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História Clarity - Louca de saudade


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Único título em português, mas eu precisei colocar esse porque sou DOIDA por essa música e é MUITO o Leo cantando pra Mari, é muito a Mari, mesmo que ela negue com todas as forças que fica louca de saudade ❤️❤️❤️❤️

Capítulo 124 - Louca de saudade


Fanfic / Fanfiction Clarity - Louca de saudade

"Amy: Talvez eu não tenha te superado 100% e talvez uma parte de mim nunca vai te superar." - (Faking it). 

Mariana Lenzi P.O.V 

Solo brasileiro finalmente! Nem acredito que já se passou um ano desde que me mudei para os Estados Unidos. Estava morrendo de saudades de todos daqui. Da minha família, dos meus amigos e simplesmente da minha cidade. Sentia falta de estar em família e também de vagar por aqui... a cidade que eu costumava odiar, agora eu até que gostava e até sentia saudades. Raridade. E adivinha só quem veio comigo? Sim, a Lindsay! Eu estava maluca pra mostrar a cidade inteira a ela, mostrar a minha família e os meus amigos. Fiquei sabendo que Lucas, Tomás, Daniel, Melissa, Pedro e Alice estariam aqui! Quase enfartei! Isso era demais pra mim! Minha mãe, meu pai, meu irmão e a Babi estavam nos esperando no aeroporto e foi lindo de se ver todos eles!!! 

- Gustavooooo! - pulei no colo dele. - Nossa, nem acredito que é você!!

- Saudades, maninha! Saudades! - ele me girou e depois me colocou no chão.

Depois abracei minha mãe, depois a Babi (eu estava morrendo de saudades dela!) e depois meu pai. Tinha esquecido completamente das minhas implicâncias com meu pai. Eu mudei a ponto de saber que isso era perda de tempo. Ele era meu pai no final das contas e eu sempre acabaria voltando pro colinho dele. Além de que tem tanta gente que perdeu o pai... é até patético implicar com quem está tentando conseguir o seu perdão faz tempo. 

- Gente, essa é a Lindsay! Não precisam falar inglês com ela, porque ela já morou aqui e sabe falar fluente! - falei.

A Lindy cumprimentou minha família, se apresentou e tudo mais. Minha mãe e meu pai foram em um carro e Lindsay, meu irmão, Babi e eu fomos em outro (no da Babi). Eu não sabia que meu irmão e a Babi estavam tão amigos assim... admito que até achei meio estranho. Eles tinham intimidade e até piadas internas! E piadas internas é com quem se convive frequentemente, certo? Certo! 

- Então, como está no trabalho? - perguntei para o meu irmão.

Ele está trabalhando em uma Chevrolet em São Paulo. Ele queria continuar na Renault como fez lá na França, mas conseguiu na Chevrolet (ele era obrigado a ficar aqui por seis meses agora que o intercâmbio acabou, só depois poderia voltar). Ele estava morando em São Paulo, pertinho da Babi e me dei conta de que algo poderia estar rolando ali. 

- É muito maneiro, mas lá na França é mais. Gostei mais de trabalhar na Chevrolet do que na Renault. Quem sabe eu não consigo um emprego nos Estados Unidos, pertinho de você? 

Aí meu Deus, estava rolando algo entre eles! Que desculpa esfarrapada! A Babi ia se mudar pra Los Angeles comigo! Agora ele queria ir para os Estados Unidos também!!! Sério, tudo fez sentido na minha cabeça e fiquei tentada a perguntar, mas me controlei. 

- Imagina você morando lá perto de mim e da Babi? Vai ser demais! - falei animada. - Gustavo... e a Elisa? - provoquei. 

Percebi que eles se entreolham e a Lindsay entendeu o que estava acontecendo na mesma hora. Fiquei muito chateada por eles não terem me contado nada. 

- O que que tem a Elisa? - ele perguntou. 

- Vocês já conversaram? Já tentou voltar com ela? Você a amava. 

Meu irmão me repreendeu com o olhar pelo retrovisor, mas eu só arqueei uma das sobrancelhas. Puta da vida. 

- Ela está namorando, né? - falei. - Falei com ela esses dias. 

- Está. 

- Você é venenosa. - Lindsay sussurrou no meu ouvido. 

- Estou me sentindo traída. Eles se pegam pelas minhas costas e nem dizem nada?! - sussurrei. - Decepcionei.

- Mas e aí, Mari? Como está o seu namoro e a sua vida? - Babi perguntou. 

- Está tudo ótimo. - falei. - Sempre do jeito que eu sempre quis. 

Odiei o fato deles estarem se envolvendo. Amo a Babi, amo o Gustavo, mas sou ciumenta. Não quero. Além de que, poxa, o que custava me contar?! Meu irmão sempre contava tudo pra mim! Assim como a Babi! 

- E você já está bem? Em relação ao Castanhari?

- Estou ótima. - falei. - Por que sempre me perguntam dele? Estou com outra pessoa. E amo essa outra pessoa. 

- Não falem sobre ele. É o jeito de deixá-la de mal humor. - Lindy alertou. 

- Obrigado por avisar. - meu irmão disse. - Conta sobre as outras coisas, Mari. Sobre a faculdade, sobre o seu apartamento de Los Angeles.

Ignorei minha implicância e contei o que estava acontecendo. Contei da faculdade, contei do Shane, contei de como Los Angeles é incrível... quando percebi já tínhamos chego na nossa cidade. 

Depois de deixar minhas malas e as malas da Lindsay no meu quarto, resolvi ligar para o Lucas. Sabia que ele já tinha chego aqui e eu queria saber qual seria a programação. Estava morrendo de saudades! 

Mas por algum motivo, deu caixa postal, então resolvi ir ver o Pedro. 

- Pedroooo! Abre o portão! - apertei a campainha várias vezes. 

E eu fiquei boquiaberta quando vi um Pedro com barbinha (muito mais gato) abrindo o portão. Dei o maior abraço nele e não queria soltar!

- Você está tão lindoooo! Tão homem! - falei. 

- Nossa, está dizendo que antes eu não era homem? 

- Claro que não!

- Sei. Entendi o que você quer dizer. - ele me encarou de cima a baixo. Certas coisas nunca mudam. - Você também está mais mulher. Muito mais. - comecei a rir. 

- Olha, essa é a Lindsay. - apresentei os dois. - E Lindy, esse é o Pedro. 

Eles se cumprimentam e eu perguntei porque a Malu não veio. 

- Ela está cheia de coisa pra fazer na faculdade porque pegou DP. 

- Sério? Que merda! - falei. - E você? Está indo bem na faculdade?

- Sim. Tudo tranquilo. - disse. - Por enquanto pelo menos. Nada de DP.

- Graças a Deus!

- E você, Mari? - ele me abraçou de lado. - Senti sua falta. Da sua risada, do seu sorriso e da sua voz. Sempre deixava a energia melhor. 

- Awwwwn, que fofo! - o abracei novamente. - Sei que você me ama. Fico feliz que agora você também reconheça isso. 

- Ah, cala a boca. - ele empurrou minha cabeça e comecei a rir. 

Gente, o Pedro estava muito gato. Era difícil parar de olhar pra ele. Estava com a barba ralinha e no momento com um boné com a aba virada pra trás. Adoro meninos que usam boné com a aba virada pra trás. 

- Vem aqui em casa! Vamos conversar. - falei segurando o braço dele e o braço da Lindy. 

Nós fomos para a minha casa e eu tentei ligar para o Lucas novamente. Dessa vez ele me atendeu e disse que tentou me ligar, mas deu caixa postal. 

- Olha, é pra todos virem aqui em casa hoje à noite, beleza? Avisa o Pedro e traz sua amiga loirinha também. - Lucas disse. 

- Uhuuuu! Ai, estou com tanta saudade do seu rosto. - falei. - Vou estar aí as sete!

Percebi que ele ficou quieto e estranhei. 

- Mari, deixa eu te falar... o Castanhari está aqui. 

- Ele o que?! Mas ele estava na Inglaterra! - falei. 

- Sim, mas o intercâmbio dele acabou. Ele está aqui e... sozinho. - tentei evitar, mas meu coração deu um pulo. 

- E daí que ele está sozinho? Eu não estou sozinha. 

- O seu namorando também veio? 

- Não, mas isso não significa que estou sozinha, porque não estou. 

- Tudo bem, tudo bem. - disse. - Você vai querer vir? Ou não?

- Não sei... vou conversar com a minha amiga e iremos decidir. Mas mesmo se eu não for hoje, vou ver você e o resto da galera, tá? Te amo. 

- Também te amo, mas só vou dizer uma coisa: se você realmente tivesse superado o Castanhari, nem ao menos se importaria de vê-lo. Sabia disso, né? Você iria querer conversar normalmente... na verdade nem teria climão.

- Cala a boca, Lucas. Não fica enchendo a minha cabeça com isso!

- Só estou dizendo...

- Então, pare de dizer! - falei. - Vou desligar, beijo.

Finalizei a ligação e encarei o Pedro e a Lindy na minha frente. 

- Você ainda o ama. - Pedro disse. 

- O que?! Não, eu não amo! - falei. - Se passou tanto tempo! Eu amo o meu namorado, amo mesmo. 

- Então, por que não quer ver o Castanhari?

- Não é óbvio?! Eu não o vejo desde que terminamos! E querendo ou não... sempre irei me lembrar do que senti por ele. 

- Você ainda sente por ele. - Pedro disse. 

- Não sinto! - falei. - O que você acha, Lindy? Acha que deveríamos ir? Eu não sei se quero vê-lo. 

- Olha, Mari, se eu fosse você... eu iria. Além de você ter uma comprovação de se realmente o superou ou não, esse climão todo pode estar só na sua cabeça. Talvez você não sinta mais nada ao olhar pra ele, talvez vocês realmente tenham superado.

- Eu superei!

- Não mente pra mim. Eu te conheço. Você pode até amar o Shane, mas não do jeito que ainda ama o Leo. - Lindy disse e o Pedro assentiu ao lado dela. 

- Eu não quero ir.

- Sim, porque você tem medo. Você sabe que vai sentir tudo aquilo de novo. - Pedro disse.

- Vou mesmo? Ah... acho melhor eu não ir. Vou ver o resto da galera amanhã.

- Ele sabe que você está aqui? - Lindy perguntou. 

- Não. Lucas me disse que ele nem faz ideia. - Pedro disse. 

- Lindy, vamos em uma pizzaria apenas eu e você? Por favor. Eu não quero vê-lo. Eu estou bem, sabe? Estou bem de verdade e sei que quando eu vê-lo... tudo vai desmoronar dentro de mim. Sabe, é quando você se machuca feio e fica uma ferida aberta que precisa de pontos. Ela ficou aberta por muito tempo, mas agora? Agora finalmente está com pontos, e eu sei que ao vê-lo... eles vão se arrebentar e sangrar. - suspirei. 

- Tudo bem... acho melhor irmos apenas uma pizzaria mesmo. - Lindy disse. 

- Você vai, Pedro? - perguntei. 

- Acho que o Castanhari ainda vai arrumar confusão comigo, mas não ligo. Vou sim. 

- Tudo bem. A gente se vê amanhã, tudo bem? - encostei a cabeça em seu peitoral. 

- Tudo bem. - ele beijou minha testa e foi embora. 

- Ele é tão gato. - Lindy disse assim que Pedro saiu. 

- Não é?! - falei. - Então, na verdade, eu não estou com fome. E fiquei sabendo que abriu uma nova lanchonete só de açaí aqui. Vamos? Não sei se você já provou, mas se você provou e não gostou, você é doida. 

- Eu nunca experimentei e também não estou com fome. Vamos? - assenti. 

- Mãããe! Lindsay e eu vamos tomar açaí! E vamos com o seu carro! 

- Mari, leva esse peste com você! - minha mãe gritou da cozinha.

A minha mãe estava "cuidando" do sobrinho da prima dela (risos). Ele tem oito anos e não para quieto, é muito hiperativo. 

- Mãe, eu não vou levar. Você que se vire.

- Filha, por favor!! Estou fazendo torta de morango pra você! - opa, então o negócio muda. 

- Vem, peste! - chamei o Leonardo (sim, o nome dele era Leonardo) e ele veio correndo com um sorriso. - Olha aqui, se você me desobedecer eu vou te trancar no banheiro quando chegarmos em casa. Entendeu?

- Sim, senhora. - ele bateu continência e eu ri. 

- Vamos. 

A Lindy foi dirigindo o carro da minha mãe e eu fui mostrando o caminho a ela. Minha mãe disse que esse lugar abriu tipo semana passada e sempre estava suuuuper cheia porque todos colocaram expectativa e é super gostoso. 

- Dá a mão aqui pra mim, Leo. 

Ele segurou minha mão e eu apertei porque ele era doido a ponto de atravessar a rua correndo. 

- A sua irmã está bem? - perguntei. 

- Aham, só que cada dia mais chata.

- Igual você, então? 

Ele me mostrou a língua e eu ri.

- Você gosta de açaí? - a Lindy perguntou. 

- Aham! Mas sem granola.

O lugar era muito fofo e aconchegante! Nós escolhemos os acompanhamentos do açaí, então sentamos em uma mesa perto da entrada. O Leo ficou todo animado contando do no colégio novo e que tinha feito vários amigos. Quem vê pensa que não é peste, até que ele estava quieto hoje. 

- A minha mãe disse que você tinha cortado o cabelo. Cadê? - o Leo disse. 

- Ahhh, já faz tempo! Já está comprido de novo. - falei rindo. Não tanto quanto antes, mas já cresceu bastante! Fiquei de cara! 

Nós comemos o açaí e eu fiquei gravando Snap durante a reação da Lindsay ao provar e ela adorou! Leo e eu batemos palma (sempre causando nos lugares, era de família). 

- Vamos embora, então? - perguntei quando terminamos. 

- Vamos. 

Quando estávamos indo embora, o Leo saiu correndo pra entrada e eu fui correndo atrás desesperada (ele já foi atropelado, esse menino é doido!)

- Leonardo, volta aqui agora! - gritei pra ele e me virei pra ver onde a Lindy estava, mas parecia que meu coração tinha dado um tranco.

Do outro lado da rua estava ele. Parado, olhando diretamente pra mim... ah, meu Deus, tudo que eu queria era morrer. 

- Mari? O que foi? - ouvi a voz da Lindy e o meu primo segurou minha mão, mas nem prestei realmente atenção. 

Ele estava exatamente do mesmo jeito. A mesma barba, o cabelo daquele jeito perfeito, talvez um pouco mais alto e mais malhado... a Lindsay estava falando comigo, mas eu ouvia tudo abafado. Minhas pernas ficaram completamente bambas, minhas mãos começaram a tremer a ponto de eu precisar esconder e meu coração batia tão forte que eu conseguia ouvi-lo. Me senti tão... vulnerável. Aquele calor, aquela paixão, aquele sentimento tão intenso e o coração acelerado que eu sentia antes  cada vez que ele me olhava antes ainda estava aqui. Me senti até aquecida. Meu coração pareceu se aconchegar de uma forma estranha. 

Percebi que ele estava em duvida se vinha ou não me cumprimentar, parecia que não queria tirar os olhos de mim. Ele viu que não tinha nenhum carro passando e atravessou a rua. Não, não, não. Eu não posso sentir seu perfume. 

- Oi... - ele disse primeiro e me afastei pouco pra ele perceber que não queria me aproximar demais. Ah, a voz dele...

- Oi. - respondi meio grossa, mas respondi.

Ele estava mais bonito e conseguia perceber isso nitidamente. Ele ainda tinha aquela mania de sempre passar a mão na nuca e no cabelo quando estava nervoso. 

- Oi! - a Lindsay disse para tirar a tensão. - Eu sou Lindsay, amiga da Mari. Prazer. - ela estendeu a mão e o Castanhari desviou a atenção pra ela. 

- Leonardo. Prazer. - ele sorriu, apertando a mão dela. Me desmontei inteira quando ele sorriu. Mas não pude deixar de perceber... agora ele não se apresentava mais como Castanhari?

- Quem é você? - o Leo (meu primo) perguntou apontado para o Castanhari. 

- Ele é só um conhecido, Leo. - respondi. 

- Ah, então seu nome também é Leo? - o Castanhari alimentou. 

- Sim. 

- Nós precisamos ir. - falei nervosa. Eu não tinha visto-o desde que ele jogou a minha carta fora e isso era demais pra lembrar. - Espero que esteja bem. - falei rápido, então sai puxando a mão do meu primo e da Lindy comigo. 

- Mari... - ele me chamou e eu senti tudo se mexer dentro de mim. 

- O que foi? - me virei pra ele. 

- Você... você está bem?

- Que tipo de pergunta é essa? Estou bem sim. Por que não estaria?

- Não era bem isso que eu ia perguntar.

- Tudo bem, eu vou embora. 

- Mari, espera. - ele me chamou de novo. 

- Para de chamar o meu nome.  Não sei o que está passando pela sua cabeça, mas se quer conversar, pode esquecer. Não sou mais a menina que você costumava gostar e consigo perceber nitidamente que você continua o mesmo. Olha, eu preciso ir. Não precisamos ficar abrindo feridas passadas. Nós seguimos em frente. Eu segui, você seguiu.

- É, você tem razão. Foi só algo sem sentido que passou pela minha cabeça, nem deveria ter falado. Só... espero que você esteja feliz.

- Eu estou. Espero que você esteja também. - percebi que ele hesitou. Será que... será que ele não estava feliz?

- É, eu...

- Leo, onde você estacionou o carro? - ouvi uma voz e logo vi a silhueta da Lívia atravessando a rua. 

Não queria ter sentido, mas sofri tudo de novo. Minhas dúvidas frequentes em relação a nós apareceram novamente... ele estava com ela antes de terminar comigo? Ele se apaixonou por ela e por isso parou de me amar? Ou se ele me amava, por que me deixou? Quanto mais eu pensava naquela noite, menos as coisas faziam sentido na minha cabeça e odiava isso. 

O encarei por longos segundos, esperando que ele se sentisse culpado a ponto de se sentir intimidado e desviar o olhar, mas ele permaneceu me encarando da mesma forma. Por que eu ainda sentia tudo? Por que?! Eu sabia que não o amava mais, mas... mas e o coração acelerado? O frio intenso na barriga? O olhar que sempre diz tudo? A sensação de transbordar? E... e a vontade de me aconchegar em meu lar? 

- Precisamos ir. - repeti desviando o olhar e apertei a mão do meu primo e da Lindy. - Oi, Livia. 

- Oi. 

- Sei que você está bem, que está conseguindo o que sempre quis... espero realmente que você consiga tudo o que quer. Você merece. - falei com mais amargura do que gostaria, e dei as costas definitivamente dessa vez.

Ele leu a minha carta, leu a carta que mandei lá em BH... ele poderia fazer qualquer coisa. Dizer que ainda me amava, me beijar, dizer que nunca deixou de pensar em mim... se essas coisas realmente fossem verdades. Mas não são. Sabia que não queria vê-lo o resto da viagem, preciso ir viajar. Preciso ver minha família em Santos, Curitiba, São Paulo... bem longe daqui. Bem longe dele e da Lívia. 

- Você está bem? - a Lindy perguntou quando entramos no carro. 

- Não...

Percebi que meu primo passou a mãozinha pelo meu cabelo e achei a coisa mais fofa, mas fiquei com vontade de chorar. 

- Você pode chorar se quiser. - Lindy disse. - E sei que é uma péssima hora pra dizer isso, mas... fiquei arrepiada só de ver vocês dois se olhando. Fico imaginando o que você sentiu. 

- Eu não senti nada. 

- Mari, não mente pra mim. 

- Eu queria não ter sentido nada. - falei. - Ele... ele ainda está com a Lívia. Quando o Lucas disse que ele estava sozinho, pensei que era sozinho mesmo. 

- Você também não está sozinha. 

- Eu sei. - suspirei. - Se ele ainda sentisse um pingo por mim, teria falado da carta. Ele leu, sabe? Ele leu todas... ele escolheu me deixar ir todas as vezes.

A Lindy me puxou para um abraço, mas eu não queria. Eu sabia que iria desabar no momento em que ficasse sozinha. 

Leonardo Castanhari P.O.V

Dava pra perceber o quanto ela estava diferente apenas de olhá-la de longe. Pensei que estava imaginando coisas quando ouvi uma voz tão familiar chamando um tal de Leonardo... a diferença era que não era eu. Nem sei direito o que aconteceu depois que nossos olhares se encontraram. Ela estava tão diferente... parecia mais distraída, mais independente e definitivamente muito mais bonita. Antes ela tinha traços que sempre a deixavam com cara de mais nova, mas agora? Parecia que tinha amadurecido completamente. Ah, ela estava muito mais linda do que sempre foi. Ainda usava o mesmo perfume que sempre me deixava maluco... por que o Lucas não me contou que ela estaria aqui? Aposto que ele sabia. Aposto que ele sabia, mas não quis me dizer ao saber que a Lívia também veio. 

- Você vai fingir que isso não aconteceu, né? 

- O que quer dizer com isso? - respondi a Lívia. - Está me perguntando se vou atrás dela? Se você não percebeu, ela não quer mais nada comigo. 

- Olha o jeito que você fala comigo! - revirei os olhos e encostei no carro. - Não acredito que ainda quer ficar com ela. 

Eu ainda a amo, eu ainda a amo. 

- Não quero. 

- Tudo bem, vamos para a casa do Lucas. 


Notas Finais


Gente, eu não aguento esses dois. Nunca vou shippar tanto alguém quanto shippo eles, sériooooo tenho vontade de chorar. É amor demais, não dá! ❤️


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