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História Clamor de Fogo - Em Chamas!


Escrita por: Dark_Siren4

Notas do Autor


Olá meus amores,
A foto aí em cima já é bem sugestiva, não?
Espero que gostem ^-^
BOA LEITURA!

Capítulo 13 - Em Chamas!


Fanfic / Fanfiction Clamor de Fogo - Em Chamas!

Minha garganta estava seca e ardia.
Me remexi desajeita em um espaço pequeno e confinado. Podia sentir um tecido um tanto áspero à minha volta.
O som de um motor roncando soava em meus ouvidos, mas não era incômodo. Era um som gostoso e rítmico.
Como um gatinho ronronando.
Abri meus olhos, notando a súbita claridade. Os fechei mais um vez.
Respirei fundo, tentando os abrir e aos poucos minha visão se tornou menos embaçada.
E a primeira coisa que vi foi ele.
- Frank?- chamei, vendo o homem sentado ao meu lado e parecendo concentrado em algo à sua frente, com as mãos estendidas agarrando algo.
Um volante.
Estavámos em um carro.
O Porsche prata.
- O que aconteceu?- perguntei, me remexendo no banco de couro bege- Como voltamos para o carro?
Percebi que já estava de dia.
Tentei me mexer e senti o tecido áspero começando a escorregar por meus ombros. Olhei para baixo, notando que vestia um sobretudo cinza grande demais para mim. E mais nada.
- O que aconteceu com as minhas roupas?!
- Elas queimaram- respondeu, ainda olhando para a frente.
- O quê?
- Eu devia ter imaginado que sua mutação era forte demais para ser sublimada. Ficou contida por tantos dias que quando voltou, veio com força total- explicou ele, me deixando mais confusa ainda.
- O que quer dizer com "força total"?- perguntei, um pouco assustada.
- Você entrou em combustão súbita. Acho que foi por causa do choque e explodiu todo o hotel em que estávamos e os prédios na vizinhança.
- Puta que pariu!- exclamei.
- Eu que o diga- riu- Só não morri como aqueles capangas de merda, porque fui arremessado para fora da casa pelo impacto.
O encarei de cima à baixo procurando por ferimentos graves, mas não havia nenhum, além de alguns cortes e fuligem sujando seu rosto e camisa que vestia.
- Alguém se machucou? Bem, além dos caras maus- perguntei.
- Acho que não- deu de ombros- Mas, todo mundo ficou meio chocado com a única sobrevivente nua que eu tirei da casa.
Senti um rubor horrível se espalhar por meu rosto.
Eu fiquei nua na frente dele?!
- Ei- chamou, me fazendo olhar para ele- Não é a primeira garota nua que eu vejo.
Semicerrei os olhos.
- Meus poderes voltaram, então se não quiser ficar parecido com o Deadpool é melhor parar de me provocar.
- Já parei- se rendeu.
- Tem água, aí?- perguntei já procurando, pois minha garganta estava ardendo demais.
- Achei que fosse querer- disse se esticando, sobre o banco, sem deixar de dirigir e pegou um garrafa de água de mais de três litros.
- Valeu- falei, virando o galão em minha boca e sorvendo o máximo que minha sede permitia.
- Ei, vai com calma- ele riu.
O ignorei e continuei bebendo.
Eu nunca havia usado tanto poder. Aquilo poderia ter me matado.
- Você sempre fica desidratada assim, quando explode prédios?- perguntou ele, ainda debochado.
Separei a garrafa de meus lábios, vendo que boa parte dela já era.
- Às vezes- falei- Quando uso muita força. Eu nunca tinha queimado desse jeito.
- Imagino que não- concordou, mas parecia um tanto distante.
E de alguma forma, eu soube que aquilo era por causa daquelas pessoas. Porque, eu sentia o mesmo.
- Não foi sua culpa- sussurrei para ele.
Ele retesou os músculos do maxilar, ficando mais sombrio.
- Não tente me consolar. Aquilo foi total e exclusivamente minha culpa- falou e percebi que ele apertava o volante com mais força que o necessário- Leon matou aquelas pessoas porque estava atrás de mim. E eu como o covarde que sou, tenho a incapacidade de enfrentá-lo agora.
Passei dois meses, achando que Frank fosse só um maluco egomaníaco, que gostava de me machucar. Mas, comecei a ver lados seus, naqueles últimos dias que me fizeram repensar muita coisa.
Principalmente, quando ele falou com Nadja. Uma pessoa má deixaria a garota morrer agonizando e em desespero, porém, Frank a confortou mesmo que ela soubesse a verdade.
Ela morreu em paz, por sua causa.
- Ellie- disse ele, tentando soar calmo- Eu não vivo no seu mundo de super heróis. Onde eles ajudam as pessoas e fazem apenas o bem. Fiz muita coisa errada até aqui. O Projeto X, foi só a ponta do iceberg.
Continuei o fitando, vendo seu desenrolar.
- Nós prometemos à pessoas que estavam à beira da morte que teriam uma chance de ajudar outros, com as novas habilidades que iriam adquirir. Mas na verdade, nós colocávamos coleiras controladoras nelas e as vendíamos para quem desse o valor mais alto. Seus poderes são usados para a destruição e para a morte. Como você viu na Pensão Tarkóvski. Eu ajudei a matar pessoas inocentes, ao criar o monstro que Leon é.
Eu não queria ouvir aquela merda.
Queria acreditar que poderia haver algo de bom em Frank, mesmo que não houvesse.
Mesmo que ele fosse incapaz de sentir.
- Cala a boca!- falei- Nos leve para algum lugar, onde possamos nos esconder. Só isso.
Seus olhos pousaram em mim com seriedade.
- Eu vou matar Leon.
- O quê?- me espantei- Nós vamos atrás dele?
- Não. Eu vou atrás dele- enfatizou- Você... vai para casa.
- O quê? N-Não... Não! Eu não vou à lugar nenhum! Você não vai me abandonar em um lugar qualquer, seu merda!
Ele suspirou, tentando se conter.
- Eu mesmo a acompanharei e quando estiver na segurança de seus amigos... Eu vou atrás de Leon.
- Não! Você não pode fazer isso comigo!- gritei.
- Eu não vou discutir isso com você, pirralha- disse, ainda se concentrando na estrada.

                          ♛♕♛

Frank era bom nesse negócio de ameaçar.
Eu não queria entrar no aeroporto de jeito nenhum.
- Anda- disse me empurrando para dentro do banheiro feminino do lugar- Vista isso.
E me jogou uma muda de roupa que ele conseguiu salvar.
- Eu não vou!
- Se você não vestir essa merda, sua pirralha do inferno, juro que a arrasto pelada por todo o terminal.
- Eu duvido- provoquei.
Me fodi.
Frank avançou para cima de mim, e sem que eu pudesse me defender direito começou a rasgar com as mãos o sobretudo que eu estava vestindo.
Quando ele me soltou, só tive tempo de tentar cobrir meus seios e meus ombros com os trapos.
- Agora tem duas opções- disse, jogando as roupas em cima de mim- Vestir algo ou mostrar seu corpinho bonito pra todo mundo.
E saiu do banheiro, mas não antes de dizer um:
- Anda logo.
- Argh! Eu te odeio!- gritei, sabendo que ele poderia ouvir.
Me voltei para o espelho e pude ver os trapos do sobretudo, fumegando e não demorou muito para que pegasse fogo e caíssem no chão, restando apenas o pó.
Respirei fundo, vendo meus olhos passarem do tom de laranja vívido para seus costumeiros castanhos.
Tá. Eu tinha um certo problema para controlar a raiva, mas tive que me conter para não explodir um terminal inteiro e matar um monte de pessoas inocentes.
Vesti a merda da roupa.
E uma parte de mim, tentou não sorrir como uma idiota ao ver que Frank havia se lembrado de escolher roupas pretas, que eram mais da minha preferência.
Ainda eram meio vagabas, mas até que eram bonitas.
Era uma calça skinny preta- que ficava skinny mesmo no meu corpo. Aleluia!- cintura alta, com um croped preto e liso sem decote, que chegava até o pescoço e uma jaqueta de couro.
E claro que tinha as botas, que eu amei.
Ao sair do banheiro, vi Frank parado ali, com uma roupa diferente também. Jeans escuros, camisa cinza e uma jaqueta preta.
Seus olhos azuis me miraram com aprovação.
- Que pena...- falou com um sorriso de canto- Pensei que você daria um show de nudez.
- Já fiquei muito pelada por hoje- murmurei, passando direto por ele.

                         ♛♕♛

Como nós somos pessoas muito azaradas e perseguidas, claro que dois seguranças tentaram nos levar para uma sala quando estavamos na fila de embarque, dizendo que iriam nos revistar.
Eu posso ser meio estranha, mas não diria que sou uma espécie de terrorista. E Frank- tirando aquela cara de psicopata, a grosseria, sua força sobrehumana e aquela beleza devastadora (não acredito que disse isso...) - era um cara totalmente normal.
E não nos surpreendemos ao descobrir que aqueles policiais fortões e com pinta de maus eram homens de Leon.
Um deles tentou me atacar, mas logo dei serventia para aquela faca que Frank, havia me dado. E o próprio acabou com o outro cara.
E voltamos com a maior cara de "não matamos dois caras da máfia russa e escondemos os corpos em latas de lixo" para a fila de embarque.

                         ♛♕♛

Durante a viagem, Frank continuava vigilante, sempre encarando as pessoas nos assentos ao lado, como se fossem pular nele.
Um cara de terno e gravata ficou olhando para ele. Frank não gostou.
- Algum problema?- perguntou, com toda aquela simpatia que só ele tinha.
O homem voltou rapidamente a mexer no laptop e falar com seja lá quem no celular.
- Você não pode ser assim o tempo todo com os outros- reprovei, já sentada ao seu lado.
- Diga isso quando estiver na sua Mansão cercada dos seus amigos e bichinhos de pelúcia de pirralhos- falou, se ocupando em pegar um dos amendoins que uma aeromoça serviu para ele.
Vi o modo o como a vadia loura o encarou. E isso me incomodou.
E claro, que naquele momento comecei a ter a rica noção de como ele era bonito.
Os olhos azuis, cabelos louros, aquele ar confiante que fazia qualquer um prestar atenção nele, só somavam mais em sua beleza.
Fiquei observando o movimento daqueles lábios carnudos, enquanto ele mastigava e dizia algo.
Meu Deus.... ele tinha covinhas. Só havia reparado naquele momento.
-... e depois que pegarmos o carro, largo você na sua casa e vou atrás daquele puto do Leon- o ouvi dizer, depois que parei de encará-lo.
- Acho que tem um problema nesse plano- falei, um pouco afetada por minha recente constatação.
- Qual?- ele parou de mastigar.
- Wade- falei, vendo-o revirar os olhos- Se ele souber que você tá vivo, não vai parar de persegui-lo até matá-lo de verdade.
Ele voltou pegar um punhado de amendoim e por na boca.
- Ele já me mata com aquela falação- reclamou- O cara é muito irritante. Eu tinha vontade de deixar Anjo matá-lo a cada vez que abria aquela boca.
Eu ri.
- Você é a piadinha particular dele, Francis- falei, vendo-o torcer o nariz, quando o chamei pelo nome.
- Ok, vamos parar de falar no Wilson, porque eu tô pouco me fodendo para o que ele pensa que vai conseguir fazer comigo- falou, jogando o pacote vazio de amendoim em uma sacola no banco à sua frente- Agora, durma um pouco Phimister, porque a viagem vai ser longa.
- Eu não tô com sono...- reclamei.
Ele se inclinou e ligou o pequeno visor no assento diante de mim.
- Então, se distraía e não encha meu saco- falou, se recostando em seu banco outra vez.
Olhei para ele e pude ver um sorrisinho com covinhas.
Me voltei para a pequena tela e escolhi um filme qualquer para assistir.
Preferi uma comédia, para ver se me distraía com algo menos trágico do que andava acontecendo comigo.
Na metade do filme, uma pergunta doida começou a rondar minha cabeça.
Tirei os fones de ouvido, vendo Frank, de olhos fechados e recostado na sua poltrona. Porém, sabia que ele não estava dormindo, ele não dormiria em um espaço confinado e cheio de suspeitos assassinos.
- Frank?- chamei com a voz baixinha.
- Hum?- resmungou.
- Eu fiquei pensando aqui...
- Você pensa?- me interrompeu.
- Não, meu cérebro veio de brinde para o meu crânio não ficar vazio- rebati com irônia.
Ele sorriu, mostrando aquelas covinhas de novo.
- O que quer saber, Phimister?
Me remexi no banco, voltando meu corpo na sua direção.
Coloquei os pés na ponta do assento, encostando os joelhos em meu peito.
- Você é o cara mais estressado, tenso, sério, reprimido e mal humorado que eu conheço...- comecei.
- Entendi- debochou- Quer ficar me ofendendo.
- Não... é que..
- O quê?
Respirei fundo e perguntei de uma vez.
- Frank, quando foi a última vez que você transou?
Ele abriu os olhos e me encarou com um misto de surpresa, raiva e constrangimento.
- Sua mãe nunca te ensinou a não perguntar certas coisas para as pessoas?- ele parecia bem irritado.
- Ah, qual é?- eu ri- Já passamos da fase de trocas de farpas. Me conta, vai?
Ele fechou os olhos, voltando para a mesma posição.
Legal. Ele estava me ignorando.
- Faz tanto tempo assim?- perguntei, meio chocada.
Ele nem me olhou.
- Fica meio difícil transar, quando nenhum nervo do seu corpo sente prazer- disse com a voz baixa e cheia de ressentimento.
Continuei olhando para ele, vendo seu maxilar tenso.
Deve ter sido horrível passar todos esses anos sem conseguir sentir nada. Sem interagir com pessoas.
Acho que até eu me transformaria em um babaca sem coração.
- E o que você sabe sobre isso garota?- disse de súbito- Dá pra ver na sua cara, que você nem sabe o que é um orgasmo.
A pena que senti dele, acabou na hora.
- Vai se foder, Frank!- falei um pouco alto demais, notando que algumas a cabeças se viraram na minha direção.
Me levantei e marchei furiosamente  pelo corredor, até o pequeno banheiro do avião.
Bati a porta, respirando fundo.
- Idiota!- resmunguei, sentindo uma ardência ridícula em meus olhos.
Esse desgraçado podia não sentir nada, mas sabia exatamente como tocar em uma ferida.
Me encarei no pequeno espelho, vendo minhas bochechas pálidas de um tom de escarlate forte e meus olhos avermelhados.
Eu não iria chorar por causa daquilo. Era uma atitude ridícula e infantil.
Fiquei mais alguns minutos ali dentro, tentando me acalmar e não atirar uma bola de fogo na cara de Frank.
E subitamente, ouvi o clic da porta sendo aberta.
Merda, esqueci de trancar!, pensei.
- Está ocupado!- gritei para o babaca que estava tentando abrir.
E a porta se abriu assim mesmo.
Só tive tempo de ver Frank, entrando no pequeno espaço junto comigo e fechando a porta.
- Você tá louco! Sai daqui!
- Pára de criancice, garota- falou com aquela cara séria- Não deve sair de perto de mim, entendeu? Pode muito bem, haver um desses homens de Leon nesse avião. À essa altura, já poderia estar morta.
- Como se fosse se importar!- o empurrei- Sai daqui, não quero ver sua cara!
Aquele troglodita segurou minhas mãos e me colocou contra a parede, me impedindo de me mover.
- Por que é assim?- perguntou, irritado.
Eu não respondi, ainda brava com ele.
Porém, não podia ignorar aquela proximidade.
Frank estava muito perto, com seu corpo quase tocando o meu naquele pequeno espaço em que nos encontrávamos.
Aos poucos seu olhar severo, tornou-se confuso. Suas mãos soltaram as minhas.
Seus olhos não deixavam os meus, fazendo com que me perdesse naquele ar estonteante que ele transmitia.
Tão leve que quase não senti, seus dedos começaram a traçar caminhos lentos por meu pescoço. Subindo devagar.
Frank parecia muito concentrado na tarefa de sentir minha pele. Pude ver sua respiração descompassada e seus olhos vacilantes.
Arrepios desciam por minha coluna, ao sentir sua mão tocando minha face. Ele parou com seus dedos quentes, tocando meus lábios de uma modo carinhoso e sutil.
Naquele momento não senti medo, raiva ou ódio. Apenas sentia.
Me deixei levar pela sensação de ser tocada por ele, sem desviar meus olhos dos seus.
Ele parecia decidido ao pegar meu rosto entre suas mãos quentes, se abaixando um pouco para que seu rosto ficasse próximo do meu.
E logo senti seus lábios nos meus.
Ouvi-o suspirar de prazer, forçando mais sua boca contra a minha. E um movimento súbito, ele me apertou contra seu corpo, com seus braços envolvendo minha cintura com força.
E algo dentro de mim, se rompeu. As barreiras.
Finalmente, deixei que alguém entrasse, que me conhecesse de verdade. Frank era perigoso para mim, mas ainda assim, não consegui conter meu corpo.
Meus braços cercaram seu pescoço o puxando para mais perto, quase o fundindo em mim. E ouvi um gemido rouco escapar de seu peito.
E logo dei passagem para sua língua, sentindo um calor insuportável quando o senti por completo.
Ainda não parecia o suficiente tocá-lo daquela forma. Eu queria mais.
O cara poderia até não beijar faz algum tempo, mas acho que ele nunca perdeu a prática, porque meu Deus... estava tirando todo o meu ar!
Quando notei, ele já havia se livrado de minha jaqueta e suas mãos ávidas percorriam cada parte do meu corpo.
Nunca pensei que poderia excitar tanto alguém. O ouvia gemer forte contra minha boca, quando suas mãos tocavam meus seios por cima da blusa e quando suas mãos apertavam minha bunda.
Acho que ali era sua parte favorita, porque ele não parava de apertar.
Eu também me deixei empolgar, deslizando minhas mãos por baixo de sua camisa e sentindo aquele abdômen rígido e definido.
Não havia calma e carinho na forma como nos tocávamos. Era um tremendo desespero em desejo e loucura. Os gemidos que escapavam de nossos lábios unidos eram dignos de um filme pornô.
Eu tentava tirar sua camisa, mas Frank não estava ajudando com seus braços à minha volta e mordendo minha boca daquele modo safado e gostoso.
Afastei minha boca da sua para tomar fôlego, mas ele atacou meu pescoço, me fazendo soltar o ar com força.
- Frank...- arfei- Tira... a porra da camisa...
E tentando não desgrudar seus lábios de minha pele, ele subiu o tecido com minha ajuda. Mas teve que parar de me beijar para passar a camisa pela cabeça.
E logo voltou a atacar meus lábios.
Senti suas mãos, segurando as minhas e as guiando por todo o seu corpo, como se estivesse me mostrando onde tocá-lo.
E que corpo era aquele?!
Ele era totalmente sexy e estava acabando com o meu autocontrole.
Suas mãos deixaram as minhas, apenas para percorrer meu corpo mais uma vez. Elas pararam logo abaixo do meu bumbum e ele me ergueu, fazendo com que eu enroscasse minhas pernas em sua cintura.
Aquele safado conseguiu me deixar mais maluca ao descer seus lábios deliciosos mais uma vez para o meu pescoço e beijando de uma forma tão intensa que me fez agarrar seus cabelos curtos e macios.
O senti girar no pouco espaço onde estávamos e me sentar na pequena pia.
Afastei sua boca de minha pele, para colá-la aos meus lábios. Frank retribuía o beijo com voracidade, com sua língua explorando minha boca e provocando um frenesi em meu corpo.
Minhas mão que estava em seu cabelo, desceu para suas costas e senti os músculos rígidos e proeminentes em suas omoplatas.
Rapidamente, e sem parar de e beijar, o homem tirou minha mão de suas costas, a colocando atrás de meu corpo.
E senti o jato d'água da torneira da pia sendo aberto. E minha mão ficou encharcada no mesmo instante em que a ouvi chiar. Como uma frigideira quente posta embaixo da água corrente.
Frank deixou meus lábios e se dedicou a mordiscar minha orelha, me fazendo soltar um gemido débil.
- Você por acaso, pretende colocar fogo em mim, pirralha?- provocou, mordiscando meu lóbulo com força.
E entendi ao que ele se referia.
Aquele beijo estava tão intenso, que eu estava perdendo o controle de meu corpo. E em algum momento, minha mão começou a pegar fogo e ele teve que apagar.
Não dei tempo para que ele perguntasse mais alguma coisa. Só deixei meus lábios encontrarem os seus, mais um vez.
Ele retribuiu de imediato, soltando minha mão- que estava embaixo da torneira- e subiu as suas próprias por minhas costas.
E o senti descendo o zíper de minha blusa rapidamente, em seguida abaixando-a o máximo que conseguiu, deixando meus ombros e parte do meu colo à mostra.
Frank se dedicou à aquele parte, deixando rastros quentes de seus beijos por minha pele.
Fechei os olhos com força, sentindo o fogo em minhas veias se intensificar.
- Ah, você vai matar todos nesse avião...- gemi, sabendo que ele me faria explodir à qualquer momento.
- Acho que vou arriscar- sussurrou, me deixando mais eufórica com seus beijos.
Ah, que se foda!, pensei, enroscando minhas pernas com mais força em seu quadril e puxei seu rosto com mais força contra minha pele.
Mordi o lábio, para conter o sorriso de prazer.
- Quem está aí?!- ouvi alguém dizer do outro lado da porta.
Gelei na hora.
Frank não parou de me beijar. Talvez porque não tenha ouvido.
- Frank... -tentei afastá-lo mas sem a mínima vontade de fazê-lo.
- Ignora, Ellie- sussurrou, com sua boca atacando a minha.
Não resisti, retribuindo seu beijo delicioso.
- Saíam ou vou chamar o capitão!- disse a pessoa. Acho que era uma mulher.
- Frank...- sussurrei afastando minha boca da sua- Temos que sair...
- Eu sei...- disse ele, me dando um selinho- Mas, eu não quero.
E me deu outro selinho.
- Precisamos- reforcei, ainda hipnotizada por sua boca.
- Eu sei, eu sei...- sussurrou de volta, dando selinhos em mim, como se não conseguisse separar nossos lábios.
- Andem!- gritou a mulher.
- Eu já ouvi, vadia!- gritei para ela, furiosa por ter atrapalhado aquele momento.
- Tá bem- disse ele, revirando os olhos e me desceu da pia.
Me ocupei em fechar o zíper em minha blusa e vestir a jaqueta. Enquanto,  Frank vestia sua camisa.
E não foi surpresa nenhuma, quando saímos do banheiro e demos de cara com a aeromoça loura que havia dado em cima do meu sequestrador.
- Não podem entrar juntos no banheiro- murmurou, encarando de maneira fria à mim e o homem.
- Eu estava apenas ajudando- disse ele com a maior cara de pau.
- Ajudando no quê?- fez a mulher, me encarando com um desdém mal disfarçado.
- Ajudando minha namorada a encontrar o caminho para o zíper da minha calça- rebateu de maneira fria e vi a mulher parecer um pouco chocada com aquela revelação- E foi bem gostoso. Vem, Ellie.
E me puxou pela mão de volta para nossos assentos.
Acho que nunca tive um ataque de riso tão incontrolável.
- Não acredito que isso à ela- eu ri, sentada em minha poltrona.
- Ela nos atrapalhou- deu de ombros- Nada mais justo.
Após rir durante cinco minutos inteiros, acabei caindo em um silêncio incômodo.
- O que foi?- perguntou ele, percebendo.
Enrubesci.
- Você disse que eu era sua... namorada.
Ele se recostou na poltrona, fechando os olhos.
- Não vá se achar por isso- falou.
E inicialmente fiquei consfusa.
Eu fui só uma diversão para ele?
Aquelas constatação me indignou e preferi não olhar para ele.
- Ei, Ellie- chamou, ainda sem abrir os olhos- Eu gostei da ideia de você ser minha namorada.
E abriu aqueles olhos azuis, juntamente com um sorriso com covinhas lindas.
E não pude deixar de sorrir também.



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