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História Claro, com certeza - Segunda Temporada - Capítulo 4


Escrita por: _Jupiter__

Capítulo 4 - Capítulo 4


O caminho pela Reserva dessa vez foi muito mais rápido, Jacob estava praticamente correndo, ele não tinha muita certeza do que fazer, mas sabia que tinha que segurar o seu bebe perto do corpo com uma mão e com a outra estava carregando a cesta, tomando cuidado para não deixar nada cair.

Ele não conseguia abrir a porta com as mãos ocupadas, então chutar foi o que melhor resolveu a sua situação naquele momento, mas também o que acabou chamando a atenção de quem estava lá dentro. 

— Jacob? Você está de volta? -Billy perguntou, não se movendo de onde estava concentrado no programa de TV.

— Estou. -o mais novo respondeu olhando em volta frenético, colocando a cesta perto da porta.

— Algum problema? -o cadeirante perguntou confuso.

— Eu achei um bebê na floresta. -Jacob respondeu apertando o pacote nos seus braços.

— Você achou o que na floresta? -Billy perguntou de novo, achando que tinha escutado errado.

— Um bebê, alguém deixou um bebê na floresta, dentro da área da Reserva. 

Jacob não tinha muita certeza do que exatamente precisava, mas ele sabia que precisava de algumas coisas, seus instintos estavam gritando com ele e não tinha certeza do que fazer, só sabia que não podia deixar o bebe fora dos seus braços e que precisava de ajuda.

— O que você está fazendo? -Billy perguntou olhando de verdade para o filho.

— Indo atrás de ajuda é claro, não sei quanto tempo ele ficou lá fora, ele precisa de um médico. -o mais novo respondeu em um resmungou, pegando tudo que achava que ia precisar.

— Você não deveria se envolver nisso. -o cadeirante falou tentando trazer razão.

— E você deveria ficar na sua, e me deixar ajudar alguém que precisa. -Jacob respondeu bravo.

— Você não pode falar comigo desse jeito. -Billy falou querendo gritar.

— E você não deveria se envolver no que não te diz respeito. 

Ele foi rápido, ele pegou tudo o que precisava e o que achava que iria precisar, mas nunca sem soltar o seu bebê, ele tinha um plano se formando em sua cabeça e tinha a pessoa certa para ajudar a tudo dar certo.

 

Charlie estava de folga, ele sabia que deveria aproveitar aquele momento para descansar e tentar se concentrar em resolver os problemas que estava tendo na sua vida particular, o que ele não esperava era ter que levantar correndo do sofá porque a sua porta da frente estava sendo esmurrada pelo Jacob.

Ele tinha ouvido a caminhonete parando na entrada, mas não esperava tanto nervosismo para entrar, e muito menos abrir a porta e encontrar o seu amigo com uma coberta nos braços, entrando antes mesmo de ser convidado e começando a andar pela casa, como se ficar parado fosse demais para ele.

— Jacob? Está tudo bem? Você sempre avisa quando vai aparecer. -Charlie perguntou assustado, ele não estava esperando visita.

— Nada está bem, precisamos de ajuda. -o mais novo respondeu desesperado, ele realmente não sabia o que fazer. 

— Precisamos? -o policial perguntou olhando em volta e só vendo o adolescente.

— Eu e o bebê. -Jacob respondeu sério.

— Que bebê? -Charlie perguntou olhando para o monte de cobertas com cuidado .

— Esse bebê, o que eu achei na floresta da Reserva. -o lobo respondeu balançando um pouco, quase no automático.

— Calma, uma coisa de cada vez. -o policial falou com calma.

— Eu estava andando pela floresta, do lado da Reserva, e escutei um barulho estranho, quando me aproximei percebi que era choro e então encontrei esse bebê. -Jacob respondeu abrindo um pouco o cobertor e mostrando o rosto do bebê.

— É o bebê mais lindo que eu já vi. -o mais velho falou chocado.

— Você tem uma filha, não pode dizer essas coisas. -o lobo respondeu franzindo a testa, mesmo que fosse óbvio.

— Você está dizendo que é mentira? -Charlie perguntou irônico.

— Não, é óbvio que é verdade, só tô falando que não devia ser você a dizer. -Jake respondeu rindo fraco, era realmente um filhote muito lindo.

— O que você precisa? Você não veio aqui só pra me ver. -o policial perguntou mesmo agora conseguindo entender o porquê estavam ali.

— Você é o xerife, eu encontrei ele na floresta, não sei quanto tempo ele estava lá. -o mais novo respondeu suspirando, estava sendo um dia estranho.

— Tudo bem, vamos começar pelo principal, vou levar vocês pro hospital e então vou fazer algumas ligações. -Charlie falou pegando a chave do carro e apontando para a porta.

— Tudo bem. 

 

As enfermeiras foram rápidas em levar o bebe para dentro das portas proibidas para os visitantes e acompanhantes, foi recomendado para eles aguardarem do lado de fora por mais informações e apesar da tensão e do nervosismo, Jacob se sentou em uma daquelas cadeiras desconfortáveis, sentindo o seu coração batendo mais acelerado do que era recomendado até mesmo para um lobo.

 

As horas no hospital passaram como um misto de sensações, elas foram rápidas porque ele estava com os pensamentos rápidos sobre tudo que teria que fazer depois e foram lentas, porque ele não conseguia mais somente sentar nas cadeiras desconfortáveis e longe do seu bebe.

Jacob estava ansioso para poder ver o seu bebê novamente, ele sabia que não era o certo se referir a ele tão possessivamente, mas não conseguia evitar desde que no seu interior o seu lobo só conseguia chorar pelo seu filhote; toda aquela tensão da espera estava deixando ele claramente mais nervoso, e apesar de se sentir pronto para arrombar aquelas portas, ele sabia que tinha que se controlar ou podia acabar despertando o seu lobo e aquele definitivamente não era o lugar ideal. 

Levou o que pareceu uma eternidade, para o Jacob, para o médico sair pelo corredor, e andar em direção a eles com firmeza.

— Como ele está? -Jacob perguntou desesperado, ele sentia que podia começar a chorar.

— Senhor Black, acho que você não tem idade suficiente para ser o responsável. -o médico falou com cuidado pró adolescente.

— Eu estou aqui como responsável dos dois, Doutor. -Charlie falou chamando a atenção pra ele.

— Tem certeza, xerife? -o Doutor perguntou levantando uma sobrancelha.

— Sim, por favor, continue. -Charlie respondeu sério.

— Vamos conversar no quarto por um momento.

Eles caminharam rapidamente até o quarto na ala pediátrica do hospital, os mais velhos podiam entender que Jacob estava nervoso com a situação; e mesmo que eles tivessem parado somente do lado de fora do quarto para não incomodar, Jacob se sentia melhor só de poder olhar para o seu filhote. 

— Como ele está? -Jacob perguntou preocupado, olhando somente para o seu filhote.

— Temos sorte de você ter encontrado ele rápido, ainda não estamos no inverno, mas a floresta é gelada o suficiente pra ele. -o médico respondeu suspirando, era um caso estranho, mas não incomum.

— Um menino mesmo? -Charles perguntou surpreso.

— Nenhum problema de saúde? Qual a idade dele? Ele parece tão pequeno, mas ao mesmo tempo tão esperto. -Jacob perguntou preocupado, ele não queria maiores problemas. 

— Isso porque ele é menor do que deveria, estamos estimando a idade dele entre dez meses, mas ele parece facilmente com um bebê de seis pra sete mês. -o médico falou tentando se manter sério, era sempre difícil dar aquelas noticias.

— Por que isso? -Charles perguntou preocupado.

— Eu diria que negligência, ele não está maltratado, machucado, mas o fato dele ter sido encontrado na floresta já deixa claro a negligência. -o Doutor respondeu apontando óbvio.

— Então mesmo que a gente encontre os pais, ele não volta pra eles. -o policial afirmou.

— Com certeza não. -o médico concordou.

— Sem problemas de saúde? -Jacob perguntou, ficando no que era mais importante.

— Nada que atenção e cuidados nos próximos meses não resolva, apesar da idade e de já estar em fase alimentar, eu estou prescrevendo fórmula. -o doutor falou entregando a prescrição.

— Então comida, carinho e mamadeira. -Jacob falou praticamente pra ele mesmo, olhando a prescrição com atenção.

— Você entendeu bem, senhor Black. -o médico falou sorrindo fraco.

— Mais alguma coisa que precisamos saber? -Charlie perguntou com cuidado.

— É só isso, vamos liberar ele amanhã, precisamos de um responsável por ele até lá. -o doutor respondeu apontando para o quarto.

— Eu vou cuidar disso. -o policial falou sério.

— Então é só isso, fiquem a vontade para entrar no quarto. -o médico falou sorrindo.

— Obrigada Doutor. 

 

Foi uma ótima sensação poder finalmente ver o seu filhote novamente, mesmo que ele fosse aquele bebe lindo e ligado a mais aparelhos do que deveria e com certeza menor do que deveria, mas ainda era o seu lindo bebe e Jacob estava em êxtase por poder ter ele finalmente em seus braços.

 

Jacob queria fazer muitas coisas naquele momento, ele queria correr para a floresta novamente, ele queria ficar naquele quarto e nunca mais sair, mas ele também sabia que precisava tomar uma decisão e que não podia continuar somente olhando para o seu filhote, sem saber o que seria da vida dos dois dali para frente.

— O que você quer fazer? -Charlie perguntou olhando o outro com um sorriso, ele sabia o que ele queria fazer.

— Por que está me perguntando isso? -o mais novo respondeu com uma pergunta, mas focado em olhar para o seu filhote.

— Porque eu te conheço, e sei que esse olhar no seu rosto significa que esse menino não vai pra um orfanato. -o policial falou sorrindo, era bom ver aquele olhar.

— Ele é meu. -o lobo falou sério, apertando os seus braços cheio de filhote.

— Seu? Você tem algo a me dizer? -o mais velho perguntou irônico.

— Não desse jeito, mas o meu lobo está chamando por ele desde de antes de encontrar ele, ele é o nosso filhote. -Jacob respondeu suspirando, ele ainda não conseguia entender bem o que era, mas era a verdade.

— Foi o lobo que achou ele. -Charles falou concordando, ele não duvidava de nada.

— Sim, ele me levou até lá e não quis mais soltar. -o mais novo respondeu sorrindo, ele não ia soltar nada.

— Então parece que precisamos conseguir uma papelada pra você. -o policial falou sorrindo.

— Meu pai vai odiar. -o lobo falou rindo fraco.

— Seu pai tem odiado muitas coisas. -Charles respondeu revirando os olhos.

— Você vai me ajudar? -Jacob perguntou olhando esperançoso para o amigo.

— Com toda certeza. 

 

O caminho até a Reserva levou menos tempo do que ele esperava, Jacob estava tão distraído com tudo que estava acontecendo que não tinha certeza exatamente do que fazer a seguir, ele sabia que já estava começando a criar um plano na sua cabeça, mas naquele momento ele precisava contar ao seu pai sobre as mudanças que iam acontecer.

Tinha mais pessoas na casa do que ele esperava, mas vendo que depois do que tinha acontecido naquele dia muito confuso e longo, Jacob deveria saber que os membros do conselho estavam na sua casa e possivelmente esperando por ele.

— Pai? Não sabia que teríamos uma reunião hoje, podemos sair pra não te encomendar. -Jacob perguntou confuso, ele realmente não sabia o que fazer.

— Você fica, queremos falar com você. -Billy respondeu olhando feio para o filho.

— Como está o bebê? É uma menina? -Sue perguntou preocupada.

— Um menino, ele está bem, menor do que deveria pela idade, mas ele vai ficar bem. -Jacob respondeu sorrindo fraco.

— E o que vai acontecer com ele? -Billy perguntou tentando fingir interesse. 

— Ainda não sabemos, mas ele está sendo bem cuidado. -Jacob respondeu olhando feio para pai, ele conseguia saber o que estava passando na sua mente.

— Quando ele sai do hospital? -Harry perguntou.

— Ele vai ficar no hospital até amanhã, Charlie está investigando o que aconteceu e quem é ele. -Jacob respondeu suspirando, ele queria voltar para o hospital, não passar por um questionário.

— Temos que esperar por mais notícias então, e torcer para elas serem positivas. -Sue falou sorrindo fraco, ela sabia exatamente o que estava acontecendo, ela era mãe afinal.

— Estamos na esperança de que apesar de os pais possivelmente terem deixado ele na floresta, ele tenha uma família para voltar. -Jacob falou tentando não ficar muito chateado por isso.

— Quando descobrir o que vai acontecer com ele, informe o conselho. -Harry falou olhando para Sue, sabendo que era ela que realmente sabia tudo o que estava acontecendo.

— Com certeza, estou liberado? -Jacob perguntou ansioso para o dia acabar.

— Pode ir, você teve um dia difícil, descanse. -Sue respondeu sorrindo pro garoto.

— Obrigada.




 



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