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História Closer - ÚNICO


Escrita por: Reet

Notas do Autor


Olá! Eu não conheço o fandom da Halsey, nem o de The Chainsmokers, mas decidi escrever essa one-shot porque gostei muito do vídeo do VMA. Fiz algumas pesquisas, mas os artistas possivelmente estão OOC. Porém, isso garante que pode ser lida por qualquer um.
VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=agFMqNB9BYM

Capítulo 1 - ÚNICO


Fanfic / Fanfiction Closer - ÚNICO

Tudo aquilo começou com uma parceria entre a Astralwerks e a Disruptor Records. “Juntar o útil ao agradável”, eles disseram, “uma forma de promover ambos artistas”. Afinal, The Chainsmokers eram especializados em eletrônica, e eu, no vocal.

Tinha tudo para dar errado. Andrew Taggart chegou três horas depois da hora marcada para gravar a música, podre de bêbado, banhado em álcool como azeitonas em um Dry Martini. Ele não conseguia dar sequer três passos em direção ao microfone sem tropeçar e soltava frases desconexas de como ele havia comido tantas mulheres na madrugada. Eu o detestei.

Então veio a proposta do MTV Video Music Awards, uma apresentação no Madison Square Garden. Eu já não conseguia conter minha raiva por Taggart ter chegado a todos os ensaios atrasado, ora drogado, ora bêbado, e ter obrigado a todos a utilizar playback para a apresentação. Foi quando eu explodi com o imbecil.

— Eu não vou cantar com playback, podem esquecer.

— O quê?! — Adam, o produtor, se exaltou. — Ashley, não podemos abandonar tudo agora, vocês estão a cinco minutos de entrar no palco!

— Então avise Taggart para cantar direito, ou eu não entrarei na apresentação.

 

Hey, I was doing just fine just before I met you

I drink too much and that's an issue but I'm okay

Hey, you tell your friends it was nice to meet them

But I hope I never see them again

Um minuto e meio ouvindo Taggart cantar com aquela voz horrível. A diferença entre a versão do estúdio e a original era discrepante. Quem havia incentivado-o a cantar aquela música? Ele parecia um cara normal, sem ritmo. Talvez fosse melhor se ele tivesse ficado calado.

I know it breaks your heart

Moved to the city in a broke down car and

Four years, no calls

Now you're looking pretty in a hotel bar and

I can't stop

No, I can't stop

Céus. Eu preferia ter fones de ouvido para não precisar ficar surda com aquele agudo sem afinação nenhuma. Aquele rapaz precisava de aulas de canto. Imediatamente.

Enquanto o refrão começava, eu me preparava para mostrar a ele como era saber cantar. Adam deu alguns tapinhas no meu ombro e aproximou o rosto da minha orelha, sussurrando.

— Seja sexy. O máximo que puder. — Balancei a cabeça com um sorriso no rosto.

Assim que Taggart deixou o último “we ain’t ever getting older” sair, apertei o fone de ouvido na orelha e entrei no meio da fumaça de gelo seco.

You, look as good as the day I met you

I forget just why I left you, I was insane

Balancei o cabelo. Andrew Taggart mirava seus olhos na minha direção com uma expressão um pouco surpresa. Comecei a caminhar em sua direção.

Stay, and play that Blink-182 song

That we beat to death in Tuscon, okay

Encarei-o. Andrew abriu um sorriso e eu tive que retribuir, embora soubesse que aquilo não passasse de uma fachada. Com a batida da música, virei-me para um lado e Taggart para outro, afastando-me enquanto cantava mais alguns versos.

I know it breaks your heart

I moved to the city in a broke down car and

Four years, no calls

Now I’m looking pretty in a hotel bar and

Droga. Estava chegando a parte que eu mais detestava nos ensaios. Taggart me acompanhou nos últimos versos enquanto eu me aproximava dele no palco. No refrão, cantaríamos juntos e o mais perto possível. Ou suportável.

I can't stop

No, I can't stop

Cheguei mais perto de Andrew. Ele revirou os olhos por um momento e eu caminhei em torno de seu corpo, vendo seus olhos acompanharem meus movimentos.

So baby pull me closer in the backseat of your Rover

That I know you can't afford

Bite that tattoo on your shoulder

Pull the sheets right off the corner

Dei um tapa em seu ombro e me aproximei ligeiramente de seu corpo. Era isso que público queria? Então era isso que o público vai ter. Segurei o rosto de Andrew, que parecia estar mais confuso que nunca. Encostei meu rosto no seu, dando o meu máximo no vocal. Taggart estava ofegante. Os gritos da plateia estavam cada vez mais altos.

Of the mattress that you stole

From your roommate back in Boulder

We ain't ever getting older

Empurrei-o com força e voltei a caminhar pelo palco, passando pelo corredor da pista até o octógono menor. Andrew foi para um lado dar o braço para a plateia e eu segui para o centro, balançando-me no ritmo da música. O solo era de Taggart, mas ele havia voltado para o primeiro palco. Sincronizei meus lábios com a letra e abri os braços para o público enquanto Taggart cantava.

So baby pull me closer in the backseat of your Rover

That I know you can't afford

Bite that tattoo on your shoulder

Pull the sheets right off the corner

Of the mattress that you stole

De repente, senti seu corpo colando-se ao meu. Tentei evitar que meu rosto demonstrasse surpresa. Isso não estava nos planos. Taggart passou uma mão ao meu redor e tocou minha barriga nua, que se arrepiou com o contato. Ele esfregou seus dedos pela extensão, beirando a parte inferior do meu seio que aparecia no cropped, em seguida, a barra da minha calça. Sua boca encostava no meu rosto próximo do seu microfone. Resisti que meus olhos girassem em torno da órbita. Um ligeiro arrepio percorreu minha espinha quando seus dedos desceram para a frente da minha calça, escorregando por uma área obscena. E no segundo seguinte, me soltou. Quase perdi a minha deixa.

No, we ain’t ever getting older

A música já estava acabando. Tentei me distrair com o público e caminhei pelo palco enquanto Andrew dava voltas no lugar. Papel laminado começou a cair do teto. No último verso, ele se aproximou e eu terminei empurrando-o e evitando olhá-lo nos olhos.

 

 

— Você é insuportável!

Eu olhei em volta. A After Party estava cheia de artistas conhecidos, mais cheia ainda de pessoas convidadas e eu estava sentada em um banco do bar quando Andrew Taggart se aproximou e enfiou o dedo na minha cara. Seus olhos estavam avermelhados e ele parecida bêbado. Como era de se esperar.

— Vou tomar isso como a afirmação de quem acabou de ver os comentários negativos sobre a voz desafinada e grossa no twitter.

Andrew bateu o copo de bebida contra a mesa.

— E mimada — continuou, ignorando-me. — Não precisa esfregar na minha cara que você não precisa de autotune.

— Isso é para você aprender a chegar mais cedo nos ensaios. Ao menos eles gostaram da apresentação.

— E você?

Virei meu rosto na sua direção e franzi a testa.

— Eu o quê?

— Gostou?

Soltei um suspiro e dei de ombros.

— Você gostou — disse; seu bafo de álcool chegou até meu rosto. — Admita. Gostou de quando eu te segurei — sussurrou com o rosto um pouco inclinado —, toquei sua pele e esfreguei seu corpo no meu.

Prendi a respiração por um momento, tentando formular uma resposta válida. Era verdade e eu nunca iria admitir isso em voz alta. Taggart já era convencido demais para ouvir uma coisa dessas.

— Você está bêbado — foi o que saiu.

— Amanhã eu estarei sóbrio e você continuará insuportável.

Revirei os olhos. Andrew pediu para que o garçom enchesse seu copo de uísque e eu aproveitei para estender o copo. Bebi a dose em uma só golada e olhei para Taggart de soslaio, que aproximava o copo da boca.

— A insuportável mais gostosa que eu já vi.

Ele engoliu o líquido amarelado e largou o copo, agarrando minha cintura. O cheiro de álcool inundou minhas narinas antes de Taggart encurtar o espaço entre nossas bocas e tomar meus lábios entre seus dentes.


Notas Finais


Obrigada por ler.

Essa história também está disponível em: https://www.wattpad.com/story/84311166-closer
Acesse minhas originais no Nyah!Fanfiction: https://fanfiction.com.br/u/35105


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