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História Clexa Em Um Novo Mundo - Capítulo 25


Escrita por: 4clexa

Capítulo 25 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction Clexa Em Um Novo Mundo - Capítulo 25

Lexa

 

Pike balançou a cabeça para os lados alongando seu pescoço em preparação para a luta. Eu apenas respirei fundo. Caminhamos lentamente mais para o centro, nos encarando sem desviar o olhar em nenhum momento. Paramos em lados opostos e em um segundo ele tomou frente vindo com raiva em minha direção. Ele estava agindo por impulso, deixando seus sentimentos exaltados tomar conta de seus movimentos. Me aproveitei disso para desviar do primeiro soco dando apenas um passo para o lado, fazendo com que ele passasse direto e que deixasse suas costas expostas. Dei-lhe uma cotovelada e o vi cambalear de leve. Desengonçado e com medo, ele se recompôs rapidamente e atacou de novo. Veio correndo e em um raciocínio rápido, abaixei e dei um soco em sua barriga, unindo minha força ao impacto da velocidade dele. Pike caiu sobre seus joelhos, apoiando uma mão em sua barriga devido a dor e a outra no chão. Ofegante ele ficou um tempo nessa posição até que se virou com a mão cheia de areia e lançou em direção à meu rosto, fazendo com que minha visão ficasse turva o bastante para que ele mais uma vez viesse correndo de encontro a mim, agarrasse minha cintura me jogando de costas no chão. Fechei meus olhos com força por causa do impacto e na esperança de livrá-los totalmente da areia a tempo de me esquivar do soco de Pike, que acertou o chão. Rolei para o lado e com agilidade me coloquei de pé. A luta já tinha durado demais. Com leveza girei sobre meus pés e ergui uma de minha pernas, mirando o rosto dele que virava para me fitar. Acertei em cheio antes mesmo que ele tivesse a chance de me olhar de frente. Sua cabeça perante ao chute, virou e bastante sangue foi arrancado de sua boca. Pike caiu desacordado. Me aproximei e virei ele de frente. Relembrando as palavras que ele mesmo havia dito a uns minutos atrás, te desafio a uma luta até a morte, fui até Indra e pedi que ela me entregasse minha espada. Fiz um sinal para que os dois homens atrás dela, erguessem o corpo estirado no chão. Com um ângulo melhor, atravessei minha espada no peito dele e ao retirá-la respirei fundo. Acabou. Derrubei os dois comandantes e meus guerreiros derrubaram o povo. As pessoas em volta gritavam Heda em um uníssono e finalmente puderam comemorar nossa vitória. Olhei os que se renderam com a cabeça baixa. Vi as armas deles ali perto e tive uma ideia. 

 

Indra, reúna alguns homens e recolha todas as armas que encontrarem. Levaremos todas embora e daremos um fim a elas para que não sejam usadas nunca mais. 

 

Minha guerreira levemente ferida devido a batalha, mas com um sorriso raro no rosto me parabenizou e seguiu minhas ordens. Após um tempo ela voltou e jogou duas armas no centro da roda formada por nosso povo, sendo seguida pelos outros que fizeram o mesmo até que uma pilha delas se formou. 

 

Estão todas ai Heda. Vasculhamos cada lugar desse acampamento, não sobrou nenhuma. 

 

Muito bem Indra, coloque-as em sacos e amarre-os aos cavalos.   

 

Antes que pudessem seguir as minhas ordens, um homem que não era um dos meus, se aproveitou da distração e animação da vitória, passou por todos e chegou ao monte de armas. Com agilidade pegou uma, passou um braço em volta de meu pescoço e com a outra mão apontou o objeto em direção a minha cabeça, me rendendo pelas costas. 

 

Octavia

 

*Alguns minutos antes*

 

Assim que Lexa me pediu para procurar Clarke, segui na direção que ela me apontou. Eu precisava encontrar a princesinha, precisava reparar meu erro. Por mais que não tivesse sido minha culpa, eu falhei no meu dever em levar Clarke de volta até Lexa. 

 

Me afastei um pouco do local onde a luta se concentrava, passando por algumas árvores até achar uma entrada para abaixo do solo. Desci as escadas de madeira que me levaram a um pequeno cômodo. As paredes eram o próprio solo mas vários troncos davam suporte. O lugar estava totalmente vazio mas haviam três portas de madeira, uma em cada parede. Olhei para elas e escolhi a oposta a mim. Peguei minha espada presa em minhas costas posicionando ela na diagonal para me proteger e arrombei a porta com um chute. Vi Clarke no chão no fundo da sala. Fui direto até ela e a preocupação com a loira não me deixou perceber um homem ali dentro. Ele provavelmente escutou barulhos, percebeu que alguém estava vindo e se escondeu atrás da porta. Era um jovem, com um tom de pele levemente bronzeado, de cabelos negros e olhar forte. Ele aproveitou que passei reto indo até Clarke e bateu com sua arma na minha cabeça. Infelizmente minha espada caiu e cambaleei por poucos metros, parando ao me apoiar na parede. O homem mais uma vez me acertou e eu cai de costas. Ele pretendia continuar me batendo mas fui mais rápida ao chutá-lo para longe. Estando alguns passos distante de mim, tive a oportunidade de dar vários socos em sua face. Em uma das vezes, quando ele tentou se defender com o braço, acabei acertando sua arma que foi lançada para longe. Agora éramos só nós dois, corpo a corpo. 

 

Continuei com os socos e ele se defendendo. A luta estava super equilibrada. Ele viu uma brecha e acertou um gancho de direita na lateral de meu rosto me fazendo sentir o gosto de sangue na boca. Na sequência levei outro e fui ao chão. Mas isso não foi ruim pois me aproveitei da situação e dei uma rasteira nele. Sem se recuperar de imediato ele me deu a chance de subir em sua barriga, apoiando meu peso nas coxas, uma de cada lado de seu corpo. Com uma velocidade incrível, distribui socos no rosto dele em ambos os lados até que só se via sangue. 

 

Me levantei ofegante e fiquei observando se ele reagiria. Quando constatei que não, fui até Clarke que continuava desacordada no canto sem ter noção do que havia acontecido. Me abaixei e chamei por ela enquanto a sacudia. A loira abriu os olhos com dificuldade e quando recuperou a lucidez se apavorou. Ela falava olhando para todas as direções e segurava na lateral de meus braços com força.  

 

Me deixe sair Bellamy, por favor me deixe ir. 

 

Esperei que ela percebesse que era eu quem estava ali.

 

Está tudo bem Clarke. 

 

Ela semicerrou os olhos tentando entender o que tinha acontecido. 

 

Octavia, o que você faz aqui? 

 

Lexa está aqui, ela veio por você Clarke. Invadimos o acampamento e uma luta está acontecendo lá fora. Precisamos ir.

 

Um brilho surgiu no olhar dela quando falei o nome de Lexa, uma mistura de alívio e segurança. Mas logo essa expressão se desfez quando ela olhou para o garoto no chão. 

 

O que aconteceu?  

 

A gente lutou e eu fui melhor. 

 

Dei um leve sorriso tentando descontrair e fiz uma cara de convencida. Ela sorriu em resposta mas gemeu de dor. Me aproximei preocupada.

 

Ele te machucou? 

 

Não, não, apenas estou fraca por falta de comer. Ele disse que era parte do processo de me desintoxicar. Esse traidor acreditava que Lexa tinha algum poder mágico sobre mim. 

 

Mas ele está certo, ela tem um grande efeito sobre você. 

 

Ri e ela me deu um soco no ombro.

 

Você consegue se levantar loirinha?

 

Ela se esforçou e com minha ajuda ficou de pé. Passei seu braço em volta de meu pescoço e com calma caminhamos até a porta. Parei e peguei minha espada no chão. De repente uma ideia me passou pela cabeça. 

 

Você é capaz de andar sozinha?  

 

Acho que sim. Porque? 

 

Me desvencilhei dela e me voltei para Bellamy. 

 

Esse idiota não vai se safar tão fácil dessa. Vou levá-lo para Lexa.

 

Usei a jaqueta dele para amarrar suas mãos nas costas, peguei sua arma e entreguei para Clarke. Com gosto e um sorrisinho no rosto, dei um tapa na cara dele forçando-o a acordar e o arrastei para fora.

 

Clarke

 

Subi as escadas da cadeia e avistei a floresta. Eu sentia tanta falta da natureza, do azul do céu e do vento em meu rosto, que por um momento ignorei tudo o que acontecia, fechei os olhos e inspirei o ar puro. Octavia vinha logo atrás arrastando Bellamy. Eu mal podia olhar para ele depois de tudo. Caminhei com dificuldade, o que não foi um problema pois ela também dava passos lentos por ter que puxar ele. Quando nos aproximamos de toda a movimentação, Octavia fez sinal para que eu me abaixasse para evitar que fôssemos vistos. Ficamos de joelhos entre duas tendas apenas observando. A batalha já parecia ter acabado porque não ouvíamos gritos de guerra, mas sim conversas, e nem barulhos de espadas ou armas. Uma grande roda estava formada pelos guerreiros de Lexa.  

 

Clarke, vá procurar Lexa e fale que eu tenho um prisioneiro. Com toda essa multidão eu não conseguirei levá-lo até ela. Tenho certeza que ela vai desejar cuidar desse pessoalmente.  

 

Assenti com a cabeça e sai discretamente. Passei por todas as pessoas me esforçando para me darem espaço já que eu estava fraca demais para conseguir isso facilmente. Consegui chegar a frente. Lexa estava no centro e o corpo de Pike a alguns metros. Ela havia conseguido, havia matado ele e acabado com todo o tormento que ele causara e que ainda poderia causar. Indra estava juntando uma pilha de armas, provavelmente para que não pudessem usá-las novamente. Estava tudo acabado, finalmente teríamos paz. Olhei para o lado procurando uma brecha entre as pessoas para poder fazer Lexa me ver e então ir até ela. Foi quando o tempo pareceu estar em câmera lenta e senti um arrepio em meu corpo. Vi um homem caminhando entre a multidão em direção ao centro, onde Lexa estava. Ele usavam roupas de meu povo e tinha um capuz escondendo sua identidade. Quando passou por todos, aproveitando a distração da vitória, ele avançou até o monte de armas, pegou uma e apontou para a cabeça de Lexa. Ele se mantinha de costas para mim e seu corpo tampava o dela, de forma que eu só conseguisse ver os braços e um pouco do cabelo dela. Indra retirou a espada de sua cintura em resposta mas não pode fazer nada já que um movimento era o suficiente para que ele tirasse a vida de Lexa. Ele olhou para os lados preocupado se mais alguém o ameaçava possibilitando que eu visse seu rosto de perfil. Arregalei meus olhos e pisquei não acreditando no que via. Era meu pai. Meu pai estava a ponto de matar a mulher que eu amava. Lexa apesar da situação, mantinha a voz calma.

 

O que você está fazendo? Acabou. Olhe ao redor, não tem como escapar vivo.

 

Meu pai olhou em volta assustado mas não voltou atrás. 

 

Você acabou com o nosso lar e matou meus dois líderes. Merece pagar por isso.

 

Um silêncio tomou conta do lugar por um instante.  

 

Eu fiz isso sim por meu povo mas também cuidei de sua filha quando ela não tinha mais ninguém. Eu protegi ela. 

 

Mesmo de costas para mim, escutei ela respirar fundo e imaginei que tivesse fechado os olhos ao fazer isso, repensando se essas eram as palavras certas a se dizer naquele momento. Dei um leve sorriso ao escutá-la falar de mim. 

 

Não diminui tudo o que fez. Clarke fez uma escolha, ficou contra seu próprio povo e o que fez por ela beneficiou ela, já para mim, não fez a menor diferença. 

 

Aquilo me atingiu com força. Lágrimas tomaram conta de meus olhos. Meu pai continuou, voltando minha atenção para eles novamente. 

 

Eu posso até morrer mas vou te matar antes e fazer seu povo sofrer também.  

 

Um sucessor será escolhido para ficar em meu lugar caso isso aconteça. Não fará muita diferença. 

 

Enrijeci meu maxilar ao ouvir aquelas palavras. Não suportaria perder ela e nem sequer pensar nessa possibilidade. Ele continuou. 

 

Não me importo. 

 

Mais uma vez o tempo parou e tudo se movia em câmera lenta. O dedo de meu pai no gatilho me chamou a atenção. Ele estava apertando. Ele iria atirar. Me desesperei e tudo o que ouvi em seguida foi um barulho de tiro.


Notas Finais


Ihhhhh o q será q aconteceu?!!!!!! Deem palpites kkkk


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