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História Clarity - Carry you home


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


TO DE FÉRIAS, AMÉM!!!!!!!!!!

Capítulo 93 - Carry you home


"Clare: Eu não mudaria nada, não desistiria de um segundo sequer da nossa vida juntos." - (Te amarei para sempre). 

- Aí, que demora! Já era para ele estar aqui. - falei olhando mais uma vez para o portão de desembarque e nada do Leo. 

- Amiga, você está tremendo! Relaxa. - a Pri disse rindo. - Só você e a tia Ana. - a tia Ana assentiu com a cabeça. 

- Ele deve estar comendo lá, tem que ser. - o Daniel revirou os olhos e eu encostei perto do Tomás e do Pedro. 

Olhei novamente e vi o Leo saindo de lá na maior tranquilidade. Ele ainda não tinha nos visto, e estava tão longe... mas quando ele nos viu, começou a vir mais rápido. Eu estava doida pra sair correndo e abraçá-lo, mas ele não via a mãe a mais tempo, então fiquei um pouco receosa. 

- Pode ir, Mari. - a tia Ana disse rindo ao ver que eu estava me segurando e eu saí correndo na direção dele. 

O Leo saiu de trás do carrinho que carregava suas malas e abriu os braços para me receber. Pulei nele como de costume, e ele me segurou pelas pernas. Aí, me senti tão completa quando senti o cheirinho maravilhoso dele, sua respiração no meu cabelo e seus lábios nos meus. 

O Leo foi abraçar os nossos amigos e eu fiquei tão feliz de ver todos nós juntos novamente. Sempre que estamos separados, que um não está, parece que está faltando uma parte e realmente fica faltando. Senti tanta falta de ver todos os meninos juntos e a Pri, Malu e eu pequeninhas perto deles, mas ainda sim essenciais... aí, estava com saudade de tudo. 

Como era muita gente para vir em carros diferentes, nós alugamos uma van e o motorista era super legal, aceitou que parássemos no shopping Eldorado para comer alguma coisa, dar uma relaxada... mas assim que deu 15h40, nós pegamos estrada de volta para nossa cidade. Eu percebi que o Leo estava super cansado, mas ele não demonstrou nem um pouco! Fomos conversando, rindo, ouvindo música e cantando o caminho todo. Não tinha como ser melhor! 

(...)

O Leo ficou com a mãe dele até umas 20h30, e ao mesmo tempo que ele disse que viria aqui em casa, a tia Ana disse que iria sair. E era muito engraçado ver o Leo com ciúmes da mãe dele. Sim, ela estava saindo com alguém e a única coisa que eu sei é que ele se chama Fernando. Ela me disse que não queria entrar em detalhes porque quanto mais falasse nisso, mais animada ficaria e ela não quer criar expectativas no amor. Pode ser doloroso demais... 

- Que carinha é essa vocês duas? - o Lucas perguntou olhando pra mim e pra Priscila. 

Priscila e eu estávamos pensando o tempo todo que eles iriam para lugares diferentes assim que esse ano terminasse. A gente nem ia dizer nada para não parecer drama, mas sinceramente... não era drama. Era a realidade. O Leo quer ir para Belo Horizonte, o Lucas para o Rio de Janeiro. Onde eu e a Pri nos encaixamos nisso? 

- Estamos pensando, sabe... vocês vão embora. - a Pri disse. - A gente vai se afastar demais, e nem tem como dizer que não. 

- E mesmo que eu vá pra BH com o Leo depois que me formar, e a Pri pro Rio com você, ainda sim... nós estaríamos separados. - fiz um gesto entre nós quatro. - O nosso quarteto. - fiz um beicinho e senti meus olhos arderem. 

- Ahhhh... - o Lucas e o Leo disseram ao mesmo tempo e enquanto o Lucas me abraçava, o Leo abraçou a Pri. - Não vai ser assim. 

- Claro que vai. - falei. - Claro que ainda seremos amigos, mas tudo vai mudar, sabe? Não vamos mais nos ver todos os dias, teremos outras responsabilidades, seremos... adultos. 

- Vamos nos ver menos mesmo, mas eu não me importaria de ficar em um ônibus por horas e horas pra vir pra cá todo final de semana. - o Leo disse dando de ombros. 

- Eu me importaria. - falei. - Você vai ficar acabado! E não estamos falando apenas desse ano, estamos falando de quando eu e a Pri também formos para a faculdade. 

Hoje era dia 03 de Novembro e daqui alguns dias o Leo vai prestar vestibular. Ele vai tentar na USP e na UFMG. E daqui dois dias (05 e 06) teria o Enem e eu também ia fazer, como treineiro. Mas mesmo assim eu ainda ficava um pouco nervosa. Algumas faculdades ainda aceitavam sua nota do Enem do segundo ano do ensino médio se for maior que a nota do terceiro ano, mas eram poucas faculdades. O Leo me disse que ele estava curtindo lá na Inglaterra e tudo mais, mas que ele estudou pra caralho para o vestibular e para o Enem. E o que ajuda, é que ele é bom em física, matemática e química que são as matérias que mais pesam. Claro, pesam pra mim. 

Eu ainda estava perdida. Tinha duas opções sobre qual faculdade fazer, mas eu ainda estava confusa. Ainda não tinha me decidido e só de pensar nisso, fico completamente tensa. 

- Não pensem assim. - o Lucas disse. - E não adianta sofrer por antecedência... ainda temos quatro meses. 

Não me aguentei, comecei a chorar. Tentei disfarçar, engolir o choro, mas eles perceberam. 

- Ahhh, Mari, não chora. - o Leo disse vindo pra perto de mim e limpou minhas lágrimas, dando um beijo em minha testa. - Não vale a pena ficar sofrendo por antecedência mesmo, amor. 

- Eu sei, mas é que... ah, isso me apavora. Vocês são tipo meu porto-seguro, entende? 

Quando percebi, nós quatro estávamos abraçados. Eu parei de chorar e abri um sorriso, segurando a mão do Lucas e da Pri e encostando a cabeça no ombro do Leo. 

- Mari! - minha mãe abriu a porta do nada e deu um susto em todos nós. - Tem visita pra você. 

- Visita pra mim? Quem é? - perguntei estranhando.

- Oi, Mari! - ouvi a voz da Luíza, mas o sorriso dela sumiu assim que viu quem estava no meu quarto. 

- Luíza? O que você está fazendo aqui? - perguntei não entendo absolutamente nada e olhei pra Priscila com o cenho franzido. 

- Eu... eu voltei. - ela disse ainda meio séria. - Oi. - ela acenou para eles, mas olhando diretamente pro Lucas. 

- Como assim voltou? Você ama São Paulo, sempre quis ir embora daqui. - falei. 

- Você também sempre quis embora aqui. 

- Mas agora eu sou feliz aqui. - rebati. - Luíza, o que você está fazendo aqui? - insisti. Só queria a verdade. 

- Eu vou terminar o terceiro aqui, senti saudade. Quero... quero a minha vida de antes. - disse. 

- Os seus pais nunca voltariam pra cá só porque você "sente falta", Luíza. Você nem tem parentes aqui! Aonde você vai ficar? - perguntei. - E não mente pra mim, você não sente falta coisa nenhuma. 

- Na casa dos amigos dos meus pais, lembra? Aqueles que tem uma filha da nossa idade, a Lana. E eu sinto sim. 

- Não mente pra mim! - aumentei a voz. - O que você quer aqui? 

- Eu vou embora. Só vim te avisar. - ela disse. 

- Tchau! - ela saiu e eu fechei a porta com tudo, olhando para os meus amigos ainda sem entender nada. Eles me olhavam da mesma forma. 

- Por que ela voltou? - a Pri perguntou. 

- Eu não faço ideia. Mas eu sei que ela não sente falta daqui. - falei. - Alguma ela quer, alguma coisa ela está aprontando. E eu tenho medo do que possa ser. 

- Como assim? - o Leo perguntou percebendo que tinha algo se passando pela minha cabeça. 

- Lucas, eu acho que ela tem um tipo de... não sei, obsessão por você. Você foi o primeiro cara que ela ficou...

- O que?! - a Pri e o Leo perguntaram ao mesmo tempo. - Vocês já ficaram?!

- Meu Deus, isso foi, sei lá, em 2012?! Fazem anos! Você sabe, Mari. Ela me chamou de nojento, babaca. 

- Naquela época você era o que é hoje, né meu bem. Lembro no primeiro dia de aula em 2015... ela nem te reconheceu. E por mais que ela ficasse com outros caras, o olhar dela sempre estava em você. Sempre. 

- Então, você acha que ela vai tentar acabar comigo pra ficar com o Lucas? - a Priscila disse. 

- Não! Eu não disse isso. - falei. - Quer dizer, ela não gostava de você antes mesmo de saber sobre vocês. Mas agora... agora deve ser pior. Eu acho sim que ela vai tentar ficar com o Lucas, então toma cuidado, viu? - olhei pro Lucas. 

- Não fica preocupada com isso não, Pri... - o Lucas disse colocando as mãos na cintura da Pri. - Isso não vai ser problema pra gente, eu juro. 

- Até parece que ele trocaria você por ela. - soltei uma risada. - Nem ferrando.

Ficamos mais alguns minutos conversando sobre coisas boas, divertidas, o que rendeu altas risadas e deixou nossa cabeça longe de toda a tensão que tinha surgido naquele quarto. A Priscila e o Lucas foram embora por volta das nove e meia da noite e eu e o Leo ficamos sozinhos pela primeira vez desde que ele voltou. 

- Realmente... se tentarmos podemos conseguir qualquer coisa. - falei abrindo um sorriso e coloquei os braços ao redor de seu pescoço. - Não tivemos uma briga, não tivemos um desentendimento... nada. Conseguimos superar a distância, nem acredito nisso. 

- Podemos superar qualquer coisa se quisermos, Mari. - ele sorriu pra mim e me deu um selinho demorado. - Agora vem aqui que eu estou morrendo de saudades de você. - ele me jogou na cama e eu ri enquanto o beijava. 

E quando estava quase queimando, ouvimos um grito. 

- Maaaaari, cheguei! - era a Maitê. 

O Leo pulou de cima de mim e eu vesti a blusa rapidamente, mas o Leo ficou sem camisa mesmo. 

- Oi, Leo! - a Maitê deu o maior abraço nele, que a abraçou de volta. 

Ela perguntou algumas coisas sobre seu intercâmbio e o Leo contou todo animado, enquanto dava algumas olhadinhas safadas pra mim (porque a Maitê interrompeu um momento bem íntimo). 

- Espera aí. Tem alguma coisa diferente em vocês. - a Maitê disse de repente e olhou para nós dois. 

Fiquei morrendo de vergonha e o Leo começou a rir. A Maitê ficou boquiaberta ao perceber o que era. 

- Castanhari, vai no banheiro! - a Maitê disse. 

- Maitê! 

O Leo soltou uma risada gostosa e deu um empurrão na cabeça da minha prima enquanto passava por ela. A porta do quarto se fechou. 

- Aí, meu Deus!!!!! - ela disse. 

- Cala a boca, Maitê! - eu disse. - Aposto que ele está ouvindo do outro lado da porta. - falei aumentando a voz e ouvi a risadinha do Leo. - Sai fora! Papo de mulher!

Contei a ela como foi e o quanto eu estava cada vez mais apaixonada. 

- E agora você não precisa mais me chamar de pequena puritana! - falei revirando os olhos e ela riu. 

- Não acredito que escondeu de mim! Por que não me contou? 

- Não faço ideia. Mas eu consegui esconder muito bem, fala sério. Dois meses inteiros. - falei. - Mas agora você sabe. E eu sei que você está feliz por mim. - dei um beijo na bochecha dela. 

- Pode voltar, Castanhari! - a Maitê disse e eu comecei a rir. - Preciso ir embora. Só vim dar um beijo em vocês mesmo. Vou sair com o Marcelo. 

- E como vocês estão? A irmã dele está bem? Ele parou mesmo de se envolver com aquilo? - perguntei. 

- A irmã dele está bem. - disse. - E eles tiveram que se desfazer de várias coisas para pagar a divida do pai, mas eles estão bem. - falou. - Nós estamos bem... - ela abriu um sorriso tão espontâneo e apaixonado que o Leo até deu uma olhadinha pra mim. 

- Fico tão feliz por você. Sério. - a abracei forte. 

- Eu sei. - ela me abraçou de volta. - Preciso ir. - ela deu um abraço no Leo também. - Amanhã nos falamos. - assenti e ela saiu do quarto. 

Eu e o Leo nos entreolhamos e eu também abri o maior sorriso. 

- Fico tão feliz mesmo, Leo. - falei. - Sempre vi a Maitê como uma menina independente, moderna, que nunca teria tempo para amar, mas... eles estão tão apaixonados. É difícil ver isso nos dias de hoje. 

- Eu consigo ver. - ele segurou minha cintura e eu sorri pra ele. - Ainda não matei a saudade de você... - ele me puxou pra mais perto e eu ri enquanto dava um beijo na curva de seu pescoço. 

- Você não presta. - falei rindo. - Mas eu também não, então... - apaguei a luz e o empurrei na cama, que me encarou como se eu fosse a oitava maravilha do mundo. 

- Você me deixa maluco... - ele sussurrou enquanto beijava meu pescoço e tirou o meu shorts, dando beijos na extensão do meu maxilar até minha barriga. 

- Temos todo o tempo do mundo agora. - sussurrei e puxei seu rosto pra perto do meu, para olhar em seus olhos. 

- Você não faz ideia... - e ele voltou a me beijar.



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