1. Spirit Fanfics >
  2. Clarity >
  3. Mine

História Clarity - Mine


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Gente, to igual louca postando capítulos porque eu to muuuito ansiosa para uns bags futuros que vão acontecer e quero que chegue logo naquela parte, então to postando vários mesmo e foda-se hauhauaha bjs

Capítulo 57 - Mine


"Julian: Eu estou aqui agora.

Brooke: E isso é mais do que eu preciso." - (One Tree Hill). 

Fiquei em observação por uma semana após tossir um pouco de sangue. Isso não causou preocupação apenas em mim e sim em todos ao meu redor. Minha mãe, meu pai, minha família inteira, que inclusive veio de suas cidades para virem me visitar, o Leo, o Lucas, a Pri, o Daniel, o Tomás, o Pedro, a Malu, o Rodrigo, a Bruna e todo mundo que convivia comigo. Se pesquisar na internet o que significa tosse com sangue, só aparece: infecções, câncer, bronquite, entre váris outras coisas terríveis. Eu não fiquei muito preocupada porque nem foi sangue sangue, e sim umas duas gotas de sangue, mas a minha mãe ficou tão cismada que disse pra todo mundo que era sangue. A Priscila passou duas noites aqui comigo, dormindo na mesma cama que eu enquanto assistíamos Once Upon a Time, e adivinha o que o Lucas trouxe pra mim?! Açaí! Dei o maior abraço nele! E teve um dia que Lucas, Leo e a Pri dormiram aqui comigo. Os três! Fizemos o maior fusuê, porque foi preciso de mais uma cama para deitarmos todos juntos e pegaram uma cama lá do terceiro andar do hospital! Aí ficou o Lucas, a Pri, eu e o Leo, respectivamente. 

- A Bruna não ligou de você dormir aqui? - perguntei para o Leo quando percebi que o Lucas e a Pri já tinham dormido no meio do filme. 

- Ela nem sabe. - disse se virando pra mim também. - Fiquei morrendo de preocupação quando sua mãe me contou, sabia? Pensei no pior. 

- Eu estou bem. - falei sorrindo e encostei a cabeça em seu peito. - Obrigada por ficar aqui. - ele entrelaçou nossos dedos e olhei pra ele, apoiando o queixo em seu peitoral. 

- Sempre estarei aqui. - ele tirou minha franja do rosto e me deu um beijo na bochecha, tão pertinho da boca que eu até senti um calor. 

E no dia seguinte, eu recebi alta ás três horas da tarde. Eu me sentia bem desde terça feira, mas insistiram para me deixarem internada até sexta e eu nem entendi porque. Uma coisa boa de tudo isso ter acontecido foi: eu e o Leo fizemos as pazes, óbvio. E o meu pai e a minha mãe foram obrigados a se reaproximarem para ficarem aqui comigo. Há, adorei. 

- Mãe, essa história de eu ainda precisar ficar na casa da Elena é uma piada! - falei alto para o meu pai ouvir mesmo. - Eu odeio aquela mulher, odeio a filha dela, odeio aquela casa e não estou suportando nem a pessoa que o papai vira quando está com ela. 

- Eu estou ouvindo, Mariana. - o meu pai se intrometeu. - E olha o jei...

- É pra você ouvir mesmo! - retruquei me virando pra ele. - Eu odeio aquela mulher. Ela é uma pessoa horrível! E está te fazendo virar uma pessoa horrível também!

- Filha, fica lá comigo por alguns dias. - minha mãe disse. 

- Eu quero voltar pra minha casa! - falei com vontade de chorar. - Eu não suporto aquela casa, nem aquela mulher, pai! Ela quer tirar você de mim, ela quer destruir tudo! Ela e a filha dela. 

- Eu não vou discutir com você. 

- Ótimo! Só espero que não se de conta de que está perdendo a sua família tarde demais! - dei as costas pra ele, puxando a minha mãe para onde os meus amigos estavam me esperando. 

Depois de mais uma conversa com a minha mãe, ela disse que nunca daria certo eu ficar lá na casa com ela e isso era verdade. Além da casa ser pequena, eu teria que dividir o quarto com ela, não tem Wi-Fi, não tem nada! E além de tudo que está acontecendo, o mínimo que eu posso querer é ter pelo menos uma coisa só pra mim. O resto estava tudo girando na separação dos meus pais. Enfim, eu ia ter que voltar para a casa da Elena. 

(...)

- Mari, vem aqui. - o Rodrigo disse e eu deitei ao lado dele. - Eu queria te perguntar uma coisa. Na boa. - disse acariciando a coxa. 

- Pode falar. - tirei a mão dele da minha coxa. 

- Foi mesmo só um beijo? Entre você e o Castanhari? - perguntou. - Eu vi o desespero dele, vi o seu desespero. Tinha mais. 

- Não, Rodrigo. Somos melhores amigos, nós sentimos um carinho enorme um pelo outro. É normal. - falei. - Você não viu a Pri chorando desesperada? Não viu até o Lucas tremendo? 

- Eu vi, Mari. Eu vi o meu desespero também, mas ele nem ligou e entrou lá. Estava disposto a morrer se fosse pra salvar você. 

Olhei para o teto e sorri. 

- Estava mesmo, não é?

- Mari, seja sincera comigo. - ele sentou na cama. - Você sente alguma coisa pelo Leonardo? 

- Não sinto, Rodrigo! - falei. Eu ia negar até a morte. - Não sinto! É carinho de melhor amigo! Ele faria a mesma coisa se a Priscila estivesse lá dentro. E eu faria o mesmo. Por todos os meus amigos. 

- Mesmo? 

Assenti e dei um selinho nele, mas ele já veio com safadeza pra cima de mim. Tirei a mão boba dele de dentro da minha blusa, mas não parei de beijá-lo. O problema é que ele ficava em cima de mim, abusando demais e eu não estava preparada para perder a minha virgindade com ele. 

- Rodrigo. - parei de beijá-lo, mas ele veio tentar de novo e eu desviei. Ele continuou tentando. - Rodrigo, para. 

- Que porra, Mariana. Você sempre deixa as coisas ficarem mais quentes e depois me afasta, vai se foder. Eu sou homem, tenho necessidades, sabia? - ele ficou irritado real. 

- O problema não é meu. - falei também irritada por ele ter ficado irritado. 

- Claro que é seu. Você é minha namorada! Que namoro funciona sem isso? 

- Então, pra você, namoro é só sexo? - falei. - Me poupe, Rodrigo! Vai embora, vai! - abri a porta. 

- Vou mesmo. - e ele saiu, batendo a porta. 

Leonardo P.O.V

- Finalmente você apareceu, não é? Onde diabos você estava a semana toda, Castanhari? - a Bruna começou a dizer assim que entrei na casa dela. 

- Eu estava no hospital com a Mariana. Ela recebeu alta. - falei. - Desculpa por não ter dado notícias, é que ficamos o tempo todo com ela. E você sabia disso. 

- Eu sabia, mas poxa, você nem ao menos me deu notícias! - disse. - E entra logo. Eu estou sozinha, quero conversar com você. 

- O que foi? - perguntei quando ela sentou no sofá e eu na poltrona. - Bruna, o que foi? - insisti ao ver que ela estava quieta. 

- Vou ser direta. - disse. - Você sente alguma coisa pela Mariana? - minha cabeça dizia para eu responder "sim, sim, sim", mas não dava, né. 

- Por que isso agora? - perguntei. 

- Eu vi como você ficou no dia do incêndio, Castanhari. Vi seu medo, depois vi o dela. - disse. - Vi o jeito que você só queria abraçá-la depois de ter saído de lá, nem ao menos lembrou de mim e eu vi também que você não queria soltá-la. 

- Bruna, ela é minha melhor amiga. Eu a salvaria quantas vezes fosse necessário. - falei. - Ela sempre será muito importante pra mim. 

- Mais importante que eu, Leonardo? - ah, droga. 

- Talvez, Bruna. Talvez. Não vivi com você nem metade do que vivi com ela. 

- Obrigada pela sua consideração! - ela disse irônica e levantou. 

- Isso não quer dizer que eu não goste de você, Bruna. Eu gosto de você, mas você precisa entender que com ela, é como amiga. 

- Como amiga? Vocês praticamente se beijaram!

- Como amiga, Bruna. Ela é a pessoa mais importante pra mim. Se você não aceita isso, não podemos mais continuar juntos.  - e na mesma hora, ela abaixou a guarda. 

- Não, eu entendo. Mas... não fica muito perto dela, não. 

- Impossível, Bruna. - falei me afastando quando ela veio me beijar. - Se você continuar com esse cisma todo em cima dela não vai mais rolar. 

- Leo, eu não estou cismada. Mas pensa como seria se fosse ao contrário. - disse. - Você estava disposto a morrer só pra ir salvá-la. E eu duvido que você faria o mesmo por mim. 

Ela queria que eu dissesse que faria o mesmo por ela, mas eu não sei se teria coragem. Claro que faria isso pela Mari, pela Priscila, pelos meus amigos, mas eu não sentia nada forte pela Bruna. Eu deveria é aproveitar essa oportunidade para terminar com ela. 

- Esquece isso, tá? - falei levantando e coloquei as mãos no rosto dela. - Deixa quieto. Mas não volta a falar sobre isso porque eu não quero brigar com você.

- Tá bom. - ela assentiu me dando um selinho. 

- Eu... eu preciso ir agora. - falei e ela suspirou um pouco impaciente. 

- Aonde você vai? 

- Vou pra minha casa. Minha mãe voltou de viagem. - falei. - Posso? - provoquei e ela revirou os olhos enquanto abria a porta. 

Ia sair sem nem dar beijo nenhum nela, mas ela veio se despedir. 

- Tchau, Bruna. 

A casa dela era um pouco longe da minha, e já estava quase anoitecendo, mas fui tranquilo. A minha mãe foi viajar para o Rio de Janeiro há alguns dias e mesmo quando estava lá, vivia perguntando da Mari pra mim. E, para variar, não gosta da Bruna. Nem contei pra ela sobre o que tinha acontecido, senão ela pegaria o primeiro avião de volta, e ela vai ficar brava de eu ter escondido, tenho certeza. 

Quando estava perto do condomínio, vi uma sombra um pouco depois da minha casa e percebi que era a Mari. Perdida e sozinha. 

- Mari? O que está fazendo aqui sozinha? - ela se virou pra mim e cruzou os braços, certamente por causa do frio. 

- Eu não sei. Vim dar uma volta e parei aqui. - ela suspirou, mordeu o lábio inferior e percebi que ela estava prestes a desabar. 

- Vamos entrar. Vem. 

- Não. - ela balançou a cabeça e realmente começou a chorar. - Eu vou... eu vou embora. Eu vim pra cá sem querer, precisava sair daquela casa. 

- O que aconteceu? - perguntei me aproximando e tirei minha jaqueta, colocando em cima de seus ombros. 

- Tudo! - disse fazendo cara de choro e enquanto balançava a cabeça. - Eu não estou feliz, eu não estou me sentindo bem. Eu mal vejo a minha mãe, consigo ver o meu pai escapando pelos meus dedos, a Elena me trata tão mal que me dá mais vontade de chorar do que de bater nela e nem preciso dizer nada sobre a Gabriela, né? E tem você... - os olhos dela se encheram de água novamente. 

- Não precisa ser assim. Conta para o seu pai sobre a Gabriela e sobre a Elena, conta pra sua mãe. Tudo vai mudar se você contar. - falei tirando seu cabelo do rosto e limpei a lágrima em sua bochecha. - E sobre mim... eu estou aqui agora. Agora e sempre. 

- Eu queria que tudo voltasse a ser como antes. - ela disse e sentou na calçada. - Eu estava bem. Nós estávamos bem. E de repente, eu perdi tudo. Ou melhor, deixei tudo escapar. 

- Você ainda tem a mim. E sempre terá. - entrelaçei nossos dedos. - Mesmo quando todo mundo estiver contra você... sabe que será nós contra o mundo. 

Ela sorriu pra mim, e ao mesmo tempo voltou a chorar, cobrindo o rosto dessa vez. 

- A sua mãe chegou, né? Vai lá falar com ela, eu já vou embora. - disse levantando de repente. 

- Entra também. Vem. 

- Acho melhor não... 

- Ela sente falta de quando você dormia aqui. - ela me olhou. - E eu também. 

- Só um pouco, então. 

O portão do condomínio abriu e antes mesmo de chegarmos na minha casa, a minha mãe saiu de casa vindo me abraçar toda animada. Acho que ela nem viu a Mari. 

- Ah, que saudade do meu bebê!

- Mãe, para com isso. 

Foi até engraçado a reação dela ao ouvir a risada da Mari. Ela me soltou e foi correndo abraçar a Mari na maior felicidade também. 

Mariana P.O.V

- Quanto tempo, Mari! Como você... - a tia Ana ia perguntar como eu estava, mas parou ao ver que eu estava chorando. - O que aconteceu? - ela olhou para o Leo e depois para mim novamente. 

- Várias coisas... - respondi. 

- O Leo me disse que você "infelizmente, está namorando". - olhei pro Leo, que repreendeu a mãe dele com o olhar. Queria saber tudo o que falava pra ela sobre mim. 

- É, eu estou... Mas não é nada disso. - falei. 

- Então, entrem. - ela abraçou eu e o Leo. - Me contem o que aconteceu. - e percebi que ela era doida esperta, porque aproximou eu e o Leo que senti o nariz dele na minha bochecha. 

Eu perguntei para o Leo até aonde ela sabia, então eu contei a parte do dinheiro que sumiu, da Gabriela, depois do incêndio e ela ficou muito brava porque o Leo não contou pra ela. 

- E você está se sentindo infeliz naquela casa. - a tia Ana concluiu e eu assenti. - Mari, você quer que eu converse com a sua mãe? 

- Não vai adiantar nada! Eu já falei com ela. - falei. - Ela não disse, mas eu acho que ela tem medo de ficar... você sabe. E eu percebi que ela tem um pouco de vergonha quando fica perto de mim, como se tivesse cometido um crime, sabe? Se sente mal de eu ter sido a pessoa que mais passou tempo com ela enquanto ela estava daquele jeito. 

- E por isso ela quer ficar na casa dos seus tios por um tempo? - assenti. - Mas e se você fosse morar lá? 

- Esse é o negócio... a casa é bem pequena, sem Wi-Fi, eu teria que dividir o quarto com a minha mãe, e tem essas coisas, sabe? Poxa, eu queria ter pelo menos um canto em que eu possa me sentir bem. E sozinha. 

- Queria que você ficasse aqui, mas... 

- Não faria muito sentido. - completei. 

- Por que não? - o Leo perguntou. 

- Porque não estamos mais juntos e você tem namorada, eu tenho namorado. 

- Eu nunca vou entender os adolescentes de hoje. - a tia Ana disse. - Se vocês ainda se gostam, por que não estão juntos?! 

- Porque a Mariana não quer. - o Leo disse. 

- É claro que eu quero! - e os dois me olharam na mesma hora. - Mas não dá. - murmurei. - Eu vou embora. 

Estava até com vergonha! Eu estava andando sem um lugar certo pra ir, e acabei parando aqui sem nem perceber! Virou maluquice. 

- Boa noite, gente. Obrigada por ouvirem meus problemas. - dei um abraço na tia Ana e um abraço no Leo. 

- Vou com você até a casa da Elena. - o Leo disse. 

- Não precisa, já está tarde. - falei. 

- Por isso mesmo. 

- Awwn! - a mãe dele disse e eu comecei a rir, enquanto o Leo olhava pra ela tipo "Mãe, para de me fazer passar vergonha".

O Leo foi mesmo me acompanhando até a casa da Elena. 

- O Rodrigo está desconfiando de que eu gosto de você. - comentei. 

- É, a Bruna também. Ela me perguntou hoje mesmo e eu até falei em terminar... 

- Falou?! - o interrompi e eu tenho certeza que meus olhos até brilharam. - E vocês terminaram? 

- Ela não quis. 

- Ah... - suspirei. - É sério, desculpa ter aparecido na sua casa do nada. Eu estava com a cabeça bem longe, mas é que você continua sendo uma das pessoas que eu mais sinto vontade de conversar quando está tudo na pior. 

- Eu sempre vou estar aqui por você. - paramos na frente da casa da Elena. 

- Eu sei. - sorri e passei a mão pela sua franja, tirando da testa. - Boa noite, Leo. - o abracei por longos segundos, sem querer soltar, mas percebi que ele queria se soltar.

Me afastei rapidamente e fui abrir o portão, mas ele percebeu que eu percebi que ele queria soltar, e me impediu de ir. 

- Se continuasse por mais alguns segundos, eu não ia conseguir me segurar. - disse e eu o olhei novamente. 

Ah, merda. Era uma tortura ficar olhando para a boca dele. Os lábios tão bem desenhados, vermelhinhos e levemente carnudos... 

- Jesus, boa noite. - me apressei e ouvi a risada dele. 

- Não é torturante? 

- Demais. 

- Vejo você amanhã. - ele beijou minha bochecha, depois a minha testa e se afastou do portão. 

- Vejo você amanhã. - sorri e entrei. 


Notas Finais


No próximo capítulo vai ter treta PESADAAAAAA! E não é entre Mari e Leo... façam suas apostas!! Comenteeeem, beijos sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...