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História Cloe - Capítulo 10


Escrita por: pernicoteamleo

Notas do Autor


Olha só quem tá postando um cap. novo depois de dois anos KKKKKKKKK o bom filho a casa torna, não é mesmo? Distraindo a mente nessa tensão pré-Enem

Capítulo 10 - Capítulo 10


Precisava relaxar um pouco, "vou tomar um banho", pensei. Meus pais não estavam em casa então coloquei uma música bem alta "Cut my lip - Twenty one Pilots" e deixei seguindo a playlist. Me arrastei até o banheiro e tirei minhas roupas com o mínimo de animação possível e a minha cabeça repetindo "que merda de dia". Comecei o banho para tentar me acalmar mas em alguns minutos me vi sentada embaixo do chuveiro completamente em crise, pensando em tudo que estava acontecendo, a minha cabeça estava um completo caos, não aceitava o que estava acontecendo comigo nem o motivo, se é que tinha um. Meus pais me ensinaram que o certo é que um dia eu me case com um homem e tenha filhos, minha mãe é mais compreensiva, mas em compensação meu pai me mataria se imaginasse que eu ousei beijar uma mulher ou que quase transamos embaixo do teto dele. Isso era realmente errado? Eu acredito que não, mas sempre tive medo da possibilidade disso acontecer comigo, eu passei 19 anos de minha vida me relacionando com homens, por que isso mudaria agora? Talvez tenha sido apenas calor do momento... Mas o toque dela é tão incrível... Me faz suspirar. Talvez eu devesse desencanar e sair dessa bad e só seguir com isso até ver onde pode chegar, eu acabei de conhecê-la então talvez passe depois de um tempo, "e se não passar?", me questionei, "bom caso isso não passe, talvez eu surte e procure uma igreja", ri com o pensamento.

Depois de tanto tempo no chuveiro, resolvi sair para dar uma volta de bicicleta na praia, pensei seriamente em ir na casa da cloe mas fiquei com medo de parecer desesperada então só decidi ir a praia. Vesti a primeira roupa que encontrei no armário e saí. Depois de alguns minutos pedalando na praia, acabei não resistindo e parei um pouco a frente do jardim de cloe, a casa parecia estar vazia, lembrei que ela havia dito noite passada algo sobre sair com os amigos para festejar hoje então só voltei a pedalar e logo em seguida meu celular tocou, era ela.

- Oi, gatinha. - Ela disse. - Meu amigo me disse que acabou de ver uma mina bonitinha parada com uma bike na frente do meu jardim e pela descrição parecia você... Por que não veio aqui?

- Ah eu... Pensei que você não estava em casa, nem queria falar comigo... - respondi um pouco nervosa. - Você não retornou minha ligação.

- Desculpa por isso, eu ia retornar mas rolou muita coisa quando voltei ontem, um amigo meu veio aqui agora pouco conversar... - ela respirou fundo - vem também? Me fazer companhia... Já que está perto.

- Tudo bem, eu acho que tenho tempo. Estou indo.

- Tá bem.

Voltei, deixei minha bicicleta no jardim e, quando bati a porta, um homem abriu. Um homem, alto, com barba e cabelo grande trançado.

- Oi crush perseguidora do ponto de ônibus. - ele disse sorrindo, simpático.

- Quê? - perguntei confusa - crush?

Ele riu.

- Onde tá a cloe? - perguntei entrando.

- Ela foi ao banheiro. - Respondeu fechando a porta. - a propósito, sou Murilo, o melhor amigo, prazer.

- Prazer, "o melhor amigo" - falei rindo - sou Flora, a desconhecida.

- Ah mas eu já te conheço - piscou.

- De on... - Clementine adentrou o cômodo me cortando.

- Oi florzinha. - ela disse caminhando em minha direção abrindo os braços para um abraço, sorridente.

- Oi meu bem. - retribuí o abraço. - Você ta bem? Pensei que fosse sair hoje com seus amigos...

- Depois do que aconteceu? - Ela revirou os olhos e fez uma cara tristonha. - Não tinha como.

- O que aconteceu? Sua ex de novo?

- Vocês não viu a janela quebrada? - falou apontando para uma janela coberta com plásticos em uma das paredes da sala. - Aquela doente, ela vai se ver com a polícia.

- Meu deus que louca!!!!!

- Louca é pouco, ela é uma dissimulada. - disse Murilo que já estava sentado no sofá bebendo um líquido roxo que provavelmente era vinho, enquanto fazia algo na televisão.

- Pois é... - suspirou. - Vamos sentar. Você quer beber alguma coisa?

- Eu quero água.

- Sério? - ela riu. - Bom, eu vou acompanhar meu caro amigo no vinho.

- Ah tem vinho? Também aceito.

- Boa garota, gosto assim. - sorriu maliciosamente.

Ela foi pegar o vinho para nós duas. Eu me sentei e pouco depois ela voltou com dois copos e uma garrafa de vinho. Todos bebemos um pouco e começamos a jogar no video game enquanto conversávamos sobre a vida. A primeira garrafa acabou e começamos outra. O papo estava ótimo, conversamos sobre todo tipo de coisa, até que chegamos no assunto "sexualidade" e eu resolvi perguntar:

- Cloe - Comecei, um pouco envergonhada pois estava com a cabeça recostada em seu colo. - Quando e como você se descobriu?

Ela me olhou um pouco surpresa, porém, sorridente, talvez pelo efeito do álcool, e respondeu:

- Foi quando eu tinha 15 anos, me apaixonei por uma amiga minha na época, foi uma merda, ela era bem cuzona. - ela riu. - mas eu superei. - fez um sinal de legal com as mãos. - Achei que poderia ter sido só de momento mas continuou né, e até hoje isso não mudou então...

- E a sua mãe não aceita?

- Por ela eu apanharia toda vez que pensasse em mulheres... Mal sabe ela que eu curto uns tapas - todos rimos.

- Sua malandra sadomasosquista sem vergonha. - disse Murilo empurrando ela.

- Mas enfim não quero entrar nesse assunto, não quero invocar aquela bruxa. - ela disse empurrando-o  de volta.

- Murilo, você também é gay? - perguntei curiosamente.

- Sou sim, graças a deus. - ele fez um gesto como se fosse orar. - e você? É o que baby?

- Eu...? - parei um pouco, sem saber o que responder. - Eu sou hetero. - afirmei.

Eles riram juntos e eu me levantei tentando ficar séria mas acabei rindo junto.

Observei Clementine por alguns segundos, rindo, como ela conseguia ser tão encantadora? O sorriso dela era o mais bonito que eu já vira na vida. Me veio uma enorme vontade de beijá-la e não pude me conter, talvez fosse o álcool me encorajando, mas eu não resisti e a beijei. Ela parou e olhou uns segundos para o meu rosto e me beijou novamente. Escutei Murilo dizer algo mas não prestei atenção, logo depois começou a tocar uma música conhecida: "Punchin' Bag - Cage The Elephant".

Quando me dei conta, estava sentada encima de Cloe, tirando a roupa.

- Gente eu vou pro quarto ou vocês vão? - perguntou Murilo.

- Vá com deus. - respondeu Cloe também tirando a roupa.

Ele saiu do cômodo e então Cloe me pegou no colo e fomos para o sofá.


Notas Finais


Bom, espero não ter enferrujado


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