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História Clareia a minha vida, amor, no olhar. - Rainha do Gelo de novo.


Escrita por: AuroraF

Notas do Autor


Voltei!!!!

Capítulo 15 - Rainha do Gelo de novo.


POV MEGAN

No segundo seguinte, a gente tava se atracando num beijo pra lá de quente! Alex correspondia com uma vontade que eu não imaginei que rolasse.

Minha língua invadiu a boca dela e o que eu senti pode ser definido facilmente como nirvana.

As mãos dela foram automaticamente pra minha nuca, os dedos entrando no meu cabelo e um arrepio percorreu todas as minhas terminações nervosas. Minhas mãos foram para a cintura dela e pude sentir o calor que o corpo dela emanava. Travávamos uma pequena batalha por poder naquele beijo e pela primeira vez eu não me importaria de ser dominada por ela.

Deus! Eu queria aquilo pra minha vida toda.

Inevitavelmente, precisávamos de ar, e aos poucos o beijo foi diminuindo o ritmo até ficar um apenas tocar de lábios.

- Alex…

- Shiiiii – ela diz colocando o dedo na minha boca – não estraga as coisas com seu papo megera!

- Eu não sou megera…

Eu digo, tentando ajeitar a confusão que estava na minha cabeça. Ela ri e vira as costas e sai, chega na porta e diz:

- você tem duas reuniões depois do almoço, uma com a equipe da empresa. Eu estou saindo pro almoço. Você quer alguma coisa?

Eu só faço um não com a cabeça, porque nada sai da minha boca.

Ela se vira e sai rebolando aquela bunda gostosa que eu tenho certeza que é pra me provocar.

Me escorei na mesa de reuniões, buscando um pouco da sanidade que eu perdi. Não sei quanto tempo fiquei ali. O telefone toca e atendo:

- Kavanaugh…

- Srta. Kavanaugh, sua vó, linha três, transfiro?

A voz dela não demonstrava nenhum sinal de nervosismo, vergonha, arrependimento ou nada parecido. Aquilo me intrigou ainda mais, e pra piorar, me chamou de srta. Kavanaugh, que me dava um tesão sem medidas.

- Pode transferir, Vause.

Aperto o botão da linha três e atendo:

- Galina…

- O que aconteceu que você ainda não ligou me implorando pra voltar? Estou preocupada com a integridade do meu neto.

- Se você tivesse realmente se importando tinha ficado aqui. Nós estamos muito bem, obrigada por perguntar.

- Então ninguém morreu até agora?

- Não, e nem vai… Quando Elliot chegar da escola, ligue pra ele e pergunte como foi traumático o primeiro dia com a mãe irresponsável.

- Porque você está me tratando nessa grosseria, Megan?

- vó, eu só estou com fome e atarefada. Ligue de noite e converse com Elliot, ele deve estar com saudade da senhora.

- Tudo bem, fique bem… Seus primos mandaram lembranças.

- Obrigada, vó. Mande a eles também.

Desliguei o telefone e me levantei, indo pra minha sala. Alex já havia saído pra almoçar e eu decidi pedir na copa uma salada do restaurante em frente. Em 15 minutos a salada e o suco estavam prontos na sala reservada ao lado da minha.

Almocei sozinha, mais uma vez. Já perdi as contas de quando tempo a solidão era minha amiga íntima naquela sala enorme.

Há muito tempo isso não me incomodava. Pelo contrário, eu tinha certa dificuldade pra lidar com bajulação, movimento, muitas pessoas. Solidão era uma boa companhia. Mas comecei a rever isso.

Por coincidência, comecei a rever quando há menos de dois dias atrás, Alex e Elliot entraram na minha rotina diária.

Aproveitei o momento e o sorriso que apareceu no meu rosto ao lembrar do meu pequeno homem e liguei pra casa, Mary atende:

- Pois não…

- Mary, sou eu, Megan. Elliot já chegou da escola?

- Acabou de entrar, Megs, todo imundo de tinta. Mandei ele pro chuveiro e agora testá vindo pro banho.

- Deixa eu falar com ele.

Ela passa o telefone e Elliot atende…

- Mamãe?

- Oi sr. Kavanaugh… você tem alguma coisa pra me contar?

- Maaaaaaaaaaaaaaaaaae - ele já diz chorando – Foi ele que começou! Ele não deveria ter chamado a Al de gostosa. Você sempre me ensinou a respeitar as pessoas.

- Exatamente porque te ensinei que você não deveria ter empurrado ele, e sim conversado e explicado que isso não é uma atitude respeitosa.

- Mãe, eu vou ficar de castigo?

- Não sei Elliot, ainda estou pensando na possibilidade. Agora vá almoçar e não piore sua situação.

- Tudo bem, mommy… me desculpe, prometo que não vou mais ser agressivo com as pessoas.

- Isso, meu filho. Sua atitude de defender Alex foi louvável, mas poderia ter machucado seriamente seu colega.

- Mommy...o que é louvável?

- hahahaha uma atitude louvável é quando você faz uma coisa boa, bonita, como defender Alex.

- Então eu estou perdoado?

Ele diz, cheio de expectativas.

- Vamos conversar mais tarde.

Eu respondo e encerro o assunto.

Quando termino a ligação, sem nem ter tocado direito na comida, a batidinha leve na porta anuncia meu tormento.

- Entra!

- Srta. Kavanaugh, sua reunião começa em 5 minutos.

- Droga! Nem comi nada!

- Vou segurar a reunião uns 10 minutos, tudo bem?

- Tá ótimo, obrigada Alex.

Ela sai e eu engulo a comida correndo.

Chego na sala de reunião e ela tá num papo animado com o engenheiro da construção do residencial no Queens.

Todo mundo para na hora que eu chego e correm pra procurar os seus respectivos lugares.

O engenheiro, conversa com ela como se eu não existisse no local, continua conversando com Alex e num dado momento, coloca uma mexa do cabelo dela atrás da orelha. Sinto que ela trava e é minha deixa.

- Podemos começar o vamos todos ficarmos assistindo ao seu flerte, Julian?

Alex vira imediatamente, e me olha, vermelha como uma pimenta.

Eu olho pra ela e pra poltrona do meu lado. Ela vem e senta, entendendo imediatamente o sinal.

- Prossiga, Julian, tente me convencer porque o projeto ainda não está acabado…

 

POV ALEX

Senti os olhos dela me fuzilarem ainda de costas pra ela. O tal engenheiro, Julian, num momento de distração minha, coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e eu só penso em quantas formas variadas ela deve estar pensando em me torturar.

Um pequeno momento de tensão ocorre quando ela abre a boca (normal) e ela faz sinal apenas com os olhos pra que eu sente do lado dela. Como uma boa cachorrinha adestrada que sou, sento imediatamente do lado dela e ela diz, cruzando as pernas e encostando na poltrona central da mesa de reuniões:

- Prossiga, Julian, tente me convencer porque o projeto ainda não está acabado…

 

 



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