1. Spirit Fanfics >
  2. Coffee after kiss. >
  3. 02

História Coffee after kiss. - 02


Escrita por: dear_nabi

Notas do Autor


VOLTEI! Mais cedo do que eu planejava, aliás. Fiquei muito empolgada com os comentários de vocês e isso me fez querer voltar antes, inclusive, irei responder todos agorinha! Muito obrigada pelo apoio, eu não imaginava como era a sensação e assim EU AMEI! Espero que eu continue agradando e esse capítulo é um pouquinho maior que o outro, espero que gostem! Sem mais delongas, ao capítulo hehe

Capítulo 2 - 02


Fanfic / Fanfiction Coffee after kiss. - 02

Era a quinta vez que Kamado Tanjirou suspirava em um intervalo de cinco minutos, a cabeça repousando sobre os braços cruzados em cima do balcão. Zenitsu que observava a cena enquanto se mantinha ocupado limpando uma das mesas do estabelecimento, soltava risinhos vez ou outra. Tanjirou ainda queria matar o ser que intitulava como melhor amigo. Se lembrava do dia anterior onde por causa do garoto loiro, houve a maior confusão e ainda envolvendo o rapaz pelo qual nutria sentimentos secretos. A cena de Inosuke em sua frente, sem camisa e com gotículas de café percorrendo o corpo definido, ainda passavam pela mente de Kamado, quase o fazendo prender entre os dentes o próprio lábio inferior. Mas logo era arremetida a vontade de enfiar a cabeça em um buraco pela vergonha extrema que havia passado. Lembrava-se que provavelmente havia feito a maior cara de tapado, porque se mal conseguia trocar palavras com sua paixonite, imagina responder a altura um flerte. Estava longe de sua realidade atual! E ele odiava esse fato. Odiava ser tão tímido. O máximo que conseguiu foi dizer seu nome de volta, mas talvez o Hashibira já soubesse. E ainda pagou o maior mico caindo de bunda no chão. Aquilo o fazia lacrimejar de vergonha.

Era por volta das 16:30h quando alguns pingos de chuva começaram a cair, o tempo lá fora parecia escurecer cada vez mais rápido e nuvens cinzentas se formavam rapidamente. Kamado adorava dias assim, principalmente os quais podia ficar em sua casa e desfrutar de bons filmes juntamente de sua família, afinal, era um cara caseiro e curtia momentos como este.

Seus pensamentos foram interrompidos, onde acabou se surpreendendo por não estar pensando sobre um certo garoto de cabelos azulados. Quando estava quase agradecido por este fato -já que sua mente parecia uma maníaca viciada em pensar sobre o Hashibira-, o dito cujo passou pela porta com seu costumeiro capacete em mãos e os fios levemente úmidos. Tanjirou respirou fundo. Ele estava incrivelmente bonito daquele modo. Engolindo toda a vontade de ficar encarando o recém chegado, Kamado endireitou a coluna e foi verificar os produtos da prateleira, afinal, ele tinha que fingir ser alguém normal perto do outro. Embora seu âmago gritasse em insegurança.

Inosuke foi até o balcão, depositando o capacete no local como era rotineiro. Por pouco não foi pego por uma chuva mais forte, agradecendo internamente por estar próximo do estabelecimento. Havia algumas cadeiras dispostas para que os clientes pudesse se sentar frente ao balcão de madeira, e, naquele dia pela primeira vez, Inosuke não se sentou na mesa perto da janela, mas sim onde ficava mais próxima Tanjirou. Isso fez com que o garoto de cabelos avermelhados engolisse em seco, se já se sentia nervoso o suficiente com o outro um tanto longe de si, imagina a sua frente!

— Parece que vai cair uma pé d'água hoje. Você mora por aqui? – O de cabelos azulados começou de forma descontraída, como quem não quer nada.

— O tempo está bem feio hoje... E e-eu não moro muito longe, a cafeteria é dos meus pais, então eles não construíram muito longe de casa. – Talvez Kamado quisesse se dar um soco por ter gaguejado, mas até que não soou tão ruim quanto imaginava. Estava se esforçando para tal.

— Quer uma carona até em casa? Bom, você vai se molhar de qualquer jeito já que vim de moto, mas seria bem mais rápido do que ir a pé. – Isso pegou o garoto de olhos escuros de surpresa, não esperava nem em sonhos um convite daqueles. Ainda mais andar de moto com Inosuke, onde teria que ficar próximo dele. Bem próximo. Talvez ele tivesse que ir para o hospital nos primeiros segundos de contato com o garoto devido ao ataque cardíaco. Contudo, apenas afirmou com um aceno de cabeça lentamente.
Zenitsu fingia não estar prestando atenção e após sofrer algumas ameaças de Tanjirou, decidiu atender outro cliente que aparentemente havia entrado afobado afim de escapar da chuva que agora começara a cair.

O expediente pareceu voar bem mais rápido do que o comum, as horas parecendo estarem contra Tanjirou, já que este estava com o coração batendo contra sua caixa torácica aceleradamente desde o convite de Inosuke. Este que permanecia sentado no mesmo lugar, agora com os olhos baixos enquanto mexia em seu celular, parecendo distraído com algo que estava vendo. Kamado aproveitou aquele momento para observar as feições delicadas do outro, era deveras bonito realmente. Agora analisando com mais cuidado e de perto, notará que o garoto possuía mais um piercing novo em sua orelha que já tinha diversos outros furos. Precisou conter um suspiro. Que raios! Se sentia como uma garotinha de quinze anos apaixonada pela primeira vez. Mas era inevitável, a somatória de um rosto angelical e um corpo de dar inveja, era um pouco de mais para si. 

Quando o tilintar dos sinos na porta anunciou a saída do último cliente -exceto pelo Hashibira que continuava quieto- Zenitsu soltou um bocejo preguiçoso. Kamado observava de seu lugar o garoto loirinho se esticando, enquanto terminava de arrumar as últimas coisas antes de fechar a cafeteria.

— Bom, até amanhã Tanjirou. Pelo que tô' vendo, você não vai me acompanhar nessa chuva toda que tá caindo aí fora. Vai na garupa com o seu príncipe encantado. – Antes que Tanjirou pudesse ter qualquer reação que não fosse as bochechas coradas, o loiro já havia saído do estabelecimento. Ótimo, agora ele se sentia ainda mais envergonhado perto do outro. 

Inosuke nada disse, apenas o sorriso brandia seus lábios enquando se erguia e pegava seu capacete. O Kamado terminou os últimos preparativos, trancando tudo e conferindo uma segunda vez. Afinal, ele gostava de ter certeza das coisas. Seguiu atrás do outro com passos largos e mãos sobre a testa como uma viseira, em uma tentativa de inibir a chuva de atrapalhar sua visão, enquanto comentava sobre seu endereço para que o outro pudesse chegar até a sua casa sem problemas. Hashibira lhe estendeu um capacete que logo foi pego de prontidão e vestido; ambos sentaram sobre a moto, mas a partida não foi dada. Tanjirou simplesmente não conseguia segurar na cintura do garoto de olhos verdes, e quanto mais tempo ele enrolava, mais os dois ficavam ensopados. Inosuke revirou os olhos sem paciência ao perceber a situação que o garoto de fios avermelhados se encontrava, puxando ambas as mãos do outro para envolver sua cintura.

— Eu aconselho você se segurar firme.– Avisou ao perceber que o Kamado mantinha uma certa distância de si. Como de propósito, Hashibira deu partida sem aviso prévio, onde a velocidade era um tanto rápida. Mas para Tanjirou que não era acostumado a andar de moto, fez quase sua alma escapulir de seu corpo. Foi uma reação de puro reflexo abraçar com força o corpo a sua frente, corpo este que mesmo com a chuva gelada, continuava quente. Era uma sensação boa. Isso fez com que Inosuke soltasse um riso rouco.

A casa de Tanjirou não demorou em ser alcançada pela curta distância entre a cafeteria e esta, fazendo com que o percurso que o Kamado estava começando a gostar, se encerasse. Ambos estavam molhados da chuva que continuava a cair e ao descer da moto, se sentiu na obrigação de convidar o outro para entrar e esperar a chuva cessar, pois o tempo estava realmente feio.

— Você deveria entrar e tirar essas roupas geladas, você vai acabar adoecendo. E muito obrigado pela carona, a essas horas eu ainda estaria correndo pelas ruas. – Tentou soar o mais natural possível e não como um esquisito cheio de vergonha.

— Nah, tudo bem. Mas acho que vou aceitar a sua oferta. – Inosuke soltou despreocupadamente enquanto tirava o capacete e girava a chave na moto. Kamado foi andando na frente tentando não tropeçar em nada, já que tinha tendências a ser desastrado perto do outro e não estava nem um pouco afim de pagar mais um mico.

Para sua surpresa, a casa estava silenciosa e escura, sinalizando que não havia ninguém em casa. Com certeza seus familiares deviam estar na casa de seus avós que não moravam muito longe dali. Ótimo, agora estava a sós com Inosuke. O garoto de fios azulados seguia atrás sem se manifestar enquanto Tanjirou o guiava pela casa até o quarto que pertencia a este localizado no segundo andar. 

— Você pode ficar a vontade, eu irei apenas tomar um banho rápido, você pode trocar de roupas ou então tomar um banho no banheiro no final do corredor. Eu acho que estas roupas aqui irão te servir.

O Kamado tirou de dentro de seu próprio guarda-roupa uma muda de roupas limpas para Inosuke e uma para si próprio, juntamente de uma toalha. Viu Hashibira concordar com a cabeça e sem mais delongas partiu para fazer o que acabara de falar. 

Tanjirou por algum motivo se sentia um pouco menos tenso agora, ao fechar a porta do banheiro da suíte de seu quarto, soltou o ar que nem tinha notado estar preso. Tentou ver a situação de uma forma natural, deixaria os pensamentos conturbados irem embora com a água do chuveiro, que caia quente, alastrando uma sensação de conforto.

Após o banho tomado e o cabelo escovado para trás, saiu do banheiro se sentindo renovado, contudo, a imagem a sua frente o fez perder o fôlego novamente. Inosuke vestia apenas a calça que havia lhe dado, os cabelos longos molhados grudavam em seu rosto, goticulas passeavam por seu corpo que escorriam das pontas dos fios. A toalha estava pendurada sobre seus ombros largos de maneira desleixada assim como sua postura parecia preguiçosa sentado sobre a cama. Tanjirou jurava que podia ter um treco alí mesmo, porque era muita maldade alguém ser tão bonito e sexy aquele ponto. 

Tanjirou se mostrou um pouco acanhado, mesmo fazendo o possível para disfarça. O olhar foi parar no chão quando o garoto sem camisa se levantou e veio caminhando em sua direção, sentia que se olhasse muito, acabaria em tentação e babaria. Não era sua culpa, Inosuke era realmente um cara atraente e de corpo bonito e sua falta de contato com situações assim o deixava sensível.
A toalha foi estendida em sua direção, o corpo definido ultrapassando o limite que seria considerável saudável para o Kamado em questão de distância, os olhos piscaram algumas vezes antes de criar coragem para encara-lo quando Hashibira começou a falar.

— Tá aqui sua toalha eu vou... – Inosuke teve sua fala cortada por conta da surpresa assim que as luzes se apagaram, após um relâmpago cruzar o céu violentamente. Era só o que faltava, agora estavam sem energia.

Tanjirou se assustou, mas não emitiu nenhum som, com sorte o outro não perceberia esse seu deslize. Sabia que guardava uma lanterna na cabeceira de sua cama, a usava as vezes para brincar de cabana com seus irmãos mais novos, então não foi difícil encontrar após sair tateando o ar com cuidado. Acendeu sem delongas o objeto e mesmo sendo pouca a luz, conseguia ver o Hashibira voltar a sentar sobre sua cama. Fez o mesmo trajeto que o outro, se sentando ao lado deste.

— Bom, se você quiser ir embora, tudo bem. Parece que vou ficar sem energia por um tempo. A chuva também parece ter quase parado totalmente... – O garoto de cabelos avermelhados disse enquanto mexia no tecido de seu moletom.

— Ou eu posso ficar e te distrair enquanto a energia não volta. – A voz era um tanto sussurrada, aos ouvidos de Tanjirou parecia sensual. O rosto de feições delicadas se aproximou lentamente, como se testasse o terreno, mas Tanjirou não moveu um centímetro se quer do lugar. Sua mente estava gritando e não negaria estar com as mãos suando de nervosismo, afinal, era o garoto que ele observava a tanto tempo ali em sua frente, pronto para beija-lo! Seu coração com certeza era forte para aguentar tanto. Os olhos de Hashibira capturaram a visão desconcertada de Kamado a sua frente, embora a luz fosse pouca; não evitando de prender o lábio inferior levemente sobre os dentes, coisa que fez quase Tanjirou suspirar apenas com a imagem. O de cabelos escuros e azulados tinha seus desejos expostos, uma vez que seus olhos iam diretamente para os lábios finos que ao seu ver eram deveras convidativo. Os dedos pararam sobre a cintura fina e fizeram uma leve pressão no local; por fim acabou deixando um pequeno selar sobre o canto dos lábios de Tanjirou, que por sua vez parecia um tanto em choque. Ambos já estavam com os olhos devidamente fechados. 

Quando o contato foi quebrado tão rápido que fez a realidade bater com força sobre o Kamado, este por sua vez pareceu reunir coragem do fundo de seu âmago para envolver o pescoço largo de Inosuke, pois sentia que se não o fizesse naquele instante, nunca mais conseguiria. No súbito de uma coragem desconhecida por si, voltou a colar os lábios, dessa vez em um selar completo, deixando o rapaz de olhos esverdeados até surpreso com sua atitude; a lanterna que outrora segurava, agora estava largada sobre a cama ao seu lado. Os dedos longos de Tanjirou se fundiram em meio a cabeleira espessa e escura, não querendo se separar do garoto a sua frente tão facilmente; então gentilmente trouxe o rosto de feições bonitas para um pouco mais próximo do seu. A mão de Hashibira que repousava sobre a cintura fina, o trouxe igualmente para mais perto de si; tomando a liberdade de prender entre os dentes enfileirados a carne macia do lábio inferior do outro, depositando uma sugada demorada. Após sentir o gosto adocicado, foi impossível para Inosuke que não pedisse passagem com a língua entre o meio dos lábios que havia constatado serem deliciosos ao seu paladar.

Hashibira ao ter a passagem concedida, não demorou para que assumisse o controle do ósculo, movendo sua língua de encontro a semelhante com curiosidade, acabando por entrelaçar ambas ocasionalmente enquanto explorava a cavidade quentinha. Seus dedos longos percorreram da cintura até o final do quadril em um carinho leve, intercalando em apertar o corpo de Kamado contra si como podia por conta das posições; e por vezes acabava por sugar o músculo úmido com força, causando barulhos molhados. Vez ou outra Tanjirou puxava devagar os fios que ainda estavam enroscados em seus dedos, dependendo de como mudava o ângulo de seu rosto para capturar os lábios delicados de outras maneiras, conforme ia aprofundando o beijo. Afinal, ele não se importava de Inosuke estar conduzindo o ósculo com tanta maestria.

Quando ambos sentiram a necessidade de se afastar por ter os pulmões reclamando, Hashibira não deixou de depositar uma última mordida sobre o lábio inferior do garoto a sua frente, puxando-o com cuidado para si antes de soltar e abrir os próprios olhos afim de encarar o outro. O quarto estava escuro, mas conseguia notar como o Kamado estava ofegante enquanto deixava a respiração sair por entre os lábios agora avermelhados. 

Tanjirou por outro lado, estava uma combustão de bagunças, ainda tentava assimilar  o fato de como beijar o garoto sentado ao seu lado era bom. Mas talvez aquele tipo de pensamento teria que ficar para outra hora, pois foi puxado para outro ósculo, desta vez um pouco mais necessitado e urgente que o anterior, onde as línguas se enroscavam com mais afinco e os dedos de Hashibira apertavam sua carne com mais força. Tanjirou não protestou e apenas se deixou levar pelo momento quando o garoto que agora trocava beijos o puxou para que se sentasse sobre as coxas torneadas, fazendo com que o beijo tivesse mais harmonia por conta da nova posição. Os dedos habilidosos de Inosuke foram parar nos bolsos traseiros da calça de moletom que o Kamado usava, aproveitando para deixar um aperto firme nas nádegas do outro e o puxar para mais perto. Dada as circunstâncias, foi impossível que o de cabelos avermelhados não soltasse um suspiro deleitoso, afinal, nunca tinha tido uma experiência como aquela, então acabava por se sentir facilmente derretido pelo outro. Então tudo que conseguia fazer por hora era cravar as unhas da mão destra no ombro firme.

Inosuke se afastou dos lábios doces mais uma vez, um filete de saliva conectando ambos os lábios. Houve um contato visual intenso por parte dos dois, as respirações se misturando por conta da proximidade. Quando o garoto de cabelos avermelhados reuniu forças para falar algo, o barulho de porta sendo destrancada foi ouvido; seus familiares estavam em casa. Tanjirou meio afobado, saiu do colo do Hashibira, este que o encarava enquanto passava a ponta da língua por seu próprio lábio, capturando os últimos resquícios do gosto adocicado do outro. Kamado se sentia quente, seu coração batia acelerado, mas dessa vez era por uma causa diferente. Não negaria que queria mais dos lábios de Inosuke.

Ao julgar o choramingo de seus irmãos mais novos, eles estavam com medo do escuro, então pegou a lanterna que estava sobre o colchão com a intenção de ir até eles.

— Você pode ficar aqui se quiser, eu vou levar a lanterna pra eles. – Tanjirou começou meio desconsertado, enquanto passava a mão pelo próprio cabelo.

— Não, tudo bem. Eu já estou de saída. A chuva também deu uma trégua, então já tô indo. –Disse enquanto vestia a camisa que lhe fora emprestada.

Ambos os garotos desceram as escadas e foram para o andar de baixo, onde a família Kamado se encontrava, Inosuke indo atrás enquanto Tanjirou iluminava com sua lanterna. Com um cumprimento rápido e despedida breve, Inosuke deixou a casa. Deixando para trás também um certo garoto de cabelos avermelhados com o coração flutuando. 


Notas Finais


Então meus amoressss, o que acharam desse primeiro beijo InoTan???? Pufavo, me contem o que estão achando da estória, é meu combustível para continuar firme e forte! Nos vemos no próximo em breve, beijinhossss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...