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História Clips - Confession


Escrita por: CBQueen

Notas do Autor


Ok, eu demorei muito (mais que muito) para publicar esse final. Eu poderia dar um bilhão de desculpas mas elas se resumem em dois adjetivos meus: Preguiçosa e enrolada.

Mas pelo menos saiu antes de fazer um ano,certo?

P.S: Esse capítulo foi todo revisado pela usuária ~TheLicious. Se ela não tivesse revisado nunca teria saído (づ ¯ ³ ¯) づ

Espero que gostem!

Capítulo 2 - Confession


Quando Kyungsoo chegou em casa, a primeira coisa que fez foi largar sua mochila no chão do corredor, subir as escadas e adentrar seu quarto. Ligou as luzes, deitou na cama e começou a imaginar a cena do dia seguinte.

Primeiramente, quais seriam as chances de Jongin dizer que o odiava e tinha nojo dele por sentir o que sentia? Kyungsoo deu de ombros, Jongin era tão bom que mesmo que ele não retribuísse o sentimento tentaria de todas as formas não o magoar. Depois imaginou que, talvez, ele dissesse “Oh, que surpresa, eu gosto de você também. ”

"Pff, quem dera." Falou sorrindo com sua idiotice.

Kyungsoo não esperava nenhuma resposta positiva. Ele só precisava dizer pois não poderia guardar aquilo para sempre. Ele sabia que iriam para o mesmo colégio no segundo fundamental e provavelmente no ensino médio também (mesmo que a mãe de Kyungsoo o quisesse em outro colégio, ele faria birra até entrar no mesmo que de Jongin), e não existia possibilidade de ficar com todo esse bolo que sentia no estômago por todo esse tempo. Era mais fácil virar apenas uma pequena paixão de criança esquecida depois de um tempo do que um grande drama, um sentimento muito maior.

Ele só não sabia que o tal “muito maior” já era o que sentia.

Queria continuar em seus devaneios até acabar dormindo, mas tinha dever de casa para o dia seguinte. Levantou-se e olhou para um canto vazio de seu quarto onde encaixaria perfeitamente uma mesa de estudos. Ele já tinha pedido uma, mas de acordo com sua mãe, ‘não havia necessidade de tê-la’, então ele tinha que cruzar todo o caminho quarto/cozinha de sua casa até chegar à mesa de jantar onde tinha que fazer todas as suas coisas, para todos os companheiros do lar verem o que era.

Foi até o primeiro andar da casa, pegou a mochila ainda no corredor e andou até a cozinha onde seu pai preparava a janta. Sentou-se à mesa pegando seu material e resolveu as contas fáceis para um garoto de nove anos. Seohyun também estava sentada, porém do outro lado da mesa. Rolou os olhos assim que o irmão entrou no cômodo.

“Por que você tem que ser meu irmão? ” Começou, pensou Kyungsoo.

“Por que você tem que existir? ” Respondeu a provocação.

“Crianças! ” Gritou o pai batendo o utensílio de cozinha na panela. Limpou a garganta e continuou “O que deu em vocês? Há alguns anos vocês não desgrudavam um do outro! ”

“Kyungsoo há alguns anos era suportável. ” Disse Seohyun.

“Seohyun era apenas um pé no saco desde sempre. ”

“O álbum que tem fotos de você chorando quando sua mãe e ela saíram para compras não mente. ” Descreveu o pai.

“Eu estava chorando pela mamãe!!” Respondeu Kyungsoo.

“Você estava gritando ‘Seohyun!!’, não mamãe. ” Explicou o pai.

“Eu não irei ser difamado assim pela família na mesa de jantar. Se me dão licença. ” Dramatizou, fingindo que sairia de seu lugar.

“Hm, andou pesquisando o dicionário e descobriu o que é difamar, Kyungsoo? Parabéns você aprendeu uma palavra complicada..."

Sua irmã era tão inteligente... Ele poderia usar isso a seu favor não?

Kyungsoo sentiu que nunca teve uma ideia melhor no universo.

“É Kyungsoo oppa para você. E Seohyun.... Eu meio que lembrei que tenho algo importante para falar com você. ”

“Não estou interessada. ”

“Você ficará, eu lhe prometo. Agora dá pra nós subirmos e eu falar com você? ”

“Hm, o que é tão secreto que não podem falar na frente do pai de vocês? ” Falou o mais velho dos três, olhando para eles maliciosamente.
“Nada de muito importante papai! ” Respondeu sorrindo. Virou-se então para Seohyun, desfazendo o sorriso. “Vamos logo. ”
“Tanto faz. ”

∞∞

Os dois entraram no quarto de Seohyun fechando a porta atrás deles, a menina sentou-se em sua cama e Kyungsoo apenas ficou encostado na porta mexendo nos dedos. Depois de alguns segundos realizou de que era ele que deveria falar algo primeiro.

“Então, err... lembra quando você me chamou de criança... ” Falou desviando o olhar para um ponto qualquer do quarto antes de terminar a frase. “... gay??”

“Claro que sim! ” Respondeu se divertindo com a lembrança, “Você ficou sem reação parado que nem um idiota. ”

“Sim, sim, mas... então digamos que eu seja isso aí mesmo e goste de um garoto. E aí? ”

Seohyun arregalou seus pequenos olhos e num salto saiu de onde estava e chegou perto de Kyungsoo balançando seus ombros, enquanto ele soltava grunhidos de dor a tentando fazer parar.

“Você gosta de um menino? ”

“Por que você está tão animada sobre isso?!”

“Por que você gosta de um menino! ” Ele continuou com a mesma cara de lerdo então Seohyun achou melhor explicar. “Ok, eu apoio completamente o amor gay. Você sabe o que é isso? ”

“N-Não. ”

“É quando duas pessoas do mesmo sexo se gostam e se amam e todo esse blábláblá, mas algumas pessoas não aceitam isso da melhor forma. Diferente de mim, que apoio completamente. ”

“E o papai e a mamãe sabem disso? ”

“Não. Eu não sei se eles apoiam totalmente, nunca falei com eles. Mas parece que você vai precisar perguntar daqui a uns anos, não é mesmo? ”

“Cala- cala a boca! ”

Kyungsoo andou apressadamente até a cama e se deitou, pegando o travesseiro mais próximo e enterrando a face. “Por que eu te contei mesmo? ”

“Eu não sei, foi você que disse que tinha algo para falar comigo... Eu não achei que você se mostraria para mim primeiro, mas né, a vi-

“SIM EU TINHA ALGO PARA FALAR! ” Disse repentinamente, se sentando no acolchoado. “Eu preciso da sua ajuda. ”

“O que te faz pensar que eu te ajudaria? ” Ela caminhou e se sentou ao lado do irmão

“Eu achei que você tinha começado a falar corretamente comigo agora que sabe que eu sou.. Aquilo lá. ”

“Eu continuo desgostando de você, Kyungsoo. ”

“Pelo menos me chame de oppa! ” Ele pegou com as duas mãos as bochechas gordinhas de sua irmã e as apertou para os lados

“AI, AI, OK EU TE CHAMO DE OPPA. ” Ele a soltou e ela começou a massagear a região. “Kyungsoo oppa. ”

“Assim é melhor. Então, você vai me ajudar? Tem a ver com o menino que eu gosto. ”

“ Eu quero falar para ele o que eu sinto, mas não sei como. E como você é toda inteligente e tal você podia escrever algo para eu dar a ele. ”

“Então, basicamente, você quer ajuda em como se confessar? ”

“É.”

Seohyun deitou de barriga para baixo na cama e soltou grunhidos pela boca abafados pelos lençóis. Kyungsoo logo estranhou e perguntou se ela estava bem, porém a irmã apenas balançou uma das mãos no ar como se pedisse uns segundinhos. Depois de um tempo ela se sentou novamente com a face em tom vermelho, tapando sua boca

“É só que, ” Fez uma pausa para respirar fundo. “Isso é tão bonitinho e fofo que eu não estou conseguindo lidar. ”

“Já te chamaram de esquisita antes? ”

“Diversas vezes. ”

Passou-se uma hora enquanto os dois discutiam o que escrever e como Kyungsoo mostraria.

No final Seohyun não aceitou escrever, só ajeitar nos detalhes mais sutis da escrita. Depois vieram papéis enfeitados, as frases clichês, desenhos de corações e a mais nova fazia praticamente tudo, já que parecia que ela tinha tudo montado em sua cabeça para uma confissão de um garoto para outro garoto. Sua irmã era muito estranha, Kyungsoo pensava.

Seohyun entregou sua obra prima para Kyungsoo e o mesmo pegou sua mochila no primeiro andar, levou para cima e só assim pôde guardar seus papéis lá. Quem garantia que seus pais não iriam perguntar por que ele estava enfiando uns papéis de garota na mochila?

Quando voltou ao quarto da irmã, as luzes estavam desligadas e ela já estava deitada. Como a menina não demostrava movimento algum, Kyungsoo se aconchegou ali. ” Você acha que ele vai aceitar? ”  Perguntou baixinho, porém não foi respondido, ela já tinha dormido e ele começou a pegar no sono pouco tempo depois.

 

∞∞

O dia seguinte consequentemente chegou e a escola também.

Kyungsoo cumprimentou o porteiro e entrou no estabelecimento, as mãos um pouco suadas apertando as alças da mochila, engolindo seco. Jongin podia aparecer a qualquer segundo e isso o apavorava, mesmo já tendo tudo preparado no dia anterior.

Entrou em uma das curvas do corredor indo para sua sala, 9-C. Era terça feira e antes da greve as terças-feiras tinham as matérias de artes e aulas extracurriculares que ele e alguns alunos escolheram, porém Jongin não. Kyungsoo esperava que ainda fosse o mesmo esquema porque definidamente não queria trombar com o outro logo nos primeiros dois tempos.

Mais alguns corredores foram cruzados e chegou no último enxergando a placa de identificação da turma. Andou em seus passos pequenos até a porta e quando estava a abrindo sentiu uma mão em seu ombro o virando.

“Jongin! ” Exclamou tentando fazer a expressão mais agradável possível demostrando que não estava morrendo por dentro. Não. Kyungsoo obviamente não estava morrendo só de ver ele.

“Kyungsoo, você passou do meu lado e nem me percebeu” Falou fazendo beicinho. “Então eu resolvi te seguir até aqui. Você tá bem?"

Kyungsoo assentiu balançando a cabeça, atrás dele sua mão procurava a maçaneta da porta querendo pôr um fim na conversa naquele momento. Jongin já tinha percebido, mas não conseguiu falar nada por estar numa batalha interna de convidar ou não convidar, convidar ou não convidar.

“Quer ir lá em casa hoje? Sabe, pra gente brincar um pouco fora da escola...” Ele deu uma pausa, pensando em como continuar. “Nunca fizemos isso e eu queria... Sei lá, ficar mais com você...? ”

“... hã? ” Foi o único monossílabo que o outro conseguiu pronunciar nos primeiros segundos. Depois voltou a pensar claramente. “ Oh, sim, sim claro, e-eu quero, claro que eu aceito. ”

Ah,

Por que eu pareço um idiota perto dele?

“Sério? Oba!! Eu achei que você não ia aceitar. ” Falou animado, dando um abraço rápido em um Kyungsoo paralisado. “Então, no final das aulas a gente se vê, tá? ”

Nem deu tempo para responder pois quando Kyungsoo voltou ao normal Jongin já estava correndo pelos corredores afora.

Kyungsoo entrou com o coração batendo mais rápido que uma gazela fugindo de um leão. A professora ainda não tinha chegado e alguns alunos estavam conversando em grupo.

Ninguém pareceu perceber que ele havia chegado. Se tinham percebido, ignoraram a entrada dele. Todos já estavam na mesma sala há três anos e mesmo assim, ninguém ligava para ele?! O garotinho de verdade não se importava, mas o machucava um pouco. No primeiro ano era bem pior, pensou, quando não tinha conhecido Jongi-

E uma batida do coração perdida.

Era só o nome do amigo atravessar sua mente que já se sentia extasiado, imaginando cenas que não deveria imaginar. Será que era efeito dele ter aparecido em sua frente pouco tempo antes? Kyungsoo esperava que sim. Se não fosse isso, e sim apenas por gostar tanto de Jongin que tinha esses sintomas, ele não saberia lidar com a rejeição que viesse mais tarde.

 

-  x -

 

O sinal indicando que o horário de aulas acabou bateu, fazendo Kyungsoo ficar estático na cadeira. Ele queria mesmo ter confessado na primeira aula que eles tiveram juntos, ou no intervalo ou até mesmo nos corredores, mas ele precisava que fosse um lugar calmo. Durante o dia todo ele não conseguiu pensar em nenhum e acabou sem ideias.

Teria que ser na casa de Jongin mesmo.

Para ele seria o pior lugar, extremamente mais vergonhoso, mais morte.

Ele andou para fora da sala e na porta já estava o garoto que gostava tanto, plantado ali olhando outras crianças passarem pelo corredor como se tivesse esperando alguém. Kyungsoo cutucou Jongin no ombro e o outro o olhou, sorrindo, pegando em sua mão. “Vamos logo! ”

Quem fora buscar Jongin no colégio era o pai dele. Ele concordou na hora em deixar Kyungsoo ir para a casa deles e depois, foram atrás do carro da mãe de Kyungsoo pedirem permissão.

“Vão te trazer antes das 19h? ”

“Sim mãe. ”

“Vão te alimentar? ”

“Sim mãe. ”

“Você vai em segurança? ”

“Pelo amor de Deus, sim mãe. ”

“Tudo bem. Mas primeiro dá um beijinho na mamãe. ” Kyungsoo rolou os olhos o mais alto possível mas acabou beijando sua mãe, sem largar a mão de Jongin. “Assim está bom. Se divirta! ”

“O que? Kyungsoo oppa não vem hoje? Por que? ” De fora do carro dava para ouvir a voz de Seohyun.

Ela abaixou o vidro para ver o que tinha do lado de fora. Ela passou os olhos por Kyungsoo, Jongin e depois para as mãos entrelaçadas deles... E então, não a viram mais, pois ela estava deitada morrendo no banco de trás.

O carro voltou para a estrada e Kyungsoo e Jongin entraram no carro do pai dele. O convidado estava nervoso então ninguém conseguia manter uma conversinha por mais de dois minutos. Felizmente em menos de meia hora eles chegaram ao destino.

O pai de Jongin abriu a porta do carro para os dois e Jongin já estava puxando Kyungsoo pela segunda vez no dia. Os dois pararam na frente da porta esperando o a abri-la.

Quando entrou sentiu-se um forasteiro. Jongin apresentou todos os cômodos e ao fim do mini tour ambos foram para a sala de estar, fazer o dever de casa, para finalmente poderem brincar. A mãe de Jongin apareceu dizendo que iria no supermercado e o pai disse que ficaria no quarto trabalhando e se precisassem de qualquer coisa era só chamar.

Era tudo bem calmo e silencioso, Kyungsoo gostava muito disso. A família dele era toda escandalosa.

Quando terminaram o dever Jongin disse que ia no banheiro e voltava logo. Passou-se os primeiros segundos e Kyungsoo não fez nada até que pensou: “Oh, é minha chance! ”

Ele saiu do lugar que estava num pulo e pegou a mochila. Os papéis ainda estavam impecáveis sem nenhuma dobradura e Kyungsoo agradecia aos céus por isso. Espalhou-os pela mesa de centro da forma mais organizada e bonitinha que podia imaginar.

Sentou-se no sofá, esperando o outro aparecer. Os segundos excruciantes passavam enquanto ele observava cada vez que o ponteiro maior andava no relógio no alto de uma das paredes. Ele já estava quase roendo as unhas de nervosismo quando o de cabelos castanhos claros apareceu, surpreso com os montes de papéis espalhados pela mesa de vidro.

“Kyungsoo, ” A boca se abrindo e fechando como se quisesse encontrar palavras, porém não as encontrava. “ O que é tudo isso? ”

“É algo que eu fiz para você. ” Ele respondeu.

Jongin começou a andar em direção a mesa e Kyungsoo começou a se desesperar com a rapidez que estava tudo acontecendo. Virou o rostinho avermelhado para o sofá, tapando sua vergonha e tentando controlar os sons que começavam a sair de sua boca involuntariamente. Ele tinha vontade de chorar. Chorar por estar embaraçado, por saber que seria rejeitado, chorar apenas por chorar, chorar por-

“Isso t-tudo é verdade? ” Gaguejou o outro que tinha nas mãos os papéis juntados com as bochechas levemente coradas até as pontas das orelhas que pegavam fogo. “Vo-Você gosta de mim?"

Na mesa ainda tinha alguns, em formatos de retângulos com frases pequenas como, “Eu gosto muito de você. ” “Você é o que mais me faz sorrir durante o dia.” “Quando você segura minha mão sinto como se o calor da sua fosse a única coisa que importasse e o mundo não existisse mais. ” “Se preto fosse paixão e branco fosse carinho, o que eu sinto por você seria um xadrezinho. ”

Mas o principal não eram as frases. Ah não, o principal eram os papéis juntados, estes que eram juntados por clips muito simples, brancos, em formato de coração. Eram três clips, cada um com três folhas juntas.

O primeiro vinha com fotos de Jongin, Kyungsoo e fotos deles dois juntos. Kyungsoo tinha tirado as fotografias de um álbum chamado “Fotos de Jongin” secreto que ele tinha guardado no quarto.

O segundo vinha com desenhos fofos de corações, dos dois, de cachorrinhos - por que eram os animais preferidos de Jongin - e de peixinhos, os de Kyungsoo.  A grande maioria foi desenhado pela irmã dele já que claramente ele não tinha tanto talento para arte como ela. Porém os que foram feitos por Kyungsoo concidentemente ou não, foram os que Jongin mais gostou.

No terceiro vinha um pequeno texto que Kyungsoo criou demonstrando tudo que ele sentia de verdade.

“Jongin,

Primeiro me perdoe por ter uma letra muito feia, é porque eu não tenho letra de menina.

Agora sim, onde eu queria começar: Lembra do meio do ano passado quando você chegou dizendo ser um aluno transferido? Achei que você seria apenas como os outros que zombavam por eu não ser tão magro quanto todo mundo ou por ter olhos pulando para fora da cara. Mas você não foi. Você foi o único que estendeu a mão para mim, o único que me deu atenção, o único que queria, de verdade, saber alguma coisa sobre mim. Quando fui dormir naquele dia a única coisa que passava na minha cabeça era o quanto você parecia ser alguém bom com um sorriso encantador, até mesmo para uma criança.

Lembra quando você me abraçou pela primeira vez? Talvez não já que você é muito pegajoso e gosta de tocar o tempo todo. Não que eu desgoste, talvez eu até goste um pouquinho.... Enfim, eu lembro que foi uns quatro dias depois de você ter chegado no colégio. Eu te achei super esquisito e perguntei “Por que você tá me abraçando? ” e você respondeu, “Por que eu gosto de você. ” Depois eu perguntei como se nos conhecíamos a tão pouco tempo e você falou que não precisava de muito tempo para saber que gosta de outra pessoa, você apenas... gosta.

Talvez tenha sido assim que eu tenha me apaixonado por você.

Mas não!! Não surte!! Ou saia correndo de mim!!

Eu estou completamente apaixonado por você Kim Jongin, mas se você quiser eu esqueço tudo isso só para você não ficar triste e me afastar de você.

Só que eu precisava que soubesse o quanto você é importante. O quanto você me ajuda todos os dias apenas com um sorriso.

Você ajuda e me deixa mal também por que as vezes sinto que meu coração vai parar de bater olhando pra você....

Mesmo sentindo todas essas coisas nós podemos ser apenas amigos como sempre, não é?

Por favor não me mande ir embora.

Uma das pessoas que mais te ama, Kyungsoo. ”

“Kyungsoo, Kyungsoo” Jongin o balançava tentando o fazer virar-se para si. “Kyungsoo, por favor! ”

A força, ele acabou conseguindo. Kyungsoo estava chorando, chorando muito, fungando e com a cara quase toda vermelha. Toda vez que Jongin tentava afastá-las com seus dedinhos parecia que só caíam mais.

“P-Por favor não olha para mim, não olha nã-

As súplicas de Kyungsoo foram caladas pelos lábios macios do amigo sendo pressionados contra os seus. As lágrimas salgadas eram misturadas junto ao beijo e como era o primeiro de ambos, eles não sabiam muito o que fazer. Mas só de sentirem a boca um do outro, uma sensação eletrizante era proporcionada a eles.

“Vo-você acabou de me beijar? ” Perguntou Kyungsoo, em meio a outras fungadas. Jongin estava achando adorável então deu um pequeno selinho nele outra vez. “E de novo! Pare, o seu pai pode aparecer a qualquer segundo. ”

“É eu sei, mas eu precisava que você se acalmasse. ” Respondeu parando de segurar Kyungsoo pelos braços. “Eu... Eu gosto de você também, desde que te vi no primeiro dia eu te achei o menino mais fofo e mais triste que já tinha visto. Você não sorria, não olhava na minha direção, só prestava atenção nas aulas. Por isso eu falei com você daquele modo radiante. Na verdade, antes de conhecer você eu era uma pessoa bem tímida. Você me mudou nesse um ano que estudamos juntos sabe? Eu não teria tantos amigos quanto você diz eu ter sempre se eu não tivesse aprendido a falar sempre feliz com você. Você me fez ser do jeito que sou hoje. Eu gosto de você. ”

“Você gosta? ” Disse de cabeça baixa, sentindo os dedos de Jongin acariciarem suas bochechas, limpando as lágrimas embora.

“Gosto, bastante. ” Respondeu, erguendo o queijo de Kyungsoo para poderem ficar na mesma altura. E então sorriu lembrando-se que isso fazia Kyungsoo feliz. “Tudo isso que você fez também, eu adorei. Eu adorei, eu adoro, eu adoro você. ”

“Eu quero chorar de novo. ”

“Se eu fizer isso, ” E mais um beijo dado. “Ajuda? ”

“Para!!! Por favor para eu acho que meu corpo vai para o céu se você fizer isso de novo. ” Respondeu envergonhado e Jongin deu aquela risada gostosa que Kyungsoo amava mais que tudo. Ele retirou as mãos e pensou em quanto Jongin parecia lindo naquele segundo.

Mas ele não deu bola para isso. Jongin o chamou para brincar no quintal e lá foram eles. Não importava se eles eram amigos, ou mais que isso, no final eles eram apenas dois garotos de nove anos que se gostavam bastante. Quando crescessem que pensassem nos detalhes mais profundos.

Naquela hora eles só queriam usufruir da companhia um do outro, se divertindo como duas crianças comuns.

 



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