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História Cliche - Você sabe quem eu sou?


Escrita por: secretshadow

Notas do Autor


como eu imagino o Harry na ft de baixo sksjs

Capítulo 2 - Você sabe quem eu sou?


Fanfic / Fanfiction Cliche - Você sabe quem eu sou?

-Quer falar mais algum palavrão ou eu posso me desculpar? -eu perguntei para o rapaz na minha frente, enquanto me abaixava de novo para pegar o livro que tinha caído no chão. 

-Hã? 

-É, tipo, eu ouvi o que você estava falando e sinto que você precisa extravasar essa raiva. 

-Desculpa se uma garota bateu a cabeça com tudo em mim -ele falou na defensiva, me olhando de cima a baixo. 

-Não é minha culpa se você não sabe desviar o caminho, cara -falei calma, o culpado era ele mas o safado queria passar a culpa para mim.

-Minha? -ele riu, olhando para os lados- Quem se abaixou no meio do corredor do nada foi você.

-É, mas você podia ter desviado, é só o que eu estou falando.

Ele cerrou os olhos e levantou o queixo, como se me olhando daquele jeito fosse o fazer parecer mais durão. 

-Você sabe quem eu sou? 

-Não -respondi- você sabe quem eu sou? 

Ele pareceu sem saber o que dizer por um segundo, porém se recompôs. 

-Não. 

-Então estamos quites -sorri- tchau. 

Desviei dele e sai andando pelo corredor, uma mão na frente e outra atrás. Dizer que eu andei é um eufemismo, eu quase corri. O cara tinha dado um medo, mas eu não queria deixar transparecer, então fiz o que sei fazer de melhor: corri. 

Agora sendo sincera, essa não é o que eu realmente sei fazer de melhor, mas vamos fingir que é verdade para não estragar o momento. 

Ainda tinha alguns minutos antes da aula começar. Eu queria saber se a sala seria a mesma, provavelmente teria o mesmo pessoal -sempre é- mas ter esperança de que vai entrar alguém diferente e novo é sempre bom. Me sentei na cadeira perto da janela onde estava Jenna, e começamos a conversar sobre as férias de verão. 

Ano passado tinha por volta de vinte pessoas na sala, então eu conhecia todo mundo, porém não conversava todo dia, sempre tem aquela cumprimentada por educação, mas em geral quem eu realmente conversava era o Bret -o qual eu ainda não tinha visto de novo- e Jenna.

-Então, alguém novo ou...? -eu perguntei olhando ao redor da sala, com a Jenna fazendo uma trança no cabelo. 

-Eu vi algumas pessoas novas no corredor, mas se é da sala eu já não sei -ela deu de ombros, sem levantar o olhar do cabelo. 

-Ou seja, não. 

-Para de ser tão pessimista, Abby, vai que um garoto entre na nossa sala e ele olhe para você e é amor à primeira vista? 

-Ah, não, ela vai começar -sussurrei para mim mesma. 

-Então, depois de uma semana vocês se beijam pela primeira vez, mas ele vai ser do tipo badboy o que vai fazer com que demore para vocês assumirem o relacionamento...

-Ela começou -conclui sozinha e deixei Jenna continuar.

-E depois de mais uma semana vocês começam a namorar, ficam juntos até o fim do ano, mas vai ter a formatura e vocês vão para universidades diferentes -sua voz afinou, quase como se ela quisesse chorar de tristeza- mas vão tentar o relacionamento à distância, e que dois meses depois você vai visitar ele e descobrir uma loira pelada na cama às oito horas da manhã de um sábado, e tudo vai acabar, oh, não antes de você pegar o sapato de salto dela que vai estar jogado na porta do quarto e matar ela e o canalha que você chamou de namorado por quatro meses. 

-Estamos fazendo aquela coisa em que fingimos que você fala de mim, só que na verdade é de você? -eu perguntei, passando a mão nas costas dela enquanto seu olhar estava vidrado no seu cabelo- Porque a sua história não se coincidiu, primeiro a gente namorou um ano e depois quatro meses? 

Jenna grunhiu e cobriu os olhos. 

-Jenna? -eu chamei- Foi isso o que aconteceu com o William? 

-F-foi. 

-Você matou mesmo a loira? 

-Eu quis. 

-E o William? 

-Talvez ele foi no hospital pra costurar o braço dele... Mas, não. 

Suspirei, balançando a cabeça.

-A próxima vez você tem que me ligar para eu levar os sacos de lixo, conheço um bom lugar para enterrar corpos.

-Sério? -Jenna levantou a cabeça e notei que seus olhos estavam vermelhos, ela estava segurando o choro  e senti meu coração apertar com a imagem da minha amiga triste. 

-Claro, tem um monte de corpos lá.

-Okay... -ela disse devagar e me olhou estranho- E onde seria isso? 

-O cemitério.

Jenna riu alto e me empurrou no ombro de brincadeira.

-Por um segundo eu realmente eu acreditei em você -ela me disse, ainda rindo. 

O sinal tocou e avistei Bret entrando, levantei meu braço para mostrar aonde estávamos e ele veio na nossa direção. 

-Sabemos que foi mais que isso -dei uma piscadela para Jenna. 

•••

A segunda aula tinha acabado e eu tinha esquecido de pegar meu livro de história no armário, mas eu não queria levantar do meu lugar, eu estava confortável demais, então como uma boa amiga, eu fiz a Jenna ir buscar. A próxima aula seria intervalo, então eu trataria de pegar todos os materiais direitos para não ter isso de novo. 

Tinham colocado no site da escola os horários de cada turma e, obviamente, eu não tinha imprimido para colar no meu armário. 

Durante a troca de professor, Bret ficou me contando sobre a caloura do primeiro ano que, segundo ele, era maravilhosa. Eu sempre tentava prestar atenção no que meus amigos falam para mim, ou as pessoas em gerais, mas meus pensamentos estavam longe daquela sala. Talvez na sala do outro lado do corredor, ou em algum lugar desse prédio. 

Eu ainda estava pensando no garoto que trombei mais cedo. Ele era um bom colírio para os olhos, se me permitem dizer. Infelizmente, ele não parecia estar na minha sala, e eu não sabia se ele era mais novo porque mais velho não daria, já que eu estou no último ano. 

Ele tinha cabelo castanho, curto e com um topete; aquela mandíbula dele, nossa senhora, dai-me luz. 

Bom, até que dá, ele pode ter repetido de ano ou fazer aniversário nos últimos meses, porém esse não é o ponto. 

Qual é o ponto mesmo? 

-Aqui está o seu livro -Jenna avisou, jogando meu material em cima da mesa com um 'bum' alto. 

-Nossa, joga com mais força que eu acho que o livro ainda tá inteiro -eu pedi, falando da delicadeza da minha amiga. 

-Eu fui no seu armário, pegar o seu livro e você ainda está reclamando? 

-Ei, ei! Foco aqui, eu tava falando antes -Bret chamou a nossa atenção estralando os dedos- enfim, como eu estava dizendo...

-Rapidinho, Bret, mas você é um garoto certo? -eu perguntei retoricamente, puxando assunto para a pergunta que eu tinha em mente.

-Pelos últimos dezoitos anos, sim -ele respondeu dando de ombros.

-Você conversou com os meninos de manhã, não? -de novo, perguntei mesmo que eu já soubesse a resposta, uma vez que eu vi ele mais cedo cumprimentando eles.

-Aham.

-Você viu... Alguém novo? 
-Você precisa ser mais específica -ele riu- é o primeiro dia de aula e tem muita pessoa nova. 

-Aparentemente não na nossa sala -Jenna murmurou. 

Era verdade, na turma desse ano, pelo que eu consegui ver, só tinha uma menina nova que estava na panelinha dos nerds. 

-Então? -Bret pressionou- Como ele é? 

-Como você sabe que é um garoto? -eu perguntei inclinando minha cabeça para trás, criando um queixo duplo.

-Não sei, talvez eu seja um vidente ou talvez seja pelo fato de que sempre que você está interessada em alguém, você me faz as mesmas perguntas que você acabou de fazer. 

-Isso não é verdade -eu protestei. 

Jenna deitou a cabeça pro lado e me olhou seria.

-É verdade? -eu perguntei, minhas sobrancelhas quase tocando meu couro cabeludo.

-Sim -ela respondeu- mas diz -Jenna pediu, prolongando o 'm'- como ele é? 

-Ele tem dois olhos, verdes aliás, um nariz e uma boca...

-Jura? Pensei que ele era um alien e não tinha as coisas básicas de um ser humano -Bret falou sarcástico.

-Corta a baboseira, Abby -Jenna falou, se aproximando- Eu já estou ficando curiosa, fala logo como ele é.

-Eu acabei de... 

Duas mãos me deram um tapa em cada lado da minha cabeça, me fazendo calar a boca.

-Olho verde, cabelo castanho, alto igual uma girafa, sotaque não é muito puxado, mas o vocabulário é sujo igual merda de vaca. 

Eu falei rápido, falando o que lembrava dele. Claro que eu não diria exatamente como eu tinha descrito ele na minha mente, seria vergonhoso. Imagina eu começar a dizer para os meus amigos que ele tinha olhos verdes, boca fina e rosada, um nariz que deu vontade de morder -sim, uma coisa estranha de sentir-, cabelo melhor que o meu? 

-Tem nome? -Bret perguntou, coçando a cabeça. 

-Gostoso.

-Tá, além desse -ele revirou os olhos enquanto Jenna e eu rimos.

-Colírio.

-Colírio? -Bret ficou confuso, me olhando estranho. 

-É, ele é um colírio para os olhos. 

Bret bufou, murmurando um 'desisto' enquanto eu ria de novo com Jenna.

Bret podia ter falado 'desisto', mas eu ainda iria descobrir onde Colírio estava estudando. Isso soou meio stalker, quase como se eu fosse uma perseguidora dele. Bom, eu não sou uma stalker. 

Ainda não.


Notas Finais


•típica pergunta "vc sabe quem eu sou?" "quem?" "Harry Styles" tipo OW MANO zjsbsj quis mudar um pouco o rumo dessa pergunta e deu nql dkdjs
•pq sempre que tem ff de colégio ou universidade os principais SEMPRE estão na mesma sala? tipo, na vida real não é assim não moçada!

mas isso não durará por muito tempo..........

espero que vcs tenham gostado!<3

vejo vcs na próxima hehehe


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