baixo, vendo um pesado machado de metal em minha mão.
- Faça o que é necessário- sussurrou- Para ficar comigo.
- Ficar com você...- sussurrei, caminhando decidida para Colossus.
Empunhei o machado, ergui e em seguida o baixei no peito de meu tutor.
- Não, Negasonic!
Acordei com o som de coisas pesadas, caindo ao meu redor. Inclusive minha cama de casal velha, que quase desmontou.
Sentei- me desajeitadamente, olhando ao redor do quarto.
O jardim chuvoso havia sumido, restando apenas o meu cativeiro.
- Foi apenas um sonho- murmurei ofegante- Um sonho.
Tudo estava escuro, sinal de que o dia não havia nascido, ainda.
Mas, a chuva que caía do lado de fora era real. Um tremendo temporal.
Abracei meus joelhos.
- Apenas um sonho.
E não pude deixar de reparar que a voz que eu ouvi, me dizendo para fazer aquelas coisas, era muito parecida com a de Ajax.

♛♕♛

- Como assim, se recusa à me dar o seu sangue?
- Isso mesmo!- rebati com as mãos na cintura- Eu estou presa aqui à três semanas e não tenho mais nada pra fazer, além de ficar olhando para as paredes e sua cara feia. Não cederei meu sangue!
Ajax colocou a mão na fonte, caindo na gargalhada.
- Você acha que essa merda é uma colônia de férias, sua pirralha?!- gritou para mim, esquecendo o humor- Eu a sequestrei e se quiser cortar sua perna fora só porque estou entediado, eu posso!
Aquele puto se achava o dono do mundo. Idiota!
- Eu não quero ficar aqui!- gritei para ele- Eu não gosto de dormir nessa cama, com esse colchão desconfortável! Eu não gosto dessa sujeira! E eu não gosto de você! Eu não fiz nada para estar aqui! Você não tem o direito de me manter presa, seu desgraçado!
- Own... Você vai chorar?- provocou- Foda-se para o que você pensa sua vadiazinha! E se você não der o que eu quero agora, juro que quebro seu braço para tirar apenas duas gotinhas de sangue. Você quem sabe.
- Não!- gritei para ele.
Ele caminhou furiosamente até mim.
Tentei dar um soco nele, mas o cara simplesmente agarrou minha mão no ar.
Comecei a ouvir o som dos meus ossos estalando, conforme apertava meu punho.
- Você vai fazer o que eu quero- disse entredentes, para mim.
Eu o encarava com ódio, deixando toda a minha vontade de matá-lo bem evidente.
- Não!
- Vai!
- Não!- minha voz ficou embargada.
- Eu mando em você!
- Não manda em merda nenhuma!- esbravejei sentindo lágrimas correndo por meu rosto.
Ele continuou segurando meu punho, mas já não tinha tanta força como antes.
Seus olhos fitavam os meus de um jeito estranho. Com uma profundidade incômoda.
Ajax ergueu a mão livre para tocar em meu rosto.
Eu me encolhi um pouco, quando seus dedos encontraram a pele de minha bochecha, ainda úmida pelo choro.
O senti limpar as lágrimas em meu rosto, um tanto confuso.
Aos poucos, sua mão foi soltando a minha, deixando um leve latejar em minhas juntas. E sua outra mão, tocou minha face, acariciando minha maçã do rosto como a outra.
Pude ver suas sobrancelhas louras, com um leve vinco entre elas.
Ele parecia confuso.
Então, Ajax me abraçou.
Choque foi pouco para descrever minha reação. Ou a falta dela.
Seus braços me apertavam dolorosamente contra seu corpo.
Pude sentir seu rosto, afundado em meu ombro, respirando rapidamente. E também podia sentir seu coração batendo acelerado, contra minhas mãos espalmadas em seu peito musculoso.
O homem me apertou mais contra si, impossibilitando que o ar entrasse direito em meus pulmões. Era como se tentasse me fundir em seu corpo, tentando sentir cada célula de meu ser.
Aos poucos, seu nariz foi roçando desde meu ombro, pelo pescoço, subindo por meu maxilar.
Ajax encostou sua testa na minha.
Ele estava assustadoramente perto. Mais perto do que eu me lembro de ter deixado alguém chegar.
Seus olhos azuis, se aprofundavam de um modo quase hipnótico nos meus. Ele parecia um pouco confuso, mas havia um certa determinação lá.
E aquilo me assustou.
Não pensei muito.
Desferi uma tremenda joelhada em sua virilha. E como estava me tocando, claro que sentiria aquilo.
Ele me soltou na hora caindo de joelhos, mas sua expressão de dor não durou muito.
Ajax não sentia mais nada. Merda.
Então, girei e dei um chute em seu rosto, forte o suficiente para apagar um leão. E foi o que aconteceu.
Quando ele caiu desmaiado, corri para a porta enorme de metal.
- Esteja aberta, esteja aberta!- sussurrei um tanto desesperada, puxando a tranca da porta.
Claro, que Ajax era um merda egocêntrico e nunca pensou que eu poderia desmaiá-lo e fugir, por isso, quando puxei a tranca a porta ela se abriu de imediato.
Soltei uma risadinha boba.
Só ria no momento em que estiver fora daqui sua idiota, pensei me repreendendo.
Comecei a andar e correr, tudo ao mesmo tempo, em um trote desajeitado.
Andei por corredores largos e sujos.
Eu estava em uma espécie de armazém ou fábrica abandonada.
Aquilo parecia uma labirinto, não havia saída.
Haviam muitas portas e salas por onde eu andava. Deviam ser antigos escritórios.
Eu tinha que ir para o andar inferior, mas não achava as escadas.
- Merda... onde estão?- me perguntei, entrando em desespero.
Até que vi um corrimão no canto da parede. O segui, encontrando uma escadaria e desci rapidamente, sempre olhando por cima do ombro, atenta para a chegada de Anjo ou Ajax.
O andar inferior era enorme.
E meu palpite sobre ser uma fábrica abandonada estava certo.
Havia um maquinário bem velho e empoeirado no meio do salão. E janelas altas e sujas, filtravam a pouca luz que entrava no lugar.
Corri pelo pouco espaço, espantando alguns pombos que estavam no caminho.
Avistei uma enorme porta velha e enferrujada. A saída.
Corri até ela, puxando a tranca e me vi do lado de fora do lugar.
A chuva ainda despencava desde a semana passada, deixando o gramado ralo e seco, ensopado e cheio de lama.
Um sorriso enorme surgiu em meu rosto, quando comecei a correr para longe daquele lugar.


Notas Finais


Oláaaaa!
Ellie fugiu. E agora?
Até o próximo :b


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