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História Clube do Cupido - 5. Tuo vu Fa' L'Italiano


Escrita por: SakuraAngeli

Notas do Autor


Oi, gente!
Primeiro de tudo: Feliz sexta-feira! Feliz 1º de Setembro! Feliz Finalmente Acabou Agosto, Glória a Deus! EEEEEHHHH! Empolgação demais pra uma pessoa só ^^'
Bem, como todas as sextas, hoje é dia daquele romance básico para alegrar ainda mais o dia :D
E nossa vítima, digo, beneficiado do dia é: Máscara da Morte! Sim, existe alguém que vai cair nos encantos desse italo-psicopata da Tarantella! Bem, vou calar a boca e desejar a vcs...
Boa leitura!

Ps: "Tuo vuò Fa' L'italiano" é uma brincadeira com a música "Tuo vuò Fa' L'americano", seria tipo "Você quer dar uma de italiano". Tem só uma referência a isso no texto e eu esqueci meus remedinhos então... ^^'

Capítulo 5 - 5. Tuo vu Fa' L'Italiano


Fanfic / Fanfiction Clube do Cupido - 5. Tuo vu Fa' L'Italiano

 

Amanheceu novamente e a notícia do encontro dos Gêmeos Dourados já havia despertado a curiosidade dos outros guerreiros. Naquela manhã, Kanon ligou para Chrissie e lhe mostrou todo o Santuário contando sua história enquanto a italiana fazia suas anotações, maravilhada.

Alguns até estavam percebendo certo padrão que estava acontecendo com os cavaleiros das Casas Zodiacais. As fontes mais confiáveis suspeitavam que o próximo poderia ser Máscara da Morte.

Mas o italiano negava toda vez que ouvia isso, ele sabia que não era uma pessoa fácil e já havia desistido de achar alguma garota para ser sua namorada há muito tempo. 

Mal sabia ele que seu melhor amigo tinha outros planos para aquele dia e sabia que isso mudaria para sempre a vida dele. 

E foi assim que andando silenciosamente pela sala de Câncer no momento da soneca das dez horas do canceriano, o sueco surgiu com um sorriso malicioso nos lábios. O cavaleiro dono da casa estava dormindo calmamente no sofá, roncando enquanto estava abraçado a uma almofada. Quem o visse assim, nem pensaria que ele já foi um psicopata maluco algum dia. 

“Que anjinho. Dá até pena de acordar… mas toda Bela Adormecida precisa acordar - pensou o pisciano, consigo mesmo.”

Foi então que mesmo atrás do sofá, o pisciano chegou bem perto do amigo e logo fez uma coisa que já há muito tempo queria fazer com Mask quando o conheceu.

-MASK! ACORDA SEU IMBECIL! - gritou Afrodite no ouvido do amigo.

Máscara então acordou de rompante e caiu do sofá com a cara no chão, sentindo uma dor terrível. O italiano então foi se levantando lentamente e lançou um olhar assassino ao melhor amigo em meio a uns cinco palavrões em italiano.

-Sorte a sua que eu estou de bom humor para aguentar você chamar a minha mãe assim, viu? Agora, se vista melhor e vamos a Rodório. Tenho uma surpresa para você! - disse Afrodite, arrastando o canceriano e o jogando no quarto - Não saia daí até estar inteiramente arrumado!

-Mas… - Mask tentou argumentar mas o pisciano o interrompeu.

-Não é um pedido, é uma ordem… - murmurou o cavaleiro seriamente, fechando a porta do quarto com um olhar de suspense.

Mesmo confuso, o italiano viu que o melhor não era contrariar o amigo já que sempre que fazia isso o outro já começava um escândalo.

 

Já era perto da hora do almoço quando os dois cavaleiros estavam andando por Rodório, ambos usando roupas bem bonitas. Afrodite usava um conjunto de calça e camisa de manga comprida azul claro e sapatos pretos bem engraxados enquanto Mask estava se sentindo um chefe da máfia ao usar terno e calças brancas e sapatos italianos. O pisciano o fez escovar o cabelo umas três vezes e havia um pouco de gel no cabelo para ele não ficar tão arrepiado.

Qualquer um que desconhece-se os dois achariam que eles faziam parte de alguma organização importante e principalmente Mask, que assustava todo descendente de italiano que estava passando pela rua já que ele tinha porte de mafioso.

“Só falta a música do Don Corleone agora - pensou consigo mesmo.”

Os dois então chegaram em um restaurante italiano bem frequentado na cidade cujo prato principal era considerado a melhor lasanha de toda a Grécia. E logo na entrada, Afrodite já confirmou a presença do seu elemento surpresa.

Esperando impacientemente na frente de sua moto preta, estava uma garota de aproximadamente vinte e dois anos com longos cabelos loiros meio cacheados. Ela usava camisa azul marinho e estava de calças pretas com duas botas de cano curto marrons. Seus olhos verdes como o mar observavam inquietamente as pessoas passando na rua.

 Quando olhou para a moça loira, Mask sentiu um mau pressentimento na hora que começou a reconhecê-la. Ele então começou a rezar internamente, querendo que não fosse essa a surpresa do pisciano. Mas pobre Mask, como estava enganado!

-Srta. Nero, que bom que aceitou o meu convite! - exclamou Afrodite indo cumprimentar a senhorita.

-Não precisa dessa animação toda, Signore Larsson - respondeu a moça, com frieza.

-Berlamina Nero - murmurou Mask, cruzando os braços - Que desprazer ver você aqui, bambina.

-Digo o mesmo, ragazzo stronzo.

-Porca loira!

-Impiastro azurro!

-Ei! Ei! Estamos aqui entre amigos, ok? - disse o pisciano ficando entre os dois - Vejo que vocês se conhecem. De onde, posso saber?

-Giovanni e eu somos velhos conhecidos de Nápoles, Larsson.

-São napolitanos?

-Não, ela é nortista, vinda de Veneza e eu sou um sulista, nasci na Sicília.

-Sicilianos - Berlamina então cuspiu no chão.

-Venezianos - Mask fez o mesmo.

Mesmo enojado com o ato dos dois, Afrodite os convidou para entrar no restaurante para almoçarem. 

De repente, quando os três se sentaram na mesa, o pisciano começou a reclamar de alguma dor no estômago e pediu para fazerem pedidos para os dois, enquanto ele resolvia algumas coisas no banheiro.

Apesar da falta do sueco, os dois italianos não conversaram nada enquanto a comida não chegava. Pediram por lasanha ao mesmo tempo e desde esse momento, ficaram em silêncio se encarando fortemente. Estavam um pouco confusos com aquele encontro depois de tanto tempo, apenas fitando um ao outro, eles perceberam que mudaram algumas coisas.

Mas no fundo, tinham a mesma rivalidade de quando eram crianças e como eram teimosos por natureza, não deixariam isso morrer tão cedo.

-Suas lasanhas, mio signores - disse o garçom colocando os dois pratos para os italianos.

Eles comeram um pouco da lasanha até que Berlamina e Mask largaram os seus pratos pela metade ao mesmo tempo, para logo beberem um pouco de suco de limão. Ambos, um pouco decepcionados com o prato.

-É isso que chamam de “lasanha a moda italiana”? Eles acham mesmo que italiano como uma lasanha assim? - reclamou a veneziana, indignada.

-É mania de grego de dar uma de italiano - comentou o canceriano, logo passando o dedo no pote de queijo - Mas o queijo é verdadeiro mesmo. Pena que ele está maculado entrando em contato com essa coisa que chamam de lasanha.

-O sabor é até parecido mas, não é a mesma coisa. A receita está totalmente errada! Mais um restaurante para a lista…

-Ainda trabalhando no negócio da máfia culinária?

-Brinque o quanto quiser, Giovanni, mas sabia que a família Nero nunca deixou seus bons costumes para trás.

-É, porque é a única coisa que vocês, Nero, sabem fazer: pizza e atirar em seus devedores - alfinetou o italiano.

-Você fala como se o seu tio Gian não tivesse se safado da dívida. Procuramos ele em Nápoles mas ele estava bem protegido, não havia o que fazer… além de que, meu pai tem muito respeito pelo seu.

-Acredite, meu tio agradece a Deus por isso. Mas só por curiosidade, como vai a tão falada Corpi di Bionda*? Você está ficando muito falada entre os contrabandistas daqui.

-Desovação de cadáveres sempre foi o meu forte. Se eu não fosse líder de uma linha de frente tão boa no que faz, eu seria uma boa ajudante de necrotério - riu a italiana.

-Até que não seria uma má ideia. Também me dou bem com essas coisas de corpos se decompondo… pena que Shion não quis mais me deixar ficar com as cabeças.

-Que cabeças?

-Ah, é que por onde eu moro, eu tinha uma coleção inteira de cabeças das pessoas que eu tinha matado mas as pessoas acham nojento isso, por algum motivo - respondeu o siciliano. Mask pouco se importava com a regra do Santuário de não se revelar, ele nunca ligou muito para regras.

-Sério? Que demais!

Com a última frase de Berlamina, o italiano achou que ia despencar da cadeira. Ele via nos olhos esmeralda dela um brilho intenso de admiração e alegria. Era a primeira vez que alguém lhe dirigia esse olhar depois de falar do seu antigo mau hábito.

-Eu achava que era a única! - exclamou Berlamina mais uma vez - Na verdade, eu já desovei os corpos dos mortos nas últimas posições que eles estavam… e tirava um dedo, um braço ou um pé como lembrancinha. Mas papa disse que isso era esquisito e tive que me livrar de tudo.

-Não sabia que fazia isso, Berlamina. Se não fosse legal, eu acharia esquisito - riu Mask - Não era bem isso que esperava ouvir né?

-Não - a outra riu também.

Eles passaram o resto do almoço conversando sobre isso e descobriram no final das contas que com o tempo, foram desenvolvendo os mesmos costumes. Gostavam de cozinhar, cantavam músicas italianas escondidos, tinham mesmo o estranho hábito quase psicopata e sabiam fazer um verdadeiro sorvete napolitano.

Quando o almoço tinha acabado, os dois saíram do restaurante e se dirigiram na entrada onde estava a moto de Berlamina. Por educação, a veneziana sugeriu que ela desse uma carona até a moradia dele, coisa que Mask aceitou quase que imediatamente, o que surpreendeu a loira. Os dois montaram no veículo e começaram a correr pelas ruas de Rodório.

Os dois estavam bem próximos um do outro e conseguiam sentir o calor dos corpos um do outro junto com aquele cheiro típico de um italiano que acabou de comer massa e queijo. Era um cheiro familiar e aconchegante. Por um momento, até esqueceram a velha rixa que tinham a muito tempo atrás.

Todas as lembranças ruins pareciam ser jogadas para fora à medida que ficavam mais colados um no outro e o vento passava pelos seus cabelos.

 

Finalmente chegaram num local próximo a entrada do Santuário e os dois saíram da moto para se despedirem apesar de que ficaram por um bom tempo se olhando.

Estavam tão acostumados a brigar que nem tinham reparado que eram tão parecidos. No final, haviam sempre brigado por nada. Na verdade, nem se lembravam mais o motivo de tanta rivalidade o que fazia todo aquele rancor ser mais fácil de livrar.

-Giovanni… - murmurou Berlamina, batendo os dedos levemente nas costas da mão por causa de seu nervosismo - Eu…

-Por quê ficou nervosa de repente? 

-Como sabe que estou nervosa?

-Você sempre fazia esse mesmo gesto quando estava nervosa, principalmente comigo - explicou Mask, sentindo o rosto ficar levemente vermelho ao contar isso - Mas tirando isso, o que você queria dizer?

Berlamina não sabia bem o que fazer. Nunca havia sentido isso antes e nunca pensou que começaria a sentir isso em menos de um dia e principalmente, pela pessoa que mais odiava no passado.

Com o coração batendo rápido e sem pensar direito, a veneziana fez a primeira coisa que lhe veio à mente naquele momento.

Se inclinou para frente e beijou o canceriano de surpresa. A primeira reação dele foi ficar estático e com os olhos bem arregalados enquanto tentava processar aquele fato inédito. Depois, os olhos do siciliano foram se fechando e ele começou a correspondê-la, trazendo-a mais para perto de si para poderem ficar mais juntos.

Quando repararam, estavam abraçados um ao outro ainda degustando um longo beijo. As mesmas sensações que tiveram na carona de moto pareciam vir à tona com um pouco mais de intensidade quase como se uma flecha tivesse passado pelos dois.

Não precisaram de mais palavras para saberem os sentimentos que tinham. Eram verdadeiros e eram mais que apenas uma paixãozinha. Era amor.

 

-Sr. Afrodite, o que faz aqui tão cedo? - perguntou Luna, uma serva da casa de Câncer.

-Luna, minha querida, agora eu sei como os erotes se sentem… chame a Sakura, preciso falar com ela sobre um assunto urgente - pediu o pisciano, sentado no sofá ofegante - E se não for incômodo, queria um copo de água. Corri praticamente a Rodório inteira para seguir esses dois.

-Quem?

Logo depois dessa pergunta, a serva viu o casal de italianos entrarem na casa e irem direto para a cozinha sem falar nada. A loira estava conversando algo com o canceriano e os estavam rindo alegremente. 

Devia ter sido a primeira vez que Luna viu o mestre tão feliz assim com alguém e algo em seu interior indicava que Afrodite tinha algo a ver com isso.

Já o pisciano ficou feliz em ver o amigo feliz com Berlamina, ele estava mesmo esperançoso de que o seu plano desse certo e o resultado saiu como esperava. Luna então trouxe o copo de água para Afrodite e foi até Libra para buscar Sakura, enquanto o sueco ficou pensativo observando o casal contando piadas em italiano um para o outro.

“Depois desse milagre, eu até acho que se morrer hoje vou virar ajudante oficial do padrinho da Sakura… - pensou o sueco, largado no sofá.”


Notas Finais


Dite, não morre não que ainda tem mais pessoas pra vc ajudar! ^^' E padrinho Tony já tem ajuda demais!
*Corpi di Bionda: A tradução mais clara seria tipo "Loira dos Corpos". Bem, pq ela desova corpos e é loira então daí vem o apelido? (admito, eu dei umas cheiradas num manjericão antes dessa...)
Foi diferente não? Eu achei que teria mais emoção se eles já partissem logo pro beijo pra se declarar, além do fato de que como eles já se conheceram facilitaria um pouco mais isso. Gostaram?
Nosso próximo gold é o Aiolia e para as fãs dele e da Marin, espero q gostem do próximo ;D
Até próxima sexta, meus queridos ^^/


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