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História Close (Camren) - The Beginning of the Nightmare


Escrita por: mycamrenreal

Capítulo 13 - The Beginning of the Nightmare


Fanfic / Fanfiction Close (Camren) - The Beginning of the Nightmare

Camila P.O.V

Eram 3:00 da tarde e minha mãe sempre vinha me buscar na escola. Eu esperava dentro da escola como ela sempre mandava e não falar ou aceitar nada de estranho .

Minha professora conversava com outras pessoas e me mandou sentar no banco perto da outra sala. Mas ela encostou na parede de costa para mim. Minha mãe estava demorando. Ela nunca se atrasava.

Estava de cabeça baixa e vi alguém parar na minha frente. Era um homem. Ele parou em minha frente e falou que minha mãe não podia me pegar e mandou ele me levar.

Ele não era estranho. Eu conhecia ele. Todos o conheciam então eu fui. A professora não olhou para mim enquanto eu saia. Continuava conversando e rindo.

~¤~ ~¤~ ~¤~

Estava no carro com ele em uma estrada grande. Não é por aqui que mamãe vai para casa, eu sabia que não.

- Para onde estamos indo tio? Perguntei olhando a longa estrada a nossa frente.

-Não me chame de tio Karla. Leon. Me chame de Leon. Sua mãe não está na sua casa ela está viajando e nós vamos pra lá agora então fica quietinha tá?

-Não gosto que me chame assim meu nome é Camila . E eu não quero viajar. Quero ficar com meu pai.

-Você vai e cala a boca que eu to dirigindo.

Depois de um tempo o carro entrou em uma estrada de terra e mais na frente tinha um avião pequeno .

Ele me tirou do carro e eu peguei minha mochila mais ele tirou de mim e disse que para onde ei ia não iria precisar disso. Me mandou ficar em um canto e foi conversar com um homem. Parecia brigar. E então pegou meu braço e me levou pro avião. Chorei e tentei correr,não queria viajar com ele. Queria ir pra casa.

A viagem demorou e eu acabei dormindo de tanto chorar. Acordei com ele me arrastando para fora e então outro carro e mais uma estrada grande.

Tinha muitas árvores envolta de uma casa que parecia abandonada. Leon me fez sair do carro e então levou para dentro. Não tive tempo de olhar a casa porque ele segurou meu braço com força e abriu uma porta atrás da geladeira. Estava escuro e ele acendeu a luz por fora da porta. Desceu as escadas comigo e então vi. Um colchão fino no chão e somente isso, além de um vaso sanitário e um chuveiro no canto do " quarto" sem paredes ou portas. Era pequeno ali e frio, escuro.

Sem falar nada ele me jogou no colchão e saiu de lá. Corri atrás dele e bati sem parar na porta que já estava trancada. Chorei..chorei até cansar chamado minha mãe. Meu pai. Chamei por ele . Pedi pra me tirar dali. Nada.

Desci de novo as escadas quando minhas mãos já estavam doendo de tanto bater e minha voz rouca de tanto gritar pra sair. Deitei no colchão encolhida abraçando minhas pernas e chorei mais,até dormir sem forças para chorar mais.

Quando acordei me assustei pois ele estava sentado no chão na minha frente me olhando. Tentei me levantar e sair correndo mais não consegui, eu estava amarrada. Mãos e pés. Olhei assustada e ele sorriu pra mim.

-Sabia que é feio ficar gritando e chorando? Ninguém gosta de criança birrenta e mal educada.

-EU QUERO MINHA MÃE.- Gritei e ele bateu em meu rosto.

-JÁ DISSE PARA NÃO GRITAR.- Gritou apertando minhas bochechas com força me fazendo olhar para ele. Senti lágrimas correndo em meu rosto.

-Quer a mamãe ham? Adivinha ela não quer você. Porque acha que te trouxe pra minha casa Karla? Seu pais não te querem mais e acho que entendo o motivo. Você grita demais. Chora demais. Não adianta chorar e muito menos gritar. Ninguém vai te ouvir.

-É mentira minha mãe me ama.- falei com raiva.

Ele gargalhou .

-Te ama? Pobre criança, ninguém te ama naquela casa. Mandaram você embora Karlinha. Não querem mais ver você. EU te quiz. EU que gosto de você por isso está aqui.

Não podia ser verdade. Não era verdade. Minha mãe e quer sim, meu pai me quer.

-É MENTIRA. É mentira, mentira , mentiraa....repeti me encolhendo de novo e ele passou a mão em meus cabelos. Tentei me afastar mais ele era mais forte e rápto.

-Vou cuidar de você bebê. Você vai gostar. Vai esquecer quem te abandonou e ficar comigo pra sempre.

-Não...não...não...não...por favor. - Falei quando ele levantou deixando um prato com um sanduíche e um copo de agua . Não queria ficar ali. Mas ele apenas olhou pra mim negando com a cabeça e indo embora trancando a porta e me deixando amarrada.

A luz apagou e tudo ficou escuro demais...frio, silencioso e solitário.

-Mãe..mamãe por favor vem me buscar mãe....não me deixa aqui mãe...não me abandona..mamãe...papa...me tira daqui....

E foi repetindo tudo isso que eu adormecia noite após noite e ninguém vinha me buscar...só ele vinha ...só ele .

Nos primeiros dias eu não comia ...e quando Leon viu que eu estava fraca me forçou a comer. Eu sempre tentava lutar e gritar com ele mais ele me batia cada vez mais. Eu já tinha muitas marcas roxas e cortes no rosto e no corpo. Meus pulsos e tornozelos sangravam de tanto tentar se soltar todos os dias mais ele trazia correntes grossas agora. Machucava mais... mais não parava de lutar.

Ele trazia uma roupa pra mim quando as outras já estavam muito rasgada de tanto usar o que levava dias. Meus banhos eram gelados.

Eu ficava a maior parte do tempo sozinha no escuro. Sozinha . As vezes podia ouvir barulhos lá em cima era ele andando. Mais eu preferia ficar sozinha no escuro porque quando a luz acendia era porque ele vinha .

Eu ficava ali no escuro deitada e quando cansava de chorar ia andar de um lado para o outro tentando lembrar dos meus pais, dos meus amigos, mais era cada dia mais difícil lembrar porque aquele escuro e aquelas palavras qie ele falava ficavam repetindo em minha mente e eu esquecia deles porque eles não apareciam para me ver?.

Os dias iam passando..não sei quantos porque não tinha janelas ali e sempre era muito escuro então não via o dia e a noite. Só sei que eram muitos dias que eu já estava ali...até quando? Por que ninguém vem me buscar? Não me amam mesmo?

Vozes falavam em minha cabeça " você é uma menina má por isso ninguém te ama...por isso te abandonaram. Ninguém te ama. Ninguém te quer. Você esta sozinha com ele. "

O tempo foi passando e ele me batendo cada vez mais porque ele começou a passar a mão em mim e querer beijar minha boca. Eu não deixava e ele me batia forte e gritava comigo. Mais eu não deixava.

~¤~ ~¤~ ~¤~

6 anos depois...

Meu corpo mudou...eu estava mais alta, meu cabelo maior, com mais marcas e cicatrizes, mais a escuridão ainda estava lá. Leon ainda estava lá.

A alguns dias atrás eu sangrei . Sangrei entre minhas pernas e fiquei assustada tentei fazer com que ele não soubesse disso mais ele viu. Ele sempre via e disse que isso era normal que agora eu já era mulher porque já podia ter filhos. Não gostei do jeito que ele me olhou.

Leon desde sempre quis passar a mão em mim e me agarrava a força aproveitando que eu vivia acorrentada mesmo assim sempre reagi..mais ele era forte .

Uma vez mordi sua boca ate sangrar e ele bateu minha cabeça na parede e eu apaguei...rezei para que estivesse morta mais foi só mais um corte em meu corpo todo cheio de cicatrizes.

Ontem ele tentou de novo e eu consegui acertar no meio de suas pernas e ele ficou se contorcendo de dor e gemendo me xingando e eu só fiquei no canto mais distante dele que a corrente chegava," o que não era suficiente", esperando a próxima surra. E ela veio forte como sempre. Mais era melhor do que ele me agarrando.

As vezes ele só vinha e ficava sentado me olhando sem desviar os olhos de mim sem falar nada. Só ficava ali me olhando por muito tempo e depois levantava e ia embora.

Não hoje...hoje ele veio e ficou sentado ali me olhando, calado por muito tempo mais não foi embora. Não foi...ele se levantou e me virou com força no colchão, me deixando de barriga para baixo pressionando minha cabeça no colchão...tentei me virar gritando e me debatendo mais ele subiu em mim e amarrou um pano em minha boca. Pegou as correntes e deixou elas mais apertadas e curtas fazendo com que minhas mãos e pernas ficassem imobilizadas. Eu não consegui lutar hoje.

Chorei em desespero pelo que ele faria comigo.

Senti suas mãos levantando meu vestido vermelho, a calcinha foi rasgada. Ele subiu em cima de meu corpo deitando sobre mim e percebi que ele também estava sem roupas nas pernas . Senti algo se esfregando em mim..tentei gritar e tirar ele dali mais não consegui..hoje não consegui.

De repente dor...muita dor...um grunhido agudo saiu da minha garganta e algo se rasgou em mim quando ele se mexeu. Senti uma coisa dentro de mim e doía, queimava a cada movimento rápido e rude dele. Ele gemia e falava coisas no meu ouvido mais eu não entendia concentrada em meu choro, na minha dor, e no grito preso na garganta.

Então só fiquei ali chorando imóvel pois não adiantava me mexer porque ele não ia parar e só ia me machucar mais. Chorei e implorei silenciosamente por uma morte ali naquele momento. Já não pedia para sair..para ir embora porque já não acreditava que isso iria acontecer eu iria morrer ali..então implorava pela morte. Essa seria minha liberdade.

Essa foi a primeira vez que ele fez isso...a primeira de muitas e doloridas vezes que ele abusou de mim. O pesadelo se tornando cada vez mais horrível e doloroso.

-Filha....filha acorda....Camila?

-Camz?... Hey acorda pequena...Camila por favor...

-Filha ...acorda...

Me sentei na cama de repente desesperada e suada. Senti braços me envolvendo e rapidamente tentei me soltar sem realmente saber quem me abraçava.

-Hey ...calma sou Camila...a mamãe tá aqui meu amor foi só um pesadelo...shhhh calma meu bem.

Finalmente foquei meu olhos e parei de tentar me soltar...olhei atrás da mulher que me abraçava que agora sabia que era minha mãe e encontrei os olhos verdes me olhando com angustia. Lauren estava ali me olhando passando a mão em meu cabelo e minha mãe me abraçando.

Eu não estava mais no escuro. Não estava mais lá. Não estava mais sozinha.

Retribui o abraço quente da minha mãe e chorei em seus braços buscando a mão de Lauren e a apertando forte. Quando minha mãe me soltou puxei ela pra me abraçar também. Seu cheiro me acalmou um pouco e seus braços me mostravam que eu estava segura ali.

Ela ficou sem jeito para me abraçar talvez com vergonha da minha mãe mais mesmo assim me abraçou firme como eu precisava.

-Foi só um pesadelo mi hija. - Minha mãe falou depois que me soltei a muito custo de Lauren que agora me entregava um comprimido e um copo de água.

-Não foi um pesadelo mãe...foi uma lembrança. Eu lembrei do dia que ele me levou...lembrei de tudo que vivi nos primeiros anos lá dentro..

Minha mãe começou a fungar sentada ao meu lado me abraçando de lado. Lauren sentava perto dos meus pés fazendo carinho em minhas pernas.

- Já passou querida...já passou.

De repente lembrei de dois fatos importantes do pesadelo ou da lembrança...olhei para minha mãe com semblante confuso.

-Porque a senhora não foi me buscar naquele dia? Você nunca se atrasava.

Ela me olhou com remorso e culpa. Eu sabia que ela se culpava por isso.

-Eu-eu fui..eu tive um problema no carro que agora entendo o motivo...e parei no caminho e demorou para arrumar e quando peguei um táxi para ir a escola você já não estava lá e sua professora já estava desesperada. -Ela segurou meu rosto com carinho limpando as lágrimas que caiam assim como nos seus e olhou no fundo dos meus olhos. -Eu não te abandonei querida. Nunca faria isso porque te amo. Você é minha filha e daria minha vida por você. Juro que fui te buscar mais já era tarde. Ele planejou tudo. Fez com que eu me atrasasse para te levar. Mais eu fui atrás de você eu fui . Todos esses anos eu estava atrás de você meu amor. Eu te amo e nunca iria te abandonar.. e nunca irei.

-Eu sei mãe...eu sei que não..eu também te amo.

Nos abraçamos novamente e então a segunda pergunta foi feita.

-Eu fui com ele porque ele não era um estranho. Eu o conhecia . Você o conhecia....ele...ele era ...meu tio não é?

Então minha mãe e Lauren trocam olhares e não foi preciso uma resposta.



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